Dra. Raquel Rizzi, presidente do CRF-SP, deu as boas-vindas aos participantes e ressaltou o atual momento vivido pela profissão. “A hora da farmácia é agora. O farmacêutico é o principal responsável para fazer a RDC 44/09 ser aplicada com sucesso e beneficiar a população”.

Os palestrantes, especialistas em diversos segmentos da Farmácia, mostraram a realidade, aspirações e mercado de trabalho de áreas como Farmácia Hospitalar, Fitoterapia, Indústria, Análises Clínicas, Farmácia Magistral, entre outras.

Participação internacional

As experiências da atuação do farmacêutico na Holanda foram destacadas pelo dr. Dick Tromp, presidente do Europharm Forum. Com um sistema completamente integrado entre médicos e farmacêuticos, a Holanda está à frente em relação à assistência farmacêutica e a atenção diferenciada que foi fundamental para a população reconhecer no farmacêutico um profissional com muito a contribuir.

 

 

Dr. Dick Tromb falou sobre sua experiência como farmacêutico na HolandaDr. Dick Tromb falou sobre sua experiência como farmacêutico na Holanda

 

 

 

 

 

Todos os medicamentos são entregues à população com etiqueta que contém nome do produto, dosagem, nome do prescritor, precauções e orientações sobre o uso. Na Holanda, todos os estabelecimentos possuem um sistema com o histórico dos pacientes, o que permite melhor gerenciamento e possibilidade de identificação de problemas e interações medicamentosas.

Dr. Dick enfatizou que uma farmácia que só pensa em vender a curto prazo até dará lucro, no entanto, a longo prazo, o farmacêutico além de não alcançar a satisfação pessoal, em nada contribuirá com a saúde pública. “É uma escolha. É preciso ter foco no futuro. Nós somos farmacêuticos para servir as pessoas, os pacientes precisam ser respeitados e nós devemos utilizar o nosso conhecimento em favor da população”. 

 

 

Dr. Carlos Maurício Barbosa, presidente da Ordem dos Farmacêuticos de PortugalDr. Carlos Maurício Barbosa, presidente da Ordem dos Farmacêuticos de Portugal

 

 

 

 

 

O trabalho realizado pelos farmacêuticos em Portugal foi ressaltado pelo dr. Carlos Maurício Barbosa, presidente da Ordem dos Farmacêuticos. No país em que até 2007, as farmácias eram de propriedade exclusiva do farmacêutico, hoje os proprietários farmacêuticos somam 41% e podem ter até quatro estabelecimentos. Em Portugal, um mesmo farmacêutico pode assumir até quatro responsabilidades técnicas, desde que as farmácias não fiquem mais de 50 km de distância umas das outras, fato que na opinião do dr. Carlos dificulta a orientação do paciente.

Portugal está avançado no que diz respeito à prestação de serviços na farmácia, já que oferece uma série deles desde a década de 80. Dr. Carlos ressaltou que a dimensão do país facilita a melhor integração entre farmacêuticos e melhor organização do setor. São 12.300 profissionais em Portugal, número mínimo se comparado aos mais de 40 mil farmacêuticos no Estado de São Paulo.

Além da prestação de serviços farmacêuticos, as farmácias em Portugal atuam como postos de vacinação, e oferecem as vacinas que não são distribuídas pelo governo. Dr. Carlos destacou ainda que é obrigação do farmacêutico atualizar-se permanentemente em função das constantes mudanças do sistema de saúde.

 

 

Profissionais e estudantes no auditório da Anhembi Morumbi, onde as palestras foram apresentadasProfissionais e estudantes no auditório da Anhembi Morumbi, onde as palestras foram apresentadas

 

Thais Noronha

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

 

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