As principais dificuldades para a implementação dos serviços de vacinação foram destaque do encontro
São Paulo, 18 de julho de 2018.
O CRF-SP realizou na quarta-feira (18), na capital, um encontro entre representantes de redes de farmácia atuantes no Estado de São Paulo. O objetivo foi apresentar um balanço do trabalho da diretoria nos primeiros seis meses de gestão e as próximas ações voltadas para a valorização profissional, bem como promover a troca de experiências sobre questões de interesse comum como a implementação do serviço de vacinas nesses estabelecimentos.
Na abertura, o presidente do CRF-SP, Dr. Marcos Machado, falou do trabalho do Grupo Técnico de Coordenadores de Redes de Farmácia do CRF-SP, criado há quatro anos com o intuito de aprimorar o relacionamento da entidade com farmacêuticos que atuam nesses estabelecimentos, bem como atender necessidades específicas desses profissionais.
“Essa relação é de extrema importância porque as redes empregam a maior parte dos farmacêuticos, e nós temos total interesse em qualificar os colegas que atuam no varejo”, afirmou o Dr. Marcos.
Um dos destaques do encontro foi a troca de experiências sobre a implementação do serviço de vacinação nas farmácias, cuja regulamentação se deu após a publicação da Resolução 197/2017 da Anvisa. “A aplicação de vacinas nas farmácias é algo que facilita o acesso desse serviço à população de modo geral, pois a procura é muito grande. Entendemos que é um serviço viável e que pode ser realizado pelo farmacêutico, mas a realidade é que muitos estabelecimentos estão enfrentando inúmeras dificuldades para obter as licenças necessárias”.
Uma das participantes que detalhou os problemas que a rede em que atua vem encontrando foi a Dra. Andréa Anversa Sprovieri, da Drogaria São Paulo, também coordenadora do Grupo Técnico de coordenadores de redes de Farmácia do CRF-SP. Entre os órgãos citados por ela com os quais a rede enfrenta dificuldades estão a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal Saúde de São Paulo (Covisa) e o próprio Ministério da Saúde, que ainda não disponibiliza o formulário para Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), como preconiza a Resolução 197/2017.
Entre as redes que já obtiveram sucesso nesse sentido, embora de forma mais ampla em estabelecimentos de outras localidades, é a Panvel, no evento representada pelo gestor farmacêutico Dr. Jauri Siqueira Jr.
“Das 400 filiais nos três estados do Sul e em São Paulo, mais de 50 já possuem salas de serviços farmacêuticos (dentre estas, pelo menos 14 de vacinação, em 26 cidades); dessas, duas são de São Paulo e estão em processo de legalização. Das unidades que já têm o serviço em andamento, posso dizer que tem sido um sucesso tanto por parte da população, como por parte dos médicos e prescritores em geral, eles veem com bons olhos e isso está consolidando a visão da farmácia como estabelecimento prestador de serviços de saúde, como prevê a lei 13.021/14”, disse o gestor da Panvel.
Dr. Jauri Siqueira elogiou a iniciativa do CRF-SP em manter o diálogo com as redes de farmácia. “É fundamental esse contato que o CRF-SP promove com as redes, gosto muito do atendimento de vocês, com certeza é um trabalho de referência aos outros conselhos do país. Ainda sobre a implementação efetiva dos serviços de vacinas, existe muitos desafios a serem vencidos e uma discrepância muito grande em relação ao tratamento dado às legislações, que são federais e deveriam ser seguidas de maneira igual em toda a esfera federal, mais isso não ocorre, infelizmente”, finalizou o farmacêutico.
O encontro dos coordenadores de redes de Farmácia com o presidente do CRF-SP teve o patrocínio da rede Extrafarma.
Renata Gonçalez
Departamento de Comunicação CRF-SP