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PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nº 105 - DEZ - 2011 / JAN - 2012

Revista 105 setinha Indústria


Comunicação eficaz 

Farmacêutico que atua em Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) representa grande diferencial na orientação ao paciente

Panthermedia

O sistema de farmacovigilância das indústrias farmacêuticas tem por objetivo capturar dados relevantes sobre a segurança do medicamento disponibilizado no mercado. Um dos importantes instrumentos que as empresas dispõem nesse sentido é o Serviço de Atendimento ao Consumidor, o SAC.

Se num primeiro momento as empresas viram na lei que criou a obrigatoriedade do SAC (Lei 8.078/90) mais uma despesa, hoje essa visão mudou, e o SAC passou a ser uma área estratégica dentro de boa parte delas.

Na indústria farmacêutica, além de ser fundamental para a correta orientação dos pacientes sobre características e uso de medicamentos, o SAC, quando bem estruturado, pode ser um poderoso canal para notificações de suspeitas de reações adversas associadas ao uso desses medicamentos. São informações que podem contribuir para ampliar segurança dos pacientes, evitar problema para as empresas, reduzir custos e até mesmo alertar para novas possibilidades terapêuticas dos medicamentos.

Dentro desse contexto, o farmacêutico tem uma importância fundamental no monitoramento dos relatos de eventos adversos recebidos por intermédio do SAC. A presença deste profissional nos SACs tem tornado ainda mais eficaz esse canal de comunicação com o paciente, utilizando uma linguagem adequada para orientá-los, possibilitando melhor adesão ao tratamento, cuidados com higiene, alimentação e realização de exames clínicos e laboratoriais periódicos.

Na avaliação da dra. Eloísa Jubram, diretora técnica em uma consultoria farmacêutica e membro da Comissão Assessora de Indústria do CRF-SP, a participação do farmacêutico no SAC representa um importante diferencial competitivo para a companhia que o emprega, baseado na inteligência e na qualidade do relacionamento com pacientes, parceiros comerciais e sociedade.

“Esse diferencial de atendimento por um farmacêutico é reconhecido pelos pacientes, quase sempre leigos em assuntos farmacológicos”, afirma a dra. Eloísa. “As atividades desenvolvidas pelas áreas de SAC devem estar diretamente ligadas à percepção dos benefícios que podem ter a partir da comunicação mais intensa e direta com seus consumidores.”

Entre os fatores que conduzem o paciente a entrar em contato com os SACs das indústrias farmacêuticas para buscar ajuda no esclarecimento de suas dúvidas estão o consumo abusivo de medicamentos, falhas na farmacoterapia, ocorrência de reações adversas, sistema falho de saúde e outros.

Os conhecimentos sobre farmacocinética, farmacodinâmica e interações medicamentosas, que constituem a base da formação universitária do farmacêutico, são fundamentais para orientar o paciente sobre a importância do uso conforme prescrito pelo médico, respeitando-se a posologia e a duração prevista do tratamento, lembra a dra. Rosana Mastelaro, gerente de legislação industrial farmacêutica do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma).

“No que diz respeito à avaliação da interação com outros medicamentos ou alimentos, o farmacêutico sabe onde encontrar tais informações ou o momento de encaminhar os relatos recebidos ao departamento médico e para a área de farmacovigilância” declarou a farmacêutica.


Capacitação técnica

Parece simples, mas não é. Farmacêuticos que atuam em SACs devem conhecer profundamente os produtos fabricados pela empresa para que possam, além de fornecer informações corretas aos pacientes, identificar novos riscos potenciais. “São profissionais que poderão atuar posteriormente em outras áreas, como marketing, produção ou mesmo farmacovigilância, e, portanto, também devem conhecer a legislação vigente”, afirma a dra. Rosana Mastelaro.

Dra. Eloísa acrescenta que o profissional deve investir em aprendizado contínuo para proporcionar ao paciente um atendimento cada vez mais personalizado. “Além do conhecimento técnico sobre medicamentos, exames, tratamentos, procedimentos e cuidados terapêuticos, outros treinamentos sobre legislação, assistência farmacêutica, perfil psicológico do paciente e aprimoramento da comunicação são necessários para que o farmacêutico esteja capacitado para atuar no SAC.”

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A implementação do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) na indústria farmacêutica é obrigatória de acordo com a Portaria n° 802/1998 do Ministério da Saúde, que determina que as empresas produtoras devem informar na embalagem do produto o número do serviço telefônico para atendimento ao consumidor, além de itens como o nome do medicamento (genérico e comercial), razão social e endereço do fabricante.

 

Renata Gonçalez

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