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PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nº 105 - DEZ - 2011 / JAN - 2012

Revista 105  setinha Farmacêuticos em Foco


Talento com os cosméticos

Divulgação

Desde pequena, a dra. Christine Chaves já mostrava atração por produtos cosméticos, gostava de realizar pequenas experiências ao misturar substâncias como álcool e flores para encontrar novas fragrâncias em sua casa, em Nova Prata, no Rio Grande do Sul. Decidiu cursar Farmácia e iniciou carreira na área magistral.

Incomodada com uma das maiores queixas ouvidas nos consultórios dermatológicos, as dermatites causadas pelo contato com agentes presentes nos pigmentos da maquiagem, como o cromo e o níquel, dra. Christine iniciou uma série de pesquisas e, há dois anos, percebeu que poderia usar as argilas como bons substitutos desses pigmentos. O resultado foi uma linha de produtos hipoalergênicos. Todas as argilas passam por ensaios clínicos de segurança e também funcionais, já que possuem propriedades terapêuticas. Daí surgiu uma linha de produtos que atuam como maquiagem e tratamento facial. “O mais difícil foi fazer com que as argilas tivessem a mesma fixação dos produtos convencionais”, comenta.

As criações da dra. Christine vão desde produtos para preenchimento de rugas, melhora da síntese de colágeno na pele, até o aumento dos cílios.

 

De entregador a farmacêutico

O dr. César Augusto Sabadini da Silva tinha apenas 20 anos quando começou a trabalhar com entregas em uma drogaria próxima ao bairro em que morava, em São José do Rio Preto. Lá passou a ter contato com a rotina farmacêutica, com clientes e, como sempre se interessou pelo contato com as pessoas, decidiu que era dentro de uma drogaria que realizaria o seu sonho de trabalhar junto à comunidade. Em pouco mais de seis meses, passou da entrega para o balcão e chegou ainda mais perto do seu objetivo.

Divulgação Com muito sacrifício cursou Farmácia e trocou a profissão de motoboy pela de farmacêutico. Hoje atua junto à comunidade carente na periferia de São José do Rio Preto, orientando os clientes da drogaria e melhorando a saúde da população. Dr. César realiza uma série de abordagens educativas com a comunidade e seus ouvintes mais fiéis são os adolescentes. Entre os temas mais recorrentes estão gravidez na adolescência e o uso da pílula do dia seguinte. “Infelizmente ainda há muitas pessoas sem acesso a orientações,pois nem sempre as ações de educação em saúde desenvolvidas pelo município chegam até as pessoas mais carentes. O retorno é positivo, sinto que criei um vínculo de confiança com a comunidade”,relata o dr. César.

Para ele, a graduação não prepara totalmente o farmacêutico para a assistência direta ao paciente. “Falta humanização no aprendizado acadêmico,mas por enquanto aprendemos isso aqui fora, sem ter medo do trabalho e com muito amor e dedicação ao paciente. É gratificante poder ensinar um pouco do que aprendi para a população.”

 

Nanotecnologia a serviço da Farmácia 

DivulgaçãoDra. Rubiana Mara Mainardes foi uma das sete pesquisadoras brasileiras contempladas com oprêmio L’Oréal-ABC-Unesco para Mulheres na Ciência,edição 2011, com a inscrição do trabalho “Desenvolvimento tecnológico e avaliação da eficácia e toxicidade de sistemas nanoestruturados poliméricos contendo anfotericina B.”

A premiação, ocorrida em setembro, no Rio de Janeiro,é fruto da parceria entre a indústria de cosméticos,a Academia Brasileira de Ciências e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, com o objetivo de incentivar recém-doutoras que desenvolveram projetos científicos de reconhecida importância social. Para ela, o prêmio serve de estímulo para novas pesquisas.

A anfotericina B é um antifúngico de ampla cobertura para infecções sistêmicas em ambiente hospitalar. Apesar de ser efetiva, a substância provoca vários efeitos adversos. “A ideia do projeto foi justamente desenvolver um protótipo de medicamento que exerça a mesma eficácia terapêutica com menos toxicidade, utilizando a nanotecnologia."

Com mestrado e doutorado concluídos na Unesp, dra. Rubiana atualmente é docente na área de desenvolvimentoe controle de fármacos e medicamentos na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro),em Guarapuava (PR), além de coordenar o mestrado em ciências farmacêuticas na mesma instituição e n aUniversidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

 

Teve atitude e fez a diferença 

 Aos 28 anos, a dra. Letícia Mello Rechia recebeu um grande desafio: assumir a responsabilidade técnica de uma indústria que chegou ao mercado nacional em 2010, a Airela. Desde então a farmacêutica atua na planta industrial da empresa em Pedras Grandes (SC),e tem em suas mãos a responsabilidade pelo setor dedesenvolvimento analítico e farmacotécnico, além de encabeçar o lançamento de produtos e responder por quaisquer alterações que os medicamentos necessitem, a fim de aprimorar a qualidade final.

DivulgaçãoHoje, seis colaboradores integram sua equipe na área de desenvolvimento e pesquisa, com perspectiva de aumentodo quadro. Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Santa Catarina, dra. Letícia colocou em prática o tema trabalhado neste ano pelo CRF-SP, ou seja, teve atitude, fez a diferença e, com isso,destacou-se precocemente. “Para assumir uma responsabilidade como essa é necessário ter conhecimento de todo o processo, desde como avaliar a qualidade das matérias-primas utilizadas na produção, até garantir a confiabilidade do medicamento final que chegará aos nossos clientes, para que possa exercer o devido benefício sem causar qualquer efeito contrário, conforme dito em nosso juramento, ‘juro não oferecer drogas que,conscientemente, saiba eu serem nocivas à saúde”.


 

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