São Paulo, 18 de julho de 2017
A Comissão Assessora de Saúde Pública do CRF-SP promoveu durante o 3º Espaço Âmbito Farmacêutico o 7º Seminário de Saúde Pública, que debateu famacovigilância no serviço público, Saúde Baseada em Evidência e a atuação do farmacêutico na equipe multidisciplinar na atenção básica com foco na implementação e cuidado.
Dra. Heliana Raimunda de Macedo, coordenadora da Comissão Assessora de Saúde Pública do CRF-SP, fez uma análise dos quase 30 anos do SUS e os principais pontos a serem avançados. “Algumas questões crucias que devemos rever para sobrevivência e consolidação do SUS, hoje, são a judicialização, a regionalização, a inovação científica e tecnológica, o financiamento, a participação social e modelos de gestão”.
Dra. Talita Aona Mazotti falou sobre farmacovigilância no Serviço Público. Ela ressaltou que nenhum medicamento é 100% seguro e que o farmacêutico deve avaliar a gravidade, a probabilidade de ocorrência/taxa de incidência dos efeitos adversos e o impacto, no sentido de manejo e reversibilidade do dano.
“O perfil de segurança do medicamento só pode ser avaliado na fase pós comercialização, pois os ensaios clínicos e as limitações da fase pré-comercialização possuem curto espaço de tempo, menor tamanho e variação populacional e polimedicação limitada”.
Dando sequência, Dra. Evelinda Trindade falou sobre saúde baseada em evidência: o uso nas práticas clínicas. Um dos problemas apresentados pela farmacêutica é que há muitas definições e indefinições em relação ao que é evidência, por exemplo, como saber se um artigo tem mais evidência que outro que diz exatamente o contrário? Nesse sentido, segundo a ministrante, deve-se utilizar o artigo que mostrar que os seus resultados têm mais chance de serem reproduzidos.
No período da tarde, Dra. Maria Gabriela Borracha Gonçalves e Dr. Felipe Tadeu Carvalho Santos falaram sobre atuação do farmacêutico na equipe multidisciplinar na Atenção Básica.
Dra. Maria Gabriela destacou o cuidado farmacêutico. “O cuidado constitui a ação integrada do farmacêutico com a equipe de saúde, centrada no usuário, para promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos. Ele visa à educação em saúde e à promoção do uso racional de medicamentos por meio dos serviços da clínica farmacêutica e das atividades técnico-pedagógicas voltadas ao indivíduo, à família, à comunidade e à equipe de saúde”.
Já Dr. Felipe Tadeu abordou a implementação do farmacêutico na equipe multidisciplinar. Ele apontou que o cenário da assistência farmacêutica na atenção básica ainda tem predomínio de atividades logística-administrativas, ações centradas no medicamento, atividades tecnicistas e pouco humanísticas e fragmentação das ações e serviços, mas que isso precisa mudar.
“O cuidado farmacêutico constitui a ação integrada do farmacêutico com a equipe de saúde, centrada no usuário, para promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos. Visa à educação em saúde e à promoção do uso racional de medicamentos prescritos e não prescritos, de terapias alternativas e complementares, por meio dos serviços da clínica farmacêutica e das atividades técnico-pedagógicas voltadas ao indivíduo, à família, à comunidade e à equipe de saúde.”
Monica Neri
Assessoria de Comunicação CRF-SP
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