Comissão Assessora de Homeopatia do CRF-SPComissão Assessora de Homeopatia do CRF-SPComissão Assessora de Homeopatia do CRF-SPSão Paulo, 18 de julho de 2017.

Um dos quatro eventos em destaque foi o I Seminário de Farmácia Homeopática: Farmácia Clínica. Entre os assuntos debatidos estiveram as possibilidades, vulnerabilidades e o respaldo legal na farmácia clínica homeopática, além disso, os palestrantes abordaram a capacitação e postura profissional do farmacêutico e discutiram casos clínicos com os participantes. O evento, que incluiu além de farmacêuticos, um médico, uma odontóloga e um advogado, mostrou a evolução da homeopatia e todos enfatizaram o direito do paciente de escolher a terapia, já que é o principal responsável pela saúde.

O evento se caracterizou por envolver vários profissionais. Para falar sobre as possibilidades na farmácia homeopática, a odontóloga Dra. Ana Elisa Padula falou sobre sua experiência. “Conversando com colegas farmacêuticos percebia que eles não tinham a quem encaminhar os pacientes que queriam fazer um tratamento homeopático. Havia muitos farmacêuticos e poucos médicos. Hoje, com a farmácia sendo um estabelecimento de saúde é uma obrigação dialogar, entrar em contato com o médico e vivenciar a homeopatia. Dra. Ana Elisa destacou seu trabalho no tratamento homeopático de crianças autistas. “Os resultados em um mês foram crianças que passaram a interagir mais. Temos parceria com psicólogos também. Com uma equipe multidisciplinar a homeopatia a homeopatia ganha e cresce muito”.

A farmacêutica e filósofa Dra. Mafalda Biagini abordou as vulnerabilidades da farmácia clínica homeopática como as contradições em algumas legislações, a sedução pela propaganda, o que está diretamente relacionado à ética quando há prioridade pelos objetivos financeiros em detrimento aos benefícios do paciente e outro aspecto que vulnerabiliza a homeopatia é o acúmulo de funções. “Dentro de todas as atribuições do Responsável técnico na farmácia eu me pergunto: Quando ele terá tempo para desenvolver as atividades clínicas?”.

Dra. Rosa Malena Massura, vice-coordenadora da Comissão Assessora de Homeopatia do CRF-SP e dra. Marcia Borges, coordenadora da Comissão Assessora de Homeopatia do CRF-SPDra. Rosa Malena Massura, vice-coordenadora da Comissão Assessora de Homeopatia do CRF-SP e dra. Marcia Borges, coordenadora da Comissão Assessora de Homeopatia do CRF-SPDra. Rosa Malena Massura, vice-coordenadora da Comissão Assessora de Homeopatia do CRF-SP e dra. Marcia Borges, coordenadora da Comissão Assessora de Homeopatia do CRF-SP

Dra. Mafalda elencou algumas conclusões para a efetividade da farmácia clínica homeopática como harmonizar a legislação, farmácias devem ter vários farmacêuticos para atender as exigências se atividades clínicas, capacitação e habilitação dos farmacêuticos, profissionais que resistem à sedução da prescrição e valorizam o uso racional e o acompanhamento farmacoterapêutico.
O médico Hylton Luz, amplo defensor da homeopatia, ressaltou que a política de práticas integrativas e complementares acolhe todos os atores da saúde e é disso que a humanidade precisa no momento. “A PNPIC já tem 11 anos, mas não aconteceu, é uma política que veio para garantir o direito à população usuária do SUS. Nós precisamos lutar pela democratização da saúde, o paciente tem o direito de escolher o seu tratamento”.

Dra. Ana Elisa Padula e dra. Mafalda Biagini Dra. Ana Elisa Padula e dra. Mafalda Biagini Dra. Ana Elisa Padula e dra. Mafalda Biagini

A coordenadora da Comissão Assessora de Homeopatia do CRF-SP, Dra. Márcia Borges apresentou o respaldo legal para a farmácia clínica homeopática e ressaltou que o farmacêutico homeopata sempre teve a visão integral do homem. “Todas as informações sobre seu estilo de vida, suas características físicas e emocionais são levadas em conta. Assim educar, orientar, desenvolver a autonomia da própria saúde, sempre fizeram parte da assistência farmacêutica em homeopatia”.

Ela também chamou a atenção para a chamada “indicação farmacêutica” em homeopatia que sempre aconteceu no Brasil. “Casos simples, em que o farmacêutico homeopata julgava ser pertinente sua atuação, baseado na filosofia e racionalidade terapêutica da homeopatia. Os casos mais complexos sempre foram encaminhados ao médico homeopata sem problemas”. Dra. Marcia apresentou as principais regulamentações da área clínica como a lei 13.021/14 e as resoluções 585 e 586/13. Especialmente sobre a homeopatia mostrou a Resolução do CFF nº 635/16.
Sobre o futuro da farmácia clínica homeopática, Dra. Márcia é enfática “Pode ser um grande sucesso ou um grande fracasso! Nós, farmacêuticos homeopatas podemos e estamos criando uma história como prescritores. Cabe a cada um saber que caminho devemos tomar individualmente e como comunidade”.

Dr. Hylton Luz, Dr. Roberto Tadao e Dr. Paulo Lorandi Dr. Hylton Luz, Dr. Roberto Tadao e Dr. Paulo Lorandi Dr. Hylton Luz, Dr. Roberto Tadao e Dr. Paulo Lorandi

O Seminário contou ainda com uma palestra do farmacêutico Dr. Paulo Lorandi que tratou sobre ética. “O Código de Ética não diz quem é o bom profissional, mas diz que quem infringi-lo será o mau. Nossa profissão deve ser pautada não apenas pelo benefício ao ser humano, mas também ao meio ambiente”. Ele destacou ainda um resumo dos trâmites de um processo ético disciplinar. O advogado Roberto Tadao complementou as informações destacando algumas resoluções importantes para a área, além de chamar a atenção para não confundir anamnese com diagnóstico.

Os participantes também discutiram alguns casos clínicos com sugestões de ações em determinadas situações que aconteceram em farmácias.

 

Thais Noronha

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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