Medicamentos contra doenças cardiovasculares podem alterar genética do DNA

 


2017 07 12 Post2017 07 12 PostSão Paulo, 12 de julho de 2017

O portal Hora de Santa Catarina publicou no dia 01/07 uma matéria falando sobre a alteração prejudicial que medicamentos para o tratamento de doenças cardiovasculares fazem no DNA. O site levou em consideração o estudo feito pelo jornal científico Nature Scientific Reports. Confira abaixo a matéria na integra.

Os bloqueadores beta (propranolol, atenolol, etc.) são comumente usados em todo o mundo para tratar uma variedade de doenças cardiovasculares como hipertensão, arritmias e insuficiência cardíaca. Os cientistas sabem há décadas que os medicamentos funcionam retardando a frequência cardíaca e reduzindo a força da contração do coração — diminuindo o trabalho realizado pelo músculo cardíaco.

No entanto, novas pesquisas da Universidade de York, Canadá, mostraram que esses medicamentos também revertem uma série de alterações genéticas potencialmente prejudiciais associadas à doença cardíaca.O código genético dentro do núcleo das células, o DNA, controla todas as funções das células do organismo. E para fazer isso, esse DNA envia mensagens utilizando uma outra molécula parecida com ele, que é chamada RNA.

Usando um método ultrarrápido de sequenciamento de RNA em um modelo experimental de insuficiência cardíaca, os pesquisadores identificaram os principais comandos genéticos executados pelo DNA das células do coração, em animais sofrendo de insuficiência cardíaca. Em seguida, eles exploraram o que aconteceu com esse padrão de expressão genética quando o tratamento com bloqueadores beta foi utilizado.

O que os pesquisadores descobriram não só os surpreendeu, mas poderá ter implicações importantes para o tratamento das doenças cardíacas no futuro. Os bloqueadores beta revertem amplamente o padrão de expressão gênica observado na insuficiência cardíaca, trazendo-o de volta para o normal.

Isso pode significar que a reversão ou supressão da expressão desses genes por bloqueadores beta é, de alguma forma, protetora contra a insuficiência cardíaca. Essa descoberta é muito importante, pois poderá permitir que se façam medicamentos direcionados para esses genes, tornando o tratamento das doenças cardíacas muito mais eficiente.

Coração inflamado

Curiosamente, o estudo também descobriu que alguns genes relacionados com o funcionamento do sistema imunológico estavam desregulados na insuficiência cardíaca, apoiando pesquisas recentes que sugerem que o sistema imunológico e a inflamação estão envolvidos em doenças cardíacas.

Ataques cardíacos enfraquecem o coração, levando à insuficiência cardíaca. Milhares de pessoas são portadores de insuficiência cardíaca no mundo, e essa doença deverá aumentar à medida que mais e mais pessoas sofrem ataques cardíacos e sobrevivem graças à melhoria dos atendimentos de emergência, vivendo assim por mais tempo.

O estudo foi publicado no jornal científico Nature Scientific Reports.


 

Assessoria de Comunicação CRF-SP (Fonte: A Hora de Santa Catarina)

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