Vivenciando a ética da profissão

 

 

2017 05 31 braganca palco 300x2002017 05 31 braganca palco 300x200São Paulo, 25 de maio de 2017

A Universidade São Francisco (USF), em parceria com o CRF-SP, promoveu na última quarta-feira, 24/05, a IV Plenária Ética Simulada – Vivenciando a ética da profissão farmacêutica – no Campus de Bragança Paulista.

O projeto é realizado pelos alunos do 9°semestre de Farmácia da USF, que desenvolvem uma simulação de infração do código de ética profissional e, logo após, realizam uma plenária ética para julgar o profissional fictício envolvido com o caso.

O objetivo é o estudo, na prática, de conteúdos sobre Deontologia Farmacêutica, estimulando os acadêmicos à prática farmacêutica ética e comprometida.

Presente no evento, dr. Pedro Eduardo Menegasso, presidente do CRF-SP, ressaltou que é um orgulho muito grande para a entidade ver uma universidade com essa preocupação.  “Nós temos um problema cultural muito sério no Brasil relacionado à ética e isso precisa mudar, principalmente quando falamos da área da saúde, em que um erro pode levar a morte. Em relação ao julgamento ético da profissão, a única forma de nos aproximar ao máximo da justiça é buscar ser o mais preciso possível, o mais imparcial possível e o menos emocional possível, analisando fatos e provas, recorrendo à legislação e deixando a emoção de lado”.

Dr. Carlos Eduardo Pulz Araujo, coordenador do Curso de Farmácia do Campus Bragança Paulista, lembrou que essa atividade já faz parte do calendário do curso de Farmácia como projeto pedagógico. “Essa prática é realizada através de uma metodologia ativa e envolve uma pesquisa de campo, que coroa toda a formação do aluno, de tal maneira que essa atividade os leva a investigar aspectos éticos, políticos, farmacológicos, toxicológicos, de urbanidade e cidadania”.

2017 05 31 braganca dupla 12017 05 31 braganca dupla 1Dr. Pedro Eduardo Menegasso e dr. Carlos Pulz Araujo

Professor do primeiro semestre de Farmácia, dr. Joaquim Gilberto de Oliveira, aponta que a estratégia de unir alunos de todos os semestres para assistir a uma plenária simulada é fundamental na formação desses acadêmicos. “Dessa maneira, os alunos, desde o começo do curso, aprendem a conviver com as obrigações e a questão ética da profissão. ”

Dr. Fábio Ribeiro, conselheiro do CRF-SP, também esteve presente na apresentação. “Na qualidade de professor e conselheiro eu entendo que uma vivencia desse tipo é maravilhosa, pois aproxima os acadêmicos da realidade da plenária e traz o comprometimento com a profissão.”

Um dos idealizadores do projeto e o professor de Deontologia e Legislação Farmacêutica da USF, dr. Rodinei Veloso, expôs que essa proposta pedagógica é uma oportunidade única para fazer com que esses alunos, que em breve serão farmacêuticos, entendam qual é o objetivo da ética profissional.

“Precisamos mostrar que existe o mundo real, além do mundo virtual. Esse mundo real só se aprende com a vivência e com a prática. Essa plenária ética simulada não é só para julgar um processo simulado, é também para que esses futuros profissionais entendam sobre as legislações da Farmácia, conheçam nosso código de ética e saibam até onde vai nossa responsabilidade na condução da saúde da população. ”

2017 05 31 braganca dupla 22017 05 31 braganca dupla 2Dr. Rodinei Veloso e Dr. Fábio Ribeiro

Os alunos também falaram sobre o aprendizado com a vivencia proposta. “Para a acadêmica Desirre Fatichi, a teoria é diferente da prática e ensina muito. “Esse tipo de atividade é muito importante para que percebamos como um erro na área farmacêutica pode trazer consequências graves na saúde de um paciente.”

Já Ricardo Ferrari, que interpretou o presidente do conselho na simulação, afirmou que com o ensino apenas dentro da sala de aula é um pouco mais difícil de ter a percepção real dos conteúdos de ética e legislação. “Com a experiência de simular uma plenária é mais fácil de entender e debater com clareza os assuntos de ética, tornando mais fácil o aprendizado.”

Campinas

Na segunda-feira, dia 29/5, foi a vez do Campus Campinas da USF realizar a atividade, que contou com a participação da vice-presidente do CRF-SP, dra. Raquel Rizzi, do diretor-tesoureiro, dr. Marcos Machado, do secretário-geral do CRF-SP, dr. Antonio Geraldo dos Santos, de conselheiros e diretores regionais, além de professores e coordenadores da universidade.

Dra. Raquel reafirmou o compromisso do CRF-SP em apoiar a plenária simulada. “A formação dos alunos perpassa as atividades práticas e o conselho estar perto da universidade para adequar a realidade dos alunos é muito importante”.

Dr. Marcos acrescentou que o Brasil vive um momento ímpar em relação à ética. “É uma forma de aprendizado interessante para que o aluno entenda o que é um processo ético e a função do CRF-SP, que é fundamentalmente defender a ética da profissão e proteger a sociedade de maus profissionais.”

Dr. Antonio Geraldo relatou que o evento mostra que a USF não está apenas pensando em formar bons farmacêuticos técnicos. “É uma demonstração de como formar bons seres humanos. Espero que o exemplo se espalhe por todo o Estado e País”. 

2017 05 31 campinas diretoria trio2017 05 31 campinas diretoria trioDr. Marcos Machado, dra. Raquel Rizzi e dr. Antonio Geraldo dos Santos

A coordenadora do curso de Farmácia do campus, dra. Michele Polli, salientou a parceria com o CRF-SP. “O apoio é essencial para o sucesso da atividade, porque ele possibilita casos reais, que são enviados pelo conselho, para os alunos estudarem a ética”.

O diretor do campus Campinas, dr. Fernando Gentile, disse que somente pelo fato de fazer o aluno pensar em ética, a simulação já é uma excelente proposta. “O que a universidade ganha com essa atividade é um profissional melhor preparado. Para o aluno o ganho é entender melhor algumas demandas da sociedade e da própria profissão. Porém, acredito que o ganho maior ocorra para a sociedade, que necessita de profissionais éticos.”

2017 05 31 campinas trio 22017 05 31 campinas trio 2Dr. Fernando Gentile, dra. Michele Polli e dr. Rodinei Veloso

A acadêmica de Farmácia do campus, Barbara Freitas, que atuou como conselheira relatora na simulação, frisou que é primordial que esse trabalho ocorra no último semestre. “É uma oportunidade de retomar assuntos que vimos ao longo de toda a graduação". Para ela, "o farmacêutico tem um papel vital na saúde da população, mas ele tem que lembrar, principalmente, de agir com ética para manter o prestigio da profissão e essa plenária executa muito bem esse papel.”

Já o aluno Henrique Tosta, que interpretou o secretário-geral do conselho, reforçou o fato da atividade agregar conteúdos além da disciplina de Deontologia. "Nós retomamos assuntos também de outras disciplinas, como farmacologia, por exemplo. Também é importante porque acabamos entrando em contato na prática com o que, talvez, não pudéssemos conhecer antes de atuar no mercado.” 

 

 

Monica Neri
Assessoria de Comunicação CRF-SP

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