Dra. Michelangela Caldas conta como foi ser premiada
São Paulo, 25 de maio de 2017.
Submeter trabalhos científicos em congressos pode representar uma mudança positiva na carreira acadêmica e profissional de qualquer farmacêutico. Imagine então ser premiado no maior congresso farmacêutico da América Latina e ver sua pesquisa publicada em uma revista internacional, de elevado conceito científico como a Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences.
Nesse espaço você irá acompanhar o depoimento de farmacêuticos premiados em 2015, no XVIII Congresso Farmacêutico de São Paulo, e que relataram a transformação proporcionada pela experiência e como o reconhecimento da comunidade acadêmica resultou em avanços profissionais. Nesta semana, veja a história da Dra. Michelangela Caldas, que foi primeira colocada na categoria posters:
- Explique resumidamente qual foi o objetivo do seu trabalho?
O trabalho teve como objetivo avaliar a atividade proteolítica (ou seja, capacidade de quebra de proteínas em subunidade menores chamadas peptídeos) de duas espécies de lactobacilos (lactobacillus paracasei e lactobacillus rhamnosus) que foram adicionadas em soro de queijo tipo coalho de cabra. A atividade proteolítica desses micro-organismos foi avaliada porque o micro-organismo que mais promovesse a formação de peptídeos teria mais atividade de proteolise e esses peptídeos poderiam ter atividades biológicas como por exemplo melhora do transito intestinal e melhora da pressão arterial. A atividade biológica não foi estudada neste trabalho, mas este trabalho serviu de base para outra dissertação que está sendo desenvolvida no Núcleo de Pesquisa e Extensão em Alimentos (NUPEA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
- O que você fazia na ocasião? Só estudava ou também trabalhava?
No ano do congresso era estudante de mestrado, no programa de mestrado em ciências farmacêuticas da UEPB e trabalhava como técnica de laboratório do NUPEA, no campus de Campina Grande.
- O que faz atualmente? Onde mora? Quais seus objetivos profissionais?
Atualmente atuo como docente no curso de medicina das Faculdades Integradas de Patos, localizada na cidade de Patos, Paraíba, e da Faculdade de Ciências Médicas (FCM-Unifacisa), em Campina Grande. Além da atuação como docente, sou doutoranda no programa de ciências farmacêuticas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, Pernambuco. Atualmente resido em Campina Grande e como objetivos profissionais, pretendo terminar o doutorado e continuar na profissão de docente.
- Como foi a experiência de apresentar o trabalho e ser premiada? Esperava por isso?
A experiência de participar do Congresso foi muito enriquecedora, pois pude partilhar a minha pesquisa de mestrado com outros pesquisadores e ter contato com outras pesquisas desenvolvidas no Brasil. Ter o trabalho premiado foi uma surpresa muito boa e incentivadora, pois demonstra que estamos no caminho certo no desenvolvimento de pesquisas relevantes e que tragam benefícios futuros à sociedade.
- Você ganhou algum reconhecimento depois da premiação?
Ganhei, além da minha satisfação pessoal por ter um trabalho premiado, o reconhecimento da minha orientadora, do programa de mestrado em Ciências Farmacêuticas da UEPB e do NUPEA, onde foram desenvolvidas boa parte das análises do projeto.
-Você recomenda que outros estudantes/pesquisadores também submetam trabalhos em Congressos?
Recomendo, pois é uma experiência enriquecedora para quem gosta de pesquisa e pretende seguir uma vida acadêmica/pesquisadora.
Participe você também do XIX Congresso Farmacêutico de São Paulo submetendo seu trabalho científico. As inscrições estão abertas até o dia 30 de junho. Os resumos devem ser inéditos, ou seja, não terem sido publicados em nenhum congresso previamente e redigidos dentro da formatação descrita nas normas.
Clique aqui, veja o regulamento e inscreva-se.
Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP
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