Diabéticos não devem reutilizar agulha de insulina, alerta estudo

 

Diabéticos não devem reutilizar agulha de insulina, alerta estudoDiabéticos não devem reutilizar agulha de insulina, alerta estudoSão Paulo, 5 de abril de 2017.

A reutilização de agulhas e seringas para a insulina coloca em risco a saúde do paciente e não é uma prática recomendada. Essa foi a conclusão da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) em posicionamento oficial inédito, divulgado na semana passada com o objetivo de orientar sobre o tratamento injetável do diabetes aos profissionais de saúde.

Entre diversas recomendações práticas para aplicação e autoaplicação de insulina em pessoas com diabetes, a indicação da não reutilização de agulhas e seringas é um dos pontos de destaque, porque o reúso é um hábito comum entre os pacientes no Brasil.

Embora a recomendação da Anvisa e dos fabricantes seja o uso único, o mesmo insumo chega a ser usado pelos pacientes em três a cinco aplicações. Os motivos da reutilização são conveniência, economia, falta de outra seringa ou agulha e falta de orientação apropriada por parte dos profissionais de saúde.

“A reutilização de agulhas pode estar associada ao desenvolvimento de lipo-hipertrofia, infecções do tecido subcutâneo, casos inexplicados de hipoglicemia, variabilidade glicêmica, leve aumento da HbA1C, dor e desconforto nas aplicações”, concluiu o posicionamento. “O reúso de agulhas e seringas de insulina não é uma prática adequada e, portanto, os pacientes deverão ser desencorajados em relação a essa postura”.

A SBD alerta, ainda, que as agulhas, assim como seringas, não são mais estéreis após o primeiro uso e trazem risco de contaminação.

Estudo global

O conteúdo do posicionamento da SBD é resultado de ampla enquete internacional, com 183 especialistas em diabetes, de 54 países, que fizeram parte de um fórum global da doença em Roma, na Itália, em 2015. Além da expertise dos especialistas e revisão de estudos científicos, a discussão também foi baseada nos resultados da pesquisa com mais de 13 mil pacientes em tratamento insulínico, realizada em 42 países, em que o Brasil participou com 255 pacientes, em cinco centros de referência em diabetes (São Paulo, Curitiba, Brasília, Uberaba e Porto Alegre).

O posicionamento da SBD está em linha com um estudo publicado em 2016 no periódico Mayo Clinic Proceedings. O corpo editorial de especialistas em diabetes no Brasil revisou as recomendações de maneira aplicável à realidade brasileira.

Clique aqui para ler na íntegra o posicionamento divulgado pela SBC.

 

Assessoria de Comunicação CRF-SP

(Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes)

 

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