José Roberto Guimarães falou sobre trajetória até a vitória
Auditório da Unip campus Vergueiro lotado durante o evento em comemoração ao Dia do FarmacêuticoAuditório da Unip campus Vergueiro lotado durante o evento em comemoração ao Dia do FarmacêuticoSão Paulo, 20 de janeiro de 2017.
O dia 20 de janeiro foi marcado pelo Seminário Internacional – atuação clínica: a prática farmacêutica do século XXI, realizado na Unip Vergueiro, na capital.
As inscrições esgotadas com antecedência mostraram o quanto o farmacêutico está inserido nesse novo contexto da prática clínica no Brasil. Mais de 600 profissionais acompanharam de perto as oportunidades relacionadas à atuação com foco no paciente e na prestação de serviços.
As boas-vindas foram dadas pelo presidente do CRF-SP, dr. Pedro Eduardo Menegasso, com a apresentação com exclusividade da campanha publicitária que destaca o Dia do Farmacêutico na TV, rádio, jornal, portal, metrô, outdoor e painéis rodoviários. “Demos prioridade para mostrar à população em todas as peças publicitárias o foco do farmacêutico no paciente e não no medicamento. É uma linguagem fácil e objetiva para que todos possam entender esse novo contexto profissional”.
Dr. Pedro Menegasso (presidente do CRF-SP), dr. Marcos Machado (diretor-tesoureiro do CRF-SP) e dr. Alípio Oliveira (coordenador do curso de Farmácia da Unip)
Dr. Pedro Menegasso (presidente do CRF-SP), dr. Marcos Machado (diretor-tesoureiro do CRF-SP) e dr. Alípio Oliveira (coordenador do curso de Farmácia da Unip)
Em um dia de homenagens, o CRF-SP também presenteou o farmacêutico com o lançamento do Manual Prático de Dispensação, material à disposição no portal e que aborda temas como devolução ou troca de medicamentos, notificações de receitas, intercambialidade, responsabilidades na dispensação, entre outros.
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Transformando a teoria em prática
Para contextualizar a prática clínica no Brasil, o painel apontou a transformação da teoria em prática da atuação clínica do farmacêutico. Dr. Wellington Barros da Silva, consultor do Conselho Federal de Farmácia na área clínica, falou sobre as características do farmacêutico do século XXI. “Mais do que conhecimento, o farmacêutico precisa ter habilidade, atitude, ser proativo, mostrar a capacidade de resolver problemas, desenvolver espírito crítico, já que as atividades clínicas exigem raciocínio, habilidades que são fundamentais a todos os profissionais do século XXI que querem ser bem-sucedidos”.
Dr. Wellington Barros da Silva e dra. Maria Denise Ricetto WitzelDr. Wellington Barros da Silva e dra. Maria Denise Ricetto Witzel
Já a dra. Denise Funchal, gerente acadêmica e coordenadora de cursos da Racine, mostrou as dificuldades e avanços da área no Brasil. “Os desafios do reconhecimento profissional e da Farmácia Clínica somente serão vencidos quando o paciente vivenciar a prática clínica efetivamente em vários ambientes”.
Ela ressalta ainda que não há tantos ambientes de prática no país. “As farmácias precisam evoluir muito, às vezes os profissionais se interessam pelo tema, se capacitam, mas não encontram espaço no mercado de trabalho. Existe um descompasso de ambientes de trabalho com base na clínica para qual ele começa a ser formado”.
Outro aspecto destacado pela dra. Denise foi a falta de reconhecimento por parte da população, pelo fato dela não ter vivenciado o trabalho do farmacêutico de uma forma mais completa. “Muitos proprietários que não são farmacêuticos também não enxergam esse diferencial”.
A prática clínica no Reino Unido e Portugal
Duas experiências internacionais mostraram aos farmacêuticos participantes as diferenças da atuação do profissional na Europa. Do Reino Unido veio o farmacêutico do North-East London Local Pharmaceutical Committee, dr. Olaolu Oloeyede. Em seguida, a realidade em Portugal foi apresentada pela presidente da seção de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos de Portugal, dra. Ema Paulino.
Dr. Olaolu apontou que os melhores resultados obtidos com a prática clínica acontecem quando o atendimento adota uma abordagem que não se preocupa apenas com os aspectos de saúde, mas também com fatores relacionados. “Percebemos que quando empoderamos o paciente com seu próprio cuidado, quando estão envolvidos e assumem a responsabilidade, os resultados são mais efetivos. Essa mudança de mentalidade promove melhoria na saúde da população e reduz os custos do sistema de saúde”, afirmou.
Dr. Olaolu Oloeyede (Reino Unido) e dra. Ema Paulino (Portugal)Dr. Olaolu Oloeyede (Reino Unido) e dra. Ema Paulino (Portugal)
Já a farmacêutica portuguesa dra. Ema Paulino apontou que o farmacêutico deve prestar serviços no momento da dispensação para aumentar a efetividade e segurança do tratamento. “É aí que está a farmácia clínica, no reconhecimento de que precisamos adicionar orientação ao medicamento. Muitas farmácias trabalham em parceria com nutricionistas, enfermeiros e podólogos, para no caso do diabético por exemplo, elaborar um plano de alimentação, trabalhar com prevenção e evitar até que o pé corra o risco de ser amputado. Outro destaque foi na aplicação de vacinas, um serviço cobrado nas farmácias e que traz conforto e confiança ao paciente”.
“Para sonhar grande ou pequeno, nós gastamos a mesma energia”
José Roberto Guimarães, técnico da seleção brasileira de voleibol femininoJosé Roberto Guimarães, técnico da seleção brasileira de voleibol femininoA medalha de ouro do Encontro ficou com a palestra motivacional do tricampeão olímpico e atual técnico da seleção brasileira de voleibol feminino, José Roberto Guimarães, que trouxe reflexões sobre como superar os desafios e enfrentar mudanças na vida pessoal e profissional.
José Roberto discorreu por uma hora e meia sobre sua trajetória de vida. “Eu escolhi sonhar grande e precisei trabalhar duro para chegar onde cheguei”.
O técnico que já enfrentou grandes vitórias, mas também algumas derrotas marcantes como na Olimpíada do Rio de Janeiro, no ano passado, e, especialmente, na olimpíada de 2004, ocasião em que a equipe brasileira perdeu na semifinal para a Rússia quando teve a chance de cinco match points. “Fui ao fundo do poço. Tinha vergonha de sair na rua. Quem me ajudou foi a família”, revelou.
Depois dessa difícil experiência, foi bicampeão olímpico: em 2008, em Pequim, e em 2012, em Londres. Zé Roberto encarou a derrota como algo que faz parte da vida. “Ninguém pode escapar delas, mas que os desafios são as melhores coisas do mundo”, comentou. Para reencontrar a vitória, precisou quebrar paradigmas, foi para o exterior estudar as adversárias e aprender mais sobre a alma das mulheres.
O palestrante entende que as pessoas são capazes de ser sempre melhores, mas que, para isso, é necessário preparação e planejamento. “Tenho alma de professor, nasci para isso, enquanto eu tiver força, vou continuar nesse caminho. Quando coloco a camisa da seleção, estou com muito orgulho representando 200 milhões de pessoas”, disse.
O fechamento desse dia especial deixou claro que a atuação clínica é uma oportunidade de o farmacêutico mostrar à sociedade o quanto seu trabalho pode ser o diferencial na vida de cada paciente. A mudança, como disse José Roberto, pode ser difícil no começo, mas com treinamento, preparação e planejamento, tende a levar a resultados positivos.
Seja na vida profissional ou pessoal, o tri campeão olímpico deixa a mensagem: “A vitória é um detalhe, a preparação é tudo”.
patrocinadores
Carlos Nascimento, Mônica Neri e Thais Noronha
Assessoria de Comunicação CRF-SP
