Em relação à administração de medicamentos, o estudo classificou os erros em cinco tipos: não administração do medicamento, horário errado, dose errada, droga errada e via errada. Os erros ainda foram classificados por via de administração e por classe terapêutica.

A iniciativa de identificar quais seriam esses fatores de risco na administração de medicamentos partiu dos dados cada vez mais comuns e alarmantes, que comprovam o fato de que muitos eventos adversos ocorrem com pacientes hospitalizados por erro da equipe de saúde.

Os resultados da pesquisa apontaram que ocorreram um total de 74,5 eventos por 100 pacientes-dia, sendo a maioria relacionada a horário errado e não administração da medicação. Alguns fatores organizacionais estão intimamente relacionados aos erros, em 32% dos casos o excesso de trabalho foi considerado responsável pelos erros. Entre outras causadas apontadas estão: mudança do nome da medicação (18%), comunicação apenas escrita (14%), comunicação apenas oral (10%), violação de protocolo/padrão (9%).

Outros erros podem estar relacionados ao alto número de pacientes e leitos por enfermeiro, além da ausência da prescrição eletrônica, que reduz comprovadamente grande parte dos problemas. Em alguns países, como Portugal, constatou-se que os erros de medicação são responsáveis por sete mil mortes por ano, número que evidência a urgência em sistematizar a assistência entre unidades, plantões e entre os profissionais integrantes da equipe de saúde.

Locais com políticas de segurança do paciente bem estabelecidas produzem um impacto positivo na redução do risco de erros com medicação e promovem a mudança postural dos profissionais, fazendo com que estes fiquem mais atentos e preocupados em evitar erros.

 

Luana Frasca

Assessoria de Comunicação

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