A decisão se baseia em exames do Instituto Adolfo Lutz que revelaram problemas em amostras do produto, que poderiam tornar ineficaz a ação contraceptiva.

O Nociclin está na lista do Programa Farmácia Popular, do governo federal. Segundo a EMS (empresa fabricante do anticoncepcional), os lotes interditados não foram comercializados no varejo, tendo sido destinados exclusivamente ao Ministério da Saúde para distribuição às redes públicas de saúde estaduais.

O Ministério da Saúde informou que 20 milhões de cartelas de Nociclin foram distribuídas em nove estados brasileiros por meio do programa Saúde da Mulher. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda não decidiu se vai suspender o anticoncepcional nesses estados.

Segundo informações da Anvisa, análises feitas pelo laboratório EMS nos cinco lotes de Nociclin que vieram para São Paulo - de números 157430, 152933, 156383, 156389 e 156390 - não constataram as irregularidades apontadas pelo Adolfo Lutz.

A agência informou que fará novos exames (contraprova) nos lotes do produto antes de decidir pela interdição ou não em âmbito nacional. Segundo a Anvisa, também serão realizadas análises de outros lotes do anticoncepcional - com ao menos 50 milhões de comprimidos - que foram distribuídos em outros estados.

Por meio de nota, o laboratório EMS informou que realizou testes nos lotes de Nociclin antes de entregá-los ao Ministério da Saúde e que todos eles apresentaram resultados satisfatórios, comprovando a qualidade do produto.

A empresa EMS disse que solicitou ontem a realização de testes de contraprova do produto, "visando o esclarecimento dos fatos e a comprovação da qualidade e segurança do medicamento".

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