Faturamento das associadas a Farmarcas sobe 58% em agosto
30/09/2016 - DCI
A administradora de redes associativistas de drogarias, Farmarcas, registrou em agosto crescimento de 58% no faturamento das associadas, na comparação inter anual.
O valor subiu dos R$ 55 milhões registrados em 2015, para R$ 87 milhões este ano. Para o diretor operacional da empresa, Ângelo Vieira, esse aumento se deve a dois fatores: o crescimento no número de farmácias associadas e a alta individual no faturamento das lojas. "Tivemos um crescimento muito intenso no número de unidades. Em 2015, tínhamos pouco mais de 350; neste ano, já ultrapassamos a marca de 500 operações", afirma.
O executivo credita esse resultado também ao sistema adotado pela administradora. "O modelo que desenvolvemos, priorizando preços acessíveis, e as ferramentas diferenciadas de gestão foram fundamentais para esse resultado", aponta.
Segundo ele, as projeções para os próximos meses são muito positivas, e a ideia é focar ainda mais na estratégia de preços diferenciados. "Estamos otimizando ainda mais nossas ações e dando um maior ênfase na questão dos preços", finaliza.
Reajuste de 18% para plano de saúde é o dobro da média global
30/09/2016 - Valor Econômico
O reajuste dos planos de saúde corporativos, que representam cerca de 65% do mercado, deve ficar na casa dos 18% neste ano no Brasil. Esse percentual é o dobro da média mundial e um dos maiores reajustes considerando um grupo de 55 países. Os dados são de uma pesquisa realizada pela consultoria Willis Towers Watson.
Os maiores aumentos estão concentrados em países com problemas de hiperinflação ou desvalorização da moeda local como a Venezuela, cujo acréscimo previsto é de 200%. Na Zâmbia e Moçambique, estima-se que o preço do convênio médico tenha uma alta de 30% neste ano.
Pelo menos desde 2014, o reajuste dos planos de saúde no Brasil tem sido um dos mais elevados do mundo. Em 2015, o índice foi de 15,7% e em 2014 ficou em 14,1%. Os percentuais se referem a reajustes médios pedidos pelas operadoras de saúde. No Brasil, a maior parte dos contratos de convênio médico empresarial é renovada no segundo semestre. O cálculo normalmente é feito com base no índice de sinistralidade apurado no ano anterior - sendo que o ponto de equilíbrio é 75%.
Segundo Cesar Lopes, consultor sênior de saúde e benefícios da Willis Towers Watson, a alta no país é explicada por uma combinação de fatores. "No Brasil, temos um modelo de plano de saúde em que o risco é praticamente todo da empresa que dá o benefício ao funcionário. O usuário não tem a cultura de um uso responsável", disse. Ele observou que 50% dos custos do convênio médico vêm de internações, mas a outra metade refere-se ao aumento de frequência de procedimentos médicos, sejam consultas ou exames. "É muito comum, no Brasil, a pessoa repetir consultas e exames", acrescentou.
Nos Estados Unidos, os planos de saúde devem ter um reajuste de 5% neste ano, segundo dados da National Business Group on Health. Esse percentual baixo é atribuído à inflação geral americana, que é inferior a 1%, e também ao modelo seguido no país, de seguros médicos com franquia - mecanismo criado para controlar a frequência de uso do plano, semelhante ao adotado em seguro de automóvel. Assim, o usuário que adere a um convênio médico com uma franquia de US$ 1 mil, paga pelos procedimentos médicos até atingir esse valor. Acima disso, a operadora assume os custos. Quanto maior a franquia, menor o valor desembolsado por mês pelo cliente. A ideia central desse modelo é que a operadora pague apenas os procedimentos de alto custo. No Brasil, a ANS está estudando esse formato.
"Também contribui para o reajuste elevado no Brasil a constante inclusão de itens ao rol de procedimentos obrigatórios, com o agravante de que as novas tecnologias não substituem as antigas e há um acúmulo de procedimentos", disse Lopes. Ele afirmou que é comum um médico pedir vários exames similares ao mesmo tempo para o mesmo paciente.
Mais uma Unimed em negociação
30/09/2016 - Valor Econômico
A Unimed Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, está negociando a venda de sua carteira de clientes e hospital. A transação pode ser fechada com uma operadora de plano de saúde que não seja uma cooperativa médica, segundo o Valor apurou.
O presidente da Unimed Pindamonhangaba, José Renato Schmidt, informou que contratou a assessoria da PwC, mas pontuou que "não pode comentar sobre conversas em andamento."
A Unimed Pindamonhangaba tem uma carteira com 15,2 mil usuários e um hospital recém ampliado. Em 2015, a receita líquida caiu 4,5% para R$ 47,3 milhões e a última linha do balanço trouxe um prejuízo de R$ 2,1 milhões, contra um lucro de R$ 4,9 milhões em 2014. Na semana passada, a NotreDame Intermédica anunciou a compra da Unimed ABC. É a primeira vez que uma cooperativa médica é vendida a uma operadora fora do sistema Unimed.
Segundo a Unimed Brasil, entidade que representa as cooperativas médicas, o ideal é que as Unimeds em dificuldades financeiras repassem suas carteiras dentro do próprio sistema e seus médicos cooperados e hospitais prestem serviços às demais cooperativas. "Essa reconfiguração permite que as unidades de menor porte, por exemplo, se integrem regionalmente a operadoras Unimed em situação mais sustentável, fortalecendo a atuação da marca, tanto regional, quanto nacionalmente, diluindo o risco da sinistralidade, racionalizando custos administrativos e melhorando a operação", informa.
Para as Unimeds, a venda para outras operadoras não é interessante, uma vez que um dos atrativos do sistema é a sua presença nacional, ou seja, o cliente pode ser atendido em qualquer cidade.
A Central Nacional Unimed (CNU), Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp) e Seguros Unimed vão criar uma rede de médicos cooperados no ABC paulista para atender os clientes dessa região. A Unimed ABC tem 200 médicos associados que deixam de ser cooperados com a venda à Intermédica. A expectativa é que parte desses médicos venha fazer parte da nova rede, mas nem todos serão absorvidos porque a maioria dos clientes era da Unimed ABC.
Planos de saúde perdem disputa tributária
30/09/2016 - Valor Econômico
As operadoras de planos de saúde perderam uma importante disputa no Supremo Tribunal Federal (STF). Ontem, os ministros entenderam que o setor deve pagar Imposto sobre Serviços (ISS). Porém, não definiram a base de cálculo do tributo nem qual município teria competência para a cobrança.
Era a última cartada do setor. A jurisprudência no Superior Tribunal de Justiça (STJ) é desfavorável às operadoras. As duas turmas especializadas em direito público (1ª e 2ª) entenderam que os planos de saúde devem ser tributados pelos municípios. Porém, o imposto deve ser recolhido apenas sobre a "taxa de administração" recebida - a diferença entre o valor pago pelos consumidores e o que é repassado para os prestadores de serviços (hospitais, clínicas, laboratórios e médicos).
No Supremo, o tema foi analisado com repercussão geral. Portanto, a decisão servirá de orientação para as demais instâncias. No julgamento, foi fixada a tese de que as operadoras de planos de saúde realizam prestação de serviço sujeito ao ISS previsto no artigo 156 da Constituição Federal, que trata da competência dos municípios para a cobrança de impostos.
O caso julgado é de um hospital de Marechal Cândido Rondon (PR). Na sessão, os ministros discutiram se a atividade exercida pelas operadoras de planos se limitava ao mero repasse de recursos ou se deveria ser considerada como prestação de serviço.
A análise do tema foi iniciada em junho. Na ocasião, o relator do caso, ministro Luiz Fux, negou o recurso do contribuinte. Ele afirmou que a Lei Complementar nº 116, de 2003, consolidou a jurisprudência nos tribunais. "Existe a previsão de incidência do imposto tanto aos profissionais de medicina quanto à atividade e o fornecimento de plano de saúde e assistência médica hospitalar", disse.
Ontem, o julgamento foi retomado com o voto-vista do ministro Marco Aurélio. Ele divergiu do relator, defendendo que não incide ISS. De acordo com ele, as operadoras apenas fazem a intermediação, sem a existência de "obrigação de fazer" (prestar serviço médico).
As atividades, segundo Marco Aurélio, podem ser assemelhadas às de venda de seguros. Para o ministro, não é a operadora do plano de saúde que presta os serviços - são médicos e hospitais. Portanto, sua incumbência seria apenas de cobrir custos. "Não se pode falar em serviço prestado. Entender de modo diverso implica a cobrança de ISS em qualquer atividade securatória", afirmou.
De acordo com o advogado Igor Mauler Santiago, do escritório Sacha Calmon, Misabel Derzi Consultores e Advogados, hoje a maior parte dos planos de saúde discute na Justiça a cobrança de ISS. Por isso, a decisão do Supremo poderá gerar ônus financeiro para as empresas e, consequentemente, para os segurados. A alíquota de ISS varia entre 2% e 5%, dependendo da lei municipal.
O advogado ponderou ainda que não ficou delimitado onde os serviços serão considerados prestados - na sede da operadora do plano de saúde ou no domicílio do segurado, por exemplo. Essa indefinição poderá levar municípios diferentes a cobrar o imposto, gerando novas discussões na Justiça.
What's News: A Novo Nordisk
30/09/2016 - Valor Econômico
A Novo Nordisk, farmacêutica dinamarquesa especializada no tratamento de diabetes, anunciou que vai cortar cerca de 1 mil postos de trabalho, do seu quadro total de 42.300 funcionários, devido à maior concorrência no mercado de insulina, responsável por mais de 50% das suas vendas.
STF decide que planos e operadoras de saúde são obrigados a pagar ISS
29/09/2016 - Folha de S.Paulo / Site
O STF (Supremo Tribunal Federal) estabeleceu nesta quinta-feira que as operadoras de planos de saúde são obrigadas a pagar o ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza).
A decisão tem repercussão geral e, por isso, servirá de base para todos os tribunais do país em julgamentos de processos sobre esse tema. Até junho do ano passado, havia 27 ações, que estavam suspensas, aguardando o Supremo bater o martelo a respeito da questão.
O plenário analisou um recurso apresentado pelo Hospital Marechal Cândido Rondon, que oferece plano de saúde próprio. A unidade de saúde, localizada no Paraná, questionava uma decisão do Tribunal de Justiça paranaense, que entendeu ser obrigatória a incidência do tributo a operadores e planos de saúde.
O hospital argumenta que, na condição de administrador de um plano, sua atividade é securitária e não de prestadora de serviço, pedindo a derrubada da decisão do TJ.
Relator da ação, ministro Luiz Fux negou o recurso e manteve a decisão da instância inferior, obrigando a unidade de saúde a recolher ISS.
Ele foi acompanhado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Teori Zavascki, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.
Apenas o ministro Marco Aurélio Mello divergiu do entendimento. Ele havia pedido vista e, nesta quinta, votou a favor do acolhimento do recurso.
Câncer diagnosticado cedo tem tratamento mais barato, diz pesquisa
29/09/2016 - G1 - Jornal Nacional
Uma pesquisa divulgada esta semana reforçou a importância de se começar o tratamento contra um câncer o mais cedo possível. Além de ser mais eficiente, também custa menos para os cofres públicos.
Música no corredor do hospital. Todo alento é bem-vindo quando a luta é contra o câncer.
Mas alívio de verdade é o que a Wanice está sentindo. Operou num dia e já vai embora no outro. Talvez nem precise de quimioterapia. É que o tumor no seio foi descoberto no início.
“Bem pequeno foi diagnosticado bem cedo”.
O tempo correu contra Vanilde. O atendimento na periferia de São Paulo demorou, a falta de informação pesou e o tumor cresceu. Em 2009 ela teve que tirar o seio. Agora a doença voltou.
“Fazer tudo de novo ná, as quimios”.
Além de pôr em risco ou tornar a vida de alguns pacientes tão difícil, o tratamento do câncer custa muito, muito mais caro quando o diagnóstico demora a chegar. E se isso faz diferença no setor privado, pesa ainda mais no serviço público de saúde.
“Muitas vezes um tumor inicial você, com uma cirurgia apenas, consegue resolver. Um tumor mais avançado vai tornando o tratamento mais demorado, mais complexo e mais custoso”, explica o oncologista Diogo Bugano.
Para monitorar os custos, o movimento Todos Juntos Contra o Câncer, que reúne pacientes e profissionais de saúde, criou o Observatório de Oncologia. O primeiro levantamento do grupo foi feito com base nos tratamentos do Icesp, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
Tratar o câncer de intestino ou cólon custa menos de R$ 5 mil no primeiro estágio, mas custará quase R$ 77 mil no terceiro.
O câncer de mama custa pouco mais de R$ 11 mil para ser tratado no começo, mas pula para R$ 55 mil no terceiro estágio.
“A gente precisa reduzir esses tempos entre os sintomas e o diagnóstico e entre o diagnóstico e o tratamento”, afirma Merula Steagall, coordenadora do movimento.
O movimento Todos Contra o Câncer defende maior acesso da população a exames de rastreamento como mamografia, colonoscopia e tomografia.
“Você diminuindo o número de casos avançados, além de aumentar a chance de cura e de sobrevida da população, você, no resultado final, gasta menos, mesmo fazendo exames numa população muito maior”, completa Fernando Cotait Maluf, diretor do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes.
Em Brasília, o ministro da saúde falou do esforço para enfrentar as dificuldades.
“Existe uma limitação na rede para os exames preventivos que nós estamos procurando superar com os investimentos que temos feito com a economia de mais de R$ 1 bilhão que fizemos nos primeiros cem dias de governo, disse Ricardo Barros, ministro da Saúde.
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