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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 30/08/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 

Remédios são vendidos ilegalmente em feiras livres e praças em Fortaleza

29/08/2016 - G1 - Bom dia Brasil


O Bom Dia Brasil mostra flagrantes de um crime que bota em risco a saúde da população. Remédios, inclusive antibióticos, são vendidos livremente em feiras livres em Fortaleza.

Entre os produtos da feira, uma das barracas exibe uma farmácia ambulante: tem todo tipo de remédio em caixas e em cartelas. Com uma câmera escondida, o Bom Dia Brasil mostra como é fácil comprar antibióticos que, por lei, só podem ser vendidos com receita médica válida por dez dias e identificação completa do médico e do paciente.

Com muita movimentação de consumidores e aglomeração de barracas, as feiras livres são os lugares preferidos dos vendedores clandestinos. E eles não podem ser fiscalizados pela Vigilância Sanitária, que só atua em estabelecimentos regulares como as farmácias e drogarias.

Esse é um caso de polícia. “Qualquer venda ilegal de medicamento cabe uma pena, nesse sentido, de dez anos de reclusão", afirma o delegado Romério de Almeida.

Nas três feiras livres de Fortaleza que a equipe do Bom Dia Brasil visitou em uma semana, os remédios são vendidos livremente. Os antibióticos ainda trazem na cartela o aviso de "proibição da venda no comércio”.

O Bom Dia Brasil consultou a Secretaria de Saúde do Ceará e também foi a até alguns postos. A equipe descobriu que, pelo menos, um dos antibióticos vendidos clandestinamente, é do laboratório que faz a distribuição para os pacientes do SUS. Só pode ser adquirido gratuitamente nas próprias unidades de saúde.

Para a produtora do Bom Dia Brasil que se passou por consumidora em uma praça do Centro da cidade, o vendedor ambulante de remédio disse que compra os lotes de uma distribuidora.

Bom Dia Brasil: Como é que vocês conseguem vender tão barato?

Vendedor: Na distribuidora.

"Isso é um conceito básico: só pode distribuir para as farmácias com CNPJ com toda a documentação atualizada”, diz Ricardo Mesquita, proprietário de uma distribuidora.

Além de um caso de polícia, isso também é um risco para saúde. “Existe uma legislação pesada a respeito de venda de medicamentos por conta, exatamente, desse risco para a saúde pública”, afirma Caroline Sousa, representante do Conselho Regional de Farmácia.




Interfarma lança guia de informações do setor farmacêutico

29/08/2016 - Guia da Farmácia Online


A publicação permite a atualização de temas importantes ligados ao governo

Com o objetivo de reunir informações atualizadas e estratégicas sobre o setor farmacêutico e de saúde, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) acaba de lançar uma nova edição do Guia de Informações da entidade - 2016. A publicação on-line está disponível para consulta gratuita, com dados sobre as atividades dos principais órgãos do governo ligados à saúde.

A situação das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP’s) do Ministério da Saúde, também será monitorada pelo Guia. Essas parcerias para transferência de tecnologia entre iniciativa privada e laboratórios públicos têm sofrido constantes revisões de contratos e mudanças nas normas. Isso criou um cenário de incertezas, no qual parcerias estão sendo extintas e outras, suspensas temporariamente. Ainda nessa área, o Guia aponta a economia realizada entre 2011 e 2014, de R$ 1,6 bilhão, e a prevista atualmente ao final dos projetos, de R$ 5,3 bilhões.

Além disso, serão constantemente atualizadas as oscilações do varejo farmacêutico, que representa mais da metade do mercado, e as variações da balança comercial. Há ainda informações sobre medicamentos biológicos e doenças raras, além da Carta de Princípios e do Código de Conduta da Interfarma, que balizam os princípios e a ética na entidade.

Por fim, o Guia reúne dados sobre todas as 56 farmacêuticas associadas e diversas outras fontes importantes para a área da saúde, como entidades, associações de pacientes, federações e sindicatos, entre outros.

Para conhecer, acesse: www.interfarma.org.br/guia/guia_2016




Falso remédio de hepatite é identificado pela OMS

29/08/2016 - Portal Brasil


O órgão de vigilância sanitária norte-americano, Food and Drug Administration (FDA), alertou para a comercialização clandestina do Ledso. Trata-se de uma solução de Sofosbuvir e Ledipasvir, medicamentos usados no tratamento de Hepatite C.

As cápsulas do produto falsificado teriam sido identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que emitiu o alerta da distribuição ilegal do produto. O órgão alerta, portanto, que o produto Ledso não possui registro e se trata de um caso de falsificação.

Após constatar a falsificação do produto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou apreensão e inutilização de todas as unidades do lote em território nacional.

A resolução RE – 2.291/16 foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (26/08) e já se encontra em vigor.

A empresa Pharco Corporation, localizada no Egito, que consta nos rótulos do produto, alegou que não fabrica nenhum medicamento com o nome Ledso ou que combine Sofosbuvir e Ledipasvir.




Encontro de redes de farmácias associativistas busca fortalecer relações e negócios

29/08/2016 - Terra


Os diretores da Febrafar - Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias -, dirigentes das associadas, executivos das principais indústrias e distribuidoras do mercado, autoridades do setor e representantes de outros players do mercado participarão do 2º Encontro Febrafar 2016 que acontece nos dias 12, 13 e 14 de setembro

Na ocasião do tradicional encontro será realizada a assembleia geral da Federação, mas também ocorrerão reuniões e o Encontro de Negócios. A expectativa é que passem pelo evento mais que 800 pessoas, no decorrer de seus três dias. A finalidade é promover a troca de experiências entre os empresários e fortalecer parcerias junto aos fornecedores.

O evento tem início no dia 12, com a realização da Assembleia Ordinária, em que os executivos das associadas analisarão e aprovarão importantes diretrizes da entidade. Na sequência será realizando o Jantar Hypermarcas, que visa a confraternização entre os participantes.

No dia 13, será a vez do 2º Encontro de Negócios Febrafar, onde os representantes das associações terão uma oportunidade única de aproximação e alinhamento de ações com importantes representantes da indústria, de distribuidoras e de prestadores de serviços. Serão cerca de 100 empresas presentes. Esse momento é importante para que se conheçam novidades em serviços, medicamentos e produtos de vários segmentos que serão apresentados.

No último dia (14), ocorrerá a reunião com os associados, ocasião na qual haverá importante troca de conteúdos estratégicos para alinhamento de ações. O evento é exclusivo para sócios honorários e redes associadas à Febrafar. Portanto, não será permitida a entrada de empresas que não forem convidadas pela entidade. O Encontro acontecerá no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, localizado na Alameda Campinas, 150 - Bela Vista.




Vermífugo para solitária se mostra promissor contra zika

29/08/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Um vermífugo utilizado para tratar a tênia, verme também conhecido como solitária, seria capaz de bloquear a propagação do vírus da zika, de acordo com um estudo publicado nesta segunda (29) na revista "Nature Medicine", uma descoberta que pode acelerar o desenvolvimento de um tratamento contra o vírus.

"É uma primeira etapa em direção a um tratamento capaz de frear a transmissão da doença", afirmou Hengli Tang, professor da Universidade do Estado da Flórida (FSU), nos EUA, que dirigiu o estudo.

Os pesquisadores americanos fizeram uma seleção rigorosa entre 6.000 moléculas já aprovadas nos EUA e que são objeto de testes clínicos.

"Nos concentramos nas moléculas mais próximas a uma utilização clínica", explica Tang.

Durante trabalhos realizados em laboratórios com células infectadas pelo zika, os pesquisadores descobriram duas classes de substâncias, uma capaz de bloquear a multiplicação do vírus e a outra de impedir a morte dessas células.

A primeira categoria inclui a niclosamida, a substância ativa de medicamentos comercializados há meio século para o tratamento da tênia.

Na segunda classe se encontra o emricasan, um tratamento experimental para fibrose hepática, atualmente objeto de testes clínicos.

As duas classes de substâncias se mostraram eficazes antes e depois da exposição ao zika, e com benefícios importantes quando foram utilizadas de maneira conjunta.

Apesar da niclosamida ser bem tolerada e não apresentar riscos para o feto, de acordo com estudos feitos com animais, os pesquisadores não a recomendam para mulheres grávidas.

"Ainda não há provas de que a niclosamida seja eficaz. Estudos com animais seguidos de testes clínicos ainda são necessários", indicou à AFP Hongjun Song, um dos coautores do estudo.

Em relação ao emricasan, este ainda deve "seguir o processo normal de desenvolvimento dos medicamentos, e isso ainda vai levar algum tempo", acrescentou.

Não existe nenhuma vacina nem tratamento contra o zika, que causa sintomas brandos como erupção cutânea, dor articular e infecção ocular. Em 80% dos casos, a infecção passa despercebida.

No entanto, o vírus é particularmente perigoso para as mulheres grávidas, visto que pode causar danos permanentes ao feto em desenvolvimento, incluindo a microcefalia, uma má-formação congênita que faz com que os bebês nasçam com a cabeça anormalmente pequena e que prejudica o desenvolvimento cerebral.

O zika pode provocar também transtornos neurológicos em adultos, como a síndrome de Guillain-Barré, que afeta os nervos periféricos e pode provocar uma paralisia progressiva.

Transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, mas também por contato sexual, o vírus provocou no ano passado uma epidemia que se espalhou rapidamente pela América Latina.

O Brasil, o país mais afetado, já registrou cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas e mais de 1.700 casos de recém-nascidos com microcefalia.

A niclosamida poderia ser utilizada não só em mulheres grávidas, mas também "para reduzir a carga viral entre os homens e as mulheres não grávidas, o que reduziria a transmissão do zika e poderia, além disso, evitar casos de síndrome de Guillain-Barré e outras complicações entre os humanos", segundo os pesquisadores.

"Nossas descobertas e as ferramentas que provemos devem fazer avançar de maneira significativa a pesquisa atual sobre o zika, e ter um efeito imediato sobre o desenvolvimento de tratamentos" contra o vírus, concluem os cientistas.

J&J inaugura novo centro de distribuição em Goiânia

30/08/2016 - DCI


A Johnson & Johnson (J&J) Consumo do Brasil inaugurou um centro de distribuição em Goiás. De acordo com a companhia, a nova unidade atenderá o Norte e o Centro-Oeste.

A fabricante de bens de consumo conta agora com cinco centros de distribuição: Goiânia (GO), Extrema (MG), João Pessoa (PB), Nova Odessa (SP) e São José dos Campos (SP). A planta goiana vai ampliar em 15% a malha logística da empresa no Brasil.

Na opinião do diretor comercial da J&J, Leonardo Curado, Goiás tem capacidade para se tornar o grande integrador da malha logística no Brasil. "Entendemos que Goiás é um estado estratégico, com uma localização privilegiada no centro do País", disse em nota.

Dados do Banco Central revelam que, apesar da economia ter encolhido 0,3% no primeiro trimestre de 2016 frente aos últimos três meses de 2015, o Centro-Oeste teve alta de 1,33% no período. Umas das justificativas, segundo a Johnson & Johnson, para o aumento de investimentos das empresas na região.




Laboratório Sabin

29/08/2016 - Época - As 150 Melhores Empresas


O Laboratório Sabin é um dos líderes brasileiros em medicina diagnostica. Fundado em 1984 no Distrito Federal por Janete Vaz e Sandra Costa, a empresa vem crescendo de forma consistente desde então. Hoje tem unidades nos estados de Goiás, Bahia, Minas Gerais, Amazonas, Tocantins, Pará, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Neste ano, o Sabin comprou um laboratório da cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo; e outro em Anápolis, em Goiás. Mais de 70% dos funcionários do Sabin são mulheres e essa mesma proporção pode ser observada nos cargos de chefia. Por ser uma empresa do setor de saúde, é natural que um dos traços marcantes de sua cultura seja a promoção da qualidade de vida dos empregados. A empresa organiza ao longo do ano várias atividades esportivas, como maratonas e corridas de menor distância, e capacitou uma equipe de multiplicadores para coordenar as sessões de ginástica laboral, que acontecem quatro vezes por semana. De todas as vagas que surgem anualmente na empresa, 99% são preenchidas pelos próprios funcionários. Uma das metas do Sabin é continuar tendo uma relação duradoura com seus funcionários, mantendo assim o comprometimento da equipe com o sucesso dos negócios.




O direito à saúde cabe no orçamento?.

30/08/2016 - Valor Econômico


Os R$ 7 bilhões que o ministro da Saúde prevê que serão gastos por União, Estados e municípios em 2016 para cumprir decisões judiciais que obrigam o fornecimento de tratamentos médicos (a chamada 'judicialização da saúde') só não são mais impressionantes que a velocidade com que este gasto aumenta. Em levantamento prévio, o Ministério da Saúde calculou que o valor havia sido de R$ 950 milhões em 2010. Apenas no Estado de São Paulo o gasto com judicialização, mais de R$ 1 bilhão por ano, é o equivalente a metade do orçamento para assistência farmacêutica e, fosse a judicialização um programa com dotação própria, ela teria o terceiro maior orçamento da Secretaria de Saúde, à frente de hospitais universitários, assistência básica e vigilância em saúde (o que inclui programas como vacinação e controle de epidemias).

Este enorme gasto com judicialização, cujo crescimento não dá sinal de arrefecer, contrasta com as dificuldades financeiras que o SUS enfrenta atualmente em virtude da baixa arrecadação de governos e com as propostas de desvinculação constitucional de receitas para a saúde. Este cenário reforça a ideia de que o direito constitucional à saúde não cabe no orçamento.

Porém, o que não cabe no orçamento é a interpretação predominante no Judiciário brasileiro (sobretudo nas Justiças estaduais) de que o direito à saúde garante acesso a todo e qualquer tratamento, mesmo quando sua segurança e eficácia não foram certificadas pela Anvisa ou, como na maioria dos casos, quando há no SUS alternativas terapêuticas adequadas a um custo menor.

Esta aplicação do direito à saúde, ainda que feita com a melhor das intenções, força uma alocação de recursos que conflita com as recomendações da Organização Mundial de Saúde para que sistemas de saúde priorizem gastos em tratamentos com eficácia e segurança comprovadas e que tenham boa relação de custo-efetividade. Sistemas que não se pautam por essas diretrizes gastarão cada vez mais para oferecer benefícios cada vez menores e a menos gente.

Porém, como conciliar um sistema de saúde eficiente com o direito à saúde? Um grupo internacional de especialistas, que inclui o primeiro relator especial da ONU para o direito à saúde, reuniu-se na University College London (Reino Unido) em 2015 e concluiu que não há contradição entre estabelecer prioridades na linha das recomendações da OMS e o direito à saúde. Ao contrário, houve consenso de que o direito à saúde exige que o Estado estabeleça prioridades para garantir eficiência e igualdade no cuidado à saúde. Foi consensual também o entendimento de que a judicialização como ocorre no Brasil é exemplo de uma aplicação equivocada do direito à saúde.

Juízes na África do Sul e Reino Unido julgam questões relacionadas ao fornecimento de tratamentos com cuidado para não tornar ainda mais difícil o trabalho do gestor, com consciência de suas próprias limitações institucionais e preocupados com o impacto das suas decisões sobre outros pacientes. Estes aspectos são raramente discutidos no Judiciário brasileiro ou são abordados de forma abstrata sem enfrentar o fato de que por trás da proteção judicial do direito à saúde está uma escolha com ganhadores e perdedores. Mesmo na Colômbia, onde há um padrão de decisão judicial parecido com o do Brasil, o Judiciário já tem adotado posição firme de que não há o dever do Estado de fornecer tratamentos sem registro na agência de vigilância sanitária ou a ser realizados no exterior.

Portanto, a interpretação do direito à saúde como o direito a tudo que um médico prescreve não é inescapável, nem a mais comum e tampouco a recomendada por especialistas internacionais. Ela é também historicamente equivocada no contexto brasileiro. A constitucionalização do direito à saúde e a criação do SUS tiveram como objetivo incluir os chamados 'indigentes sanitários', cidadãos que anteriormente não contavam com a cobertura de um sistema de saúde. O direito à saúde foi pensado como o direito de acesso a um sistema de saúde independente da capacidade de pagar (universalidade), sem discriminação ou privilégio (igualdade) e que abrange medidas preventivas e curativas em todos os níveis de complexidade (integralidade). O direito de acesso a tal sistema, que cabe no orçamento, é diferente do direito a que ele forneça tudo a todos, o que não cabe nas contas de nenhum país do mundo.

Espera-se que o Judiciário ofereça soluções em um contexto de carências no sistema público de saúde, subfinanciamento, corrupção e gastos públicos que muitos veem como desperdício (as Olimpíadas são um exemplo que vêm ao ponto). Contudo, o gestor de saúde obrigado a cumprir uma decisão judicial não consegue criar novas fontes de receita, não tira o dinheiro do bolso do corrupto e não tem poder para interromper a construção de um estádio.

O recurso sai do montante disponível para as ações e serviços de saúde, de forma que o que vai para cumprir decisão é o que vai faltar para atender outras necessidades em saúde. Frente às carências do SUS é preciso pensar se a judicialização é parte da solução ou do problema, pois R$ 7 bilhões não saem do orçamento sem deixar consequências. Na Colômbia, - um cenário parecido com o do Brasil atual, aumento exponencial da judicialização por tratamentos de alto custo e crise de financiamento do sistema de saúde - resultou na estagnação de políticas preventivas e na piora em indicadores de saúde da população.

O SUS passa por uma crise séria a ponto de sua viabilidade estar posta em dúvida. O Judiciário e sua interpretação do direito à saúde têm sua parcela de responsabilidade nisso.




Ampliar hospitais é foco da Rede D'Or.

30/08/2016 - Valor Econômico


O presidente da Rede D'Or, Heráclito Brito, afirmou ontem que vai usar a maior parte dos recursos obtidos com os lançamentos de debêntures neste mês para a ampliação de hospitais em vez de aquisições de empresas.

Entre os investimentos, ele enumerou a entrega de uma unidade no Rio, o Copa Star, previsto para ser aberto em dois meses, e um hospital em São Caetano (SP). Os recursos também serão aplicados na construção de um hospital em Campinas, no interior paulista, e na expansão do Quinta D'Or, na zona norte do Rio.

A Rede D'Or concluiu a emissão de R$ 1,2 bilhão em debêntures no início de agosto. A primeira série da emissão tem valor de R$ 600 milhões, com vencimento em 2019.

Durante evento na Associação Comercial do Rio (ACRJ), Brito elogiou a legislação mais aberta do país, que permite atrair investimentos estrangeiros, sem citar negociações do mercado de saúde brasileiro com fundos internacionais. "Temos ouvido falar que os fundos estão prospectando hospitais, mas eu não tenho nada de concreto a dizer", disse.

Após receber aportes de quase R$ 5 bilhões do grupo americano Carlyle e do Fundo Soberano de Cingapura (GIC), a Rede D'Or São Luiz descartou novas negociações com fundos estrangeiros.

Depois da transação concretizada no ano passado, quando foi aprovada uma lei permitindo a entrada de capital estrangeiro em hospitais nacionais, o Carlyle e o GIC somam quase um terço do capital da líder do mercado brasileiro. "Não tem absolutamente mais nada em planejamento ou planejado", afirmou Brito ao Valor.

"Houve a liberação da participação de capital estrangeiro em hospitais, e os fundos vêm olhando ativamente o mercado. Acredito que isso aumentará a competição e ajudará o setor a ter mais recursos para investir. Vai ser bom para o país", disse.

Questionado sobre possibilidade de compra do hospital São Vicente, na zona Sul do Rio, o executivo classificou como boato a possível negociação. "Não costumamos comentar esse tipo de boato", completou.

O presidente da Rede D'Or afirmou também que a crise econômica dificultou a administração de hospitais privados no país. A saída, disse o executivo, é unir todos os participantes do setor de saúde privada.

"Muitas vezes, os hospitais discutem internamente os problemas do setor e isso ocorre também entre os prestadores de serviço, planos de saúde e outros integrantes do mercado."

Na avaliação de Brito, que comanda uma rede com 32 hospitais, os grupos menores sofrem mais com o atual cenário econômico do país. Na média, as unidades de saúde têm 70 leitos. É pouco para que consigam negociar melhores termos com as operadoras de planos de saúde, além de preços com fornecedores, apontou Brito. E isso leva a uma situação crítica em diversos hospitais no Brasil. "É uma realidade muito difícil."

Durante um painel que discutiu "os dilemas e paradoxos da saúde suplementar no Brasil", Brito discordou da ideia de que o negócio da saúde privada no país esteja caminhando para a insustentabilidade, como havia sugerido o presidente do conselho de medicina da Associação Comercial do Rio, Josier Vilar, antes de iniciar o debate, no mesmo painel. "Eu não acredito que seja insustentável, acredito num desafio enorme. Acredito que tenha desperdício na cadeia como um todo", afirmou.

Disney distribui repelente contra zika para visitantes

30/08/2016 - O Estado de S.Paulo


Os maiores parques temáticos de Orlando, na Flórida, estão oferecendo repelente contra mosquitos gratuitamente em meio ao aumento de casos de transmissão de zika no Estado americano. Walt Disney World, Universal Orlando Resort e SeaWorld Orlando começaram a fornecer, anteontem, spray e loção.

Os parques temáticos divulgaram que estão oferecendo o repelente como uma precaução e para reduzir o medo dos visitantes de contrair a doença, embora até agora nenhum caso de zika transmitida por mosquitos tenha sido relatado na região central da Flórida.

O Departamento de Saúde está investigando casos de transmissão de zika pelo mosquito Aedes aegypti nos condados de Miami-Dade, Palm Beach e em Pinellas, na região de Tampa.

De acordo com as autoridades da Flórida, até agora nenhum caso de zika foi registrado na região de Orlando, que concentra os parques temáticos e está a 367 quilômetros ao norte de Miami. Mas, segundo os especialistas, é apenas uma questão de tempo até que o vírus atinja a região.

“Com uma abundância de cautela, estamos acelerando os esforços preventivos em nossas propriedades, incluindo o fornecimento complementar de repelentes de insetos aos nossos convidados, associada a outras recomendações úteis do Centro de Controle e Prevenção de Doenças”, disse a Disney em nota oficial.

“Nós temos um extenso programa de monitoramento e prevenção de mosquitos em curso e continuaremos a trabalhar em proximidade com os especialistas locais, estaduais e federais em relação a esse tópico”, diz o documento.

O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), Edmar Bull, acredita que a precaução não terá nenhum impacto no grande fluxo de turistas brasileiros para os parques temáticos da Flórida.

“Isso é uma medida de prevenção.

Já recomendávamos aos turistas que seria ótimo se pudessem levar repelente para as viagens. Acredito que ninguém deixará de viajar do Brasil para a Flórida apenas por causa da zika”, disse Bull.

De acordo com ele, até agora, a chegada da epidemia de zika à Flórida não provocou nenhuma redução perceptível no fluxo de turistas para o Estado americano. “Não teve nenhum impacto no turismo. As pessoas sabem que, se usarem o repelente, não tem problema nenhum.

Não vejo nada de alarmante nessa recomendação”, declarou.


DESCOBERTA


Um grupo de cientistas da China e dos Estados Unidos identificou dois compostos, originalmente usados contra outras doenças, que apresentaram ação contra a zika. O estudo foi publicado ontem na revista Nature Medicine.

Um dos compostos, usado contra doenças parasitárias, é capaz de suprimir a replicação do vírus da zika. O outro, utilizado contra o vírus da hepatite C, impede a morte das células infectadas.

Os testes foram feitos em vários tipos de células do cérebro.

Segundo os autores do estudo, os resultados são promissores, mas será preciso pesquisar por vários anos até que eles resultem em terapias para humanos.




Novidade no câncer de mama

29/08/2016 - Carta Capital


Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que ao redor de 58 mil novos casos de câncer de mama serão diagnosticados em 2016. A maioria das pacientes será submetida a tratamento local do tumor, com emprego da radioterapia para complementar a cirurgia. O benefício no controle da doença é claro e a indicação é unânime entre os especialistas, consolidada após décadas de estudos científicos. Sua omissão, ou até o simples atraso de seu in ício, mesmo em casos precoces e de bom prognóstico, pode levar a maiores índices de recidiva da doença e risco de morte.

O Brasil tem carência de equipamentos disponíveis de radioterapia clássica, com déficit estimado de 135 máquinas, conforme auditoria do Tribunal de Contas da União. Para efeito comparativo com o Reino Unido. 92% dos tratamentos com radioterapia para o câncer de ma ma se in i-ciam em 30 d ias, com mediana de 15 d ias, enquanto no Brasil só 15,9% se iniciam nos mesmos 30 d ias, com mediana de 89 dias.

Uma nova opção para o tratamento do câncer de mama inicial é a irradiação intraoperatória de mama (também conhecida como Intrabeam). Sua indicação é para tumores precoces de mama candidatos à cirurgia, e apresenta os mesmos índices de controle de uma radioterapia tradicional, com menor custo e menos efeitos colaterais. O equipamento, portátil, fica situado no próprio centro cirúrgico. Como o tratamento é realizado em sala cirúrgica, e em uma única dose, não sobrecarrega o serviço de radioterapia, permitindo ainda que se reduzam os custos com transporte, estada e perda de dias úteis das pacientes, que, se tratadas de forma convencional, teriam de passar seis semanas de radioterapia externa clássica.

No Rei no Unido, onde o sistema de saúde público conhecido como NHS (National Health Service) é o maior, o mais antigo do mundo e o mais rigoroso para a aceitação de novos procedimentos terapêuticos, a irradiação intraoperatória foi aprovada como u ma das opções de tratamento do câncer de mama.Um interessante artigo publicado na British Medicai Journal comparou esses "custos" entre 485 mulheres. Aquelas tratadas com radioterapia intra operatória economizaram em conjunto 8 milhões de quilômetros, 170 mil horas que seriam gastas em deslocamento e 1.2 mil toneladas de CO, que seriam emitidas pelos meios de transporte.

Já o serviço de radioterapia do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (Haoc) foi pioneiro em São Paulo em adquirir e aplicar o tratamento de pacientes com câncer de mama precoce, utilizando a tecnologia do Intrabeam. Conversamos com o doutor Rodrigo Hanriot. chefe da radioterapia do Haoc sobre essa tecnologia:

CartaCapital: Como está sendo a receptividade e satisfação das pacientes que o senhor tratou com Intrabeam?

Rodrigo Hanriot: A aceitação entre as pacientes é unânime, e os mastologistas têm-se mostrado positivamente surpresos com a eficiência do método.

CC: 0 uso de radioterapia durante a cirurgia aumentou a taxa de complicações pós-operatórias?

RH: Não. Não houve mudança na incidência de complicações nos 18 meses após o procedimento, em comparação à cirurgia sem radioterapia intraoperatória.

CC: E os custos do Intrabeam, comparados com radioterapia convencional?

RH: Nossa experiência demonstrou um custo total da radioterapia intraoperatória 30% inferior ao tratamento clássico. No SUS, o Intrabeam ainda não está disponível, mas teria a vantagem adicional de liberar perto de 20% a 25% das pacientes que ocupam a concorrida agenda dos poucos aparelhos de radioterapia disponíveis na rede pública, minimizar os 20% de recidiva nas mulheres que esperam na fila acima do prazo limite e que eventualmente sequer são tratadas. E eliminam custos de transporte diário e o abandono do tratamento pela falta de recursos.




UPAs sofrem com redução de médicos e remédios

30/08/2016 - O Globo


Em vistorias nas UPAs de Bangu, Marechal Hermes e Ricardo de Albuquerque, a Defensoria Pública do Rio constatou redução de médicos e falta de medicamentos. No relatório que será entregue hoje à Secretaria estadual de Saúde, informa que as unidades têm problemas para fazer exames laboratoriais e estão sem monitores e ventiladores mecânicos nas salas de emergência. Em nota, a Defensoria disse que o órgão tem sete dias para prestar esclarecimentos.

Em nota, a coordenadora de Saúde e Tutela Coletiva, Thaisa Guerreiro, informou que o quadro é consequência da redução e da irregularidade nos repasses financeiros à secretaria, que recebe cerca de 30% do seu orçamento, inviabilizando o pagamento integral e regular dos valores devidos às organizações sociais, que fazem a gestão das UPAs 24h. Em nota, a secretaria disse que multará a Organização Social Lagos Rio, que administra as três UPAs citadas, em R$ 350 mil por unidade. Segundo o estado, os três postos estão funcionando, com material e medicamentos. O órgão fez inventário para checar a necessidade de reposição de equipamentos e fará as substituições.




Saúde perdida em fumaça

30/08/2016 - O Globo


A mortalidade por câncer de pulmão vem caindo entre os homens, mas subindo entre as mulheres. A informação é de um estudo inédito divulgado ontem, no Dia Nacional de Combate ao Fumo, pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), que analisou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. De acordo com o estudo, a taxa de mortalidade padronizada (que elimina os efeitos do envelhecimento populacional) em decorrência da doença passou de 18,5 por 100 mil habitantes em 2005 para 16,3 por 100 mil habitantes em 2014, entre os homens. No caso das mulheres, a taxa aumentou de 7,7 por 100 mil habitantes para 8,8 por 100 mil habitantes no mesmo período.

— A epidemia do tabagismo nas mulheres aconteceu bem depois da dos homens. Para eles, na década de 1940 já era uma coisa disseminada no mundo inteiro, com propagandas feitas principalmente sobre a figura masculina. Foi bem depois disso que as mulheres começaram a fumar. Esse conjunto de mulheres adoeceu e só agora estamos vendo o aumento de casos de câncer de pulmão entre elas — explica a gerente da Divisão de Pesquisa Populacional do Inca, Liz Almeida.

Segundo a médica, essa tendência já foi observada em outros países. A curva da mortalidade masculina tende a cair primeiro, porque os reflexos negativos são percebidos mais tarde na população feminina.

— O risco maior aparece nas mulheres nascidas a partir da década de 1960, que se tornaram fumantes nas décadas de 1970 e 1980. O comportamento de fumar se deu em momentos diferentes entre homens e mulheres. Ainda estamos trabalhando em projeções para saber quando vai cair a taxa entre as mulheres — explica Mirian Carvalho de Souza, epidemiologista da Divisão de Pesquisa Populacional do Inca e que também fez parte do estudo.


SÓ 8% VIVOS APÓS CINCO ANOS DO DIAGNÓSTICO


O hábito de fumar causa cerca de 200 mil mortes por ano no Brasil em decorrência de doenças vasculares e/ou respiratórias, entre outros males. No caso do câncer de pulmão, em 2014 foram registrados 25.422 óbitos no país. A estimativa é que 90% dos homens atingidos pela doença fumaram em algum momento da vida. Entre as mulheres, o percentual é de cerca de 60%. Dados do Inca revelam que são esperados para este ano e o próximo cerca de 56.400 novos casos de câncer de pulmão no país que, em 2014, foi o tipo mais letal da doença entre os homens e o segundo que mais matou mulheres (atrás apenas do câncer de mama). Entre os pacientes do Instituto, apenas 33% estavam vivos um ano após o diagnóstico. A taxa de sobrevida é ainda mais alarmante quanto maior o tempo: somente 8% dos pacientes estavam vivos cinco anos após o diagnóstico.

Apesar do cenário adverso, números dão conta de que os brasileiros estão deixando o cigarro de lado. Na população em geral, a taxa de fumantes caiu consideravelmente. Em 2006, 15,7% dos brasileiros fumavam. Já em 2014, a parcela era de 10,4%. Entre os homens, a porcentagem de fumantes nesse período passou de 20,3% para 12,8%, enquanto entre as mulheres caiu de 12,8% para 8,3%.

Além da divulgação dos dados, o Inca aproveitou para lançar a campanha “#MostreAtitude: sem o cigarro, sua vida ganha mais saúde”, para incentivar as pessoas a abandonarem o hábito de fumar. Para isso, a campanha aproveitou o contexto de Olimpíada e Paralimpíada do Rio para atrair os jovens para uma vida saudável, que substitui o uso de drogas, como o tabaco, pela prática de esportes. A intenção é reduzir o consumo entre os jovens, principal alvo das indústrias tabagistas. Dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica), divulgados neste ano, mostram que cerca de 18,5% dos adolescentes brasileiros (entre 12 e 17 anos) já experimentaram cigarro.

— O maior foco é o jovem porque a indústria vem redirecionando toda a campanha para esse público. Os maços estão cada vez mais atrativos, sendo colocados na altura das crianças, junto com as balas, nos estabelecimentos comerciais. Para a indústria, quando mais cedo ela pegar a pessoa para começar a fumar, ela garante que vai ter o cliente por mais tempo— explica Liz Almeida — Fazer exercício físico é muito bom porque, quando se convence uma criança a praticar esporte, você traz a ideia de que isso não combina com uso de tabaco.

Na campanha #MostreAtitude, a ideia é promover a prática de esporte como uma atividade de socialização para os jovens que, muitas vezes, começam a fumar incentivados por grupos de amigos. Além disso, a campanha do Ministério da Saúde chama atenção para os benefícios psicológicos dos exercícios físicos. Segundo o órgão, a prática pode aumentar a capacidade de crianças e jovens de controlar sintomas de ansiedade e depressão.

Paratleta, Vinícius Pontes teve exatamente essa constatação quando decidiu abandonar o vício que o acompanhou por cerca de sete anos. Aos 26 anos ele decidiu que levaria uma vida mais saudável, parou de fumar e começou a praticar rúgbi, surfe e tênis adaptado.

— Tracei algumas metas de vida saudável e uma delas era deixar de fumar. Eu decidi porque nas mais simples atividades diárias eu ficava cansado. Além disso, resolvi praticar esportes e vi que fazendo atividade física eu estava em outro cenário que não tinha nada a ver com o cigarro. Uma situação afastava a outra — conta Pontes. — Comecei a fumar aos 19 anos, todos meus amigos fumavam e isso me influenciou. Mas hoje vejo que os benefícios de parar de fumar são muito maiores.




InCor aponta redução de internações após Lei Antifumo

30/08/2016 - DCI


Um estudo realizado pelo Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da FMUSP revelou que o número de internações provenientes de doença cardiovascular e acidente vascular cerebral diminuiu três vezes mais após a entrada em vigor da Lei Antifumo no Estado de São Paulo, em agosto de 2009.

O levantamento usou como base as internações por doença cardiovascular e por acidente vascular cerebral ocorridas no SUS antes e depois da Lei Antifumo. De acordo com a pesquisa, no período entre agosto de 2005 e julho de 2009, a queda na taxa de internação por essas doenças era de 1% ao ano. De agosto de 2009 a julho de 2010, essa queda foi três vezes mais rápida, atingindo 3% ao ano.

"A lei teve um impacto significativo na redução dos males causados pelo fumo passivo e também ajudou quem queria parar de fumar. O resultado foi a queda das internações", afirma a cardiologista Jaqueline Scholz, diretora do ambulatório de tratamento do tabagismo do InCor.


PAULISTAS APROVAM A LEI


A Lei Antifumo paulista completou sete anos com índice de cumprimento da legislação de 99,7% dos estabelecimentos vistoriados desde agosto de 2009, quando a restrição de fumar em ambientes fechados de uso coletivo passou a vigorar.

O levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo ainda aponta que já foram realizadas, até o final de abril, mais de 1,5 milhão de inspeções e aplicadas 3.520 multas em estabelecimentos comerciais para combater o tabagismo passivo, terceira causa de morte evitável segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

As regiões que tiveram maior número de infrações são a capital paulistana, com 991 multas, Baixada Santista (337), Grande ABC (268) Campinas (255), e Araraquara (159). O ranking das cinco regiões contabiliza 2.010 autuações, o que representa 57,1% do total de multas aplicadas em todo o estado desde 2009.

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