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CRF-SP - Clipping de Notícias

CLIPPING - 05/07/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

   

 

 

Antibióticos: uma em cada três prescrições é desnecessária, diz estudo

04/07/2016 - Portal Snif Brasil


Um estudo recente, publicado no JAMA (Journal of American Medical Association), avaliou a prescrição de antibióticos orais, no cadastro nacional de cuidados ambulatoriais entre 2010 e 2011, separados por idade, região e diagnósticos nos Estados Unidos. Entre as 184.032 consultas ambulatórias da amostra, 12,6% resultaram em prescrição de antibióticos, sendo que a sinusite foi o mais frequente diagnóstico isolado dessa população (56/1.000), seguida de otite média supurada (47/1.000) e faringite (43/1.000). Coletivamente, as infecções respiratórias responderam por 221/1.000 das prescrições, sendo que, entre essas, apenas 111/1.000 foram consideradas apropriadas.

Nessa estatística, estimou-se 505 prescrições de antibióticos sendo apenas 353 consideradas corretas, mostrando que cerca de 1/3 das prescrições foram inadequadas aos quadros que foram tratados (resfriados, bronquites, dores de garganta, infecções de ouvidos e seios da face, segundo os autores) e mesmo que essa pesquisa já tenha 5 anos, não há uma expectativa de dados diferentes nos dias de hoje.

Esse abuso de prescrição estimulou o aumento de bactérias resistentes, que infectam cerca de 2 milhões de americanos ao ano, levando a 23.000 mortes anuais, segundo fontes do CDC (Centers for Disease Control and Prevention).

Em nossa prática diária, no Brasil, não temos essa estatística recente, mas pela percepção e pelos resultados de aumento de resistência bacteriana, ela não deve ser muito diferente. Vale lembrar que antibióticos não ?matam bactérias ruins? e sim ?bactérias sensíveis?. Nesse caso, quando se utiliza um antibiótico, quer seja da forma adequada ou não, ocorre uma seleção de nossa flora bacteriana oral, intestinal e vaginal, que forma grande parte de nosso sistema de proteção?, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski.

Assim, segundo o pediatra, ?além de nos deixar mais suscetíveis a uma infecção por diminuição das defesas, de interferir de forma prejudicial no sistema digestivo, essa é uma forma de transmissão de resistência a agentes infecciosos bacterianos que dificultam a ação dos antibióticos existentes, gerando maiores riscos de morte?, alerta.

Por isso, e pela dificuldade e importância do diagnóstico adequado de uma infecção bacteriana, podem ser necessários exames que identifiquem o agente causal com certeza e rapidez e uma técnica de coleta adequada. ?Os testes rápidos feitos de material da boca e garganta de crianças costumam ser decisivos. As coletas de exames de urina precisam ser realizadas de forma correta, sem riscos de contaminação, e com análise adequada. As radiografias devem ser executadas em boas condições. Não se recomenda fazer radiografias de seios da face de crianças abaixo de 4 anos de idade em busca de sinusite se até essa idade elas não têm seios da face formados. Manchinhas no pulmão não representam, em grande parte das vezes, broncopneumonia bacteriana. Um vírus não vai se transformar em bactéria?, explica o médico, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Antibióticos são excelentes medicamentos, com indicação precisa, mas que requerem critérios em sua prescrição para que possam ser ainda utilizados na plenitude de sua capacidade e de seus benefícios. ?O uso além da conta, além de não ser necessário, pode causar prejuízos ao paciente e à população de forma geral, através de um aumento da resistência bacteriana?, defende o pediatra.




Valor lança estudo setorial de genéricos.

05/07/2016 - Valor Econômico


Um dos mais pujantes mercados do país na indústria farmacêutica, os medicamentos genéricos seguem em trajetória de crescimento, apesar da crise econômica, e têm sido o principal motor de expansão desse setor no país no Brasil. Com o objetivo de traçar um panorama do segmento, o jornal Valor lança hoje o "Valor Análise - Medicamentos Genéricos", produzido a partir de entrevistas com representantes dos principais laboratórios e associações setoriais e de dados oficiais de mercado.

De acordo com o coordenador do estudo, Onildo Cantalice, da 1ª Edição Setorial, também a partir da leitura do histórico dos medicamentos genéricos, cuja série tem início no ano 2000, a análise setorial traça perspectivas para o segmento. Esse é o primeiro estudo da série com foco exclusivamente nesse tipo de medicamento. Outros três estudos, lançados em 2006, 2009 e 2012, dedicaram-se à indústria farmacêutica em geral.

"O estudo mostra a importância dos genéricos dentro da indústria farmacêutica, os principais players, suas estratégias. O diferencial está no fato de ser uma informação de negócio", afirma Cantalice.

Hoje, o segmento de genéricos ostenta números expressivos. São mais de 21.711 apresentações, 3.654 registros e mais de 110 laboratórios dedicados à produção desse tipo de medicamento. Os maiores do segmento, os genéricos mais prescritos e as principais classes terapêuticas também são listados no estudo. O trabalho aborda os principais desafios da indústria do ponto de vista de entidades representativas e de executivos dos grandes laboratórios.

Entre os principais desafios, mostra a análise, está a necessidade de celeridade e eficácia nos processos de aprovação de genéricos inéditos e no pós-registro de medicamentos.

Atravessar o momento econômico pelo qual passa o Brasil, inovação e lançamento de novos produtos, conquista de maior participação no mercado total e compatibilização dos altos descontos oferecidos pelos genéricos com margens de retorno minimamente favoráveis também desafiam a indústria.

A análise traz ainda o perfil de grandes nomes da indústria, como as farmacêuticas Eurofarma e Medley, e os expressivos investimentos realizados pelo segmento nos últimos anos, com as respectivas destinações. A partir de 2014, esses desembolsos superam a casa de R$ 1 bilhão ao ano.

 

 

Composto da maconha pode ajudar no tratamento do Alzheimer

05/07/2016 - O Globo


Presente na “Cannabis”, o THC pode remover a proteína que causa o mal de Alzheimer. O tetraidrocanabinol (THC) e outros compostos encontrados na cannabis têm potencial para remover a beta-amiloide, proteína que se acumula no cérebro formando placas que prejudicam a comunicação entre os neurônios, características de quem sofre do mal de Alzheimer. A conclusão é de uma pesquisa do Salk Institute, na Califórnia, a partir de testes em neurônios cultivados em laboratório, e fornece pistas para o desenvolvimento de novas terapias contra a doença.

— Apesar de outros estudos oferecerem evidências de que os canabinoides podem ser neuroprotetores contra os sintomas do Alzheimer, nosso estudo é o primeiro a demonstrar que os canabinoides afetam tanto a inflamação quanto o acúmulo de beta-amiloide em células nervosas — diz David Schubert, professor do Salk Institute e coautor do estudo.

De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), 47,5 milhões de pessoas convivem com algum tipo de demência, sendo que o Alzheimer é responsável por cerca de 70% dos casos. Ainda segundo a entidade, em 2050 esse universo pode passar dos 130 milhões de pacientes, geralmente idosos com mais de 65 anos.


SEM RESPOSTA INFLAMATÓRIA


Essa pesquisa conseguiu demonstrar que a exposição de células nervosas ao THC reduz os níveis de beta-amiloide e elimina a resposta inflamatória das células provocada pela proteína, permitindo que os nervos sobrevivam.

— Inflamações no cérebro são um componente do dano associado ao Alzheimer, mas sempre se acreditou que essa resposta vinha de células imunológicas dentro do cérebro, não propriamente dos nervos — explica Antonio Currais, coautor do estudo. — Quando conseguimos identificar a base molecular da resposta inflamatória para a beta-amiloide, ficou claro que compostos como o THC (e outros produzidos pelo organismo) podem estar envolvidos na proteção das células.

As células cerebrais têm receptores que podem ser ativados por endocanabinoides, classe de moléculas produzida pelo organismo que é usada para a transmissão de sinais pelo cérebro. Os efeitos psicoativos da cannabis são provocados pelo THC, molécula de atividade similar aos endocanabinoides, também capazes de ativar os receptores.




Aché compra laboratório Tiaraju e avança em fitoterápicos

04/07/2016 - Portal Exame


A farmacêutica Aché acaba de comprar o laboratório gaúcho Tiaraju, voltado à produção de medicamentos fitoterápicos.

O valor da aquisição não foi divulgado, a empresa afirmou apenas que o montante está dentro dos investimentos previstos para 2016, que devem totalizar 160 milhões.

Com a operação, ela passa a deter as marcas de 12 novos remédios.

"Isso possibilitará ao laboratório buscar a liderança neste segmento, por meio de lançamentos de produtos diferenciados que completarão nosso portfólio inovador, que é reconhecido por médicos e pela população", disse Paulo Nigro, presidente da companhia, em nota.

"Nossa equipe está totalmente focada em colocar a serviço do Aché nossa expertise em mais de 25 anos no segmento, desenvolvendo produtos inovadores e de alta qualidade”, completou Antonio Rigon, fundador do Laboratório Tiaraju.

De acordo com dados fornecidos pela Aché, o mercado de produção de medicamentos à base de plantas movimentou 1,1 bilhão de reais no Brasil em 2015.

Com a compra, a empresa também deve lançar oito novos nutracêuticos, compostos de nutrientes que agem como remédios, até o ano que vem. A estratégia vai possibilitar que ela dobre o faturamento nesse nicho, ampliando sua participação em um mercado de 1,3 bilhão de reais.

Além disso, o investimento no Tiaraju vai possibilitar a entrada da Aché no segmento de nutricosméticos que, segundo ela, movimenta 360 milhões de reais no país.

"Lançaremos, a partir do início de 2017, uma linha completa de nutricosméticos, trazendo produtos com formulações inovadoras", disse Nigro.


HISTÓRICO


A Aché começou a fazer pesquisas com plantas em 1980. Em 2005, lançou o Acheflan, primeiro fitomedicamento 100% desenvolvido no país, de acordo com a farmacêutica.

Ela entrou no setor de nutracêuticos em 2011, quando firmou parceria com a inglesa Oxford Pharmascience para trazer suplementos alimentares ao país. Hoje, estão em seu portfólio os rótulos Inellare, Cativa, Collestra e Dose D, por exemplo.

A companhia brasileira trem quatro complexos industriais: em Guarulhos (SP), São Paulo (SP), Londrina (PR) e Anápolis (GO). Ela possui quase 4.500 colaboradores e fabrica 316 marcas de 762 tipos de remédio.




Elevar selênio no sangue diminui risco de câncer de fígado

04/07/2016 - Portal Exame


Aumentar a concentração de selênio no sangue, elemento químico encontrado em alguns alimentos, ajuda a reduzir o risco de um indivíduo desenvolver câncer hepático, informou nesta segunda-feira a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (IARC, sigla em inglês).

Níveis elevados de selênio, mas também de selenoproteína P, que o selênio distribui do fígado para todo o corpo, diminuem concretamente o risco de desenvolver um carcinoma hepatocelular, afirmou em comunicado o IARC, organismo vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Estas conclusões fazem parte da pesquisa conjunta do IARC, do Real Colégio de Cirurgiões da Irlanda (RCSI), da Faculdade de Medicina Charité, em Berlim, de e colaboradores do Estudo Prospectivo Europeu sobre Câncer e Nutrição (EPIC).

Os resultados do estudo, publicado na revista "The American Journal of Clinical Nutrition", também demonstram que a concentração de selênio no sangue, seja alta ou baixa, não tem relação com o desenvolvimento de tumores da vesícula ou das vias biliares.

O selênio é um micronutriente - presente no marisco, no salmão, nas nozes do Brasil, na carne, em ovos, na cebola e em cereais como o trigo - cujos níveis nos alimentos dependem, principalmente, de sua concentração nas terras de cultivo ou de pasto.

A IARC ressaltou que a quantidade de selênio no solo é, em geral, baixa em muitas regiões da Europa, o que contribui para que a população europeia tenha baixos níveis no sangue, em comparação, por exemplo, com as pessoas norte-americanas.

O selênio é essencial para os seres humanos, especialmente para o funcionamento normal do sistema imunológico e o controle dos processos oxidantes relacionados ao desenvolvimento do câncer.

O principal pesquisador e médico do Departamento de Fisiologia e Centro de Sistemas de Medicina da RCSI, David Hughes, afirmou que frente à carência de selênio, o aumento de sua ingestão "pode ser uma estratégia a mais para a prevenção do câncer de fígado, aliado ao pouco consumo de álcool, manutenção de um peso saudável e ao hábito de não fumar".

No entanto, Hughes especificou que estas conclusões se baseiam em um único estudo com um número reduzido de cânceres de fígado e os resultados "devem ser validados por outros estudos antes de poder fazer recomendações de saúde pública".

Os pesquisadores tomaram como população base os mais de 500 mil participantes da EPIC da qual extraíram uma amostra de 121 cânceres de fígado, 140 cânceres de vesícula e vias biliares, e o mesmo número de indivíduos sem câncer.

Em 2012, 782 mil novos casos de câncer de fígado foram diagnosticados no mundo todo. Essa é a segunda maior causa de morte por essa doença em nível mundial, com um índice de mortalidade de 95%.

Campanha da ‘gotinha’ muda de data e foca quem não tomou todas as vacinas

05/07/2016 - O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - A Campanha Nacional de Vacinação contra pólio este ano será feita em setembro e com um novo formato, bem mais reduzido do que em anos anteriores. A meta agora não é vacinar todas as crianças com menos de cinco anos com o imunizante oral, a “gotinha”. A partir de agora, atendendo a uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a ideia é imunizar apenas crianças entre seis meses e cinco anos que não estão com o esquema vacinal completo - cinco doses, três das quais aplicadas com vacina injetável quando o bebê completa 2, 4 e 6 meses.

O Ministério da Saúde afirma que a meta é deixar de usar a “gotinha” a partir de 2020. A mudança é feita de forma gradual, para que haja uma adaptação tanto para produção da vacina quanto dos postos de vacinação.

A escolha do mês de setembro para realização da campanha, de acordo com a pasta, ocorreu para evitar uma baixa adesão à iniciativa, durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, que começam em agosto.

O Ministério da Saúde admitiu ter havido uma mudança no cronograma da produção do imunizante pela Biomanguinhos. Mas afirmou que não foi esse o motivo da alteração do cronograma. De acordo com a pasta, a produção das vacinas já está em dia.

O esquema de vacinação da pólio prevê que, depois das três doses injetáveis, sejam aplicados dois reforços, aos 15 meses e quatro anos. Esses últimos são feitos com a gotinha.

Além da redução da indicação do uso da “gotinha”, o Ministério da Saúde recomendou que a Campanha de Vacinação deste ano estenda o público-alvo e reforce a mobilização para atualizar a vacinação de crianças entre 9 e 14 anos.




Doutores brasileiros ficam mais jovens e se espalham pelo país

05/07/2016 - Valor Econômico


O número de doutores e mestres no Brasil cresceu expressiva e consistentemente nas últimas décadas, mas ainda está abaixo da média mundial. Os doutores brasileiros ficaram mais jovens, em torno dos 37 anos de idade, o que é boa notícia; eles chegam mais cedo ao mercado de trabalho e têm vida produtiva mais longa.

Houve também uma descentralização geográfica na formação dos pesquisadores: a região Sudeste deixou de ser a única formadora de mestres e doutores do Brasil, graças à expansão de centros acadêmicos pelo interior no país. Em 2014, o Brasil formou 50,2 mil mestres e 16,7 mil doutores, mais que em 2010, ano em que titulou 39,5 mil mestres e 11,3 mil doutores. Na comparação com 1996, o crescimento impressiona: a expansão de títulos concedidos em mestrado e doutorado entre 1996 e 2014 foi, respectivamente, de 379% e 486%.

Os dados integram um estudo inédito do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) que será divulgado hoje, em Porto Seguro (BA), durante a 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A pesquisa cruzou as bases de dados da Rais/MTE, Coleta Capes e Plataforma Sucupira/Capes.

A publicação "Mestres e Doutores 2015: estudos da demografia da base técnico-científica brasileira" revela que, apesar do crescimento, o número de doutores no Brasil ainda é baixo em relação a outros países. Em 2013, por exemplo, a média brasileira foi de 7,6 doutores formados para cada grupo de 100 mil habitantes. Entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), só México (4,2) e Chile (3,4) apresentaram desempenho inferior ao Brasil.

O número é bem maior em países desenvolvidos, como os Estados Unidos (20,6), a Alemanha (34,4) e Reino Unido (41), e até mesmo em países em desenvolvimento, como a República Eslovaca (39,1), a Estônia (17,6) e a Turquia (11,5). "Há uma grande distância em relação aos países desenvolvidos, o que nos incentiva a manter e expandir os investimentos", avalia a coordenadora do estudo, Sofia Daher, que destaca, no entanto, que os doutores precisam estar bem colocados para que a inovação chegue às empresas e eleve a produtividade da economia.

Outra novidade revelada na pesquisa é que mudou o mapa dos mestres e doutores do país: antigamente, a maioria absoluta se formava na região Sudeste. Em 1996, apenas São Paulo e Rio de Janeiro eram responsáveis por 58,8% dos títulos de mestrado e 83,4% dos de doutorado concedidos naquele ano. Em 2014, esses Estados responderam, juntos, por 36,6% dos mestres e 49,5% dos doutores formados no país.

"Isso decorre da criação de novas universidades e campi que alcançam áreas que antes eram menos atendidas pelo sistema de pós-graduação", afirma a pesquisadora. O número de títulos de mestrado concedidos na região Norte, por exemplo, passou de 135, em 1996, para 1884, em 2014, um aumento de mais de 1200%. No doutorado, os títulos foram de 21 para 301. "A criação de um grande número de universidades no interior que é um fator fundamental de democratização do desenvolvimento", diz Antonio Carlos Filgueira Galvão, diretor do CGEE, que é economista de formação e especialista em desenvolvimento regional. "Um dos grandes dramas dos municípios menos desenvolvidos era que tudo estava na capital", diz.

Em 2014, a idade média dos titulados em mestrado e doutorado era, respectivamente, 32,3 e 37,5 anos, o que representa uma queda que acontece lentamente há 19 anos. Desde 1996, a idade média dos mestres caiu aproximadamente um ano, enquanto que a dos doutores foi reduzida em de 2 anos. O indicador é importante, de acordo com o estudo, porque mede o custo do pesquisador para o país. "Determina qual é o tempo de vida útil ao longo do qual esses profissionais darão suas contribuições para a economia e a sociedade", diz a publicação.

A publicação do CGEE analisou também como os mestres e doutores se inseriram no mercado de trabalho por seis anos consecutivos. A taxa de emprego formal de mestres e doutores manteve-se estável entre 2009 e 2014, em 66% e 75%, respectivamente. Já o grau de formalidade do emprego da população é em torno de 53%, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Aumentou também, de acordo com a pesquisa, o número de doutores empregados em empresas, tanto públicas quanto privadas. Entre 2009 e 2014, o número de mestres e doutores empregados em empresas privadas cresceu 9,8% e 11,7%, respectivamente.

O mercado de trabalho absorveu mais doutores do que mestres, conforme sinalizam as taxas médias de crescimento anual de doutores (11,3%) e mestres empregados (9,9%). "Não é tão fácil demitir esse profissional, não é fácil substitui-lo", diz Galvão. Nas empresas estatais, o crescimento no mesmo período foi de 9,3% e 9,7%. "Precisa crescer mais. A maioria dos doutores ainda está nas universidades e no setor público", diz Sofia, que diz esperar que o ajuste fiscal não interrompa a trajetória de expansão da pós-graduação no país. "Já vivemos outras crises e isso não ocorreu", afirma a pesquisadora.




Campanha de vacinação contra a pólio é adiada para setembro e será menor

04/07/2016 - Folha de S.Paulo / Site


Esperada geralmente para o mês de agosto, a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite será adiada e também passará por mudanças. Neste ano, a vacina passa a ser indicada apenas para crianças entre seis meses e cinco anos que não tenham tomado até agora todas as doses recomendadas para proteção.

A ideia, assim, é incentivar a atualização da carteira de vacinação, sem fazer com que a vacina oral, a famosa "gotinha", seja aplicada de forma indiscriminada para todas as crianças dessa faixa etária.

Antes esperada para agosto, a campanha de mobilização para a vacinação também deve ocorrer a partir da segunda quinzena de setembro. Inicialmente, o Ministério da Saúde informou que o motivo é os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, que ocorrem já no próximo mês.

A avaliação é que o evento poderia diminuir a adesão à vacina, além de demandar mais esforços da rede de saúde. A Folha teve acesso a um documento apresentado pela pasta a secretários de Saúde que, no entanto, afirma que o adiamento ocorreu por problemas de fornecimento e no cronograma do laboratório de Bio-Manguinhos, da Fiocruz, responsável pelas vacinas.

Questionado, o laboratório nega falta de vacinas e diz que o adiamento ocorre devido a mudanças na produção das vacinas contra a pólio neste ano, conforme nova orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Em nota, o Ministério da Saúde diz que as mudanças na campanha "não prejudicam a imunização da população", uma vez que a poliomielite está erradicada no Brasil desde 1990 e que as doses necessárias para proteção estão garantidas.

A vacina contra a pólio é aplicada em três doses injetáveis, no 2º, 4º e 6º mês de vida do bebê. Em seguida, são indicadas duas doses de reforço da versão oral, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos.

Para Renato Kfouri, da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), o modelo anterior da campanha fazia com que muitos recebessem várias doses extras sem necessidade. "Não há muito sentido em fazer uma campanha de vacinação indiscriminada, vacinando quem já está vacinado, só para ter certeza que não falta ninguém".


ADOLESCENTES


A campanha de vacinação também terá outras alterações. A ideia é fazer com que a mobilização nos postos de saúde não seja restrita apenas para garantir a proteção completa das crianças contra a poliomielite, mas também voltada à atualização da vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 14 anos contra outras doenças –em caso de doses esquecidas ou a vencer, por exemplo.

Meninas, por exemplo, poderão receber a imunização contra o HPV, que protege contra câncer de colo de útero. "É uma campanha de multivacinação. A novidade é que não será só para crianças, mas também para adolescentes, que é um público em que as taxas [de vacinação] baixam muito. Precisamos mudar essa cultura de que vacinação é só para crianças", diz Renato Kfouri.




Infectologistas dizem que atraso não traz riscos

05/07/2016 - O Estado de S.Paulo


O adiamento da campanha de vacinação contra a poliomielite de agosto para setembro não deverá trazer problemas nem riscos para as crianças que serão vacinadas, segundo infectologistas ouvidos pelo Estado. Isso porque, além de a doença estar erradicada no Brasil há muitos anos, a vacina está disponível nos postos de saúde durante todo o ano.

“A campanha é uma forma de chamar a população para a vacinação.

Mas para aqueles que precisam tomar as doses ou os reforços na idade indicada, a vacina fica disponível no posto de forma permanente”, diz Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

O virologista Celso Granato, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), concorda. “Considerando que não temos casos da doença no Brasil há muito tempo, nem em países vizinhos, e que o adiamento da campanha é muito curto, de apenas um mês, não há quebra de segurança nem risco de queda na proteção”, afirma o especialista.

Segundo os médicos, no último ano, apenas dois países do mundo registraram casos de paralisia infantil: Afeganistão e Paquistão.


REDUÇÃO


Os médicos dizem ainda que a mudança feita pelo Ministério da Saúde na campanha, para um formato menor, reduz o número de doses extras e, portanto, desnecessárias dadas a crianças com o esquema vacinal completo.

“Não há problema em dar doses extras, mas não precisa dar tantas doses como a gente dava.

Claro que quando você faz mais campanhas, você aumenta as chances de pegar aqueles que, por algum motivo, não tomaram todas as doses necessárias, mas nos países com a mesma condição de erradicação do Brasil, eles vacinam bem menos.

Então não há problema nessa alteração”, diz Granato.

A redução do uso da vacina oral, a “gotinha”, é, inclusive, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), explica Sáfadi. “Já substituímos as primeiras doses, que antes eram orais, pelas injetáveis, feitas com o vírus inativado. A tendência é que, daqui a alguns anos, nem tenhamos mais a vacina oral disponível”, diz.

O especialista explica que, embora muito pequeno, há risco de a vacina oral levar a um efeito adverso que causa paralisia.

O risco, no entanto, é de 1 caso em 2 milhões de vacinados.

“Como a doença está sob controle, a tendência é que a gente elimine por completo esse risco reduzindo o uso da vacina oral”, diz.




Ministérios discutem zika, microcefalia e vírus do gado

05/07/2016 - O Estado de S.Paulo


Os Ministérios da Saúde e da Agricultura vão reunir-se nesta semana para discutir quais medidas deverão ser adotadas, no caso de se confirmar a hipótese de que a microcefalia ligada à zika no Nordeste tenha também vínculo com o vírus que ataca bois, o BVDV. Caso a relação seja comprovada, entre as medidas que serão analisadas está o abate de bezerros contaminados pelo vírus.

Conforme o Estado revelou na semana passada, pesquisadores brasileiros identificaram fragmentos de vírus BVDV em amostras de fetos e bebês com microcefalia ligada à zika. O achado, embora precise ser confirmado por estudos mais específicos, foi considerado importante e comunicado ao Ministério da Saúde. A pasta, por sua vez, notificou o resultado da análise preliminar à Organização Mundial da Saúde.

Ao Estado, representantes da instituição internacional disseram considerar que o estudo, preliminar, pode no futuro apontar uma “pista” importante para se investigar o surto de nascimento de bebês com microcefalia ligada à zika.


ESTUDOS INTERNACIONAIS


Não é a primeira vez, entretanto, que pesquisadores tentam travar uma relação entre microcefalia e BVDV. Estudos realizados, no entanto, indicam haver apenas alguns indícios.

Um deles, publicado na revista Lancet, em 1987, analisou um grupo de 129 mães que deram à luz bebês com microcefalia. O estudo preliminar indicava que duas mães (um número considerado baixo) apresentavam anticorpos para o BVDV e para rubéola.

Outro trabalho, de 1988, avaliou um grupo de pessoas que tinha contato com animais considerados suscetíveis ao BVDV.

Os resultados indicaram que parte do grupo apresentava anticorpos para o BVDV, mas não havia nenhum indício de que a contaminação poderia provocar sintomas.




Temperaturas baixas aumentam em 30% os riscos de infarto

04/07/2016 - G1 - Jornal Hoje


Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as temperaturas baixas aumentam em até 30% o risco de infarto. Os especialistas dizem que quando a temperatura média do dia fica em torno de 14 graus, o risco de infarto já aumenta. Com o frio, o organismo trabalha mais para manter a temperatura do corpo e o processo exige mais do coração.

“É que o frio é um vasoconstritor. Ele contribui para reduzir o calibre de uma artéria. Com isso vai aumentar a pressão arterial. É muito frequente que no inverno os hipertensos que estão bem controlados no verão, às vezes não ficam tão bem controlado”, fala o cardiologista Carlos Costa Magalhães.

Pacientes com doenças crônicas, com predisposição à problemas cardíacos e pessoas com mais de 65 anos formam o grupo de maior risco.

Alimentos leves, sopas, caldos, bebidas quentes, uma roupa adequada para temperatura ajuda a reduzir os riscos. Os médicos também lembram ainda que pacientes com doenças crônicas não podem se esquecer dos medicamentos de rotina. E a vacina contra a gripe também é uma aliada importante.

“A doença coronária que leva ao infarto, está associada à inflamação. Então a pessoa que tem uma artéria e tem uma placa de gordura e essa placa inflamada por um processo inflamatório como uma gripe ou uma pneumonia pode levar a um quadro agudo de infarto no miocárdio”, orienta o cardiologista.




Saúde libera R$ 6,4 milhões para assistência farmacêutica

04/07/2016 - Portal Brasil


Cerca de mil municípios brasileiros vão receber R$ 6,4 milhões para aprimorar a qualidade e estrutura dos serviços farmacêuticos. A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (Qualifar-SUS).

O recurso poderá ser destinado para a contratação de novos profissionais, além do aprimoramento dos serviços de conectividade dos locais, para dar maior agilidade no atendimento à população e uma melhor organização dos estoques de medicamentos. A portaria já foi publicada no Diário Oficial da União.

A estratégia de qualificar os serviços de saúde integra o conjunto de investimentos já realizados por meio do Projeto de Qualificação da Assistência Farmacêutica e Intervenção Sistêmica da Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde – QualiSUS-Rede.

Desenvolvido em 15 regiões do País, em 486 municípios, o Programa já proporcionou compra de computadores, realização de pesquisa diagnóstica sobre os serviços farmacêuticos e ofertas educacionais na modalidade à distância para mais de cinco mil profissionais de saúde.


AÇÃO INTEGRADA


Desde a criação do Programa, em 2012, o Ministério da Saúde já destinou mais de R$ 105 milhões para 1.582 municípios, e 70% deles estão inseridos no Programa Brasil sem Miséria.

Para participar do Qualifar-SUS, o município deve estar na lista do Brasil Sem Miséria (plano interministerial voltado para a população mais pobre) e fazer parte de outros programas da Atenção Básica, como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde (Requalifica UBS), e o Hórus, sistema de Assistência Farmacêutica que permite o controle da compra, armazenamento, distribuição e dispensação dos medicamentos.

Organizado em quatro eixos (estrutura, educação, informação e cuidado), o programa engloba desde investimentos na estruturação dos serviços farmacêuticos até ações de cuidado ao usuário.

A proposta é contribuir para o aprimoramento, implementação e integração das atividades da assistência farmacêutica nas ações e serviços de saúde, visando uma atenção contínua, integral, segura, responsável e humanizada.




Comissão ouvirá ministro da Saúde sobre funcionamento do SUS

04/07/2016 - Agência Senado


A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) deve ouvir na próxima quarta-feira (6) o ministro da Saúde, Ricardo Barros, sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro deve esclarecer aos senadores declaração dada ao jornal Folha de São Paulo em que defendeu uma revisão no tamanho do SUS. Com a repercussão da entrevista, Barros se explicou, mas vários parlamentares manifestaram preocupação com a possibilidade de o governo Temer promover uma diminuição do sistema público de saúde. O autor do pedido da audiência pública, senador Humberto Costa (PT-PE), por exemplo, teme retrocessos no atendimento médico e hospitalar gratuito, com a intenção de privatizar cada vez mais os serviços de saúde.




Prioridade para operadoras é um reajuste diferente para planos individuais

04/07/2016 - Terra


Segundo Pedro Ramos, diretor da Abramge, o discurso adotado pelo governo anterior é de separação e segregação em relação aos planos de saúde, sendo tratado como SUS e Saúde Privada. ". Esperamos que isso mude porque uma redução no número de pessoas com planos de saúde, por exemplo, impacta a rede pública, o que já está acontecendo", disse.

A Abramge depende do Governo para poder mudar o sistema de reajuste dos planos de saúde, hoje é calculado de acordo com os planos de saúde coletivos. Eles acreditam que o perfil dos usuários de planos individuais é bem diferente, a mudança seria válida para novos contratos, sem mexer no direito adquirido dos usuários que já possuem contratos individuais.

Há dois anos, quando estourou a denúncia sobre as propinas na comercialização de órteses e próteses, inclusive com abertura de uma CPI. Segundo a Abramge, já existem projetos de lei parados na Câmara do Congresso referente a CPI, com reivindicações de a criminalização de médicos que cobram propina na aquisição desses materiais e a obrigatoriedade de uma segunda opinião médica em casos de uso de próteses e órteses.




É mais fácil levar bala perdida nos Jogos do que pegar zika

04/07/2016 - Portal Exame


No ano passado, a coisa estava feia: mais de 84 mil brasileiros foram infectados pelo zika vírus, a microcefalia entre recém-nascidos cresceu 1000% e quase 60 países registraram casos da doença.

Mas, às portas da Olimpíada no Rio de Janeiro, a Organização Mundial da Saúde disse, em comunicado oficial, que não há risco de a epidemia crescer por causa do evento.


EXATO


Em um vídeo publicado no início de junho, o professor Eduardo Massad, epidemologista da Faculdade de Medicina da USP, explica a tranquilidade da OMS.

Usando estatísticas e dados oficiais, ele mostra que o risco de um turista ser infectado pelo zika vírus na Olimpíada é baixo: a cada 100 mil pessoas, apenas 3 contrairiam a doença - uma chance menor do que a de levar um tiro de bala perdida andando na rua, por exemplo.

Uma das razões por trás disso é o inverno carioca. A probabilidade de alguém ser picado pelo Aedes aegypti durante o verão no Rio de Janeiro, quando o mosquito está a mil, é de 99,9%.

Mas no frio, quando o mosquito não se reproduz tanto, essa chance é muito menor: 3,5%. Em outras palavras, a cada 100 pessoas, apenas 3,5 serão picadas na Olimpíada.

Mesmo assim, ser picado não significa ser contaminado. Na verdade, a cada 100 mil pessoas picadas, só 3 de fato contraem a doença. Para a dengue, essa proporção é um pouco maior: são 5 casos sintomáticos a cada 10 mil indivíduos picados.

Se a gente considerar esses riscos de contágio durante a Olimpíada - quando cerca de 500 mil turistas vêm para o Rio - podemos concluir que, ao todo, serão 15 casos de zika e 250 de dengue.

Agora, comparando esses riscos com dados de outros perigos, dá para entender por que a OMS está tranquila. Olha só: no Rio de Janeiro, a probabilidade de levar um tiro na rua é de 3,8 a cada 10 mil - ou: a cada 10 mil pessoas, 3,8 levam um tiro.

Se 3 pessoas a cada 100 mil desenvolvem o zika com sintomas, dá para concluir que o risco de levar um tiro, mesmo sendo bem pequeno, é 15 vezes maior do que o de contrair a doença com sintomas.

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