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CRF-SP - Clipping de Notícias
 

CLIPPING - 26/04/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 
   

 

 

Cade aprova compra do Hipoglós pela Johnson & Johnson

25/04/2016 - Valor Econômico / Site


A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da pomada Hipoglós, da Procter & Gamble (P&G), pela Johnson & Johnson (J&J).

A decisão foi comunicada em despacho publicado nesta segunda-feira no “Diário Oficial da União”.

O negócio foi anunciado em março e fez da J&J a nova líder do mercado brasileiro de cremes contra assaduras.

Segundo dados do processo no Cade, a operação envolve a aquisição, pela J&J, de “direitos, títulos, equipamentos, informações regulatórias, direitos de propriedade intelectual, know-how e outros ativos associados ao negócio relacionado à marca Hipoglós”.

Parecer interno do Cade, acompanhado pela superintendência-geral, concluiu que a operação “não acarreta efeitos anticompetitivos ao mercado de pomadas e cremes para assaduras, dado que a marca Hipoglós é adquirida por uma empresa que só atua via importações, que possui baixa participação no mercado relevante adotado.”

Também apontou que o mercado conta com “efetivos concorrentes”.




A 'pílula do câncer': os dois lados da questão

26/04/2016 - G1 - Bem Estar


O governo brasileiro recentemente legalizou, com algumas ressalvas, o uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”. Os pacientes que quiserem a podem utilizar “por livre escolha”, isto é, se eles próprios quiserem, DESDE QUE haja um laudo médico que informe e comprove o diagnóstico específico para o qual a pílula está sendo indicada e DESDE QUE os interessados, ou seus responsáveis legais, assinem um termo de consentimento.

Imediatamente a comunidade científica se rebelou contra esta medida. A Anvisa estuda se vai entrar com uma ação na justiça para anular esta lei sancionada pela presidência da República. Os cientistas, médicos e especialistas argumentam que ainda NÃO há estudos suficientes que comprovem a sua segurança e eficácia e que, por conseguinte, seu uso indiscriminado, ainda que com as ressalvas acima definidas, poderia expor pessoas acometidas de câncer a riscos ainda maiores.

Mais que isso: este fato, por si só, poderia abrir um grave e sério precedente, na medida em que passa por cima da opinião técnica e científica de especialistas que tem a responsabilidade de pesquisar e deliberar, com base em dados concretos e cientificamente sólidos, sobre um produto que pode afetar irreversivelmente a saúde das pessoas. O governo, na verdade, ignorou os pareceres técnicos, todos contrários à liberação da pílula.

A fosfoetanolamina é uma molécula sinteticamente produzida e administrada por via oral. Uma vez absorvida pelo organismo, tem a capacidade de penetrar, junto com moléculas de gordura, nas células tumorais, onde atuaria como uma “inimiga oculta”, sinalizando e expondo as ditas células doentes para o sistema de defesa do organismo, que trataria de eliminá-las. Este é o seu mecanismo de ação proposto.

Os cientistas contra-argumentam dizendo que as pesquisas que constatam seu “sucesso” em diminuir tumores foram realizadas com animais de laboratório e que ainda não há estudos robustos sobre sua segurança e eficácia em humanos.

Dá para imaginar a imensa responsabilidade social e humana destes especialistas, ao recomendarem “SIM” ou “NÃO” a determinado medicamento que, teoricamente, se propõe a salvar vidas? Há que se estudar e pesquisar com seriedade e muito conhecimento técnico.

Por outro lado, dá para imaginar o sofrimento e a angústia das pessoas que tem o diagnóstico de um câncer terminal, sem chances de cura pelos métodos tradicionais? E o sofrimento de seus familiares e amigos? Será que cada um de nós não faria tudo o que estivesse ao nosso alcance para tentar salvar a vida de alguém próximo de nós nesta situação? Inclusive optando por um medicamento não regulamentado?


COMPLICADO, NÃO É MESMO?


Difícil decidir entre o peso da responsabilidade científica que procura o mais seguro e eficaz para todos e a opção individual, única e de cada um, apoiada estritamente nos sentimentos e angústias humanas mais exacerbados e compreensíveis quando se está frente à iminência inequívoca da morte anunciada.

Resta-nos, por enquanto, aguardar que as pesquisas científicas definitivamente nos respondam com mais segurança se a “pílula do câncer” pode, deve ou não pode nem deve ser utilizada.

Até lá, a decisão fica a cargo de cada um. Coração e razão nem sempre andam juntos. Isso também é muito humano.

 

 

 
 

Rede Ortoplan projeta encerrar o ano de 2016 com 75 unidades

26/04/2016 - DCI


Com crescimento superior aos 70% em número de unidades no ano passado, a Ortoplan - Especialidades Odontológicas aposta no ramo de franquias para crescer. Há 18 anos no mercado, a empresa alcançou no ano passado 55 unidades, entre abertas e contratadas. De acordo com o presidente da Ortoplan, dr. Faisal Ismail, a meta é finalizar 2016 com 75 unidades contratadas. Para os interessados na franquia, a rede parcela o investimento e conta com dois formatos de unidades. O padrão Plus prevê a clínica com três consultórios ou mais e aporte médio de R$ 250 mil e taxa de franquia de R$ 30 mil. O Smart é o modelo compacto, com no mínimo de dois consultórios por R$ 75 mil e taxa de franquia de R$ 15 mil.




Folha abre inscrições para 4ª edição do Programa de Treinamento em Ciência e Saúde

25/04/2016 - Folha de S.Paulo / Site


A Folha abriu no domingo (24) as inscrições para o 4º Programa de Treinamento em Jornalismo de Ciência e Saúde. Os interessados em participar podem mandar suas fichas de inscrição pelo site até o dia 8 de maio.

A primeira fase da seleção consiste em análise de currículo e uma prova on-line. Os mais bem colocados serão selecionados para atividades e exercícios na sede da Folha, em São Paulo, como parte da segunda etapa.

O curso, patrocinado pela Qualicorp e Roche, terá duração de cinco semanas. Com início na primeira semana de junho, o programa é destinado a profissionais de todas as áreas, não apenas jornalismo. Estudantes podem concorrer, mas o curso é em período integral.

Os trainees têm aulas teóricas (estatística, inglês, ética) e exercícios práticos, como acompanhar o dia a dia da Redação e produzir pequenas reportagens.

Todo o processo, além de mais informações sobre o curso, será divulgado no site do Treinamento em Ciência e Saúde.




Será inaugurada em maio a primeira clínica da Rede Meu Doutor

26/04/2016 - DCI


Será inaugurada em maio a primeira clínica da Rede Meu Doutor, que prevê a implementação de mais 10 clínicas médicas em pontos estratégicos da Região Metropolitana de São Paulo. A primeira clínica começa a funcionar na 2a feira, 9 de maio de 2016, na região do Grajaú. A unidade São José vai oferecer consultas com mais de dez especialistas, incluindo pediatras, ginecologistas, cardiologistas, ortopedistas, psiquiatras e clínicos gerais. Os valores variam de R$ 89 a R$ 120.

 
 

Mortes por vírus aumentam 8 vezes em PE; chikungunya é principal suspeito

26/04/2016 - O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - Depois da microcefalia, outro alerta em saúde foi dado em Pernambuco, desta vez em torno da febre chikungunya. O Estado registrou neste ano um aumento inexplicado de oito vezes no número de mortes supostamente causadas por arboviroses (vírus transmitidos por insetos). São 191 óbitos sob investigação até esta segunda-feira, 25, ante 23 no mesmo período do ano passado.

Uma equipe do Ministério da Saúde está há três semanas no Estado para investigar as causas das mortes. A Paraíba também relatou aumento significativo do número de óbitos e requisitou ajuda federal. Oficialmente, além de 12 mortes em Pernambuco, o País confirmou 3 óbitos na Bahia, 2 na Paraíba e 1 no Rio Grande do Norte.

O alerta para o aumento dos indicadores de óbitos partiu do professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Carlos Brito. “Boa parte dos pacientes que morreram apresentou sintomas relacionados à chikungunya”, disse.

O coordenador do Programa Nacional de Controle de Dengue, Giovanini Coelho, confirma a preocupação. “Há na literatura registros de casos graves relacionados à chikungunya. Mas a letalidade esperada é próxima de zero”, afirma.

Dos casos suspeitos de óbito de Pernambuco, 12 foram confirmados para chikungunya e apenas 1, para dengue. A gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Recife, Natalie Barros, conta que, até 2 de abril, dos 40 óbitos suspeitos de terem sido provocados por arboviroses na capital, 7 já foram confirmados para chikungunya. “A análise dos prontuários indica que, dos pacientes que morreram, 63% apresentaram quadro compatível com chikungunya: febre, dores fortes nas articulações”, completou Natalie. Embora seja prematuro, ela também considera forte a hipótese de uma ligação com a febre. “Nunca vimos isso na literatura.”


DÚVIDAS


“Há várias dúvidas que têm ainda de ser respondidas”, comenta Coelho. Entre elas, por que o aumento de casos foi identificado apenas neste ano, em Pernambuco, uma vez que a febre chikungunya já havia provocado em 2015 um número significativo de casos na Bahia? Por que outros países que tiveram epidemias de chikungunya não identificaram aumento das mortes? Os óbitos seriam provocados pelo próprio vírus ou a infecção levaria a uma desestabilização da saúde do paciente?

Uma das hipóteses é de que em outros países a doença não tenha sido identificada porque a epidemia não atingiu grandes proporções. “Foi o mesmo que aconteceu com a microcefalia”, afirma o professor. Já o diretor-geral de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, George Dimech, pede investigação. “Há indícios de que a Colômbia enfrenta um fenômeno semelhante.”

Brito diz estar convicto da relação de causa e efeito. Ele observa que Pernambuco enfrenta neste ano uma epidemia pelo vírus, que, a exemplo da dengue e da zika, é transmitido pelo Aedes aegypti. “A letalidade por dengue nunca foi tão alta. Temos agora de investigar o fato novo: a chegada da chikungunya.”




Hospital da USP limita atendimento a crianças

26/04/2016 - O Estado de S.Paulo


SÃO PAULO - O pronto-socorro infantil do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), no campus Butantã, zona oeste da capital, passou a abrir as portas somente durante o dia, entre 7 e 19 horas. Após esse período não são mais distribuídas senhas e apenas casos emergenciais são atendidos no local. A limitação é decorrente do déficit de especialistas provocado pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV) e pela suspensão de novas contratações na instituição em função da crise financeira.

De acordo com a Superintendência do HU, os usuários são orientados a procurar as unidades da rede municipal que dispõem de pediatras - uma listagem com nomes e endereços tem sido entregue aos pais. Atualmente, somente um especialista faz plantão na unidade, o que teria levado a direção do hospital a decidir pela restrição no horário de atendimento, em vigor desde o dia 20 deste mês.

O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), que nesta segunda-feira realizou assembleia com os funcionários para discutir a situação do PS, exige a contratação imediata de médicos, enfermeiros e técnicos em número suficiente para que o serviço volte a funcionar, com qualidade, durante todo o dia.

“A falta de médicos está criando uma condição de trabalho insustentável para aqueles que tentam manter o atendimento à população. Chegamos ao ponto de termos médicos que pedem demissão espontaneamente por causa disso”, diz, em nota, o diretor do sindicato, Gerson Salvador. A entidade informou que enviará um documento sobre a precariedade do sistema para a reitoria da USP.


CRISE


A crise na instituição teve início em 2014, quando o corpo clínico do hospital começou a ser reduzido. Segundo o Simesp, 213 profissionais aderiram ao PDV desde então, prejudicando o atendimento à população que depende do HU. O efetivo dispensado equivale a 12% do quadro de funcionários. O primeiro grupo saiu em fevereiro e o segundo, agora em abril.

A restrição iniciada na semana passada sobrecarrega ainda os demais serviços de saúde infantis - a procura por pediatras aumentou com o surto de H1N1 tanto na rede pública como na particular. Em ambas, a espera por uma consulta com pediatra chega a levar cinco horas.

“O corpo clínico do pronto-socorro do HU precisa ser reconstituído com urgência, pois todos os PSs já estão com sobrecarga no atendimento, tornando impossível absorver essa população, que estará desamparada, e garantir a qualidade na assistência à saúde”, afirma o diretor do Simesp.


CLÍNICO


No pronto-socorro adulto também há restrição de atendimento pelo mesmo motivo. O PDV não impôs um limite de horário, mas de consultas. Os médicos que ficaram não dão conta de atender os pacientes e, por isso, os considerados de menor gravidade são encaminhados para a rede pública, a exemplo do que passou a acontecer com as crianças. A unidade, portanto, prioriza apenas casos de urgência e emergência.

Outra consequência da crise é o fechamento de leitos. Ao menos oito foram desativados neste ano. Por enquanto não há previsão de reposição das vagas.




Óbitos por H1N1 já superam 2014 e 2015

26/04/2016 - O Estado de S.Paulo


O número de mortes por gripe H1N1 registradas neste ano no País já ultrapassa o volume de óbitos notificados nos últimos dois anos, revela boletim divulgado nesta segunda-feira, 25, pelo Ministério da Saúde. Segundo o órgão federal, 230 pessoas morreram por complicações da doença de 1.º de janeiro a 16 de abril. Juntos, os anos de 2014 e 2015 registraram 199 óbitos.

O boletim também indica crescimento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), forma severa da doença, que requer internação. Foram 1.365 registros da doença, mais do que o dobro do notificado nos dois anos anteriores, quando 606 pessoas foram infectadas.

O Estado de São Paulo concentra a maior parte dos casos e mortes pela doença, com 883 registros de SRAG e 119 óbitos.

A doença, no entanto, começa a se espalhar por outros Estados. Em Santa Catarina, o segundo em número de registros, o número de casos passou de 86 para 102 em uma semana. Goiás, por sua vez, passou de 29 para 62 no mesmo período. Ao todo, 20 Estados confirmaram casos da doença.


CAPITAL


Cresceu também o número de vítimas da doença na capital paulista, que já acumula 40 mortes, segundo balanço da Secretaria Municipal da Saúde. O boletim, com dados até o dia 12 deste mês, aponta que já são 385 casos de SRAG. A zona norte é a região com o maior porcentual de mortes (25,7%), seguida por sudeste (24,4%), sul (19%), oeste (16,6%), leste (6,8%) e centro (6%).

A secretaria informou também que, em duas semanas e meia de vacinação – até a quarta-feira passada –, 63,9% do público-alvo já foi vacinado, o equivalente a 1,7 milhão de pessoas.

Marcada para começar originalmente no dia 30 de abril em todo o País, a campanha de imunização foi antecipada na capital e Grande São Paulo. No dia 4, começaram a ser vacinados profissionais de saúde; no dia 11, entraram na campanha idosos, gestantes e crianças; e no dia 18, passaram a ter direito à vacina doentes crônicos e puérperas.




Epidemias aumentam os custos e reduzem margens na saúde

26/04/2016 - DCI


Em meio à instabilidade econômica, as epidemias movimentam o mercado de saúde suplementar apertando ainda mais as margens das empresas e gerando alta dos custos assistenciais nos planos médico-hospitalares. De clínicas de reprodução a operadoras de saúde, passando por centros de vacinação, o zika vírus, H1N1 e chikungunya já desafiam o setor.

Mesmo com a possível regressão do zika no País, segundo declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) ontem, a saúde privada já apresenta reflexos. No mercado de reprodução assistida, a epidemia somada à possibilidade de microcefalia nos fetos teve impactos. O primeiro é a queda da demanda por procedimentos de fertilização e o segundo é o aumento da procura por congelamento de óvulos, que apesar de ser um procedimento mais lucrativo, neste momento de crise econômica torna o repasse do procedimento mais difícil.

"As clínicas tiveram de se adaptar. Em fevereiro tivemos aumento de 50% no número de gestantes que decidiram congelar", aponta a diretora do IVI Salvador, Genevieve Coelho. De acordo com Genevieve, a estratégia para conseguir manter os clientes atuais foi oferecer um pacote que já incluísse o congelamento dos embriões. "Não repassamos o custo do congelamento no primeiro ano. Isso diminui o lucro, mas mantém a demanda", explica ela.

Para a diretora, a obrigatoriedade de realizar testes em futuros pacientes também tem gerado aumento dos custos. "Custa R$ 800 por casal e os planos não cobrem", aponta. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) finalizou na terça-feira (19) uma proposta para a incorporação de exames de detecção de vírus zika ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Assim que for aprovada, a ANS dará um prazo para que operadoras de saúde organizem a rede de atendimento para oferecer os exames.


QUEDA NO MERCADO


Segundo a diretora do laboratório especializado em genética reprodutiva Igenomix, Marcia Riboldi, desde dezembro o mercado tem sentido uma queda significativa no número de ciclos de fertilização, sobretudo no norte e nordeste. "Algumas clínicas que visitei disseram que faziam entre 20 e 30 ciclos por mês e agora estão fazendo entre 7 e 10", indica.

Outra situação que Marcia aponta ter visto em clínicas de alto nível é a migração de pacientes para o exterior. "Além do zika, tem a instabilidade econômica que fez com que algumas pessoas esperassem."

A expectativa é que este movimento de mercado não afete a receita do laboratório, já que 90% dos testes realizados pela Igenomix são feitos em embriões congelados. "Congelar antes de fazer o ciclo aumenta em 60% as taxas de sucesso."

A demanda tem crescido 20% ao mês e o faturamento já chega a R$ 1 milhão mensal. Assim como nas clínicas de vacinação, o grande desafio dos laboratórios de genética é a alta do dólar. "Além disso, tem a demora para a chegada dos insumos e o imposto que incide neles. Entre 35% e 40% do que pagamos de reativos é imposto", afirma.

De acordo com Marcia, a Igenomix está presente em mais de seis países e o Brasil é a matriz que mais apresenta problemas por conta da complexa burocracia do País. Aqui, um tratamento de reprodução assistida custa entre R$ 16 mil e R$ 20 mil, fora custos com medicamentos e testes genéticos. "O alto custo restringe o mercado", ressalta.


CUSTO DA VACINAÇÃO


Se por um lado os centros de vacinação podem ser beneficiados com o aumento da procura por vacina contra a gripe e H1N1, por outro coloca as clínicas na corrida para conseguir o insumo. "Aumentou muito. Em uma semana aplicamos o que vendemos em 2015", afirma o diretor administrativo da Rede Vaccini, Felipe Sznayderman.

De acordo com ele, em 2015, mais de um milhão de doses foram descartadas no mercado. Já neste ano, o abastecimento tem sido o maior desafio. "A produção se baseia no histórico de consumo e nunca tivemos esta demanda", ressalta.

A alta do dólar também tem pressionado o segmento. Segundo Sznayderman, mesmo que o reajuste autorizado para o preço dos insumos tenha sido de 12,5%, a alta real acabou sendo de 30%, apertando a margem de algumas vacinas. "Alguns laboratórios que davam desconto encima da vacina tiraram", complementa.

O diretor executivo do Delboni Medicina Diagnóstica e do Lavoisier Laboratório e Imagem, Rafael Lucchesi, afirma que nas duas marcas foram vendidas aproximadamente 50 mil vacinas de H1N1. Segundo ele, mesmo que em 2016 tenham solicitado um volume 50% superior ao pico da série histórica, em 2014, não atenderam toda a demanda. "Infelizmente, com o início antecipado do surto da doença e a gravidade dos casos, ficou imprevisível a demanda pelo produto", aponta. Segundo ele, os fabricantes pedem para que os pedidos sejam feitos com seis meses de antecedência.

Para atender o grande contingente de pessoas neste ano, o executivo aponta que teve que adequar o tamanho da equipe, além de capacitar um maior número de pessoas para realizar a aplicação. "Buscamos minimizar os impactos aos nossos pacientes e atender a todos no menor tempo possível", comenta.


VALORES ASSISTENCIAIS


Um dos elos mais importantes da cadeia, as operadoras de saúde também devem se preparar para o impacto dos custos do zika. Segundo o sócio do Dagoberto Advogados, Ricardo Ramires Filho, com o aumento da procura por pronto-socorro, internações em casos de suspeita e testes para verificar a presença da doença é provável que os custos assistenciais aumentem ainda, impactando na sinistralidade. "O excesso de utilização, às vezes até indevida, pode impactar o custo", explica.

Segundo ele, além da despesa com exames, as operadoras também devem lidar com as reclamações por conta dos testes rápidos, que ainda não são obrigatórios. "Pode gerar uma NIP (Notificação de Investigação Preliminar) na ANS", diz. Conforme ele, o H1N1 também pode aumentar a utilização dos planos, no entanto, por ter uma vacina consegue ser mais controlado. Uma forma de diminuir o impacto das epidemias - e que já está sendo usado pelas operadoras - é medindo a longo prazo a incorporação de vacinas, medicamentos e testes. "Mas tem que ser estudado, porque pode gerar judicialização. Muitos acham que se liberou para um, tem que liberar para todos e não é bem assim", completa.




Dados sobre vírus H1N1 não indicam situação preocupante, diz especialista

25/04/2016 - Folha de S.Paulo / Site


A memória recente da pandemia ocorrida em 2009 faz com que a população se preocupe mais com o vírus da gripe H1N1, mas os dados disponíveis até o momento não indicam uma situação atípica neste ano.

A avaliação é da virologista Marilda Siqueira, chefe do laboratório de vírus respiratórios e sarampo do IOC (Instituto Oswaldo Cruz) da Fiocruz, referência nacional para análise de casos de gripe.

Segundo ela, a circulação do vírus chamou a atenção por ocorrer mais cedo do que o esperado, "mas não é a primeira vez que isso ocorre".

Em 2013, também houve forte circulação do vírus no Sul e Sudeste, segundo o Ministério da Saúde, e a epidemia começou cerca de um mês mais cedo.

"É preciso ter mais dados para entender se a situação será diferente dos anos anteriores em que o vírus também circulou", ressalva.

Além disso, análises feitas pelo laboratório em amostras de pacientes apontam que o vírus da gripe H1N1 não teve mudanças significativas nos últimos anos.

"Não há novo subtipo circulando. É o mesmo", afirma. "Não estamos vendo um padrão de comportamento diferente de outros anos."

A conclusão exclui a hipótese, levantada em março por infectologistas, de que o surto antecipado e o rápido aumento de casos poderia estar relacionado a uma mudança no tipo de vírus, por exemplo.

De acordo com Siqueira, assim como outros vírus da gripe, o H1N1 tem evoluído ao longo dos anos –mas não de maneira forte ou suficiente para mudança na cepa do vírus que compõe a vacina.

"Ele evoluiu, mas continua de certa forma homogêneo e estável", explica.

O laboratório faz análises de amostras encaminhadas pelos três Estados do Sul do país, além do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Alagoas e Sergipe.

Sequenciamento do genoma do vírus, feito pelo Instituto Adolfo Lutz, que abrange os casos de São Paulo, também não apontou mudanças, de acordo com a Secretaria estadual de Saúde.


VÍRUS SAZONAL


Para Siqueira, é preciso lembrar que o vírus H1N1 é um vírus sazonal como outros tipos de vírus da gripe e, por isso, passa a circular todos os anos, com maior ou menor intensidade.

"É algo que muitos confundem, como se tivesse circulado em 2009 e nunca mais. Não é assim. Ele virou um vírus sazonal", afirma.

Neste ano, dados de boletim epidemiológico do Ministério da Saúde indicam que ele responde por 82% dos casos graves e 91% das mortes por complicações da gripe.

Desde o início do ano até o dia 9 de abril, foram contabilizados 153 mortes e 1.012 casos de síndrome respiratória aguda grave por H1N1.

Apesar do avanço nas últimas semanas, a virologista diz que os dados, embora registrados mais cedo neste ano, "estão dentro do padrão que conhecemos por influenza", afirma.

Em todo o ano de 2013, quando o vírus também foi predominante, foram 955 mortes por gripe –destas, 768 relacionadas ao H1N1. O vírus também respondeu por 62% dos casos de síndrome respiratória grave. Os demais casos foram principalmente pelos vírus da gripe B e H3N2.

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