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CLIPPING - 22/04/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 
   

 

 

Aspirina reduz morte por câncer

21/04/2016 - Correio Braziliense


Quando foi sintetizada, no século 18, pelo químico Felix Hoffman, a aspirina tinha como alvo pacientes de artrite. Não demorou, contudo, para que o comprimido branco revelasse potencial no tratamento de diversos males. Analgésico e antitérmico, o ácido acetilsalicílico (AAS) também protege o coração, o sistema vascular e, de acordo com um corpo crescente de estudos, poderá ser utilizado no combate ao câncer. Em um artigo publicado ontem no jornal Plos One, o epidemiologista Peter C. Elwood, do País de Gales, afirmou que o remédio é capaz de reduzir em 20% a mortalidade por tumores malignos. Contudo, não há comprovação suficiente, ainda, para prescrevê-lo com esse fim.

Na década de 1970, Elwood foi o primeiro a fazer a relação entre o uso moderado (de 70mg a 100mg) de aspirina e a redução de risco cardiovascular. No começo, houve desconfiança da classe médica. Com o tempo, porém, o ácido acetilsalicílico passou a ser receitado rotineiramente nos consultórios. O médico, da Universidade de Cardiff, continuou estudando as propriedades do medicamento como integrante de um grupo de pesquisadores independentes que investigam o papel do AAS na prevenção e no combate a diversas doenças.

Para o trabalho divulgado ontem, ele fez uma revisão sistemática da literatura científica recente que tem a associação entre câncer e aspirina como foco. No total, a equipe de Elwood avaliou 47 estudos, sendo cinco randomizados — testes que compararam a eficácia do remédio à do placebo — e o restante observacional, quando se tem um resultado, mas não se investiga a relação de causa e efeito. Dessa vez, no lugar de pesquisar a prevenção, o epidemiologista decidiu avaliar a redução de mortalidade em pessoas que já têm a doença. Foram eleitos os cânceres colorretal, de próstata e de mama.


MUTAÇÃO


No caso dos tumores de cólon, existem evidências sólidas do papel protetor do ácido acetilsalicílico para um grupo específico de pacientes (veja infográfico). Tanto que, em dezembro, o órgão de saúde norte-americano que estabelece diretrizes preventivas fez, pela primeira vez, uma recomendação para que pessoas desse público conversem com seus médicos sobre a possibilidade de usarem baixas doses de aspirina para se protegerem contra o câncer. A associação do tumor colorretal com o medicamento foi fortalecida pelo trabalho de revisão de Elwood: o índice de redução de mortalidade de pacientes com a doença que usavam aspirina chegou a 25%.

De acordo com o médico, aparentemente, o papel da aspirina nesses casos tem ligação direta com uma mutação no gene PIK3CA, que é encontrado em até 50% dos pacientes de tumor colorretal. Segundo o oncologista Paulo Lages, do Instituto Onco-Vida, há outra explicação possível para essa relação: “A aspirina é um inibidor de uma enzima, a COX-2, que é uma das vias do surgimento do câncer”, diz. O médico brasileiro lembra que, dos tumores estudados no trabalho de Elwood, o colorretal é o único que, comprovadamente, pode ser combatido pelo ácido acetilsalicílico e, ainda assim, na prevenção, não no tratamento de pacientes já doentes. Nos outros dois tipos de tumor que entraram no trabalho do britânico, de mama e próstata, a redução de mortalidade foi de, respectivamente, 13% e 11%.


CAUTELA


Peter C. Elwood destaca, porém, que há importantes limitações na pesquisa e que, portanto, não se pode ainda receitar a aspirina na expectativa de que ela aumente a sobrevida dos pacientes — nem mesmo no caso do tumor colorretal. “O que nós fizemos foi uma revisão de dezenas de trabalhos que investigaram o papel da aspirina, ingerida em baixas dosagens e concomitante ao tratamento tradicional. Em alguns deles, sugeriu-se, inclusive, uma redução da metástase, que é uma das principais causas da mortalidade por câncer. Mas muitos desses estudos tinham número muito pequeno de pacientes, e a maioria dos artigos que investigamos não foi de estudos randomizados”, reconhece.

Contudo, ele acredita que o potencial da AAS para auxiliar no tratamento da doença deve ser levado a sério. “Principalmente no caso do câncer colorretal, as evidências foram bastante convincentes. O câncer, apesar dos avanços no diagnóstico e nos tratamentos observados nas últimas décadas, é uma doença ainda com alto índice de letalidade. Por isso, precisamos investir mais em novas abordagens capazes de interferir na mortalidade e na incidência da doença”, diz. O médico considera urgente a necessidade de se desenharem estudos clínicos controlados para se comprovar o papel da aspirina no desenrolar de tumores. Em relação a um dos efeitos colaterais do medicamento — o risco de sangramento interno —, Elwood afirma que não foram observados em nenhum dos 47 trabalhos investigados ocorrência séria desse tipo.

Para Paulo Lages, do Instituto Onco-Vida, o artigo do colega britânico de fato abre a porta para estudos randomizados que investiguem se, de fato, a aspirina é capaz de reduzir a mortalidade de alguns tipos de câncer. “Os dados que ele apresenta são provocativos. Mas, como o próprio autor reconhece, há uma série de limitações metodológicas”, diz. “Também é importante lembrar que, quando se fala sobre câncer, as pessoas têm de entender que não existe uma única droga que possa curá-lo porque o que funciona muito para um tipo de tumor pode não funcionar para o outro. Os mecanismos de surgimento são diferentes, dependendo do tipo de câncer”, lembra.


DUAS DOSES SEMANAIS


No mês passado, o epidemiologista Andrew T. Chan, do Hospital Geral de Massachusetts, de Boston (EUA), encontrou associação entre o uso da aspirina e uma redução da incidência de câncer. O trabalho, porém, foi observacional e não se aprofundou sobre as causas dessa associação. Os autores pegaram dados de 135.965 mulheres e homens que participaram de dois grandes estudos com profissionais de saúde norte-americanos e foram acompanhados ao longo de 32 anos. Desses, 20.414 tiveram algum tipo de tumor maligno no período.

Ao analisar os hábitos de saúde dos participantes, que foram documentados nos dois trabalhos, a equipe de Chan observou que o uso regular da aspirina duas ou mais vezes por semana por pelo menos seis anos estava associado a uma redução de 3% nos casos de todos os tipos de tumor, sendo essa relação mais forte quanto aos cânceres do trato gastrointestinal (15%) e colorretal (19%). Não houve redução significativa quanto a carcinomas na mama, na próstata ou no pulmão. De acordo com o artigo, publicado na Revista da Associação Médica Americana (Jama), é possível que a aspirina desempenhe papéis ainda desconhecidos na prevenção ao câncer que precisam ser investigadas mais a fundo.

“No caso de pessoas em risco de câncer colorretal, nós já temos, nos Estados Unidos, diretrizes para recomendar a pacientes em risco que tomem baixas doses de AAS, mas ainda não podemos fazer isso em relação ao câncer em geral”, diz Chan. “Precisamos pesquisar mais o papel protetivo da aspirina quanto a outros tipos de tumores, em especial os do trato gastrointestinal, pois conseguimos encontrar um índice convincente de redução de risco”.

O pesquisador ressalta ainda que a aspirina nunca será um substituto de importantes mecanismos de prevenção, como colonoscopia e endoscopia. “Mas ela pode se tornar uma ferramenta a mais. Eu acho que já estamos em um ponto em que indivíduos com fatores de risco para câncer de estômago, como histórico familiar, podem discutir com seus médicos a possibilidade de tomar aspirina como forma de prevenção”, diz.

 

 

 
 

Pesquisa quer usar plantas transgênicas contra ‘Aedes’

22/04/2016 - O Globo


Tecnologia genética de vanguarda começa a ser usada para enfrentar o mais perigoso predador do Brasil. Cientistas do Rio investigam o genoma do Aedes aegypti em busca de seus pontos fracos e planejam usá-los em armadilhas vivas, criadas em laboratório, num trabalho inédito. A meta é reduzir a infestação do mosquito que transmite zika, dengue e chikungunya com o uso de plantas.

Tendo à frente a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o projeto, que já está em curso, combina a análise dos genes do Aedes com a identificação e a modificação de plantas. Erradicação é um termo forte demais para um inimigo que aprendeu a tirar proveito das fraquezas humanas, como a falta de saneamento básico, afirma o líder do projeto, Mario Alberto Cardoso da Silva Neto, chefe do Laboratório de Sinalização Celular do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, da UFRJ:

— Enquanto persistirem condições precárias, como esgoto a céu aberto e falta de água encanada, existirão mosquitos. Mas podemos reduzir sua população de forma expressiva. Temos o orgulho e a tradição de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas no combate de epidemias, mas ainda não aprendemos a resolver problemas de urbanização.

Ele e a equipe, integrada também por pesquisadores do Instituto de Biologia do Exército (IBEx) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), analisam genes que conferem ao mosquito a capacidade de sugar o sangue humano. Todo o genoma de cerca de 15 mil genes do Aedes é rastreado, mas a meta é chegar a 20 genes de interesse, ativos somente nas fêmeas.

— O Aedes existe há cerca de 45 milhões de anos. Ele tem um arsenal biológico formidável e se adaptou totalmente a predar o ser humano. Mantê-lo sob controle é um trabalho de permanente vigilância — destaca.


MOSQUITOS FORAM CAPTURADOS


Para o estudo, os cientistas desenvolveram uma população de mosquitos representativa do Aedes que infesta o Rio. Capturaram mosquitos na orla da Baía de Guanabara: em Paquetá, Ilha do Governador, Praça Quinze, Niterói e São Gonçalo.

— Eles foram cruzados e obtivemos uma população homogênea, que chamamos de Aedes Rio. São os genes desses mosquitos que estudamos — diz Cardoso.

O grupo se debruça sobre o período de até 48 horas de vida do mosquito, em que ele ainda não aprendeu a sugar o sangue humano. Durante essa fase, machos e fêmeas se alimentam apenas de seiva das plantas e copulam. Após esse breve período, alguns genes acionam uma espécie de gatilho, que faz as fêmeas fecundadas sugarem sangue humano para nutrir seus ovos.

— Vamos comparar machos e fêmeas e ver que genes ficam ativos. Só nos interessam as fêmeas, que chupam sangue — explica o cientista.

A ideia é bloquear a ação desses genes. Sem eles, as fêmeas do Aedes não se tornarão sugadoras de sangue. Outros alvos são genes ligados à captação de CO2 — necessário para o Aedes caçar suas presas, isto é, seres humanos — e ao desenvolvimento do tubo digestivo do inseto.

Para bloquear os genes, os pesquisadores planejam usar plantas geneticamente modificadas. É sabido que os mosquitos preferem a seiva de certas espécies de plantas. No caso do Aedes, são 20. Mudas dessas espécies estão sendo selecionadas e cultivadas pela pesquisadora da UFRJ Maite Vaslin.

— O objetivo é modificar essas plantas para que se tornem mais atraentes e produzam substâncias capazes de bloquear os genes dos mosquitos. Tecnicamente, isso é possível. Já identificamos as plantas que o Aedes gosta — explica Cardoso.

Essas plantas poderiam ser usadas em áreas de infestação, para impedir a reprodução do mosquito.

— É estratégia de saúde pública. Precisamos de várias frentes contra o mosquito — afirma o pesquisador.

O projeto foi orçado em R$ 5 milhões. Até agora, R$ 3 milhões foram aprovados, mas apenas R$ 600 mil, repassados.

— A pesquisa genética é promissora, mas tem um custo, que este ano aumentou muito com a alta do dólar. Quase todo o trabalho de sequenciamento genético é feito com material importado. Sem pesquisa, temos menos chances contra um mosquito que prolifera justamente graças às condições de pobreza — diz.




Mercado Aberto: Nova lei inviabiliza setor de biotecnologia, diz entidade

22/04/2016 - Folha de S.Paulo


A indústria de biotecnologia cobra do governo isenção de uma nova taxa prevista pela lei de biodiversidade, cuja regulamentação estará em consulta pública até 2 de maio.

A cobrança "inviabilizaria a indústria no país", afirma Bernardo Silva, presidente da Abbi (associação de biotecnologia industrial).

O texto prevê o pagamento de uma parcela de 1% do preço final dos produtos que utilizam patrimônio genético do país -de plantas a microrganismos nativos.

O setor pede que os artigos feitos a partir de microrganismos, como fibras, borrachas e plásticos, sejam isentos, nos casos em que substituem uma matéria-prima de base fóssil.

"A lei cria obstáculos a uma indústria nova, limpa, que compete com produtos de base petroquímica. Precisamos de isonomia com os materiais da rota fóssil", diz.

O temor é que a alta do preço final gere falta de demanda, o que levaria à queda nos investimentos em pesquisa, analisa Carlos Rossin, diretor de sustentabilidade da PwC.

A maioria dos projetos das empresas foi congelada, à espera de uma definição das regras, afirma Silva.

"Temos planos para a prospecção de microrganismos, mas é preciso analisar as condições", diz Pedro Fernandes, vice-presidente na América Latina da Novozymes, especializada em biotecnologia.

O Brasil provê 9% da receita global da empresa, que faturou R$ 7,5 bilhões em 2015.




Lucro da Novartis recua 84,6% no 1º trimestre, para US$ 2 bilhões

21/04/2016 - Valor Econômico / Site


A Novartis informou queda de 84,6% no lucro líquido do primeiro trimestre, para US$ 2 bilhões, na comparação com os ganhos de US$ 13 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

A farmacêutica disse que o resultado menor foi afetado pelos investimentos para o lançamento de novos medicamentos na tentativa de reverter a queda acentuada das vendas do Gleevec — um dos seus medicamentos de combate ao câncer.

Além disso, os resultados no ano passado foram impulsionados por um ganho de US$ 12,8 bilhões com a venda de unidades à GlaxoSmithKline e à Eli Lilly.

As receitas caíram 3% de janeiro a março, para US$ 11,6 bilhões, tendo ficado aquém das expectativas dos analistas de US$ 11,89 bilhões.

O lucro líquido subjacente, que não contabiliza baixas contábeis ou ganhos extraordinários, recuou 13% para US$ 2,8 bilhões, ficando acima das previsões dos analistas.

A Novartis reiterou as previsões para o total do ano e disse que ainda prevê que as vendas e o lucro subjacente de 2016 fiquem em linha com os valores alcançados em 2015.

 
 

1.168 casos de microcefalia são confirmados no País, 192 por zika.

21/04/2016 - O Estado de S.Paulo


Seis meses após detectar o avanço de casos que levou à decretação, em novembro, de emergência nacional por microcefalia, o Brasil conseguiu investigar menos da metade dos relatos. Conforme novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado ontem, até o dia 16 de abril 1.168 casos foram confirmados e 2.241 foram descartados para a má-formação e outras alterações do sistema nervoso, sugestivas de infecção congênita. Ao todo, foram notificados 7.150 casos suspeitos desde outubro – 3.741 (52,3%) permanecem em investigação.

Os 1.168 casos confirmados aconteceram em 428 municípios de 22 unidades da federação. Os 2.241 casos descartados foram classificados por apresentar exames normais ou microcefalia e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infecciosas.

Do total de casos de microcefalia confirmados, 192 (16%) tiveram resultado positivo para o zika por exame laboratorial.

Apesar disso, o Ministério da Saúde mantém a posição de que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia. Considerando os dados até sexta-feira, foram registrados 240 óbitos suspeitos por essa má-formação após o parto ou durante a gestação. Desses,51 foram confirmados para microcefalia e outros 165 continuam em investigação.


SÃO PAULO


A Região Nordeste concentra 77,2% dos casos notificados. O Estado de Pernambuco mantém o maior número de relatos em investigação (760). Já São Paulo notificou ao ministério 267 suspeitas, das quais descartou 107. Nenhum caso de microcefalia foi confirmado.

Mas a Secretaria da Saúde de Piracicaba informou ontem que investiga se a contaminação pelo zika foi a causa do aborto de uma gestante de 33 anos, moradora do bairro Higienópolis, zona sul da cidade. O resultado dos exames para o zika foi positivo.

Há nove casos confirmados de grávidas com o vírus no município – que tem sob análise um grupo de 80 gestantes que apresentaram sintomas compatíveis com zika, como manchas na pele.




SP: 1 em 5 cidades tem casos graves de H1N1.

21/04/2016 - O Estado de S.Paulo


Pelo menos 121 das 645 cidades paulistas já registraram casos graves de H1N1, segundo boletim divulgado ontem pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo com detalhes sobre o perfil das vítimas da gripe. O documento revela ainda que metade dos 91 mortos pela doença neste ano viviam na capital ou nas cidades da região metropolitana.

O Estado é o mais afetado pelo surto antecipado de gripe que atinge o País. De janeiro até 12 de abril, o Brasil já registrou 1.012 casos graves de H1N1,chamados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), quadro que exige internação do paciente.

Desse total, 715 (70%) pacientes foram infectados em território paulista. São Paulo também responde pelo maior número de mortes: 59% de um total de 153 registradas em todos os Estados brasileiros.

O boletim da secretaria estadual mostra que grande parte dos casos e mortes está concentrada em duas regiões do Estado: Grande São Paulo e noroeste paulista. O balanço não traz o número de vítimas por município, mas é possível ver pelo mapa apresentado no informe que a maioria dos óbitos no interior aconteceu na região de São José do Rio Preto.

O diagnóstico fez com que a secretaria antecipasse a campanha de vacinação contra a gripe nessas regiões. A imunização foi iniciada no fim de março em 67 municípios da área de Rio Preto e no dia 4 de abril na capital e na Grande São Paulo, onde 47 pessoas já morreram.

No interior, novas mortes possivelmente associadas ao H1N1 são registradas todos os dias. Somente ontem, foram notificados sete óbitos suspeitos pela doença. Dois deles foram registrados em Americana, região de Campinas. A cidade já tem um óbito confirmado pelo vírus e investiga outros dois, ocorridos anteriormente. Em Indaiatuba, na mesma região, a morte suspeita é de um idoso de 81 anos, que tinha doenças crônicas. É a primeira vítima por H1N1 na cidade, que investiga 16 casos suspeitos da doença.

Também foram notificadas como suspeitas da gripe as mortes de duas mulheres, de 34 e 69 anos, em Araras. A prefeitura enviou amostras ao Instituto Adolfo Lutz para confirmar a infecção pelo vírus. Outro caso suspeito foi registrado em Mococa – a vítima, do sexo masculino, apresentou quadro de pneumonia aguda. Um homem de 51 anos morreu com suspeita de infecção pela gripe em São Carlos.

O resultado do exame sai em 30 dias.


PERFIL


Em todo o Estado, a faixa etária com o maior número de casos de SRAG por H1N1 foia de 25 a 44 anos, segundo o boletim. Entre os mortos pela doença, a faixa de idade mais acometida foi a de 45 a 59 anos.

Cerca de 71% dos mortos tinham alguma doença crônica e 54% eram mulheres. As doenças mais presentes entre as vítimas eram diabete, problemas cardíacos e obesidade. Três gestantes morreram, além de uma mulher que havia dado à luz há menos de 45 dias. Todos esses grupos, assim como idosos e crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, são considerados mais vulneráveis para as complicações da doença e podem vacinar-se gratuitamente na rede pública.

Pelo menos 80% dos mortos chegaram a tomar o antiviral Tamiflu, mas o início do tratamento ocorreu, em média, cinco dias depois dos primeiros sintomas– o recomendado é que isso ocorra em até 48 horas.




Infecção por HIV causa 5 anos de envelhecimento precoce

22/04/2016 - O Estado de S.Paulo


A infecção por HIV causa um envelhecimento prematuro equivalente a cinco anos em portadores do vírus, segundo um novo estudo americano publicado ontem na revista científica Cell. Embora atualmente os pacientes com HIV vivam saudáveis por décadas, graças à combinação de terapias com antirretrovirais, cientistas já haviam observado, em outras pesquisas, que eles mostram sinais de envelhecimento prematuro.

Usando técnicas epigenéticas para calcular o envelhecimento biológico de 137 pacientes, pesquisadores da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, calcularam pela primeira vez que o envelhecimento precoce equivale, em média, a cinco anos. “As questões médicas ligadas ao tratamento de pessoas com HIV mudaram.

Não estamos mais tão preocupados com as infecções causadas pelo sistema imunológico comprometido”, afirmou um dos autores do estudo, Howard Fox, do Departamento de Farmacologia e Neurociência Experimental da Universidade de Nebraska, destacando que a preocupação agora está relacionada às doenças relacionadas ao envelhecimento.

A ferramenta utilizada para realizar o novo estudo tem foco nas mudanças epigenéticas das células dos pacientes. A informação epigenética está contida em parcelas do genoma que não fazem parte da sequência do DNA, masque têm um papel importante na regulação dos genes e podem ser herdadas.

Quando ocorrem as mudanças epigenéticas nas células, elas são transmitidas para as gerações seguintes de células, influenciando a maneira como os genes são expressos. Os cientistas usaram como biomarcador uma mudança epigenética específica, a metilação, que pode ter influência na maneira como os genes são traduzidos em proteínas. “Havíamos verificado em estudos anteriores que, à medida que envelhecemos, o processo de metilação é modificado em todo o genoma. Alguns chamam isso de entropia, ou deriva genética. Ainda não sabemos exatamente quais mecanismos dessas mudanças epigenéticas levam aos sintomas de envelhecimento, mas é uma tendência que podemos medir nas células das pessoas”, disse Fox.


GRUPO CONTROLE


Os 137 pacientes incluídos na análise participaram de um estudo de longo prazo que monitora indivíduos infectados com HIV em tratamento com combinações de terapias antirretrovirais. Os indivíduos escolhidos não tinham outras doenças que pudessem distorcer a análise. Também foram analisados 44 indivíduos HIV negativos, como controle.

Além de descobrir que a infecção por HIV aumenta a idade biológica do paciente em 4,9 anos, os cientistas também afirmam que essa alteração está associada a um aumento de risco de mortalidade de 19%.

“Um outro aspecto surpreendente é que não há diferença entre os padrões de metilação nos pacientes infectados recentemente (há menos de cinco anos) e os que têm infecção crônica (há mais de 12 anos)”, afirmou Fox.

Os autores do estudo dizem que é possível desenvolver drogas para amenizar as mudanças epigenéticas observadas no estudo.

Mas as implicações imediatas são bem mais simples: eles afirmam que as pessoas com HIV devem saber que têm riscos aumentados de doenças ligadas ao envelhecimento – e devem trabalhar para reduzi los, fazendo escolhas saudáveis em seu estilo de vida.




Transmissão sexual já acontece em oito países, afirma OMS

22/04/2016 - O Estado de S.Paulo


Oito países já notificaram possível transmissão sexual do zika vírus, segundo o mais recente boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado ontem.

Argentina, Chile, Estados Unidos, França, Itália, Nova Zelândia, Peru e Portugal têm evidência desse tipo de transmissão porque registraram casos autóctones de zika sem ter, em seu território, a presença do mosquito transmissor da doença.

Ainda segundo a OMS, 66 países tiveram registro de zika desde 2007, quando o primeiro surto foi documentado. Desde 2015, quando a doença foi identificada pela primeira vez nas Américas, 42 nações notificaram casos de zika. Seis países tiveram aumento de casos de microcefalia associados à doença: Brasil, Colômbia, Cabo Verde, Polinésia Francesa, Martinica e Panamá.




Alteração hormonal da gravidez agrava infecção por H1N1

22/04/2016 - Folha de S.Paulo


A presença do vírus H1N1 potencializa uma desregulação do sistema imunológico causada pelas mudanças hormonais em mulheres grávidas, aponta estudo conduzido por cientistas da Índia, Estados Unidos e Brasil.

A pesquisa, publicada recentemente no periódico de medicina “International Journal of Health & Allied Sciences”, foi realizada com amostras de sangue de mulheres grávidas infectadas pelo H1N1, voluntárias grávidas saudáveis e outras não grávidas e saudáveis.

O aumento no número de anticorpos —consequência do aumento hormonal— já era esperado em mulheres que estão esperando um bebê. A novidade no estudo, segundo Marcello Bossois, imunologista e um dos autores da pesquisa, foi o número ainda maior de anticorpos encontrado nas grávidas infectadas pelo H1N1.

De acordo como médico, o aumento dos anticorpos faz o sistema imunológico funcionar de forma errada e causa um desequilíbrio: aumenta a quantidade de células responsáveis pelo processo alérgico e as células responsáveis pela defesa do nosso organismo têm seu número reduzido. Essas células, em situações ideais, precisam existirem números parecidos.

Para Bossois, os resultados indicam não só a capacidade de a gravidez em bagunçar o sistema imune, mas também de agravar a ação viral, permitindo o agravamento das complicações respiratórias.

Com o sistema imunológico ainda mais debilitado pela desajuste durante a infecção, as grávidas ficam mais susceptíveis às complicações alérgicas que desencadeiam problemas como asma, bronquite, sinusites, entre outros.

Bossois diz que não há impactos imediatos no tratamento, mas que processos alérgicos precisam ser tratados ainda antes da gravidez para evitar maiores transtornos.

“Agora que já conhecemos o mecanismo que agrava a infecção, o caminho está aberto para descobrirmos formas de controlar a desregulação do sistema imunológico em grávidas infectadas pelo H1N1”, conclui o médico.

Até o dia 11 de abril (data do último boletim epidemiológico disponível) havia registro de mais de mil casos e de 152 óbitos causados pelo subtipo H1N1 do vírus da influenza no Brasil.

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