ESTABELECIMENTOS REGISTRADOS

PROFISSIONAIS INSCRITOS ATIVOS
CRF-SP - Clipping de Notícias
 

CLIPPING - 20/04/2016

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

 

 
   

 

 

Efeito placebo é ótimo e deveria ser mais explorado, diz acupunturista

20/04/2016 - Folha de São Paulo


Efeito placebo é bom e todo mundo gosta –ou deveria gostar. Esse é o lema do médico Dirceu Sales, acupunturista e homeopata.

Ele é presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura e professor da Residência em Acupuntura do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco.

Para Sales, o efeito placebo –resultado positivo gerado pela expectativa ao tomar um medicamento ou a se submeter a um tratamento– é parte do resultado da acupuntura, junto com os efeitos reais da técnica que já foram comprovados em estudos científicos. E tem sido mal aproveitado pelos médicos.

"Quem estuda o efeito placebo indica que, em vez de o paciente tomar uma droga uma vez ao dia, use três vezes. Na homeopatia, pode até usar de hora em hora", diz.

Ele, que também tem formação na área de dor e de psiquiatria, é categórico ao afirmar que a acupuntura é muito boa para a dor, mas não vai ajudar alguém a largar o vício em álcool ou a emagrecer. "Se fosse fácil assim, toda a classe médica era magra".

Sobre a homeopatia, Sales diz ficar chateado ao ver que, em comparação com a acupuntura, houve quase nenhum incremento no corpo de conhecimento científico que dá suporte à área de atuação.

As razões disso seriam históricas e da própria natureza da homeopatia, que, segundo ele, encontra quase nenhuma base na física, química e biologia.

Leia abaixo trechos da entrevista que o médico Dirceu Sales deu à Folha.

Ainda existem dúvidas na comunidade científica de que a acupuntura funcione?

Claro que há muitos trabalhos que dizem que não funciona. Se colocarem a agulha sem penetrar ou não derem o estímulo adequado, não funciona ou funciona pouco. A acupuntura tem muitos vieses. Tem vários estudos que comparam placebo com acupuntura, e o placebo ganha. Outros comparam placebo e fluoxetina (Prozac), e o placebo ganha. E assim por diante, até comdrogas antigas.

Sabe por que o placebo ganha? Porque ele é ótimo. O placebo é espetacular. Não é "sugestão". Quando você toma seu comprimidinho acreditando nele, um dos mecanismos estimulados é o mecanismo inibitório da dor. O seu organismo entende aquilo como uma informação benéfica, interpreta aquele sinal e codifica uma resposta em cima do que você quer. Se a acupuntura for igual ao placebo, ótimo.

Grandes estudos, como revisões sistemáticas, viram efeitos limitados da acupuntura.

Depende de quem faz. O corpo de informações científicas da acupuntura cresce a cada dia. Houve estudos americanos que tentaram ver se a acupuntura funciona. Eles se reuniram e estudaram o ponto pericárdio 6 [no antebraço, próximo ao punho] para náusea e para vômitos. Os resultados foram favoráveis, mesmo os pesquisadores sendo ortodoxos. O ponto passou a ser indicado para tratamento pós­quimioterápico.

Sou homeopata, mas se você me perguntar se homeopatia tem evidência científica, não tem. Se você me perguntar se funciona, eu vou dizer que sim, que eu faço.

Mas se funciona, por que não há evidências?

A história da homeopatia diz que ela age em cima de uma modulação funcional da própria água, que ativaria uma energia vital, o que seria feito por agitação. Samuel Hahnemann [alemão que criou a homeopatia no séc. 19] começou a investigar as substâncias brutas que causavam determinados sintomas. Se tratadas homeopaticamente, ou seja, diluindo, agitando, elas curariam.

Essa ação, de alguma forma, traria alguma informação molecular para a água.

Se um laboratório analisar um remédio homeopático vai encontrar água, álcool ou açúcar.

O campo de estudo da homeopatia seria um outro que, a nossa ciência, como está estruturada, não consegue estudar. A acupuntura levou uma vantagem: quem estudava dor se interessou e isso deu um incremento enorme para a área. A homeopatia para dor não serve para nada. A homeopatia não encontrou um gancho na pesquisa e ainda está engatinhando.

Em comum, a homeopatia e a acupuntura se baseiam em uma corpo filosófico próprio. Queria saber como o sr. pensa quando faz acupuntura: da maneira tradicional chinesa ou da maneira ocidental?

Penso da forma tradicional. Estamos em 2016, imagine 5.000 anos atrás. A teoria do yin­yang foi avançadíssima para a época. Naquele tempo, as curas eram sobrenaturais, com xamãs, deuses e espíritos. O símbolo do taoismo diz que nada é totalmente yin nem yang, e o universo está em permanente mutação. A desvirtuação aconteceu quando a acupuntura chegou na França e depois no Brasil.

Era tão ridículo que tinha gente que, para fazer acupuntura, tinha que tirar o sapato, a meia, para não mexer com a energia do consultório. Quando mais místico o sujeito era, mais clientes ele tinha. O cara colocava a agulha e segurava para passar a energia dele para a pessoa... Tem que acreditar? Tem que acreditar nada. Acupuntura não é religião. Os resultados são tão palpáveis que não dá mais para questionar.

Qual o critério para usar remédio, acupuntura ou homeopatia?

Se tem uma dor que eu posso tratar com acupuntura, por que fazer um tratamento farmacológico com todos os seus potenciais efeitos negativos? Qual o melhor remédio para enxaqueca? Amitriptilina. Mas ela dá constipação, arritmia... Eu guardo para uma segunda instância.

Tem que combinar com o paciente o tratamento. Aquela coisa do médico todo­poderoso é uma cretinice. Também dá para combinar os tratamentos. O problema é que alguns médicos não fazem direito nem um nem outro.

O tratamento de acupuntura envolve escutar a história, olhar a língua. Esse cuidado já não traz uma melhora?

A maneira de tratar da acupuntura tem um grande efeito terapêutico, que é enriquecido com uma base mais humana, respeitosa e abrangente. O ato de examinar, conversar mais, ficar meia hora com as agulhas, tudo é efeito placebo. Imagina um paciente chega com dor, irritado. Não conseguiu parar o carro, pega uma secretária mal educada, ouve notícias na TV... Tudo isso piora o atendimento.

Você sente, na prática diária, falta de um corpo científico mais sólido dessas áreas?

Na homeopatia, sim. Se você me perguntar, tenho que dizer que não há evidências. Na acupuntura, não. Já senti no passado. Não era só falta de evidência, era preconceito. A maioria dos que falam mal nunca leu nada.

Sobre os pacientes, eles só querem uma técnica que funcione. Se não der certo, você é um médico ruim.

Incomoda mais isso quanto à homeopatia?

Incomoda. Eu terminei minha formação em 1983, e sempre sonhei com isso [evidências científicas], tanto que busquei pesquisas dos professores franceses. Sempre que saía uma evidência eu ia atrás. Fiquei chateado que não aconteceu o mesmo que aconteceu com a acupuntura.




Remédios sobem e economistas preveem alta da prévia do IPCA

20/04/2016 - Valor Econômico


Depois de surpresas favoráveis ao longo de março, economistas avaliam que a inflação voltou a acelerar na primeira quinzena de abril, principalmente por causa da resistência dos preços de alimentos e bebidas e do reajuste concedido aos medicamentos no período. Segundo a estimativa média de 20 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,48% neste mês, após alta de 0,43% no IPCA-15 de março.

As projeções para a prévia da inflação oficial, a ser divulgada hoje pelo IBGE, vão de aumento de 0,42% até 0,57%. No acumulado em 12 meses, porém, a expectativa é de continuidade da desaceleração do IPCA-15, de 9,95% em março para 9,32% nesta leitura.

Segundo Luis Otávio de Souza Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil, o que deve levar o índice de preços a acelerar para 0,48% nesta primeira quinzena do mês são, novamente, os alimentos. "Ao contrário do que se esperava, a alimentação ainda não está cedendo", diz ele.

Em suas contas, esse grupo avançou 1,1% no IPCA-15 de abril, depois de ter marcado alta de 0,77% na prévia de março. Para Leal, é difícil argumentar que essa aceleração tenha relação com fatores climáticos, já que abril foi um mês bem mais seco. "Pode ser algo relacionado ao repasse de custos, por exemplo. A tendência é que nos próximos meses os alimentos comecem a desacelerar, a questão é quando e quanto", comenta.

Outro grupo que deve pressionar o IPCA-15 é saúde e cuidados pessoais, devido ao reajuste de até 12,5% dos medicamentos. Segundo Márcio Milan, da Tendências Consultoria, esse deve ter sido o principal fator a explicar a aceleração do índice de preços na passagem mensal. O economista estima alta de 0,55% do IPCA-15 neste mês.

Em suas contas, o grupo saúde e cuidados pessoais deve passar de alta de 0,7% no IPCA-15 do mês passado para um aumento de 1,3% agora. "Esses são os primeiros impactos do reajuste dos remédios, que foi um pouco maior do que se antecipava e cujos efeitos devem se estender até meados de maio", diz.

Nas contas do Itaú, o grupo saúde deve responder por 0,13 ponto percentual da alta de 0,48% projetada para o IPCA-15 no período. O impacto só será inferior ao dos alimentos e bebidas, que devem responder por 0,26 ponto percentual da variação mensal do indicador.

Para Leal, do ABC Brasil, a inflação só não vai acelerar mais por causa da redução dos preços de energia elétrica e de comunicação. No primeiro caso, a mudança para bandeira verde em abril, que zera a cobrança adicional na conta de luz em vigor desde o início do ano passado, deve contribuir para manter o grupo habitação em deflação.

Já a redução de 22% nas tarifas de ligação da telefonia fixa para móvel, que já levaram o grupo comunicação a recuar 0,51% na prévia de março, devem manter o grupo em baixa. Nos cálculos de Milan, da Tendências, o grupo deve recuar 1% nesta leitura.

Como os efeitos dos reajustes de medicamentos devem ganhar força ao longo do mês, enquanto se dissipam os impactos dessa queda de tarifa, o mais provável é que o IPCA acelere mais um pouco até o fim de abril, mas dentro da sazonalidade, diz Milan. "O que era anormal eram as taxas observadas no início do ano", afirma.

Para Leal, apesar das pressões recentes, é provável que a inflação continue a perder força no acumulado em 12 meses. Nesta leitura, diz, o índice deve desacelerar para 9,3%. Até o fim do ano, afirma, a inflação deve cair mais 2 pontos percentuais, com viés de baixa, para 7,3%. Apesar da projeção acima da média do mercado, Leal sugere cautela. "Prefiro esperar para ver como vai se comportar o câmbio e qual vai ser a intensidade da desaceleração dos alimentos", diz.




Mercado Aberto: Venda e aplicação de vacinas em farmácia só terão regras em um mês

20/04/2016 - Folha de S.Paulo


Dentro de, no máximo, um mês, a Anvisa deverá publicar uma nota técnica para deixar mais claras as regras que autorizam farmácias a vender e aplicar vacinas, segundo a agência reguladora.

A Abrafarma (associação do setor) diz não ter um cálculo para o mercado em potencial que poderá ser aberto com o novo texto, mas observa uma demanda reprimida no Brasil. A entidade contabiliza 70,4 mil farmácias no país.

"Sem dúvida, seria uma nova fronteira de negócios", afirma Sérgio Mena Barreto, presidente da entidade.

Uma portaria, de agosto de 2000, já prevê a vacinação em drogarias, mas, na prática, inviabiliza a atividade, pois as regras se contradizem com as leis de controle sanitário que regulamentam o setor, afirma Barreto.

"Uma das exigências é que haja um consultório médico no local, o que é proibido. É uma norma frágil, elaborada para clínicas particulares."

A entidade se queixa da lentidão para criar um texto específico à farmácias.

Segundo a Anvisa, é preciso garantir a qualidade do serviço em escala nacional.

O principal efeito da ampliação da atividade deverá ser a queda dos preços, afirma Barreto. No caso da vacina contra o vírus H1N1, clínicas com preços abusivos têm sido notificadas pelo Procon. "Quanto mais postos, maior a concorrência."




Mandado de segurança de médicos contra lei da pílula do câncer é arquivado pelo STF

20/04/2016 - O Estado de S.Paulo


O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou ontem o arquivamento do Mandado de Segurança interposto pela Associação Médica Brasileira (AMB) contra a lei, sancionada na semana passada pela presidente Dilma Rousseff, que autoriza o uso da fosfoetanolamina sintética, a chamada “pílula do câncer”.

O ministro Celso de Mello, relator do processo, determinou o arquivamento por considerar que o mandado de segurança não é o instrumento jurídico apropriado para fazer esse tipo de avaliação.

A AMB aguarda ainda a avaliação de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), proposta na sexta-feira, sobre o mesmo tema.




J&J vende mais medicamentos e menos produtos de consumo no trimestre.

20/04/2016 - Valor Econômico / Site


A fabricante de produtos farmacêuticos, de higiene e cuidados pessoais Johnson & Johnson (J&J) registrou no primeiro trimestre de 2016 lucro líquido de US$ 4,292 bilhões, leve queda de 0,6% em relação aos US$ 4,32 bilhões apurados em igual período de 2015.

Na mesma base de comparação, as vendas cresceram 0,6%, subindo de US$ 17,374 bilhões um ano atrás para US$ 17,482 bilhões no período de janeiro e março de 2016.

A empresa, dona das marcas Tylenol, Neutrogena, entre outras, apurou um incremento de 0,9% para o custo dos produtos vendidos, que atingiu US$ 5,329 bilhões.

Em relatório de administração, a J&J informou que, excluindo eventos e itens não recorrentes, o lucro por ação no primeiro trimestre de 2016 teria sido de US$ 1,68, crescimento de 7,7% ante o ganho por ação apurado entre janeiro e março de 2015. O lucro por ação reportado foi de US$ 1,54.

O segmento de negócios que teve melhor desempenho foi o farmacêutico, com crescimento de 5,9% nas vendas. Já os produtos de consumo tiveram queda de 5,8%.

Entre as regiões de mercado, a J&J aumentou as vendas em 7,2%, mas teve quedas nos mercados internacionais de 6% — em especial, por causa do efeito cambial, uma vez que o dólar se valorizou ante as demais moedas do mundo.

No relatório de administração, a J&J elevou as projeções — “guidance” — do lucro líquido no exercício de 2016, para uma faixa entre US$ 6,53 e US$ 6,68 por ação, acima da faixa anterior, entre US$ 6,43 e US$ 6,58 por ação. Para as vendas, as previsões foram elevadas para um patamar entre US$ 71,2 bilhões e US$ 71,9 bilhões, de US$ 70,8 bilhões e US$ 71,5 bilhões, antes.

 

 

 
 

Jovens mães trocam J&J por produtos orgânicos

20/04/2016 - Valor Econômico


A Johnson & Jonhson (J&J) tornou-se a mais nova vítima da geração Y. A empresa está relançando a linha de produtos para bebês, depois que jovens mães (nascidas após 1980) passaram a trocar seus célebres xampus e talcos por opções orgânicas mais caras.

No primeiro trimestre, as vendas de produtos para bebês da J&J nos Estados Unidos, incluindo seu xampu "chega de lágrimas" e a loção para a hora de dormir, caíram 14% em relação ao mesmo período de 2015, para US$ 95 milhões - menor patamar em dez anos. Os pais passaram a comprar cada vez mais produtos naturais, frequentemente produzidos por empresas bem menores.

O executivo-chefe de finanças da J&J, Dominic Caruso, atribuiu o declínio à "nova concorrência, principalmente de marcas 'premium' do tipo natural". Disse: "Parece que as mães da geração Y vêm comprando novos produtos orgânicos".

Várias marcas, desde o McDonald's, a Heinz e a Campbell's Soup até a Avon e a Gap, viram-se obrigadas a repensar suas estratégias enquanto lutam para lidar com a mudança de gosto da geração Y.

Caruso disse que a empresa tem "planos sólidos para relançar" a unidade de produtos para bebês neste ano e vai dar mais detalhes em maio. O diretor de finanças disse que o grupo estava aberto para a compra de produtos concorrentes, mas que o foco vai ser "primeiramente uma recriação interna".

Em fevereiro, a empresa foi condenada por um júri estadual no Missouri a pagar indenização de US$ 72 milhões à família de uma mulher cuja morte de câncer no ovário esteve ligada a várias décadas de uso do talco para bebê da empresa e de outro de seus produtos baseados em talcos.

A J&J, que pretende recorrer contra o veredito, sustenta que não há ligação entre a publicidade em torno ao caso e a queda nas vendas de seus produtos para bebês. "Não vemos nenhum impacto associado a essa questão", disse Caruso.

As marcas da empresa para bebês foram centrais para muitos pais desde o lançamento do talco para bebês da J&J em 1893, mas mais recentemente o grupo teve dificuldades para combater a percepção de que alguns de seus produtos contêm produtos químicos perigosos. Em 2014, a empresa aceitou remover dois ingredientes potencialmente nocivos, o formaldeído e o 1,4-dioxano, de seus produtos para bebês, após pressões de consumidores e ambientalistas.

Além de anunciar a reformulação de sua unidade de produtos para bebês, a J&J divulgou lucro acima do esperado no primeiro trimestre e elevou um pouco as previsões de vendas e de lucros para todo o ano.

As vendas no primeiro trimestre subiram 0,6%, para US$ 17,48 bilhões, puxadas pela demanda por produtos farmacêuticos nos EUA. As vendas fora dos EUA, contudo foram afetadas pela força do dólar e pela desvalorização da moeda venezuelana.

A empresa registrou lucro ajustado por ação de US$ 1,68, acima da previsão média dos analistas de Wall Street, de US$ 1,65. Com base nas taxas de câmbio atuais, a empresa agora prevê vendas entre US$ 71,2 bilhões e US$ 71,9 bilhões neste ano. A estimativa anterior, de janeiro, variava entre US$ 70,8 bilhões e US$ 71,5 bilhões. Quanto ao lucro ajustado anual por ação, agora a J&J projeta algo entre US$ 6,53 e US$ 6,68, acima da previsão anterior, de US$ 6,43 a US$ 6,58.




Homeopatia busca respaldo científico

20/04/2016 - Folha de S.Paulo


A homeopatia é uma das mais de 50 especialidades médicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina, mas talvez seja a que menos encontra respaldo de publicações científicas respeitadas.

“Se for usar uma metodologia acadêmica [para avaliar a homeopatia], posso não obter um bom resultado. Um tratamento tem que ser reprodutível em várias pessoas, mas como na homeopatia ele é individualizado, isso não pode não acontecer”, explica de Sérgio Furuta, presidente da Associação Paulista de Homeopatia.

O efeito da homeopatia afirma Furuta, é melhor que o placebo, apesar de poucos estudos científicos atestarem essa tese. Segundo ele, um estudo suficientemente grande e cuidadoso poderia apontar essa diferença.

“Uma produção em nível industrial por uma grande farmacêutica não pode ser justificada apenas com efeito placebo”, diz Milton Takeuti, presidente da Associação Brasileira de Homeopatia e Homotoxicologia.

A homotoxicologia é o ramo da homeopatia que lida com formulações compostas de diversos remédios homeopáticos, fabricados industrialmente.

Nessa linha, explica Takeuti, não se utiliza a explicação de “transferência de energia” como meio de ação, embora o preparo homeopático (com agitação e diluição) seja semelhante.

Baseando-se na “lei dos semelhantes”, a homeopatia usa um princípio ativo “danoso” para gerar o remédio. “Qual é uma das coisas que mais tira sono? Café. Qual é o melhor remédio da homeopatia para insônia: café dinamizado”, explica o homeopata e acupunturista Dirceu Sales.




Venda das redes cresce 14% no 1º bimestre

20/04/2016 - O Estado de S.Paulo


O faturamento das redes de farmácia cresceu 18,5% em fevereiro na comparação com igual mês do ano passado, segundo os dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). No mês, as redes movimentaram R$ 2,9 bilhões.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, as vendas cresceram 14% na comparação com igual período de 2015, para R$ 6,027 bilhões.




Gastos com saúde são pressionados por reajuste em remédios

20/04/2016 - DCI


Os gastos dos paulistanos com saúde, contudo, ficaram mais pressionados, pegando carona no reajuste autorizado de até 12,5% no fim de março para os preços de medicamentos. Os serviços laboratoriais ficaram 1,32% mais caros na segunda quadrissemana de abril, enquanto a variação apurada em dentista foi de 1,68%.

A alimentação fora do domicilio teve variação de 0,89%, após 0,62% na primeira leitura. "Teve um repique inflacionário nesse subgrupo", diz o economista da Fipe. André Chagas.

 
 

H1N1 matou 153 pessoas no Brasil até o dia 9 de abril

20/04/2016 - O Globo


Até o dia 9 de abril, o Ministério da Saúde já tinha registrado 153 mortes por H1N1 em todo o país, segundo boletim divulgado ontem. Foram 51 mortes desde o registro anterior, referente aos casos até 2 de abril, uma semana antes. Ou seja, nesse período foi registrada uma média de mais de sete óbitos por dia.

Ao todo, foram registrados 1.012 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza A/H1N1 até 9 de abril. A SRAG é uma complicação da gripe. Em uma semana, foram registrados 326 novos casos de SRAG por H1N1 no país.

Entre os dados divulgados hoje está o da morte de uma criança indígena de 1 ano em Santarém, oeste do Pará. De acordo com o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), a doença foi confirmada por meio de exames. A morte ocorreu no dia 11 de abril. De acordo com a Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Novo Progresso, que prestou os primeiros atendimentos, a criança da etnia Kaiapó, é natural da aldeia Kubenkokre, no município de Altamira.

O bebê foi atendido no dia 20 de fevereiro e deu entrada no hospital municipal de Novo Progresso com sintomas de gripe. Ele passou por exames, mas a mãe preferiu retornar à aldeia para fazer tratamento com o pajé. No dia 8 de março, a equipe de saúde diária foi até a aldeia Krimei, onde a criança estava, e constatou o paciente com quadro respiratório preocupante. A equipe de profissionais quis transferir o indígena, mas a família não aceitou.


OITO ÓBITOS NO RIO


Além das mortes por H1N1, houve oito mortes por influenza A de subtipo não especificado e seis mortes por influenza B. O estado de São Paulo teve o maior número de óbitos por influenza: 91, correspondendo a 57,7% das mortes do país.

Os outros estados que registraram óbitos por H1N1 foram Santa Catarina (10), Goiás (9), Rio de Janeiro (8), Rio Grande do Sul (6), Minas Gerais (4), Pará (3), Bahia (3), Distrito Federal (3), Mato Grosso do Sul (3), Mato Grosso (2), Paraná (2), Ceará (2), Rio Grande do Norte (2), Amazonas (1), Paraíba (1), Pernambuco (1) e Amapá (1). Houve ainda um caso de morte em que o paciente foi infectado em outro país.

A campanha nacional de vacinação contra gripe começa no dia 30 de abril, na próxima semana, mas vários estados já anteciparam a aplicação das doses.

A vacinação contra influenza no SUS é destinada a alguns grupos prioritários: crianças de seis meses a cinco anos, gestantes, mulheres que deram à luz há menos de 45 dias, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas e pessoas portadoras de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade.

A vacina aplicada é a trivalente, que protege contra H1N1, H3N2 (ambos vírus da Influenza A) e uma cepa da Influenza B. Em clínicas particulares, a vacina já está disponível.




SP fiscalizará hospitais para evitar uma ‘nova Santa Casa’

20/04/2016 - Folha de S.Paulo


O governo paulista iniciará uma “varredura” nos dados financeiros e de assistência de hospitais conveniados ao SUS que recebem recursos estaduais para evitar que se repita o que aconteceu na Santa Casa de São Paulo.

No ano passado, as dívidas na Santa Casa atingiram quase R$ 800 milhões. A Promotoria investiga várias irregularidades na antiga gestão, como contratos de aluguéis firmados por valores até 81% inferiores aos de mercado.

O plano será detalhado nesta quarta (20). Segundo David Uip, secretário de Estado da Saúde, todas as Santas Casas e outros hospitais filantrópicos paulistas passarão por uma auditoria que avaliará a saúde econômica financeira e a qualidade da assistência.

Embora sejam instituições privadas, as Santas Casas e outros hospitais filantrópicos gozam de uma série de isenções fiscais e recebem recursos públicos, o que justifica o controle do Estado.

“Muitos serviços são geridos por prefeituras ou por outras instituições sobre as quais hoje não temos controle. Isso vai mudar”, diz Uip. Há mais de 600 contratos hoje nessa situação, segundo ele.

“É fundamental ter um rígido controle da execução e do cumprimento dos contratos.

O episódio Santa Casa, uma instituição de muito prestígio, deixou isso claro.

Os desvios acontecem por pessoas, não pelas instituições”, afirma Walter Cintra Júnior, especialista em gestão em saúde pela FGV.

Para o professor da USP Mario Scheffer, desvios em instituições de saúde acontecem há muito tempo e já foram reiteradamente denunciados pelos conselhos de saúde e investigados pelo Ministério Público estadual.

“O Estado já deveria ter um controle maior sobre o que paga. A iniciativa é importante, mas não pode servir de ‘cortina de fumaça’ para esconder o desfinanciamento.” Segundo Scheffer, com a crise econômica, os repasses à saúde caíram ainda mais e já refletem nos serviços. “Leitos foram fechados, as filas aumentaram”, afirma.


ROTEIRO


No pente-fino, as instituições paulistas serão escolhidas por sorteio, e receberão uma visita da equipe técnica da secretaria.

A auditoria envolverá informações sobre todas as áreas hospitalares. No setor financeiro, serão solicitados os balanços patrimoniais de 2013, 2014 e 2015. A secretaria vai querer saber, por exemplo, os custos em cada área.

Em relação à assistência, a pasta do governo Geraldo Alckmin (PSDB) perguntará sobre a taxa de ocupação, média de permanência dos pacientes, indicadores de infecção hospitalar, taxa de mortalidade, incidência de quedas de pacientes, entre outros dados.

No setor administrativo, os hospitais vão ter que informar sobre contratos mantidos com terceiros (como limpeza, segurança, lavanderia e laboratório) e sobre como é feito o monitoramento.

“Temos indícios de irregularidades em várias instituições. As suspeitas de dolo serão encaminhadas para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas”, afirma Uip.




Painel publicitário também atrai e mata o mosquito da dengue

20/04/2016 - O Estado de S.Paulo


Um painel de publicidade instalado na frente da Assembleia Legislativa, no centro do Rio, faz mais do que propaganda: mata mosquitos. Para atrair o inseto, o equipamento expele no ar uma solução à base de ácido lático, que reproduz o odor do suor humano, e gás carbônico, para simular a respiração. Um mecanismo de captura instalado na base do painel suga os mosquitos.

Desidratados, eles morrem ali. A peça publicitária foi criada pelas agências NBS e Postercope, com orientação de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A ideia das agências é que as empresas contratem a publicidade e ajudem a espalhar painéis pela cidade, principalmente em regiões com focos de Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Desde o início do ano, quatro pessoas morreram por dengue e duas por chikungunya no Estado. As três viroses já atingiram 66.972 pessoas.

O Painel Mata Mosquito é capaz de atrair insetos a até 4 quilômetros de distância. Como o Aedes voa baixo, o mecanismo de sucção dos mosquitos foi instalado na base. “O desafio é amplificar o painel. O projeto está disponível, são esquemas fáceis de reprodução e não há cobrança de royalties”, disse o vice-presidente de Criação da NBS, André Lima. O projeto está em www.painelmatamosquito.com.br.

A podóloga Maria Isabel Celestino, de 64 anos, passa com frequência pelo painel e não tinha percebido que o equipamento tinha outra função.

“Quero levar para o Complexo do Alemão (zona norte). Já tive dengue duas vezes. As UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) e Clínicas de Saúde da Família estão lotadas de pacientes com zika e chikungunya.” A agente de viagem Ivana Ferreira, de 50 anos, também elogiou a iniciativa. “Precisamos de todas as ferramentas para combater esse mosquito.” Ecossistema. O painel não coloca o ecossistema em risco, afirmou Otto Frossard, diretor de estratégia da Postercope. “A tecnologia foi pensada no comportamento do Aedes. Se insetos maiores forem atraídos, são barrados por uma tela.” A bióloga Denise Valle, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, se preocupa que o painel crie uma “falsa sensação de segurança”. Ela ressalta que as pessoas não devem deixar de lado medidas para controle de larvas e para eliminar criadouros.

“Todo mundo quer achar a bala mágica, mas, se fosse fácil, não conviveríamos com o mosquito há tanto tempo”, disse.




Transmissão de doenças do ‘Aedes’ começa a cair

20/04/2016 - O Estado de S.Paulo


Dados preliminares do novo boletim de dengue, zika e chikungunya mostram que o ritmo de transmissão dessas doenças começou a apresentar uma discreta queda no País. “Os indicadores levam a crer que a curva de transmissão começa a baixar”, afirmou o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.

Isso significa que as taxas das doenças continuam a aumentar, mas em um ritmo menor do que nas últimas semanas.

Balanço também preliminar de microcefalia indica que no Nordeste o número de nascimento de bebês com a má-formação começa a cair. “Se isso de fato se concretizar, podemos ter efeito benéfico a médio prazo. Talvez consigamos evitar a grande epidemia de nascimento de bebês com microcefalia esperada para a Região Sudeste.”

Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana. Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana.