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CLIPPING - 11/09/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

Fiocruz passará a produzir medicamento para esclerose múltipla

11/9/2015 - O Estado de São Paulo


A Fundação Oswaldo Cruz passará a produzir medicamento para esclerose múltipla, doença crônica do sistema nervoso central que atinge cerca de 35 mil pessoas no País. O acordo de transferência de tecnologia foi assinado nesta quarta-feira, 9, entre Merck, laboratório que detém a patente do biofármaco Rebif, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio- Manguinhos/Fiocruz) e a BioNovis. Pelo contrato, em sete anos a Bio-Manguinhos terá a capacidade de produzir o remédio.

Já a partir de novembro, a distribuição para o SUS será feita pelo convênio - a previsão é de economia de US$ 8 milhões no primeiro ano e entre US$ 27 milhões e US$ 30 milhões ao longo da transferência.

A esclerose múltipla é doença incurável, que afeta o cérebro, cerebelo e a medula espinhal. O paciente tem surtos desencadeados pelo processo inflamatório no sistema nervoso central - quando o organismo "trabalha" contra a inflamação, formam-se placas (espécie de cicatrizes, também chamadas de escleroses). Com o tempo e os sucessivos surtos, as funções cognitivas sofrem alterações e aparecem sintomas como rigidez nas pernas, fadiga, dificuldades na fala e para engolir. A esclerose múltipla atinge principalmente mulheres, com idades entre 20 e 40 anos.

O medicamento que será produzido por Bio-Manguinhos, o betainterferona 1a subcutânea (Rebif é o nome comercial), reduz os surtos. "Ele atua contra a inflamação e as lesões no cérebro. A doença é incurável, mas se o remédio é tomado regularmente, consegue-se diminuir os chamados surtos", explica o diretor de Bio-Manguinhos, Artur Couto. São necessárias três doses injetáveis semanalmente deste remédio. De acordo com a Merck, cerca de 27% dos pacientes no Brasil são tratados com esse medicamento, distribuído pelo SUS desde 2001.

Esse é o quinto biofármaco - medicamento feito a partir de células vivas - produzido por Bio-Manguinhos por meio de transferência de tecnologia. "Há a economia na aquisição dos medicamentos, já que o laboratório reduz o preço por garantir o mercado. Mas o principal ponto é o impacto que traz para a cadeia produtiva: tem o fornecimento de matéria prima, a embalagem passa a ser nacional, contratação de mão de obra", afirma Couto.

Bio-Manguinhos já tem instalações para a produção da betainterferona. Serão feitas adaptações no laboratório. "O processo de produção de um biofármaco é um pouco mais caro do que os remédios tradicionais. A instalação é mais complexa, precisa operar 24 horas. Desde o início a proposta era ter diferentes medicamentos sendo produzidos para evitar que a fábrica ficasse ociosa", disse o diretor.




Farmácias querem se tornar centros médicos

10/09/2015 - DCI


Mesmo resiliente com relação à crise econômica as farmácias e drogarias querem ir além da venda de medicamentos e itens de beleza. A meta é criar pequenos centros médicos e desta maneira desafogar o sistema de saúde nacional.

A estimativa da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) é que a maioria dos associados já faça algum serviço agregado à operação: 51% das redes ministram medicamento injetável; 33% verificam a pressão arterial e 10% fazem teste de glicemia capilar. Com a obrigatoriedade de se ter um farmacêutico no ponto de venda em tempo integral, a entidade pleiteia agora junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a regulamentação da clínica médica.

Hoje, a Lei 13.021/14 permite que o farmacêutico acompanhe o tratamento do paciente e aplique vacinas. "Atendemos mais de 800 milhões de pessoas em 2014. Podemos ampliar isso", declarou o presidente da Abrafarma, Sergio Mena Barreto. Segundo ele, porém, além da falta de regulamentação, a inserção de serviços de clínicas nas lojas sofre pressão dos médicos. "Existe uma ação do Conselho de Medicina contra o Conselho Regional de Farmácias. Eles afirmam que atendimento de saúde deve ser apenas feito por médicos". Mas isso não tem sido impedimento para que redes como Panvel e Drogaria Venancio invistam no serviço. Muito similar ao utilizado nos Estados Unidos, as clínicas podem até ser uma forma de rentabilizar a operação farmacêutica no Brasil. "Nos EUA tem até médico nas farmácias, mas é claro que aqui a ideia não é a de substituirmos os médicos."

Quem já deu início ao projeto de mais serviços nas lojas foi a Pague Menos, com quase 130 - dentre as 790 lojas - que já contam com as Clinic Farmas. O presidente da rede, Deusmar Queiroz afirmou que a meta é fechar o ano com 250 unidades e contabilizar mil operações junto às lojas até 2017. Para o empresário, o farmacêutico é muitas vezes o contato mais próximo do consumidor a um especialista capacitado para pequenas demandas. Por isso, a regulamentação da função ajudará a desafogar o SUS. "Tem gente que demora meses para conseguir uma consulta básica. Podemos ajudar."

Queiroz explicou que as Clinic Farmas medem pressão arterial e fazem testes simples de glicose. Ele acredita, porém, na ampliação dos serviços. "O farmacêutico é capaz de trabalhar com vacinas. Não é preciso mais contratar cubanos. Basta autorizar os profissionais que estudaram tanto e capacitá-los a prestar esse serviço." Hoje, as vacinas de imunização são aplicadas apenas em clínicas especializadas ou em postos de saúde.

Cuidador

Pesquisa do Ibope Inteligência aponta que o consumidor verá o farmacêutico como cuidador. O estudo apontou que 53% dos entrevistados creem na importância do papel do farmacêutico no futuro das farmácias. Outros 51% fariam exames preventivos no local e 48% aceitariam receber do farmacêutico um programa de tratamento contra o tabagismo. "O consumidor quer mais serviços nas farmácias", afirmou a CEO do Ibope, Márcia Cavallari Nunes. "Aprovamos autotestes e isso beneficia as farmácias. Estamos empenhados em tudo isso", disse o diretor de regulamentação sanitária da Anvisa, Renato Porto.




Afastando o fantasma da crise, as drogarias querem crescer 13%

10/09/2015 - DCI


Mesmo com a desaceleração da economia, o varejo de farmácias e drogarias espera manter o mesmo ritmo de crescimento ano passado, cerca de 13%, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

O dado abrange as 28 redes associadas à entidade. Segundo o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, a estimativa é motivo de comemoração já que no mercado em geral, a previsão é de alta de, no máximo, 6%. "Estarei bem feliz se tiver manutenção do resultado do ano passado."

Barreto explicou que, em períodos de crise, as redes independentes são as que mais sentem. "Elas tem menor poder de negociação com a indústria e sofrem mais com a ruptura no ponto de venda. Constatamos que de cada dez produtos, quatro estão em falta nessas operações, o que representa uma quebra de 42%."

Entre as grandes redes a manutenção da abertura de lojas sinaliza que as vendas permanecem em alta. "Crescemos 16% no primeiro semestre na comparação com 2014", disse o presidente da Pague Menos, Deusmar Queiroz. Na Raia Drogasil a meta de novas unidades é agressiva. "Vamos abrir 130 lojas em 17 estados este ano", diz o presidente da rede, Marcílio Pousada.




Interfarma se queixa de limites no acesso ao SUS

10/09/2015 - Valor Econômico


Dos 265 pedidos de incorporação de novos medicamentos ao Sistema Único de Saúde (SUS) recebidos nos últimos três anos, o governo federal avaliou apenas 199, de acordo com levantamento da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que reúne 56 laboratórios multinacionais que atuam no país. E, do total avaliado, mais da metade, ou 56,3%, foi rejeitada.

"Quando um medicamento tem sua incorporação rejeitada, o governo 'fecha a porta' do acesso à população e as pessoas 'entram pela janela' da judicialização", afirma o presidente-executivo da entidade, Antônio Britto.

De acordo com a Interfarma, o veto à entrada de um medicamento no SUS é um dos fatores de estímulo à "judicialização da saúde" ¬ quando o paciente recorre à Justiça para garantir que o governo compre medicamentos ou custeie tratamentos. A estimativa é a de que esses processos gerem, anualmente, despesa de R$ 800 milhões ao governo.

Segundo o levantamento, 79% dos pedidos rejeitados foram feitos por agentes externos ao governo, como associações de pacientes e indústria farmacêutica. Dos 80 medicamentos incorporados ao SUS, 45 correspondem a terapias lançadas há mais de 15 anos e só 13 têm até cinco anos de mercado.

O estudo da Interfarma mostra ainda que as drogas mais incorporadas, correspondentes a 22,5% do total ou 18 pedidos, são indicadas para o tratamento de doenças do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo, como artrite reumatoide e espondilite anquilosante, seguidas pelos medicamentos contra doenças infecciosas e parasitárias, com 15 incorporações.

Os pedidos de incorporação de terapias ao SUS são feitos à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), composta por diferentes secretarias do Ministério da Saúde, além de outras instituições como Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Conselho Federal de Medicina (CFM).




Hospital Samaritano atrai interesse de D’Or, Amil e fundos KKR e Advent

11/09/2015 - O Estado de S.Paulo


O hospital Samaritano,localizado no bairro de Higienópolis, em São Paulo, virou alvo de disputa de grandes redes de saúde e fundos de investimentos, apurou o ‘Estado’. O Samaritano mantinha conversas exclusivas com Hospital Albert Einstein, que não avançaram. Com isso, abriu se caminho para a Rede D’Or, Amil (controlada pela americana United Health) e fundos de investimentos, entre eles o KKR e o Advent, disputarem o hospital, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto.

As negociações estão em andamento.

No entanto, para que possa receber um aporte ou mesmo mudar de controle,o Samaritano,que é uma instituição filantrópica, precisa se tornar uma sociedade com fins lucrativos.

O valor do negócio ainda não teve o martelo batido, mas está estimado cerca em R$ 1 bilhão, segundo fontes.

“O Hospital Albert Einstein estava em conversas exclusivas,mas deixou o negócio escapar.ParaoEinstein,o Samaritano seria muito estratégico porque boa parte da comunidade judaica mora na região. Além disso, é considerado um hospital ‘top de linha’ e está localizado em uma área central”, disse uma fonte com conhecimento no assunto.

Fundado em 1894, o Samaritano é considerado um hospital de referência, com pronto atendimento, medicina diagnóstica, além de importantes núcleos de especialização em saúde, como em cardiologia, neurologia, oncologia, urologia e transplantes.

Lista de candidatos. Como as conversas entre o Einstein e Samaritano esfriaram, a Rede D’Or, que tem o BTG Pactual como sócio, entrou na disputa pelo ativo.Após ter recebido este ano dois grandes aportes – um do fundo americano Carlyle e o outro do GIC, de Cingapura –,a empresa de hospitais e laboratórios é considerada forte candidata a fechar o negócio.

O dinheiro do Carlyle – cerca de R$ 1,75 bilhão – foi direto para o caixa da D’Or, justamente para financiar aquisições. Na época da compra, a rede foi avaliada em quase R$ 20 bilhões.

Com uma presença maior no Rio de Janeiro, o grupo busca oportunidades de negócios em São Paulo. O Samaritano, dizem fontes, encaixa-se dentro da estratégia da companhia de comprar empreendimentos voltados à classe A.

Hoje, a Rede D’Or possui unidades no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco e está debruçada no crescimento orgânico.A empresa tem 27 hospitais próprios e administra outros dois.

A United Health, dona da Amil, também estaria na disputa.

No entanto, fontes afirmam que o negócio pode ser sofisticado demais para o público que a Amil atende. Já os fundos Advent e KKR, graças a uma mudança regulatória, passaram a olhar com lupa o lucrativo mercado de saúde. Em janeiro foi publicada a Lei 13.097, que permite a participação, inclusive o controle, de entidades estrangeiras em hospitais e laboratórios.

Procurado, o Albert Einstein negou que tenha negociado a compra do hospital. O grupo Amil, que possui um complexo médico-hospitalar no Rio de Janeiro e 30 hospitais localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal e Ceará, informou que não comenta “especulações ou rumores de mercado”.Os fundosKKReAdvent não retornaram aos pedidos de entrevista. O Samaritanonãoquiscomentar,assimcomo a rede D’Or.

Fora do eixo. Os fundos de investimentos, como Advent e KKR, também estão de olho em aquisições de hospitais fora do eixo Rio-São Paulo. Os Estados do Centro-Oeste do País, que concentram polos prósperos do agronegócio, e parte da região Nordeste são alvos desses fundos, que analisam oportunidades em hospitais de médio porte e que podem receber mais recursos.

O interesse pelos fundos Advent, KKR e Carlyle (por meio da participação na D’Or) no setor tem razão de ser.Umestudo feito pela consultoria americanaMcKinsey a pedido doCarlyle mostrou que a eficiência do setor no País ainda é baixa. Por aqui, a média de leitos disponíveis para cada hospital é de 64.

Nos hospitais dos Estados Unidos,a capacidade de atendimento de pacientes é quase três vezes maior: por lá, cada unidade tem 161 leitos, em média.




Alzheimer pode ser transmissível, diz estudo

10/09/2015 - Folha de S.Paulo / Site


Em um estudo publicado na revista científica "Nature", cientistas da University College London argumentam que instrumentos cirúrgicos e agulhas poderiam apresentar um raro, mas potencial, risco de contágio.

É importante ressaltar que se trata de uma estimativa ainda teórica, feita com base em autópsias de cérebros de oito pacientes. Outros especialistas já refutaram os resultados do estudo, dizendo que eles são inconclusivos e que não significam que o Alzheimer possa ser contagioso.

Também não existem evidências de transmissão do Alzheimer entre pessoas, ou seja, não é possível pegar Alzheimer pelo contato com pessoas que tenham a doença.O Alzheimer é um tipo de demência que é mais comum em pessoas de idade avançada.

Trata-se de uma "morte" de células cerebrais e de um encolhimento do órgão, o que afeta muitas de suas funções. Cerca de 35 milhões de pessoas no mundo sofrem de Alzheimer.

No Brasil, estima-se que a doença degenerativa afete cerca de 1,2 milhão de pessoas, muitas delas ainda não diagnosticadas.

A Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) pode afetar pessoas mais jovens.

Há dois grandes sinais do Alzheimer que podem ser detectados por cientistas.

O primeiro é um aglomerado de fragmentos proteicos da proteína beta-amiloide, chamados de placas amiloides.

O outro é a presença de emaranhados de uma proteína conhecida como tau.

Quando a equipe de cientistas comandada por John Collinge estudou os cérebros de pacientes recém-falecidos em função da Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD, na sigla inglesa), topou justamente com essas pistas.

Todos os pacientes tinham contraído a doença através de injeções de hormônio de crescimento que receberam quando crianças.

Entre os oito corpos estudados, sete tinham depósitos amiloides, algo surpreendente por causa da idade relativamente jovem (entre 31 e 51 anos) porque eles não tinham histórico familiar de Alzheimer.

Para Collinge, a descoberta sugere que os hormônios podem ter passado pequenas quantidades –ou "sementes"– de beta-amiloides, além das proteínas que causaram o CJD.

Isso significa que, em teoria, amiloides podem ser espalhados acidentalmente em procedimentos médicos e cirúrgicos e "semear" o Alzheimer.

Estudos feitos em animais corroboram a tese, mas é preciso cautela.

Nenhum dos pacientes analisados teve diagnóstico de Alzheimer e não está claro se desenvolveriam demência. Também não há provas de que o acúmulo de amiloides estava diretamente ligado às injeções de hormônios.

Collinge, por sinal, afirma que mais estudos precisam ser feitos. Ele diz já ter contactado o Ministério da Saúde do Reino Unido para checar se existem antigos estoques de hormônio de crescimento que podem ser examinados para detectar a presença de amiloides.

"Não acho que seja causa para alarme. Ninguém precisa adiar ou cancelar cirurgias", disse o cientista.

Tratamentos com injeções de hormônio de crescimento –extraídos de cadáveres humanos– foram interrompidos em 1985 depois de descoberto o risco de contágio com CJD. Testes especiais passaram a ser feito em hospitais para minimizar os riscos.

Para o médico Eric Karran, diretor da Alzheimer Research UK, entidade que promove pesquisas sobre a doença, as atuais medidas de profilaxia hospitalar já tornam o risco de contágio com CJD extremamente baixo, e mesmo que se confirme o risco de transmissão do Alzheimer, há fatores mais determinantes.

"Os principais fatores de risco do Alzheimer ainda são idade, genética e hábitos", afirma Karran.

ANÁLISE

Estudos como este talvez precisassem vir com um aviso: "pode causar alarme desnecessário".

Dizer isso não significa desacreditar seu valor científico –os resultados são interessantes e importantes para aprofundar o conhecimento.

Mas eles devem ser interpretados com cautela: há muitos "se" para que seja possível chegar a qualquer conclusão firme.

Os cérebros observados são de um pequeno grupo de pacientes submetidos, anteriormente, a um tipo de tratamento que já foi abandonado há muitos anos.

Embora ainda não esteja claro o motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvam o Alzheimer e outras não, especialistas concordam que não é possível "pegar" a doença, como se fosse uma gripe.




Cientistas descobrem método para detectar célula de câncer metastático

10/09/2015 - G1 - Bem Estar


Pesquisadores desenvolveram um método para a detecção precoce de células de câncer metastático em animais, uma descoberta que pode ajudar a retardar a progressão do câncer - informou nesta terça-feira (8) a revista científica britânica "Nature Communications".

A metástase é um conjunto de células cancerosas que são derivadas a partir de um órgão afetado por um tumor primário e que migram pata outro membro.Os órgãos mais frequentemente acometidos por metástases são o fígado, os pulmões, o cérebro e os ossos.

Esta extensão geralmente não é um bom sinal, já que normalmente é detectada num estágio avançado e muito difícil de atacar.

Os pesquisadores já trabalham em exames de sangue para prever o risco de um movimento desfavorável em certos tipos de câncer, devido à presença de células tumorais circulantes (CTC).

Mas como estas células são extremamente raras e difíceis de detectar, um grupo de pesquisadores norte-americanos dirigido por Lonnie D. Shea criou um implante feito de biomaterial capaz de capturar células metastáticas em animais de laboratório às quais os pesquisadores haviam inoculado um câncer de mama metastático.

Metástase é detectada precocemente

"Nós combinamos isso a um sistema de análise de imagens que nos permite detectar a presença de células cancerígenas no implante, o que nos permite detectar de maneira precoce as metástase", informou Shea à AFP.

Este procedimento deve, segundo ele, fornecer "uma janela de oportunidade para tratar as metástases enquanto o paciente ainda está em boa saúde e com poucas células cancerígenas".

Ele espera que estes testes clínicos possam ser realizados na Universidade de Michigan, já que os procedimentos de fabricação dos biomateriais necessários já foram identificados e o financiamento é garantido.

"Não há razão para pensar que este sistema não funcionaria nos seres humanos, mas nós ainda precisamos provar isso", acrescentou, sem excluir que alguns "detalhes" ainda possam evoluir no futuro.




Freio na ciência

10/09/2015 - O Globo


As pesquisas científicas no Brasil vêm sofrendo com o reajuste fiscal do governo em 2015, a ponto de estudiosos já fazerem previsões de um futuro nada promissor nesse campo. Os cortes no Orçamento, que já vinham atingindo diferentes programas de financiamento acadêmico, vitimaram também um dos principais editais de pesquisa nacional: a Chamada Universal, que está sob o guarda- chuva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ( CNPq).Na última edição do edital, em 2014, foram R$ 200 milhões para 5.535 pesquisas. A verba subsidiou equipamentos, insumos e até pagamento de professores visitantes, entre outros itens necessários para o desenvolvimento da ciência no país. Pesquisas de combate à malária, contra distúrbios na audição e sobre melhor uso das bacias hidrográficas são alguns exemplos de estudos contemplados pela Chamada Universal. Este ano, por falta de verbas, o programa foi interrompido.

— Não havia sentido em criar uma nova dívida. Por isso, para 2015, não teremos a Chamada Universal. Estamos priorizando o pagamento da edição do ano passado — afirma Luiz Alberto de Freitas Barbosa, diretor de Gestão e Tecnologia da Informação do CNPq. — Quando a gente se vê diante de uma realidade como esta, tem que fazer escolhas. Este é o principal edital da ciência brasileira devido à sua abrangência. Queremos ele para 2016.

Mas a expectativa para o ano que vem não é das melhores. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação é o único que foi alvo de cortes nas despesas discricionárias, que podem ser gerenciadas de forma flexível pelo governo. Eram R$ 3,5 bilhões propostos para este ano e, segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual, para 2016 serão R$ 2,1 bilhões. Um corte de R$ 1,4 bilhão, segundo o documento em análise no Congresso.

‘DESTRUIÇÃO DO ESFORÇO DE DEZ ANOS’

A interrupção de editais atinge diferentes órgãos. As agências estaduais, conhecidas como fundações de amparo ( FAP), e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ( Capes) também modificaram regras e a frequência no lançamento de financiamentos. O impacto disso, segundo pesquisadores, é a descontinuidade de pesquisas que já estavam em andamento e um freio na inovação e na tecnologia nacional.

— As histórias de sucesso na superação de crises mostram que não investir em inovação é um erro — afirma Fernando Rochinha, diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe- UFRJ — O aluno da graduação precisa ver o sucesso dos estudantes da pós- graduação para ter um estímulo. A nossa capacidade de captar novos alunos foi descontinuada. É a destruição de um esforço de dez anos.

Alguns programas ainda constam na lista da Capes, mas estão com atividades suspensas. Em tese, a Bolsa Sanduíche, com a qual estudantes de doutorado fazem parte de sua pesquisa em outro país, opera em fluxo contínuo. Mas seu sistema está fechado, sem aceitar inscrições. Ao longo do ano passado, foram distribuídas 1.387 bolsas.

Outro programa da agência que sofreu cortes foi a Universidade Aberta do Brasil, de ensino a distância, para formação de professores. Eram esperados R$ 800 milhões, mas o programa vai operar até o final do ano com R$ 417 milhões. As atuais bolsas estão sendo pagas, mas nenhuma das 45 mil novas vagas previstas no último edital foi preenchida.

Além disso, o convênio Centros Associados, que promove intercâmbio entre cientistas brasileiros e argentinos, ainda não teve, segundo pesquisadores, a verba liberada para a ida de estudiosos daqui ao país vizinho.

A manutenção das bolsas já concedidas ou prometidas é o principal esforço das agências diante dos cortes. Em entrevista ao GLOBO, o presidente da Capes, Carlos Nobre, preferiu não tratar de programas específicos, mas disse que a situação não é tão preocupante:

— Temos menos dinheiro, mas não muito menos. Conservamos a estrutura de todos os programas. Além disso, 100% das mais de 98 mil bolsas já concedidas continuam. Da verba de custeio, mantivemos quase 50%. O esqueleto da pós- graduação está mantido.

A professora de Bioquímica Debora Foguel, da UFRJ , coordena uma equipe que investiga a causa de doenças como o mal de Parkinson e o de Alzheimer. A pesquisa foi viabilizada graças a um edital pago por várias agências, como Capes e Fundação de Amparo a Pesquisa do Rio ( Faperj). Atualmente, porém, o mesmo edital está atrasado e, com isso, a professora não pode requisitar mais recursos.

— Além da falta de insumos e de recursos para manutenção, se a crise piorar e os cortes perdurarem, muitos equipamentos se tornarão obsoletos, e muitos alunos perderão ou não terão acesso a bolsas. Essa combinação perigosa gerará impactos negativos nas pesquisas — estima Debora.




Querida, encolhi o cérebro

10/09/2015 - Folha de S.Paulo


A equipe coordenada pelo biólogo brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, produziu recentemente uma batelada de minicérebros humanos em laboratório.

A ideia pode parecer um tanto assustadora, mas o fato é que a criação de versões miniaturizadas de cérebros, estômagos, pulmões e pâncreas (entre outros órgãos) está se tornando uma ferramenta de pesquisa cada vez mais comum. Uma das principais revistas científicas do mundo, a "Nature", apelidou o fenômeno de "ascensão dos organoides", que têm frações de milímetros.

Esse é o termo usado para designar entidades como os minicérebros de Muotri e companhia, que surgem a partir do controle da diferenciação (grosso modo, especialização celular) das células-tronco. Há ainda os órgãos em chips, que também podem ser criados a partir de células-tronco, chamados assim porque são cultivados com a ajuda de minúsculos "andaimes" que lembram chips de computador.

Em ambos os casos, o objetivo inicial dos pesquisadores é entender o complicadíssimo processo pelo qual uma única célula –a do óvulo fecundado– dá origem ao organismo adulto, e os muitos passos que podem dar errado nesse processo, levando a doenças.

Organoides e órgãos em chips também têm potencial para simplificar a busca por novos remédios –bastaria simular o tratamento neles para saber de antemão se uma droga é promissora. E, é claro, não se pode descartar a possibilidade de montar do zero órgãos "tamanho padrão" para transplante –embora isso ainda esteja bem longe de acontecer.

VISÃO 3D

Os pioneiros na criação dos organoides, como o japonês Yoshiki Sasai e o holandês Hans Clevers, conseguiram seus primeiros grandes avanços no começo desta década, ao perceber que o grande truque envolvia o cultivo de células-tronco num ambiente tridimensional, e não nas camadas "achatadas" de células normalmente usadas em laboratório.

Ocorre que as células-tronco, conhecidas por sua capacidade de dar origem a diversos tipos de tecido do organismo, conseguiam se valer desse estímulo "3D" para produzir estruturas que lembram órgãos de verdade.

Um dos jeitos de obter tal resultado é produzir células-tronco do tecido que se deseja estudar (precursoras dos neurônios no caso do cérebro, por exemplo) e depois inseri-las em matrigel –como diz o nome, trata-se de um gel proteico que imita a matriz que existe entre as células do organismo (veja infográfico).

Com a ajuda do matrigel, e de outras técnicas relativamente simples, as células conseguem se auto-organizar e replicar, em miniatura (em estruturas do tamanho de uma semente de gergelim, por exemplo), parte da complexidade e da divisão de trabalho entre tipos celulares que pode ser vista num órgão real, o que faz deles ferramentas mais realistas do que as culturas de células tradicionais.

No caso da pesquisa de Muotri, por exemplo, os minicérebros têm uma estrutura em camadas semelhante à do córtex cerebral humano. O ponto crucial, no entanto, é a fonte das células: três pacientes portadores de uma doença neurológica rara e sem cura, a síndrome do MECP2 duplicado.

Esse problema congênito, caracterizado por dificuldades motoras e de fala, epilepsia e traços de autismo, surge por conta de uma duplicação do gene MECP2, como o nome sugere.

O objetivo da equipe, portanto, era recriar, de alguma maneira, a dinâmica cerebral típica de quem tem a síndrome. Para isso, obtiveram células dos pacientes, fizeram com que elas voltassem a um estado altamente versátil, semelhante ao embrionário e, a partir daí, criaram neurônios que se organizaram em minicérebros.

Com isso, o grupo observou que o problema da síndrome parece ser o excesso de conectividade entre os neurônios, que produzem mais projeções do que o normal e "conversam" entre si de forma exageradamente sincronizada.

"Por fim, usamos tudo isso para testar drogas que poderiam reverter o problema. Testamos 45 substâncias e encontramos uma capaz de reverter completamente os defeitos dos minicérebros", conta Muotri. Os resultados sairão em artigo na revista científica "Molecular Psychiatry", e o biólogo diz que espera poder testar a abordagem em pacientes humanos "num futuro próximo", após testes com animais.

Um modelo parecido está sendo aplicado a uma série de outros tecidos do organismo. No caso dos órgãos em chips, um dos objetivos é montar um sistema relativamente completo de teste de medicamentos.

No caso de um novo remédio contra o câncer de mama, por exemplo, isso envolveria simulações das próprias células cancerosas da mama, do intestino (no caso de um medicamento oral, é lá que o princípio ativo do remédio é absorvido pelo organismo) e do fígado (principal órgão responsável por lidar com substâncias estranhas e potencialmente tóxicas, como é o caso dos quimioterápicos).

Isso ajudaria os pesquisadores a ter uma noção relativamente boa do potencial de uma droga antes de dar início a testes em animais e pessoas.




Ameaças às pesquisas

10/09/2015 - Folha de S.Paulo


Senado aprova nova tentativa de restringir sondagens de opinião perto das eleições, mas Câmara em boa hora barrou o desatino.

Em uma rara demonstração de que o bom senso ainda tem lugar na Câmara, os deputados federais barraram nesta quarta-feira (9) uma medida disparatada que o Senado havia aprovado no dia anterior.

Trata-se de dispositivo legal que impediria veículos de imprensa de contratar institutos de pesquisa que tivessem prestado serviços a partidos ou órgãos públicos até um ano antes das eleições.

Valendo-se de caminho sinuoso, a proposta, em boa hora rejeitada, reproduz objetivo já expresso em outros projetos: limitar a circulação de informações entre os eleitores.

Com efeito, para garantir sua sobrevivência econômica, muitos institutos fecham contratos com todos aqueles que tenham interesse em contratá-los, o que inclui, naturalmente, agremiações políticas e entidades governamentais.

Obviamente, a limitação valeria apenas para o grande público; os políticos nunca deixariam de contar com as sondagens internas.

Essas canhestras tentativas de sabotar o eleitor remontam pelo menos aos anos 1990, quando as pesquisas eleitorais por amostragem estratificada começaram a ser mais utilizadas no Brasil. O fato de a censura não ter triunfado não bastou para desanimar os legisladores.

O principal argumento empregado na defesa da restrição aos levantamentos de opinião não passa de uma platitude: a divulgação dessas pesquisas pode alterar o desfecho de um pleito eleitoral. Pode, de fato, assim como tudo o que acontece antes de alguém votar pode interferir na disputa.

Salta aos olhos o caráter anedótico do raciocínio. É de imaginar, por exemplo, que notícias a respeito de descalabros administrativos ou desvios de recursos públicos, devidamente interditadas em ditaduras e autocracias, tenham grande efeito sobre as intenções de voto. Os senadores pretendem proibir a circulação de tais reportagens?

Se existe o risco de algum instituto desonesto fraudar seus próprios resultados com o objetivo de favorecer certo candidato, ele é limitado. As disputas mais candentes costumam ser acompanhadas por mais de uma organização, o que reduz sua influência. Ademais, reputações importam. Um instituto que se venda para partidos não teria vida longa numa economia de mercado.

Embora muitos congressistas enxerguem nas pesquisas de opinião uma vulnerabilidade da democracia, sua existência representa uma virtude: eleitores interagem uns com os outros, com os candidatos e com a realidade antes de tomar uma decisão –de preferência fundamentada na maior quantidade possível de informações.

Manter o eleitor na ignorância interessa apenas aos piores políticos.




Medicina de precisão, uma nova fronteira

10/09/2015 - Folha de S.Paulo


A medicina preventiva terá um custo menor que a atual medicina curativa, que atua quando aparecem sintomas, e a doença já evoluiu.

Para melhor conhecer o complexo mecanismo biológico e suas alterações que produzem uma doença, a medicina de precisão –ou personalizada– faz uso dos avanços da genética, da bioinformática e das influências ambientais.

Tratamos hoje as doenças com medicamentos que atuam na média dos pacientes, que têm sintomas comuns, mas que podem ter mecanismos moleculares diferentes, exigindo tratamento distinto.

O câncer de mama, por exemplo, pode ter vários mecanismos alterados, afetando diferentes pacientes. O quadro clínico é semelhante, mas os mecanismos determinantes da enfermidade são diversos, e a cura depende da interferência no mecanismo molecular de cada paciente.

O alvo inicial da medicina de precisão é a área do câncer, em que várias alterações genéticas já foram identificadas como causadoras da enfermidade, permitindo tratamento preciso. Toda inovação depende de conhecimentos adquiridos na pesquisa básica, que deve ser financiada. Nos EUA, cada dólar investido no sequenciamento do DNA rendeu U$ 140 para a economia do país.

Os tratamentos atuais baseados em sintomas para o doente médio são pouco eficazes. Isso causa desperdício: boa parte dos pacientes não responde ao tratamento porque neles o mecanismo alterado é diferente daquele em que a droga atua, produzindo muitas vezes efeitos colaterais indesejáveis.

A medicina preventiva, uma das metas da medicina de precisão, terá um custo menor que a curativa, que atua quando aparecem os sintomas, e a doença já evoluiu: conhecendo-se o mecanismo biológico das enfermidades, pode-se fazer prevenção de riscos, impedir ou retardar o aparecimento da doença.

O Brasil enfrenta graves problemas para aplicar o que já é conhecido em medicina em prol da população. Enquanto continuam os esforços para melhorar o sistema de saúde implantando o que já é conhecido, há núcleos de excelência com capacidade para investir e planejar a implantação do novo.

Em São Paulo, por exemplo, as Faculdades de Medicina das três universidades estaduais e a Faculdade Paulista de Medicina contam com pessoal altamente qualificado que já está utilizando as técnicas de biologia molecular e bioinformática em suas pesquisas.

Eles poderiam colaborar com o setor de saúde do Estado para planejar o desenvolvimento e a implantação dessa nova proposta, especialmente na uniformização e compartilhamento dos prontuários médicos eletrônicos e na integração da pesquisa básica, que cria o conhecimento e a clínica que os aplica em benefício da população.

São Paulo, principalmente graças ao financiamento da Fapesp (fundação de amparo à pesquisa), já demonstrou sua capacidade de utilizar as ferramentas de biologia molecular quando realizou o sequenciamento genético de patógenos, agentes causadores de uma doença. É desejável que possamos ter uma medicina de precisão, personalizada e preventiva para nos mantermos saudáveis por mais tempo –ao lado de uma medicina curativa mais eficaz– porque atuará nos mecanismos das enfermidades antes do que nos seus sintomas.




Conferência de homeopatia termina em caos, após participantes tomarem droga semelhante a LSD

10/9/2015 - O Globo


Uma conferência de medicina alternativa terminou em caos na Alemanha, após de dezenas de participantes tomarem uma droga semelhante a LSD e sofrer de alucinações. O grupo de "Heilpraktiker" foi encontrado no hotel onde o evento era realizado na cidade de Handeloh, ao sul de Hamburgo, na última sexta-feira.

Segundo a mídia local, cerca de 30 pessoas entre homens e mulheres foram encontradas cambaleando, rolando num gramado, falando coisas sem nexo e sofrendo fortes cãibras, quando a situação foi descoberta.

Uma equipe médica com mais de 150 pessoas, equipadas com ambulâncias e representantes da polícia foram para local atender às pessoas que sofriam alucinações e levá-las ao hospital. Os pacientes, com idades entre 24 e 56 anos, também apresentavam quadros de problemas respiratórios, taquicardias e cãibras, sendo alguns em estado grave.

Testes de sangue e urina revelaram que todos tinham tomado a droga alucinógena 2C-E, também conhecida como Aquarust. A substância é ilegal no país desde o final do ano passado.

Torsten Passie, um membro da comissão de especialistas do governo alemão para narcóticos, disse à rádio NDR: "Deve ter sido uma overdose múltipla. O que sugere que as pessoas envolvidas tomaram o alucinógeno sem saber do que se tratava. Alguém tem que assumir que as pessoas não foram informadas sobre a substância, seus efeitos e riscos antes de tomá-la."

A polícia está apurando todas as possibilidades, incluindo se a droga foi ou não tomada como um experimento coletivo e se foi furtivamente dada aos participantes da conferência como uma brincadeira.

Nenhuma prisão foi determinada. A investigação continua em curso para verificação de uma possível violação da Lei de Narcóticos da Alemanha.

A Associação Alemã de Profissionais de Cura, que representa homeopatas, bem como outros naturopatas, rapidamente se distanciou do caso. Em um comunicado, ele disse que nenhum dos seus representantes tomou alucinógenos durante o "incidente" em Handeloh.




Maus hábitos de sono e dificuldades de dormir podem aumentar risco de doença cardíaca

10/9/2015 - O Globo


Adultos que dormem demais ou muito pouco correm o risco de iniciar um processo de “endurecimento” das artérias, o que pode ser sinal precoce de doença cardíaca, diz um estudo realizado por cientistas da Coreia do Sul e publicado pela Associação Americana do Coração.

“Muitas pessoas, até um terço ou um quarto da população em geral, sofrem de sono inadequado, ou de duração insuficiente de sono ou mesmo de sono de má qualidade”, explica o pesquisador Chan-Won Kim, do Hospital Kangbuk Samsung, da Escola de Medicina da Universidade Sungkyunkwan, em Seul.

Vários estudos têm relacionado o sono inadequado a um aumento do risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, mas outras condições como a depressão ou a obesidade poderiam influenciar esta associação, afirma Kim à agência de notícias Reuters.

“Em contraste, estudamos se o sono de duração ou de qualidade inadequada seria ligado aos marcadores precoces de doença cardíaca em adultos saudáveis e assintomáticos livres tal moléstia”, diz ele.

Para o estudo, mais de 47.000 homens e mulheres, com média etária de 42 anos, completaram um questionário sobre sono e foram testados para detectar lesões de cálcio e placas na artéria que conduz ao coração, um sinal precoce da doença, e rigidez arterial na perna, um sinal de envelhecimento vascular.

De acordo com os questionários, a duração média do sono dos participantes foi de 6,4 horas por noite, e cerca de 84% disseram que sua qualidade do sono foi “boa”. Os pesquisadores consideraram aqueles que têm cinco horas ou menos por noite de serem dorminhocos “curtos”, e aqueles que têm nove ou mais horas de serem dorminhocos “longos”.

Os dorminhocos curtos tinham 50% mais cálcio em suas artérias coronárias do que aqueles que dormiam sete horas por noite, de acordo com os resultados divulgados na publicação “Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology”. Dorminhocos longos tinham 70% mais cálcio do que aqueles que dormiam sete horas.

“O escore de cálcio obtido por tomografia computadorizada é uma boa medida de acúmulo de cálcio nas artérias coronárias que refletem aterosclerose coronária”, disse Kim. “Quanto maior o escore de cálcio coronariano, maior o risco de ter um ataque cardíaco no futuro”.

Aqueles que relataram sono de má qualidade também tendem a ter mais cálcio coronário e mais rigidez arterial.

Em um estudo de 2013, as pessoas que tendem a ter menos de seis horas de sono todas as noites eram mais propensas a ter pressão arterial alta, colesterol elevado, diabetes e de serem obesas.

“Os adultos com má qualidade do sono têm artérias mais rígidas do que aqueles que dormem sete horas por dia ou têm boa qualidade de sono”, disse o principal coautor do estudo, Yoosoo Chang.

“No geral, nós vimos os mais baixos níveis de doença vascular em adultos que dormiam sete horas por dia e relatavam boa qualidade de sono”.

Dorminhocos curtos tinham maior propensão a serem mais velhos, portadores de depressão, diabetes tipo 2 ou a serem fumantes.




Sorocaba cobra verba do Estado e reduz atendimento à saúde

10/9/2015 - O Estado de São Paulo


Alegando falta de repasse de verbas estaduais, a prefeitura de Sorocaba, interior de São Paulo, anunciou nesta quinta-feira, 10, a suspensão dos procedimentos de alta complexidade na rede de saúde do município. A medida atinge principalmente pacientes das áreas de cardiologia, oncologia, ortopedia e neurologia.

O instituto também produz alfaepoetina, indicada para o tratamento de anemia por insuficiência renal crônica, em pacientes com câncer em quimioterapia, entre outros casos; alfainterferona 2b, para hepatites crônicas pelos vírus B e C; alfataliglicerase, para doença de Gauche; e infliximabe, para a doença de Crohn, artrite reumatoide, e outras.

A partir do próximo dia 15, a relação dos doentes será enviada ao departamento regional da Secretaria de Saúde do Estado na cidade para encaminhamento a unidades de referência do Estado, conforme notificação do município.

Em ofício ao secretário David Uip e ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) pede ainda o ressarcimento de R$ 60 milhões gastos desde 2014 com ações que seriam de competência do Estado. "Temos buscado em reuniões com a regional, a Secretaria e o próprio governador dialogar sobre a situação da saúde em Sorocaba, mas nenhum retorno foi dado", disse o prefeito. O valor inclui gastos não previstos com a epidemia de dengue, que afetou mais de 50 mil pessoas e causou 31 óbitos na cidade.

Por força de acordo com o Ministério Público Estadual, o município e o Estado assumiram em conjunto a rede privada de saúde mental em Sorocaba, mas o governo não repassou sua parte dos recursos. Para reduzir custos, desde o último dia 1º a prefeitura reduziu em três horas o horário de funcionamento das unidades básicas de saúde.

As medidas são reflexo da crise econômica que afeta os serviços de saúde também outras cidades do interior. Em Ribeirão Preto, a prefeitura atrasou repasses a hospitais conveniados alegando a defasagem nos recursos recebidos do governo federal. A prefeitura de São Carlos reduziu repasses a hospitais em razão de ajustes nas finanças. Em Americana, 50 profissionais da área médica foram demitidos para redução de custos. Serviços médicos especializados também foram reduzidos em Araraquara.

Subfinanciamento. A Secretaria da Saúde informou que a prefeitura de Sorocaba, assim como grande parte dos municípios paulistas, é vítima do subfinanciamento federal da saúde, causado pela defasagem de valores da tabela do Ministério da Saúde, congelada há anos. Até agosto deste ano, o governo federal deixou de repassar ao Estado cerca de R$ 700 milhões. De acordo com a Secretaria, atendimentos de alta complexidade também são de competência da prefeitura.

Entre 2014 e 2015, a pasta já repassou mais de R$ 24,4 milhões a Sorocaba. Novos repasses no valor de R$ 12,5 milhões serão feitos até o final do ano. Só para a Santa Casa, que está sob gestão do município, foram disponibilizados R$ 7 milhões. A Secretaria ainda investe em duas unidades próprias na cidade - o Conjunto Hospitalar de Sorocaba, maior hospital público da região, e o Ambulatório Médico de Especialidades. Sobre o processo de desospitalização dos pacientes de hospitais psiquiátricos, a pasta informou que auxilia com consultoria técnica e que o custeio é de responsabilidade do município e Ministério da Saúde.




Hospitais suspendem atendimento pelo SUS no Crato, sul do Ceará

10/09/2015 - G1


Dois hospitais do Crato, no sul do Ceará, que prestam atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), estão há dois dias atendendo apenas casos de emergência. De acordo com a direção dos hospitais, a suspensão é em decorrência do atraso no repasse dos recursos por parte da Prefeitura do Município. Há quase um mês eles não recebem o dinheiro destinado às instituições.

Um desses hospitais São Raimundo, referência em traumatologia na região. Na manhã desta quinta-feira (10), um grupo de pacientes do município de Araripe, que percorreu 70 Km em busca de consulta médica, voltou para casa sem atendimento. De acordo com a direção, o Hospital São Raimundo atende a demanda de 13 municípios da região, com cerca de 250 atendimentos eletivos por dia. A dona de casa Antônia Martins, também voltou para casa sem conseguir atendimento para a filha, depois de percorrer 42 km de Nova Olinda para o Crato. A criança precisa passar por uma cirurgia para corrigir uma a fenda palatina pelo SUS. Os pacientes do Sistema Único de Saúde representam 90% dos atendimentos no São Raimundo.

O mesmo ocorre no Hospital São Francisco, onde o atendimento especializado e as cirurgias eletivas também foram suspensas. Lá, apenas o atendimento de emergência está sendo realizado. Todos os dias, dezenas de pessoas voltam para casa sem conseguir se consultar. Por telefone, o secretário de Saúde do Crato, Lucimilton Macêdo, disse que a Prefeitura já efetuou o pagamento de parte dos atrasados devidos e que, nos próximos dias a totalidade dos recursos atrasados será feita. Segundo o secretário, com esses pagamentos realizados nesta quinta-feira, os hospitais se comprometeram a retomar o atendimento normal nesta sexta-feira (11).




Ministério da Saúde quer voltar a vacinar meninas nas escolas contra HPV

10/09/2015 - Portal EBC


O Ministério da Saúde quer mobilizar as prefeituras para que voltem a utilizar as escolas municipais para a vacinação de meninas de 9 a 13 anos contra o papiloma vírus humano (HPV), com base na experiência de 2014, na primeira etapa da vacinação, feita nas escolas, quando 100% do público alvo foi vacinado. No mesmo ano, sem esta mobilização, apenas 60% das meninas buscaram a segunda dose da vacina nos postos de saúde.

Em 2015, o número de meninas imunizadas caiu mais ainda. Até agosto, 2,5 milhões de meninas de 9 a 11 anos foram imunizadas, o que equivale a 51% do público alvo, formado por 4,9 milhões de meninas dessa idade. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que, tanto os números no Brasil quanto em outros países, mostram a importância da mobilização das escolas. Chioro explica que o MInistério da Saúde não pode determinar que as prefeituras mobilizem as escolas, mas anuncia que está fazendo uma forte recomendação às secretarias de Saúde para que isso aconteça.

Outro motivo que levou à queda da cobertura vacinal, segundo Chioro, foi a divulgação de um falso caso de reação adversa grave, no litoral paulista. ”Ficou comprovado que era uma reação de ansiedade, e não por causa da vacina, e que deixou muitos pais ansiosos e meninas com medo. O medo prevaleceu”. Segundo o governo, 60 países usam a mesma vacina e nunca houve casos de reações adversas graves.

A vacina protege contra quatro tipos de HPV: o 16 e o 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, terceira causa de morte de mulheres no Brasil; e o 6 e o 11, que causam 90% das verrugas que aparecem no ânus e na região genital.

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer é que, em 2015, surjam 15 mil novos casos de câncer de colo de útero no Brasil. Por ano, cerca de cinco mil mulheres morrem deste tipo de câncer neste país. Izabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, alerta que a doença é precedida por lesões que podem fazer com que mulheres jovens percam partes do útero e assim possam perder a capacidade de engravidar. A especialista ressalta que, com relação ao câncer, os efeitos da imunização serão percebidos no futuro.

Em 2014, o público alvo desta vacina eram meninas de 11 a 13 anos; em 2015 são meninas de 9 a 11 anos. Mesmo assim, o Ministério da Saúde vai vacinar as meninas de 12 e 13 anos que não foram imunizadas no ano passado. As meninas de 14 anos que tomaram primeira dose, aos 13 ainda podem receber a segunda dose.

”Todas as meninas, dos nove aos 11 anos, tanto as que fizeram a primeira dose como as que não fizeram, devem comparecer ao posto de saúde ou à sua escola para tomar a vacina contra o HPV, mas aquelas de 12 e 13 anos que no ano passado deixaram de fazer a segunda dose ou não tomaram nem a primeira também podem aproveitar a oportunidade de se imunizarem”, afirmou Chioro. Outro público que passou a ter a disponibilidade da vacina em 2015 foram as mulheres soropositivas para HIV. Neste caso, a vacinação começa aos 9 anos e vai até os 26.

O ministro pede aos pais que levem as filhas aos postos de saúde e explica que a vacina não vai estimular o início precoce da vida sexual da adolescente. Segundo Chioro, este pensamento levou muitos pais a se recusarem a vacinar suas filhas.

Para as adolescentes, a vacina é dada em três doses, com a segunda seis meses depois da primeira e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira. A menina deve estar com um documento de identificação para ser vacinada e o Ministério da Saúde recomenda que esteja com o cartão de vacinação.

Para adolescentes e mulheres soropositivas, o esquema de vacinação é diferente, já que elas estão mais suscetíveis às complicações decorrentes do HPV e têm cinco vezes mais chance de desenvolver câncer de colo de útero. Nesse caso, elas devem apresentar indicação médica e o intervalo entre as doses é diferente: a segunda e a terceira doses são aplicadas dois e seis meses após a primeira.




A outra face da crise na saúde

11/09/2015 - Folha de S.Paulo


A violência não é um acidente na história. Há quem diga que o processo civilizatório é também uma tentativa de domesticá-la, já que é impossível aniquilá-la. No entanto, em pleno século 21, ainda é desconcertante quando a violência agride o trabalho de uma categoria inerentemente pacífica cujo escopo é o alívio dos sofrimentos humanos.

É o que acontece nos últimos tempos, nas principais áreas urbanas do estado de São Paulo, com os médicos e demais profissionais de saúde.

A injustiça social tende a ser apontada como a causa subjacente das principais formas de violência. Na área médica, isso implica em más condições de trabalho e estruturas inadequadas para o exercício profissional.

Mas aquilo que era um fenômeno esporádico, fruto do desespero de um ou outro usuário do serviço público e privado, vem se generalizando e alcançando uma dimensão que cria um círculo vicioso de difícil interrupção pela omissão das autoridades. A consequência imediata é o aumento da dificuldade dos serviços de saúde em manter profissionais nos locais onde as agressões são frequentes.

Paradoxalmente, aquilo que deveria ser o estopim para mudanças emergências, torna-se nêmese do fracasso de um sistema de saúde que não se equipa para atender às demandas da população. E pasme, não obstante, os apelos das entidades médicas, dos colegas agredidos e da ampla divulgação na imprensa, tudo isso, não têm sido suficientes para criar uma mobilização que aponte no equacionamento dessa situação.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) –entidade pública que supervisiona e regulamenta a prática médica, defende o exercício profissional ético e de qualidade– não tem medido esforços nesse cenário nada promissor.

Não bastassem às audiências com autoridades locais e estaduais, mais recentemente, temos discutido com setores responsáveis pela segurança pública como enfrentar esse grave problema. Neste sentido, juntamente com o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo iniciamos uma parceria com a Secretaria da Segurança do Estado.

Dentre as propostas encontram-se a identificação dos locais onde há maior ocorrência de violência e a possibilidade de criação de uma guarda especial para garantir a segurança dos profissionais de saúde nos locais de trabalho.

Sabemos, contudo, que essas são medidas paliativas e circunstanciais. Precisamos entender o que faz que uma categoria que sempre mereceu da população respeito e carinho passe a sofrer esse tipo de abuso? Sabemos que vivemos tempos difíceis, sociais e econômicos. Sabemos também que há uma mudança no comportamento da população em relação aos serviços públicos.

Longe se vão, entretanto, os tempos em que o atendimento de saúde era uma dádiva ou concessão de alguns hospitais ou clínicas caridosas. Hoje, constitucionalmente, é um direito inalienável cada vez mais exigido pela população. Por conseguinte, exigem-se que as condições do SUS estejam à altura dessa justa demanda.

Por outro lado, não podemos olvidar que o desprestígio da categoria médica se acentuou nos últimos anos, instrumentalizados ou não pelos órgãos estatais. A verdade é que precisamos avaliar em profundidade as razões e desrazões dessa constatação.

Neste sentido, recentemente, o Cremesp contratou duas pesquisas científicas sobre os fatores e visões dos médicos, dos pacientes e usuários dos serviços de saúde sobre esse relevante tema. Esperamos, com os dados consolidados, obter informações que nos permitam uma abordagem mais precisa e resolutiva sobre o porquê da violência contra os médicos e demais profissionais da saúde.

A sociedade brasileira merece uma saúde de qualidade para todos. Os instrumentos constitucionais já existem. Não será por omissão dos médicos que não lograremos esse intento. O Cremesp conclama todos para participarem desse processo. Ressaltamos, entretanto, que a boa prática médica se faz com médicos bem formados, éticos, que exercem seu mister em locais onde as condições de trabalho e segurança estejam garantidos. Este é o nosso compromisso inarredável e dele não nos afastaremos.




Hospitais com selo de qualidade vão receber valor maior de planos de saúde

10/09/2015 - O Estado de S.Paulo


A partir de janeiro do ano que vem, a qualidade do atendimento prestado por hospitais, clínicas e laboratórios servirá de critério para o reajuste pago pelas operadoras de saúde aos prestadores de serviço. A proposta de instrução normativa em discussão na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) prevê que nos contratos entre planos de saúde e prestadores regulados pelo índice IPCA, o reajuste será maior para hospitais e clínicas que tiverem acreditação de excelência.

A informação foi publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo. Pela proposta, o reajuste seria de 100% do IPCA para hospitais acreditados e de 90% para as unidades sem a acreditação.




OMS: Mortalidade infantil no mundo caiu mais da metade em 25 anos

09/09/2015 - Valor Econômico / Site


A mortalidade infantil no mundo caiu mais da metade nos últimos 25 anos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números mostram que as mortes de crianças menores de 5 anos caíram de 12,7 milhões em 1990 para 5,9 milhões em 2015. Esta é a primeira vez que o índice fica abaixo de 6 milhões.

O relatório Níveis e tendências da mortalidade infantil 2015 informa que cerca de um terço dos países – 62 no total – conseguiram reduzir o índice em dois terços, enquanto 74 tiveram edução de pelo menos metade nos últimos 25 anos.

Apesar dos avanços considerados substanciais, a OMS alertou que 16 mil crianças menores de 5 anos morrem todos os dias no mundo e que a queda de 53% não é suficiente para alcançar a meta de reduzir em dois terços o índice até o final deste ano. Atualmente, cinco em cada dez mortes de crianças são registradas na África Subsaariana e três em cada dez, no Sul da Ásia.

De acordo com o relatório da OMS, os dias que se seguem ao nascimento constituem o maior desafio a ser vencido, já que 45% dos óbitos registrados entre menores de 5 anos ocorrem nos primeiros 28 dias de vida. Prematuridade, pneumonia, complicações durante o parto, diarreia e malária representam as principais causas de morte, sendo que quase metade dos óbitos entre crianças está associada à subnutrição.

“A maior parte das mortes entre crianças pode ser facilmente evitada por meio de intervenções comprovadas e prontamente disponíveis”, destacou a OMS. Os dados indicam que a redução da mortalidade infantil no mundo pode ser acelerada de forma considerável se os esforços se concentrarem nas regiões onde os índices são maiores e em recém-nascidos.

A chance de sobrevivência de uma criança pode variar amplamente conforme o local onde ela nasceu, diz o relatório. A África Subsaariana tem a maior taxa de mortalidade infantil no mundo – lá, uma em cada 12 crianças morre antes de completar o primeiro ano de vida. E a estimativa da OMS é que a população na faixa etária até 5 anos aumente 30% na região nos próximos 15 anos.

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