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CLIPPING 03/03/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde



Medicamentos

Similares ganham força na disputa com os genéricos
03/03/2015 - Valor Econômico

Os medicamentos similares, que agora passam a se chamar equivalentes, vêm conquistando cada vez a confiança do consumidor brasileiro e começam a aparecer como fortes concorrentes aos genéricos no mercado doméstico, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico em parceria com o Instituto Datafolha.
No ano passado, 54% da população respondeu confiar nesse tipo de remédio para compra e consumo, com 19 pontos percentuais de avanço em relação à pesquisa anterior, realizada em 2012. Ao mesmo tempo, os genéricos e os medicamentos de referência (ou de marca) ficaram praticamente estáveis.
"Houve um grande avanço em termos de confiança e credibilidade dos similares. O mercado já sente os efeitos das medidas da Anvisa antes mesmo de as mudanças se concretizarem", afirmou o diretor de Pesquisa do ICTQ, Marcus Vinicius de Andrade, referindo-se à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 58/2014 da Anvisa, em vigor desde janeiro, que estabeleceu os procedimentos para a intercambialidade de medicamentos similares com os de referência.
Conforme Andrade, pelas novas regras, os similares que já tenham comprovado equivalência farmacêutica com o medicamento de referência da categoria poderão declarar na bula que são substitutos ao de marca. "Os genéricos ganharam um novo competidor, à medida que também os similares passam a oferecer garantias [testes que comprovam a qualidade e equivalência terapêutica a um medicamento de referência]", explicou.
Já os medicamentos genéricos mostraram expansão tímida no que tange à confiança do consumidor, passando de 70% em 2012 para 73% - considerando-se a margem de erro da pesquisa, de dois pontos para cima ou para baixo, houve estabilidade. Conforme a pesquisa, adultos com idade superior a 60 anos estão entre os que mais confiam nessa categoria de remédio, com índice de 78%, e a população do Sudeste apresenta índice acima da média nacional, de 76%.
Os remédios de marca, por sua vez, lideram recomendações e prescrições médicas e são também os mais confiáveis, segundo o consumidor brasileiro ouvido na pesquisa. No ano passado, a confiança nesse tipo de medicamento era de 78%, frente a 79% dois anos antes, alteração que pode ser explicada pela margem de erro da pesquisa.
Segundo detalhou o instituto de pesquisa, foram realizadas 2.162 entrevistas em 134 municípios, em todas as regiões do país, com homens e mulheres com 16 anos ou mais, entre 24 e 27 de setembro.




Anvisa veta compras públicas com maior farmacêutica do país
03/03/2015 - Folha de S.Paulo


A EMS, maior farmacêutica do país em faturamento, está proibida de vender medicamentos para o poder público. Também não pode pedir registro de novas drogas ou renovação das antigas.
A empresa teve indeferido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pedido de renovação do certificado de boas práticas de fabricação de medicamentos. A decisão foi publicada nesta segunda (2) no "Diário Oficial da União".
O documento é a garantia de que a empresa tem condições técnicas e operacionais para a fabricação de remédios. Sem ele, fica com as atividade limitadas.
A medida foi tomada quase um mês após a Anvisa interditar parte da fábrica da EMS e suspender a fabricação de dois antibióticos genéricos: a amoxicilina clavulanato de potássio 50 mg/ml 12 mg/ml pó para suspensão oral e rifamicina 10 mg/ml, solução tópica spray.
Conforme revelado pela Folha, a temperatura do almoxarifado da fábrica em Hortolândia (SP) estava em 46°C, quando a determinada pelas normas é entre 15°C e 28°C. Essa condição pode degradar o produto.
No caso da amoxilina, segundo a Anvisa, a empresa estava utilizando uma substância não aprovada e sintetizando outra de forma diferente da que foi informada à agência. Isso pode tornar o remédio ineficaz e com potenciais riscos à população.
Em relação à rifamicina, a Anvisa constatou que o laboratório aumentou o tamanho do lote em dez vezes sem que houvesse aprovação prévia.

CERTIFICADO

Sem o certificado de boas práticas, a EMS não pode participar de licitações, mas isso não a impede de vender remédios para as farmácias.
"É uma idiossincracia, mas amparada pela legislação. Não pode vender para o SUS, mas pode comercializar para o público", diz Dirceu Raposo de Mello, professor de farmácia da Anhembi Morumbi e ex-presidente da Anvisa.
Procurada, a Anvisa informou que não poderia se manifestar sobre a decisão.
Mello explica que, se a empresa recorrer da decisão, a medida tem efeito suspensivo até o julgamento do recurso. Em algumas situações, isso pode levar até dois anos.
Outras duas farmacêuticas pertencentes à EMS, Germed e Legrand, também de Hortolândia, tiveram negados pedidos de certificados de boas práticas, mas a Anvisa não informou o motivo. A EMS diz que já tomou providências para resolver o problema.
Figuram ainda na lista publicada no "Diário Oficial" o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) e a Hypermarcas.
Segundo diretor-presidente do Lafepe, José Fernando Uchôa, o problema será corrigido em até 120 dias. Já a Hypermarcas informou que a fábrica que consta na lista está fechada desde 2011.

OUTRO LADO

A EMS informou, por nota, que "todas as providências já foram tomadas com a finalidade de obter a renovação das certificações". A empresa afirma ainda que o mesmo vale para as outras unidades do grupo, Germed e Legrand.
Segundo diretor-presidente do Lafepe, José Fernando Uchôa, o pedido de renovação foi indeferido porque a vigilância encontrou problemas na unidade de pomadas. "São coisas básicas. Uma parede que não está pintada de forma adequada, por exemplo."
Ele diz que a empresa já está corrigindo as irregularidade e solicitará nova vistoria. "Em até 120 dias esperamos já estar tudo resolvido."
A Hypermarcas informou que o pedido indeferido se referia a uma fábrica desativada em 2011. "A produção foi migrada para subsidiária da companhia em Anápolis, Goiás, que possui os certificados necessários para a fabricação de medic
amentos."



Laboratórios cortam previsão de expansão e podem demitir
03/03/2015 - Valor Econômico


Duas medidas anunciadas na sexta-feira pelo governo jogaram um balde de água fria nas expectativas e planos da indústria farmacêutica para este ano. Tanto a Medida Provisória 669, que alterou a desoneração da folha de pagamentos, quanto as mudanças nas regras para o cálculo do reajuste de medicamentos, segundo o Sindusfarma, entidade que representa 190 empresa ou cerca de 90% do mercado nacional, colocaram em risco o nível de investimentos e emprego no setor, levaram à redução da expectativa de crescimento neste ano e podem reduzir o nível de descontos concedidos ao consumidor.
De acordo com o presidente do sindicato, Nelson Mussolini, grandes empresas já indicaram que vão fechar postos de trabalho e sinalizaram cortes de até 50% nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. "Esse será um ano preocupante. O setor vinha com crescimento consistente nos últimos anos e, agora, acreditamos que será difícil alcançar a inflação [entre 7% e 7,5%]", afirmou Mussolini. "O setor industrial farmacêutico vai rever planos de investimento e deve cortar vagas", acrescentou.
Inicialmente, a indústria trabalhava com expectativa de expansão de 9,5% a 10% sobre vendas no varejo farmacêutico de R$ 65,8 bilhões no ano passado, valor que não considera os descontos concedidos. Essa previsão já embutia desaceleração em relação ao ritmo de crescimento do ano passado, de mais de 13% frente a 2013, provocada pelo momento complicado que atravessa a economia brasileira. O cenário, porém, se deteriorou com os anúncios de sexta-feira.

O setor farmacêutico, que antes recolhia 1% do faturamento como contribuição à Previdência Social, passará a pagar 2,5% da receita bruta, um aumento de 150%. Ao mesmo tempo, a expectativa é a de que o percentual de reajuste dos medicamentos, que deve ser anunciado no dia 31pelo Ministério da Saúde, fique abaixo da inflação - o próprio ministério já indicou que o aumento médio será inferior.
Conforme Mussolini, não é possível antecipar qual será a média ponderada de reajuste, "mas certamente ficará abaixo do INPC". Historicamente, essa média é dois pontos percentuais inferior à inflação, disse. A linha de custos da indústria subiu acima dos índices oficiais. O levantamento mais recente do Sindusfarma sobre custos da indústria indica alta de 18% em 2014, puxada por mão de obra e variação cambial, que incide principalmente sobre os insumos farmacêuticos importados, que respondem por cerca de 90% do consumo da indústria nacional.
A matriz insumo-produto prevista no fator "y" da fórmula de preços do governo, acrescentou Mussolini, distorce a realidade da indústria. Neste ano, o cálculo ainda vai considerar dados de 2005, quando a média de importados era de 15%. "O aspecto positivo da medida é a promessa do governo de conferir maior transparência e previsibilidade ao reajuste de medicamentos", ponderou, referindo-se à publicidade que o governo deu ao método aplicado para o cálculo do fato "x", que considera a produtividade do setor.
Outra variável da fórmula, o fator "z", incorpora índices internacionais mais atualizados para medição da concorrência no setor. "O ministério falou em redução de R$ 100 milhões por ano no do gasto no mercado de medicamentos, mas não sabemos como esse número foi calculado. Se retiramos somente 2,7% de produtividade, esse valor é muito maior", disse.
Diante desse cenário, é provável que a indústria reduza o ritmo de descontos concedidos, com vistas a mitigar uma parte do impacto das medidas nas margens de lucro do setor, acrescentou Mussolini.




União Química investe R$ 100 milhões em nova linha
03/03/2015 - Valor Econômico


A União Química vai investir R$ 100 milhões na instalação de uma linha de produção flexível na fábrica de biofármacos da Btech, adquirida em 2012. O investimento faz parte do esforço da empresa para expandir o portfólio e entrar no mercado de biológicos. Segundo o Miguel Giudicissi Filho, diretor médico da companhia, "quem não estiver nessa área, não sobrevive". A nova linha será fabricada pela General Eletric (GE) e vai custar cerca de R$ 30 milhões. Os outros R$ 70 milhões de investimento serão direcionados para ações como transferência de tecnologia e estruturação para atendimento das necessidades da produção.
A expectativa é que a fábrica, ainda sem operação, comece a funcionar no primeiro semestre de 2016. Hoje ela conta com 20 funcionários, mas o número deve subir para 60 ainda neste ano e serão feitas mais contratações quando a produção começar. A fábrica inicia a operação com um hormônio de crescimento animal, BST. A empresa está reforçando os negócios na área de saúde animal, que representa 20% das vendas.
Para a GE, é a primeira venda feita na América Latina de um modelo de fábrica pronta com possibilidade de flexibilização da produção - isto é, pode-se fazer um tipo de biofármaco, descartar as partes que entraram em contato com o produto e iniciar a produção de outro biofármaco, em um curto espaço de tempo. Junto com o hormônio de crescimento animal, a União Química vai utilizar a fábrica para produzir uma patente da empresa que combate o câncer.
A parceria entre GE e União Química está na fase de avaliação dos desenhos e processos e os equipamentos devem começar a ser desenvolvidos no fim deste ano. O segmento de Healthcare, responsável pela elaboração e execução do projeto, cresceu 15% no Brasil em 2014 e a estimativa é que este ano a área de negócios aumente de 7% a 8%. "O mercado tem dados sinalizações interessantes, com sondagens que não tínhamos anos atrás", disse Andre Mindlin diretor de Life Sciences da GE Healthcare.





Pesquisa e Desenvolvimento 

 


Piracicaba terá inseto de DNA antidengue
03/03/2015 - Folha de S.Paulo


O município de Piracicaba deve receber antes do final de abril os primeiros mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados criados para combater a dengue soltos no Estado de São Paulo.
A prefeitura anunciou nesta segunda-feira (2) um convênio com a empresa britânica Oxitec, fabricante do inseto, para realizar um projeto de pesquisa na cidade.
Após testes em Juazeiro e Jacobina, na Bahia, a empresa obteve aprovação federal de biossegurança para soltar os animais. O aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para comercializar o serviço, porém, ainda não saiu. Por isso o projeto em Piracicaba ocorre como teste, subsidiado pela empresa.
Técnicos da Oxitec e agentes de saúde de Piracicaba já começaram a fazer visitações de porta em porta para informar os moradores do bairro do Cecap, área da cidade com maior concentração de casos de dengue, que os mosquitos da empresa serão soltos lá. Piracicaba teve 88 casos da doença registrados neste ano, comparados com apenas 26 no mesmo período de 2014.
"Não esperávamos esses números agora, justamente num período de crise hídrica", afirma o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB), para quem a cidade não está ruim diante dos municípios vizinhos.
"Gastamos de R$ 6 milhões a R$ 7 milhões aqui só nos trabalhos para controlar a disseminação do mosquito, sem contar o custo do tratamento dos pacientes. Mas, como homens públicos, temos a obrigação de testar alternativas."

MILHÕES DE INSETOS

Para tentar eliminar a maior parte da população do A. aegypti no Cecap, onde vivem cerca de 5.000 pessoas, a Oxitec deve soltar entre 20 milhões e 40 milhões de mosquitos ao longo de dez meses.
Os insetos geneticamente modificados, fabricados pela Oxitec em sua unidade de Campinas, são todos machos, portanto não picam. A ideia de soltá-los no ambiente é que eles são estéreis, mas mesmo assim buscam fêmeas selvagens para fecundá-las.
Ao monopolizar o ciclo reprodutivo da fêmea para a produção de um ovo inviável e impedir a fecundação por um macho saudável, o número de insetos começa a cair de uma geração para outra. Nos testes na Bahia, as populações do A. aegypti se reduziram em mais de 90%.

"DO BEM"

Para o projeto em Piracicaba, a Oxitec rebatizou seus mosquitos como "Aedes aegypti do bem". Para o trabalho de conscientização dos moradores, foi montado um stand de informação na frente de um supermercado situado na entrada do bairro.
No local, técnicos da empresa mantêm uma gaiola de tela cheia de mosquitos geneticamente modificados e convidam os pedestres a conhecerem o projeto. Quem quiser pode enfiar a mão na gaiola --uma forma de os técnicos de demonstrarem que os mosquitos não picam.
A Oxitec teve que enfrentar um núcleo de rejeição à soltura do mosquito em Key Haven, na Flórida, onde um teste aguarda autorização, e busca evitar que o episódio se repita. Segundo Glenn Slade, diretor da empresa no Brasil, mesmo na Flórida 80% dos moradores da cidade alvo são favoráveis ao projeto, onde também foi realizado trabalho de engajamento público.




2 dos 4 grupos do HIV têm origem em gorilas
03/03/2015 - O Estado de S.Paulo


Dois dos quatro grupos conhecidos do HIV-1, causador da aids, tiveram origem em gorilas das planícies do oeste da África, de acordo com estudo publicado hoje na revista PNAS por um grupo internacional de cientistas.
A equipe foi liderada por Martine Peeters, da Universidade de Montpellier (França).
Já se sabia que o HIV-1 havia passado de outras espécies de primatas para humanos, em pelo menos quatro ocasiões distintas, gerando quatro linhagens diferentes de HIV-1: os grupos M, N, O e P. Há cerca de 15 anos, o mesmo grupo de cientistas descobriu que os tipos M e N tiveram origem em duas comunidades de chimpanzés geograficamente separadas, no sul de Camarões. As origens dos grupos O e P,no entanto,permaneciam desconhecidas até agora.
Segundo os autores, os quatro grupos do vírus, com origem na transmissão cruzada entre espécies, tiveram resultados muito diferentes entre os humanos.O grupo M,o mais importante, levou a aids a se tornar uma pandemia, infectando mais de 40 milhões de pessoas no mundo. Os grupos N e P, ao contrário, são raríssimos e infectaram poucos indivíduos em Camarões. O grupo O não se alastrou como o grupo M, mas infectou cerca de 100 mil pessoas na África Ocidental.
A equipe fez estudos genéticos em amostras de fezes de gorilas de vários locais em Camarões, Gabão, República Democrática do Congo e Uganda, em busca de evidências de infecção pelo SIV gor, o vírus da imunodeficiência achado em gorilas.
Eles identificaram animais infectados em quatro locais nas planícies ocidentais de Camarões.
“O sequenciamento viral mostrou alto grau de diversidade genética entre vários gorilas.
Duas das linhagens do vírus dos gorilas eram especialmente próximas dos grupos O e P do HIV-1, indicando que eles tiveram origem nos gorilas das planícies do oeste”, disse Peeters.





Mosquito da dengue geneticamente modificado será solto em Piracicaba
02/03/2015 - Folha de S.Paulo / Site


O município de Piracicaba deve receber antes do final de abril os primeiros mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados criados para combater a dengue soltos no Estado de São Paulo.
A prefeitura anunciou nesta segunda-feira (2) um convênio com a empresa britânica Oxitec, fabricante do inseto, para realizar um projeto de pesquisa na cidade.
Após testes em Juazeiro e Jacobina, na Bahia, a empresa obteve aprovação federal de biossegurança para soltar os animais. O aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para comercializar o serviço, porém, ainda não saiu. Por isso o projeto em Piracicaba ocorre como teste, subsidiado pela empresa.
Técnicos da Oxitec e agentes de saúde de Piracicaba já começaram a fazer visitações de porta em porta para informar os moradores do bairro do Cecap, área da cidade com maior concentração de casos de dengue, que os mosquitos da empresa serão soltos lá. Piracicaba teve 88 casos da doença registrados neste ano, comparados com apenas 26 no mesmo período de 2014.
"Não esperávamos esses números agora, justamente num período de crise hídrica", afirma o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB), para quem a cidade não está ruim diante dos municípios vizinhos.
"Gastamos de R$ 6 milhões a R$ 7 milhões aqui só nos trabalhos para controlar a disseminação do mosquito, sem contar o custo do tratamento dos pacientes. Mas, como homens públicos, temos a obrigação de testar alternativas."

MILHÕES DE INSETOS

Para tentar eliminar a maior parte da população do A. aegypti no Cecap, onde vivem cerca de 5.000 pessoas, a Oxitec deve soltar entre 20 milhões e 40 milhões de mosquitos ao longo de dez meses.
Os insetos geneticamente modificados, fabricados pela Oxitec em sua unidade de Campinas, são todos machos, portanto não picam. A ideia de soltá-los no ambiente é que eles são estéreis, mas mesmo assim buscam fêmeas selvagens para fecundá-las.
Ao monopolizar o ciclo reprodutivo da fêmea para a produção de um ovo inviável e impedir a fecundação por um macho saudável, o número de insetos começa a cair de uma geração para outra. Nos testes na Bahia, as populações do A. aegypti se reduziram em mais de 90%.

"DO BEM"

Para o projeto em Piracicaba, a Oxitec rebatizou seus mosquitos como "Aedes aegypti do bem". Para o trabalho de conscientização dos moradores, foi montado um stand de informação na frente de um supermercado situado na entrada do bairro.
No local, técnicos da empresa mantêm uma gaiola de tela cheia de mosquitos geneticamente modificados e convidam os pedestres a conhecerem o projeto. Quem quiser pode enfiar a mão na gaiola –uma forma de os técnicos de demonstrarem que os mosquitos não picam.
A Oxitec teve que enfrentar um núcleo de rejeição à soltura do mosquito em Key Haven, na Flórida, onde um teste aguarda autorização, e busca evitar que o episódio se repita. Segundo Glenn Slade, diretor da empresa no Brasil, mesmo na Flórida 80% dos moradores da cidade alvo são favoráveis ao projeto, onde também foi realizado trabalho de engajamento público.



Saúde



CFM aponta sucateamento no SUS
03/03/2015 - Brasil Econômico


Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) em ambulatórios, unidades básicas de saúde, centros de saúde e postos dos programas de Saúde e de Estratégia da Família do SUS apontou o sucateamento de 952 unidades básicas de saúde. Os dados mostram que 331 estabelecimentos tinham mais de 50 itens fora das normas sanitárias. Em 38 unidades, não havia sequer consultório médico.



Fiscalização revela sucateamento em unidades de saúde
03/03/2015 - Valor Econômico


Dados da fiscalização realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no segundo semestre de 2014, divulgados ontem, mostram uma situação de severo sucateamento em ambulatórios e unidades médicas públicas e básicas do país. De 952 locais inspecionados, em um universo de 40 mil postos, uma em cada quatro unidades de saúde não tem salas de descarte ou esterilização de materiais utilizados pelos médicos. Em 23% dos locais não havia toalhas de papel; outros 21% não contavam com sabonete líquido e em 6% das unidades sequer havia pia para o médico lavar as mãos após a consulta.
De 305 estabelecimentos visitados que deveriam oferecer tratamento emergencial, em 29% deles faltavam seringas, agulhas ou equipamentos para aplicações endovenosas. Equipamentos com algum grau de sofisticação viraram raridade: em 74% destes locais não há desfibrilador para atender pacientes com paradas cardíacas.
Falta de conservação, higiene, privacidade nas consultas e acessibilidade foram problemas verificados na fiscalização. Em 11% das 952 unidades faltava material para curativos e retirada de pontos. Em 15% dos consultórios, não era possível garantir a confidencialidade da consulta e em 22% não havia sala de espera. Em 4% dos consultórios ginecológicos não há nem sanitários. Em 4% dos locais, não havia sequer consultório médico.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que desenvolve há quatro anos um programa para construção e melhoria de unidades básicas de saúde (UBS). "Desde 2011, quando o programa foi criado, o governo federal já liberou mais de R$ 5 bilhões para que os municípios pudessem construir ou aperfeiçoar 26 mil UBS em todos os Estados brasileiros. Dessas, há 24.935 obras em execução, das quais 22.782 estão em andamento ou já foram concluídas. Outras 14 mil unidades entrarão em obras nos próximos anos", diz a nota.




Fim de convênio afeta tratamento de crianças carentes com autismo
03/03/2015 - Folha de S.Paulo


Um dos maiores centros de assistência a crianças e adolescentes com autismo em São Paulo vai deixar de atender 110 pacientes carentes.
Um convênio que vigorava havia seis anos do CPA (Centro Pró-Autista) com a Secretaria da Saúde do Estado da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) foi rompido no mês passado por falta de acordo entre as partes.
As famílias afetadas já foram avisadas pela instituição sobre a descontinuidade dos tratamentos --que envolvem fonoaudiologia, musicoterapia, educação física, atendimento psicológico e outras terapias. Agora, terão de buscar assistência em centros públicos de saúde mental.
A quebra da rotina de tratamentos de uma criança com autismo, de acordo com especialistas, pode provocar retrocesso nas conquistas de meses de terapias.
A entidade alega que está há quatro anos deficitária devido aos custos dos pacientes atendidos pelo convênio e que a situação vinha gerando uma bola de neve financeira.
"A maior parte das crianças recebe atendimentos diários. Temos 32 técnicos de várias áreas e outros profissionais envolvidos. O valor repassado pelo Estado é de R$ 800 mensais por aluno, mas nosso custo é de R$ 1.500. Não há como manter essa situação. A instituição é filantrópica", diz Wanderley Domingues, presidente do CPA.
Uma resolução técnica da secretaria, de 2013, também criou obstáculo para a continuidade do acordo: o CPA teria de contar com enfermeiros e fisioterapeutas, o que, segundo a instituição, encarece a folha salarial em R$ 20 mil.
O governo diz que o rompimento do convênio partiu do CPA por não aceitar as condições e que há vagas para os pacientes em outros serviços.
Parte das famílias que vão perder a assistência de seus filhos, a partir de abril, está se mobilizando para entrar na Justiça pedindo que o Estado reestabeleça o convênio.
"O CPA, além de ajudar meu filho, me capacita a ser a mãe que ele tanto precisa. Assisti avanços durante o tratamento que outros julgaram impossíveis", diz Aline Marques, mãe de Caio, 3, que frequenta o centro há quase um ano.
"A incerteza de tratamento adequado nos assombra. De janeiro pra cá [quando pais foram avisados da crise], sinto que o estou perdendo. Tudo pelo que lutamos tanto está se deteriorando", afirma.
Os pais alegam que não irão encontrar em centros públicos de atendimento a mesma qualidade e os resultados do centro especializado.





Haddad descumpre meta da saúde e fila da cirurgia vai a 63 mil em 2 anos
03/03/2015 - O Estado de S.Paulo


A gestão Fernando Haddad (PT) não conseguiu em dois anos cumprir uma de suas principais promessas na área da Saúde: diminuir o número de pacientes que aguardam por uma cirurgia na cidade.
Dados da Secretaria Municipal da Saúde mostram que, entre dezembro de 2012, último mês do governo Gilberto Kassab (PSD), e o mês passado, a fila para procedimentos cirúrgicos passou de 56.912 para 63.024, alta de 10,7%.
Hoje,o tempo médio de espera pela consulta médica cirúrgica, etapa prévia à realização da operação, é de 289 dias (cerca de nove meses emeio), 33 dias a mais do que o prazo médio de espera registrado em dezembro de 2012. A piora aconteceu mesmo com a inauguração de sete unidades da chamada Rede Hora Certa, equipamento criado pela atual gestão para aumentar a oferta de cirurgias.
Em nota oficial enviada à imprensa, o coordenador da atenção especializada da Secretaria Municipal da Saúde,Flavius Augusto Albieri, afirma que a fila “se estabilizou” desde 2013 em cerca de 63 mil procedimentos em espera. Ele destaca que com os hospitais Dia em construção e outros equipamentos em obras,como o Hospital de Parelheiros, a tendência é queda.
“Oferecemos mais consultas e exames do que antes, o que naturalmente cria mais demanda de cirurgias, porque aquelas pessoas que não teriam um diagnóstico e um encaminhamento, agora têm”, disse o coordenador da atenção especializada.
Durante a campanha, Haddad prometeu entregar 32 unidades – uma por subprefeitura –, com capacidade para realizar 200 procedimentos cirúrgicos por mês.Mas dados oficiais indicam que a meta não foi cumprida no ano passado. Ao todo, foram feitas 13.374 cirurgias nesses equipamentos, ante as 14.400 estimadas.
Na divisão de pacientes pela cidade, a alta de 10,7% foi mais sentida na zona sul, onde o número de pessoas na fila dobrou nos últimos dois anos – passou de 11,2 mil para 22,2 mil. Já quando se leva em conta o tempo de espera, as áreas mais críticas são pediatria e ginecologia, onde se aguarda até 479 dias pela marcação de cirurgia – é o caso das mulheres da zona leste.
Especialidades. No geral, a fila da saúde caiu 17% na cidade.
A espera por consultas médicas especializadas diminuiu nos últimos dois anos, no patamar de 9% em toda a capital. Enquanto, no fim de 2012, 353.181 consultas aguardavam a realização, em fevereiro de 2015, o número caiu para 321.338.
Mas o tempo de espera por alguns procedimentos ainda passa de um ano. O morador da zona leste que precisar passar pelo proctologista, por exemplo, fica até 514 dias aguardando pelo atendimento. Na mesma região, a consulta com um psiquiatra pode demorar 404 dias.
Mesmo em especialidades consideradas básicas,há dificuldade para agendamento.Com a visão comprometida por uma catarata,a aposentada Judite Alves da Silva, de 86 anos, aguarda há três meses para se consultar com um oftalmologista. “Ela passou pelo clínico no posto de saúde, que deu o encaminhamento para o especialista, mas, até agora, não temos nem ideia de quando vão marcar a consulta.Ela não consegue mais andar sozinha, não enxerga”, conta a filha de Judite, Célia de Fátima Silva Soares, de 45 anos.
Exames. No caso dos exames, a queda geral foi mais significativa: a quantidade de pacientes na fila passou de 260.394 para 127.472 mil. O resultado é reflexo dos mutirões no início da gestão Haddad.






Falta termômetro e até consultório em postos de saúde, aponta pesquisa
02/03/2015 - Folha de S.Paulo / Site

Cerca de 15% dos postos de saúde vistoriados em uma fiscalização feita pelos conselhos regionais de medicina não tinham consultórios médicos adequados. Em outros 4%, esse espaço nem sequer existia.
Os dados fazem parte de uma fiscalização feita em 952 postos de saúde entre julho e dezembro de 2014. Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira (2) pelo CFM (Conselho Federal de Medicina).
A vistoria também encontrou unidades sem equipamentos básicos, como termômetros e estetoscópios, sem sala de esterilização e até mesmo sem pia para que os médicos possam lavar as mãos.
Do total de unidades visitadas, 331 tinham mais de 50 itens fiscalizados irregulares em relação às normas sanitárias, de acordo com o CFM.
Em 22% dos postos, não havia sala de espera adequadas para os pacientes, e 15% não tinham um consultório médico que garantisse a confidencialidade da consulta.
Ao todo, 239 unidades não tinham sala de esterilização de equipamentos no momento da visita e 161 (17%) apresentavam instalações elétricas e hidráulicas inadequadas.
Os dados mostram ainda que 6% das unidades não tinham pia para que o médico pudesse lavar as mãos e 3% não tinham sanitários para os pacientes.

DESCONTROLE

Nas unidades com farmácias, 13% não tinham controle da movimentação e saída de medicamentos controlados.
Em 11% das unidades, também foi encontrada falta de material para curativos simples e retirada de pontos, por exemplo.
"Isso reflete a falta de condições de trabalho e o descaso com o SUS (Sistema Único de Saúde)", diz o presidente do CFM, Carlos Vital.
Segundo ele, a fiscalização também encontrou problemas como número menor de profissionais em algumas unidades em comparação ao declarado no Cnes (cadastro nacional de estabelecimentos de saúde), que contém dados informados pelos gestores ao Ministério da Saúde.
"O cadastro é importante como contraprova. Se não há rigor no preenchimento e fiscalização, isso dá margem a desvios e distorções", afirma.
De acordo com Vital, parte das unidades de saúde foram vistoriadas a pedido do Ministério Público e após denúncias da população. Outras foram selecionadas de forma aleatória, afirma. Os resultados serão repassados às promotorias e demais órgãos de fiscalização.
Após os postos de saúde, o conselho diz que pretende lançar, até julho deste ano, um manual de vistoria para iniciar fiscalização de hospitais e pronto-socorros.

OUTRO LADO

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que, desde 2011, liberou R$ 5 bilhões para que municípios pudessem construir ou fazer reformas em 26 mil unidades básicas de saúde. A iniciativa ocorre por meio do programa Requalifica UBS. Das 26 mil unidades, 22.782 têm obras em andamento ou já foram concluídas. Outras 14 mil unidades devem entrar em obras nos próximos anos, diz a pasta.
Hoje, há 40 mil unidades básicas de saúde no país. O Ministério afirma ainda que dobrou o investimento na atenção básica nos últimos quatro anos –em 2014, foram R$ 20 bilhões, informa. Já o número de equipes de Saúde da Família que prestam atendimento nestes locais passou de 16.698 para 39.064 de 2002 a 2014.
Ainda segundo a pasta, a implementação de ações e serviços de atenção básica é de responsabilidade direta dos municípios, enquanto o Ministério da Saúde "co-financia e apoia tecnicamente a execução e desenvolvimento da política nacional desse setor", diz a nota.





Centro Oncológico amplia tratamento de câncer
03/03/2015 - DCI


Foi inaugurado no Hospital Geral de Guarulhos um novo Centro Oncológico da Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer, que está localizado no prédio anexo ao hospital.
O Centro possui cinco consultórios de oncologia clínica, salas específicas para manipulação de quimioterápicos e aplicação com oito poltronas, vestiários para pacientes que serão submetidos á radioterapia, sala de preparação de moldes para sessões radioterapêuticas, acelerador linear e sala de comando do aparelho.
Oferece tratamento de câncer a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o estado, com destaque para população de Guarulhos e do Alto do Tietê, possuindo capacidade para atender anualmente 1,2 mil novos pacientes e realizar 4,8 mil sessões de quimioterapia e 7,2 mil de radioterapia.
Será oferecida uma radioterapia diferenciada, denominada TBI (do inglês, Total Body Irradiation), que possibilita a irradiação do corpo inteiro, contribuindo para a eliminação de células doentes e tecidos não tão facilmente alcançados pela quimioterapia.
Nos dois primeiros meses de atendimento, março e abril deste ano, poderão ser realizadas até 150 sessões de quimioterapia e 150 de radioterapia no Centro Oncológico.
As atividades serão ampliadas no decorrer do ano de forma gradativa e, até dezembro, o número de sessões poderá chegar até 400 e 600 dos respectivos procedimentos.

Funcionamento inicial

Após a liberação do alvará já foram realizadas sessões de radioterapia no local, utilizando o acelerador linear fornecido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), no dia 20 de fevereiro.





Marília punirá descuido com dengue
03/03/2015 - DCI


Desde sábado (28), proprietários e responsáveis por imóveis residenciais, terrenos vagos e estabelecimentos públicos e privados na cidade, terão 24 horas para realizarem a limpeza dos locais, evitando assim a proliferação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue.
A medida adotada pela prefeitura foi legitimada por meio do decreto 11.459, publicado no Diário Oficial, no sábado, notificando todos os donos de imóveis de Marília.
Após esse prazo, quem não cumprir a determinação será multado. "O proprietário que deixar de cumprir decreto, que entra em vigor imediatamente, estará sujeito às penalidades previstas, bem como da adoção das demais medidas cabíveis", diz Marco Antônio Alves Miguel, secretário da Administração.
O decreto informa ainda que as denúncias da população quanto à existência de possíveis criadouros do mosquito da dengue poderão ser encaminhadas aos seguintes órgãos: Ouvidoria Geral do Município, (0800 77 66 111), pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pessoalmente à Rua 4 de abril no 41 (centro); e também ao Corpo de Bombeiros, telefone 193.
"Estamos fazendo a nossa parte. Mas a população precisa dar a sua contribuição, ajudando a eliminar os criadouros. Sabemos que 90% dos focos do mosquito transmissor estão dentro dos imóveis (residências, comércio e indústria). Esta nova medida é para o bem de todos", ressaltou o prefeito Vinicius Camarinha. Os moradores de Marília estão diante de uma alarmante epidemia da doença. No sábado, a Saúde confirmou mais 3.559 casos de dengue, em uma semana na cidade. O número quase duplicou e agora são 7.498 os casos em 2015. Até o momento, 12 mortes foram confirmadas por meio de atestados de óbitos emitidos pelos hospitais. A vítima mais recente foi um homem de 81 na UTI do Hospital Universitário.







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