ESTABELECIMENTOS REGISTRADOS

PROFISSIONAIS INSCRITOS ATIVOS

CLIPPING - 30/09/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

 

Cortes no Farmácia Popular deve afetar três milhões de pessoas

29/09/2015 - Investimentos e Notícias


Uma das principais bandeiras do Governo Federal, o programa Farmácia Popular terá uma de suas modalidades extinta em 2016. O copagamento de medicamentos, em que o governo subsidia cerca de 90% do valor dos remédios, deve ser descontinuado. Pelo menos três milhões de brasileiros são beneficiados atualmente por essa modalidade, que oferece tratamento para colesterol, osteoporose, mal de Parkinson, glaucoma e rinite, além de contraceptivos e fraldas geriátricas.

A estimativa de pessoas prejudicadas foi calculada pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), com base nos dados do programa referentes a maio de 2015. “Lamentamos que a crise tenha tornado um corte como esse necessário”, diz Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma.

Atualmente, o gasto da Farmácia Popular gira em torno de R$ 2,88 bilhões por ano. As alíquotas de ICMS são 17%, 18% e 19%, dependendo do estado, o que corresponde a uma arrecadação total no país de R$ 500 milhões; valor equivalente ao corte feito pelo Governo Federal. “Se os governos estaduais tivessem desonerado o ICMS desses medicamentos para o Farmácia Popular, como há anos a Interfarma vem defendendo, seria possível manter o programa”, argumenta Britto.

A proposta de orçamento para 2016 foi encaminhada ontem (28/09) pelo governo ao Congresso. Neste ano, a saúde já havia sofrido alguns cortes que, juntos, representavam um abatimento de 12% do valor previsto. Apesar do corte, a modalidade de gratuidade do Farmácia Popular, conhecida como Saúde Não Tem Preço, deve continuar. Nela, o paciente não precisa pagar por medicamentos contra diabetes, hipertensão e asma. Atualmente, esse programa conta com aproximadamente 35 mil farmácias credenciadas.




Disputa entre setores impede efetivação de política de descarte de remédios

30/09/2015 - UOL


Há quase cinco anos, os principais atores do setor farmacêutico tentam entrar em acordo para regulamentar o descarte de medicamentos vencidos. Esses produtos não podem ser jogados no lixo comum causando o risco de contaminação de pessoas e do meio ambiente.

A obrigação de criar um sistema de recolhimento e destinação final de produtos que possam causar danos à saúde e ao meio ambiente está prevista na lei 12.305, de 2010, mas até hoje não é cumprida. A partir de um decreto, também de 2010, esperava-se que um acordo entre governo e representantes da cadeia de medicamentos pudesse ser firmado com o objetivo de facilitar o descarte pela população.

A disputa entre fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de remédios atrasa a criação de uma cadeia de recolhimento de medicamentos chamada de "logística reversa". Por ela, o remédio faria o caminho contrário: do consumidor, voltaria à farmácia, que enviaria à distribuidora, que encaminharia para o fabricante do remédio, para que o produto possa ser incinerado e enviado a um aterro sanitário. Hoje, o descarte pode ser feito em algumas farmácias ou UBSs, mas não segue padrão e não há responsabilidades firmadas.

Jogo de empurra

Hoje, cerca de 700 farmácias brasileiras recebem e arcam com os custos da incineração dos medicamentos. A Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) critica a responsabilidade atribuída às farmácias. "Nosso papel, que é o papel do varejo em qualquer lugar do mundo, é interagir com o cliente, educá-lo e receber o resíduo, deixando-o a disposição do fabricante para que seja retirado", afirma o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. "Apesar de algumas farmácias oferecerem o serviço de maneira voluntária, há locais em que simplesmente não há estrutura, e além disso, o custo de incineração é bastante alto", acrescenta.

Mena Barreto culpa a indústria farmacêutica pelos entraves à criação da "logística reversa". "Eles (a indústria farmacêutica) acham que assim que colocaram o remédio no mercado não é mais problema deles. Se o fabricante não estiver envolvido ou disposto a colaborar com o processo de destinar o medicamento de maneira correta fica inviável para o restante da cadeia", disse.

A diretora da associação que reúne os principais fabricantes de remédio do Brasil, a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), Maria José Delgado Fagundes, explica que as dificuldades de se firmar um acordo setorial se dão porque os medicamentos possuem características peculiares quando comparados aos outros produtos, o que dificulta o estabelecimento da logística reversa.

"Há um problema complexo relacionado à logística, porque é um processo que necessita de um controle rígido do que é captado, desde o ponto de entrega até o final. Pode haver roubo da carga, fraude, e outros crimes", afirma. Ela contou ainda que vários modelos já foram analisados pelo grupo de trabalho da comissão criada para analisar o caso, mas que não houve ainda consenso.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os membros da cadeia produtiva de medicamentos atribuem uns aos outros as principais responsabilidades pelo gerenciamento dos medicamentos vencidos e "nesse contexto, as propostas tornaram-se divergentes". "Nenhuma delas forneceu dados sobre a forma como deverá ser feito o recolhimento dos medicamentos, e se limitaram a conferir ao governo e aos outros proponentes as obrigações de efetuar a logística reversa dos medicamentos pós-consumo", informou a pasta através de sua assessoria de imprensa.

O Ministério do Meio Ambiente informou que continua dialogando com o setor farmacêutico para que um acordo setorial de âmbito nacional seja implementado.




Drogasil não troca produto com embalagem violada, diz leitora

30/09/2015 - Folha de S.Paulo


A leitora Ethel Perlman reclama de problemas com a Drogasil. Ela conta que fez uma compra pelo site da farmácia. Quando o pedido chegou, um pacote de algodão estava violado.

Ethel solicitou a troca do produto. Após alguns dias, a Drogasil fez a retirada do pacote, mas não deixou o novo. Em contato com a loja, Ethel foi informada que deveria aguardar mais sete dias.

Após vários dias e diversas ligações, a leitora foi informada que o produto havia sido entregue no momento da retirada do pacote danificado.

O porteiro do prédio disse a ela que o motoboy de fato deixou um pacote novo, mas logo depois pediu de volta, afirmando ter se equivocado. Passados 24 dias da compra, Ethel continuava sem o produto correto, pelo qual havia pago.

RESPOSTA

A Drogasil afirma que entrou em contato com a cliente e confirmou a entrega do pedido.




Distribuição de cápsulas contra câncer é vetada

30/09/2015 - O Estado de S.Paulo


O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu liminares que obrigavam a Universidade de São Paulo (USP) a fornecera fosfoetanolamina sintética a 368 pacientes com câncer. O presidente do TJ, José Renato Nalini, alega não haver comprovação de que a substância produza efeito. A suspensão pegou de surpresa pessoas que se dirigiram ao campus da USP em São Carlos, interior de São Paulo, para retirar cápsulas. Advogados tentam rever a proibição. A suposta eficácia da fosfoetanolamina contra o câncer vem sendo discutida há 20 anos, desde que uma formulação foi desenvolvida pela equipe do pesquisador Gilberto Orivaldo Chierice, ex-professor da universidade.

Durante mais de uma década, a fosfoaminasintética, como também é conhecida, foi distribuída gratuitamente. Em 2014, portaria do Instituto de Química da USP São Carlos suspendeu a entrega e pacientes foram à Justiça. A Anvisa informou em nota ser necessária a avaliação de ensaios clínicos antes de qualquer medicamento ser colocado para uso– o que não ocorreu.




Pesquisa diz que 40% das pessoas não fazem exames de colesterol

29/09/2015 - G1 - Bom dia Brasil


Hoje é o Dia Mundial do Coração e o Bom Dia Brasil aproveita para fazer um alerta sobre a principal causa de mortes no Brasil e no mundo: as doenças cardiovasculares.

Uma pesquisa, feita pelo Ibope, a pedido do “Movimento Ame o Coração”, revelou o seguinte: um terço das pessoas não fazem nada para prevenir as doenças cardiovasculares e 40% não fazem nem exames de colesterol; não fizeram isso no último ano.

Dos que sabem que estão com colesterol alto, 17% não se tratam; 68% estão acima do peso, que é um fator de risco, e 40% não fazem nenhum exercício.

Outro problema sério: a obesidade. De um modo geral na pesquisa, 52% dos entrevistados estão acima do peso. Só que 45% procuram um médico só quando sentem um problema, só em caso de emergência.

Resumindo: a maioria dos brasileiros acaba tratando só as consequências. Prevenir, que é o mais importante, muita gente está esquecendo.

Algumas dicas para quem quer começar a tratar bem coração agora mesmo: se possível, se exercitar todo dia; comer mais legumes, frutas verduras; diminuir gorduras, além de ter uma alimentação mais saudável rica em fibras para poder equilibrar o organismo e evitar as doenças cardiovasculares que tanto matam no Brasil.




Rumo ao fim da cegueira

30/09/2015 - O Globo


Implante de células- tronco no olho promete curar a chamada “cegueira da idade”. Uma nova cirurgia promete devolver a visão a quem sofre da “cegueira da idade”, como é chamada a forma mais grave da degeneração macular relacionada à idade ( DMRI). Médicos britânicos do Projeto de Londres para Curar a Cegueira divulgaram ontem que obtiveram sucesso no primeiro implante de células- tronco no olho de uma paciente de 60 anos com essa doença, realizado há um mês. De acordo com eles, este é “um grande passo” no combate a esse mal, a causa mais comum de perda de visão no mundo. Estima- se que metade das pessoas com alguma deficiência visual sofram de degeneração macular, que acomete indivíduos a partir dos 50 anos. No Brasil, a enfermidade afeta cerca de 2,9 milhões, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

O procedimento desenvolvido na Inglaterra consiste em implantar, na parte de trás da retina, células- tronco embrionárias que foram transformadas em células do epitélio pigmentar da retina, o tecido que fica sob a mácula e é prejudicado pela DMRI. É no epitélio pigmentar que ficam os fotorreceptores da mácula, isto é, as células responsáveis por captar a luz e formar as imagens. Há dois tipos dessas células: os cones, que permitem a visão central, e os bastonetes, ligados à visão periférica. Quando a mácula começa a se degenerar, as células cones são as mais afetadas, o que faz com que os pacientes passem a enxergar um borrão escuro no centro da visão.

Apenas a forma mais grave de degeneração macular causa essa mancha escura. Ela é conhecida como DMRI “molhada” e é menos comum do que a forma “seca”, que é mais leve e pode não gerar sintomas. Essa classificação não é baseada na forma como o paciente sente, mas no modo como o oftalmologista vê a mácula quando examina o olho. A cirurgia com célulastronco é, portanto, o aparente grande trunfo para os que têm a versão “molhada” da doença.

Chris Mason, um dos autores do experimento e professor de Medicina Regenerativa da Universidade College London ( UCL), afirmou que, além permitir chegar à cura de uma das principais causas de cegueira, o estudo pode ser uma maneira de aprofundar a compreensão do uso de células- tronco embrionárias.

— Se o tratamento contra a degeneração macular se mostrar duradouro, utilizando células- tronco de embriões como recurso primordial, essa terapia pode ser fabricada em larga escala — aspira Mason.

A primeira cirurgia foi realizada no Hospital Moorfields Eye, na capital inglesa, com uma voluntária de 60 anos que quer permanecer anônima. Segundo um comunicado da instituição, “não houve complicações até o momento”. A equipe vai acompanhar o pós- operatório e espera determinar um resultado em termos de recuperação visual até dezembro.

No total, dez pacientes com a doença participarão do estudo ao longo de 18 meses. Todos os voluntários têm a DRMI na forma “molhada”, que é o tipo mais severo da doença, e cada um será acompanhado por um ano para que sejam verificadas a segurança e a estabilidade das células, além da recuperação da visão. O objetivo dos responsáveis pelo procedimento é torná- lo rotineiro em sistemas de saúde pelo mundo, assim como o tratamento para a catarata.

Especialistas em retina consideram que o experimento é importante para a área, mas veem seus resultados com cautela. O médico Oswaldo Moura Brasil, ex- presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e atual membro do conselho consultivo da entidade, afirma que o experimento cria uma expectativa muito grande, mas ainda não se pode afirmar que o tratamento vai funcionar realmente.

— As células- tronco embrionárias são as que têm mais chance de darem bom resultado. O problema é que a célulatronco, capaz de se transformar em qualquer tecido, pode não se comportar exatamente como se quer. Ela pode virar uma retina doente, até um tumor. Por isso, os estudos demoram tanto e são tão cuidadosos — diz o oftalmologista.

De fato, o Projeto de Londres para Curar a Cegueira já dura cerca de uma década, fruto de uma parceria entre o Hospital Moorfields Eye, o Instituto de Oftalmologia da UCL e o Instituto Nacional de Pesquisa de Saúde da Grã- Bretanha. A gigante farmacêutica americana Pfizer juntou- se à pesquisa em 2009.

Segundo Moura Brasil, já existem tratamentos para a DMRI, embora nenhum seja capaz de sanar o quadro. Ele diz que, para a forma “seca”, mais leve, são usadas medicações antioxidantes, com vitaminas e sais. Já na forma “molhada”, são injetadas no olho substâncias angiogênicas, que impedem o crescimento de vasos sanguíneos no olho, os causadores de danos às células fotorreceptoras. Em casos muito severos, são necessárias injeções mensais. O médico ressalta, entretanto, que não é apenas a idade que ocasiona o problema.

— Há fatores de risco importantes, para além da idade. Tabagismo, hábitos alimentares que incluem muita gordura, exposição em excesso a raios ultravioleta e, claro, a genética são essenciais para determinar quem vai desenvolver a doença. Quanto mais velho, mais chances. Mas precisamos ficar atentos aos fatores de risco e evitar os que podem ser evitados — destaca ele.

TÉCNICA NÃO TRATA OUTROS TIPOS DE CEGUEIRA

Já para Marcos Ávila, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o risco de as célulastronco implantadas trazerem alguma complicação para o paciente é pequeno.

— Antes de começar a implantação em ser humano, foram feitos muitos testes para ver a viabilidade e a segurança — afirma ele, que também é professor da Universidade Federal de Goiás. — Pode não se tratar da cura definitiva, porque as células visuais também são afetadas pela DMRI, e não apenas as células do epitélio pigmentar. Mas o procedimento dá um controle biológico melhor. O paciente até pode continuar com a doença no olho, mas não terá sintomas, a sua visão será mais apurada. Quando for confirmada a cura de algum tipo de perda visual, como a causada pela DMRI, será uma revolução para a Humanidade.

Ávila explica que, como a cirurgia desenvolvida pelos cientistas britânicos trata apenas da criação de células do epitélio pigmentar a partir de células- tronco, não serve para o tratamento de outros tipos de cegueira. — No caso da cegueira causada pelo glaucoma, por exemplo, seria preciso um implante de células oculares, e não do epitélio pigmentar. Quem tem descolamento de retina também não vai ser curado por esse tratamento — conta ele.




Congresso receberá proposta de cortes em PAC e Saúde nos próximos dias

29/09/2015 - Valor Econômico / Site


O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo vai enviar nos próximos dias ao Congresso Nacional uma lista com projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da área de Saúde que serão cortados do Orçamento, mas que podem ser cobertos por emendas parlamentares dos deputados e senadores. Essa é uma das medidas para atingir a meta de superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano.

Barbosa reafirmou o compromisso de reduzir em R$ 3,8 bilhões as despesas do PAC em 2016 e de outros R$ 3,8 bilhões em Saúde. “O governo vai reduzir os seus gastos discricionários [...] e vai sugerir aos parlamentares que possam direcionar emendas para gastos que estamos reduzindo”, frisou, explicando que a ideia é diminuir ou atenuar o impacto desses cortes”.

O ministro participa de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento para falar sobre a proposta orçamentária do próximo ano. A ideia de usar as emendas parlamentares para o PAC e gastos com Saúde tem sofrido resistência no Congresso Nacional.

Ele argumenta que seria uma execução mais eficiente das despesas nesse “momento de travessia”, se referindo à atual situação fiscal.




Célula-tronco é usada em cirurgia contra cegueira

30/09/2015 - O Estado de S.Paulo


Cirurgiões do Reino Unidos fizeram uma operação pioneira com células-tronco embrionárias para curar a perda de visão. A intervenção, que só foi divulgada ontem, aconteceu no mês passado e teve como paciente uma mulher de 60 anos, que sofre de uma doença ocular degenerativa e não quis ser identificada. Ela passa bem.

O professor Lyndon Da Cruz, do Hospital Moorfields Eye, de Londres,esteve à frente da operação, que consistiu em criar um “remendo” de células com base em uma célula extraída diretamente do epitélio da retina. O centro médico e os especialistas envolvidos esperam que até dezembro possam divulgar os resultados finais do experimento, avaliando se a perda de visão foi controlada. “Espero que no futuro muitos pacientes se beneficiem desse transplante de células”, ressaltou Da Cruz.

Segundo a equipe médica, uma célula-tronco de um embrião doado e criado a partir de um tratamento de fertilização in vitro foi preparada em laboratório para criar o epitélio pigmentário retinal, uma capa de células pigmentadas que aparece na retina e alimenta as células visuais. A degeneração macular (DMRI, em português), da qual sofria a paciente, é responsável por 50% de todos os casos de cegueira ou perda de visão no mundo desenvolvido.

Geralmente afeta pessoas com mais de 50 anos e prejudica tanto a visão de longe como a de perto, podendo impedir atividades como a leitura. Até 2020, o número de casos de DMRI pode chegar a 8 milhões, considerando quem tem mais de 65 anos.

O atual programa de estudos foi estabelecido há dez anos com diversos órgãos, incluindo o Instituto de Oftalmologia da University College London (UCL) e o Instituto Nacional de Investigação da Saúde. Desde 2009, o experimento conta ainda com o apoio da gigante farmacêutica Pfizer. Ao todo dez pacientes, que apresentam a versão “úmida” ou mais grave da doença, tendo risco de cegueira futura, devem ser tratados com a nova técnica e monitorados durante um ano.

Larga escala. Chris Mason, professor de Medicina Regenerativa na UCL, considera que o estudo é importante tanto pela possibilidade de tratar uma das principais causas de cegueira como pelos avanços na compreensão do uso de células tronco embrionárias em tratamentos.

“Se os ensaios forem bem-sucedidos, essa terapia poderá tornar-se acessível em larga escala.”




Doadores de órgãos em queda

30/09/2015 - Correio Braziliense


“Quando você for para o céu, deixe seus órgãos na Terra. Afinal, anjos só precisam de asas.” Essa é a frase de um homem que lutou pela vida e ganhou um novo coração. O nome dele é Roberto de Jesus Santana, 58 anos, ex-atleta, formado em engenharia. Praticava de natação a handebol e doava sangue a cada dois meses até ser surpreendido, em meados de 2003, por um diagnóstico de cardiopatia. A doença agravou-se e foi necessário um transplante.

“Quanto tempo vai demorar? Será que o órgão vai ser compatível? Será que eu aguento?”, inquietava-se. Foram três meses de angústia e sem respostas até a cirurgia ser realizada com sucesso em 9 de janeiro de 2004. Hoje, usando 12 medicamentos para evitar a rejeição do órgão — já foram necessários 32 —, acompanhado de algumas restrições relacionadas à atividade física e aos hábitos alimentares, Roberto vive feliz com a família e se considera uma pessoa de sorte. São 55 mil pessoas na fila por um órgão em todo o país.

E o cenário tem se mostrado ainda mais desanimador. Apesar de serem realizados, em média, 23,5 mil transplantes por ano, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) acaba de divulgar balanço no qual constata que, pela primeira vez em oito anos, houve uma queda de quase 20% da taxa de doadores em relação ao ano passado. Por conta da redução, a meta de 2015 foi revista. Antes, era de 17 doadores por milhão de habitantes. Agora, passou de 15 a 15,5.

“O Brasil ainda é muito carente de campanhas que falem sobre a doação de órgãos e tecidos. A informação é algo fundamental para esse assunto. Campanhas deveriam ser elaboradas o ano todo”, afirma o médico José de Lima Oliveira Júnior, especialista em cirurgia cardiovascular, em transplante de coração e coordenador da Comissão de Remoção de Órgãos da entidade.

O especialista explica que a Lei nº10.211, de 23 de março de 2001, dispõe que a retirada de órgãos e tecidos de pessoas falecidas para a realização de transplante depende da autorização da família. “A recusa pode estar ligada à falta de informação, à religião ou a outros dogmas”, explica. Os mitos também impedem o procedimento. Diferentemente do que muitos pensam, o corpo do doador, depois da retirada dos órgãos, não sofre deformações. É recuperado para a mesma aparência.

Outra questão apontada por Lima envolve a demora no procedimento de retirada dos órgãos. “É necessário melhorar a estrutura e alterar pontos da legislação para que o processo seja mais ágil, reduzindo o tempo do procedimento e tornando menos traumático para as famílias envolvidas”, defende. Na prática, o processo é simples, mas deve seguir critérios rígidos (veja arte). “A partir da confirmação da morte cerebral, o potencial doador precisa ser mantido adequadamente até que os órgãos sejam retirados. O primeiro é sempre o coração e, a partir daí, pulmões, fígado, pâncreas e rins. Por último, os tecidos”, detalha Lima.

Um dos pontos cruciais é que todo cidadão brasileiro que tem o desejo de doar órgãos e tecidos expresse sua vontade para a família. Por meio do Facebook, o usuário tem a opção de declarar em seu perfil ser doador. É mais uma forma de mostrar a vontade aos amigos e aos familiares, mas o especialista afirma que, mesmo com a declaração na rede social, a família precisa concordar. “A declaração serve para que os parentes saibam da vontade do potencial doador se o tema nunca tiver sido abordado”, explica.

Em vida

Estando vivo, também é possível doar órgãos. Nesse caso, envolve um órgão duplo, como os rins, os pulmões; uma parte do fígado, do pâncreas ou um tecido, como a medula óssea, para ser transplantado em um familiar ou amigo. Nesse caso, é necessário ser um cidadão juridicamente capaz, ter condições adequadas de saúde e estar apto a doar sem comprometer suas aptidões vitais.

O procedimento só pode ser feito para um receptor com indicação terapêutica indispensável de transplante, e o doador deve ser parente até quarto grau ou cônjuge. No caso de não parentes, a doação só pode ser concretizada após autorização judicial.

Mas nem sempre, na prática, a boa intenção de ajudar o outro é imediata. “A gente marcou o transplante e, no dia da cirurgia, ela não pôde ser feita. Buscamos a Justiça e 60 dias depois foi realizada”, conta Renato de Lima Costa, de 58 anos, que doou um rim em 2009. Ele enfrentou problemas devido ao grau de parentesco com o receptor. A paciente, que havia passado por dois transplantes com rejeição e uma série de hemodiálises, recebeu o órgão de Renato com sucesso. “A gente faz com amor pela vida do outro”, diz o aposentado, orgulhoso do seu ato.




ADJ Diabetes Brasil promove campanha de prevenção do diabetes em shopping, metrô entre outros

29/09/2015 - Revista Hosp Online


Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, já são cerca de 14 milhões de pessoas com diabetes e aparecem 500 novos casos por dia. Com este cenário e alinhada com a campanha "Agir Hoje para mudar o Amanhã", da Federação Internacional de Diabetes (IDF), a ADJ Diabetes Brasil promoverá várias iniciativas em comemoração ao Dia Mundial do Diabetes, direcionadas à prevenção e estímulo ao diagnóstico precoce do diabetes tipo 2 com foco na prevenção primária, incentivo à prática de atividade física e sensibilizar novas audiências.

A ADJ fará campanha com realização de testes de glicemia e orientação em diabetes no Shopping West Plaza, entre os dias 3 e 8 de novembro. Entre 3 e 5 de novembro, estará entre 13h e 19h; no dia 6, das 13h às 20h; no dia 7, das 11h às 22h e no dia 8 das 14h às 20h. Simultaneamente, haverá a exposição de Arte "Menos Açúcar, Mais Vida" com a curadoria da ABAPC - Associação Brasileira de Artistas Plásticos de Colagem - que promoverá a adesivagem da escadaria, que dá acesso à praça de alimentação com mensagens de conscientização e estímulo à atividade física.

No metrô Brás, também haverá campanha com testes de glicemia e orientação em diabetes, nos dias 12 e 13 de novembro, entre 9h e 18h. Alinhada com a campanha da IDF, que foca na adoção de uma alimentação saudável, prática do exercício físico e educação em diabetes, a ADJ promoverá uma caminhada no Parque do Ibirapuera, no dia 8 de novembro, às 8h, seguida de piquenique.

Após a caminhada, maratonistas iniciarão o V Tour Azul que tem formato de ultramaratona com a intenção de desmistificar, incentivar, e orientar a prática de atividade física para pessoas com diabetes. O percurso terá duração de nove horas, saindo às 8h do Parque do Ibirapuera e voltando ao mesmo ponto às 17h00. A iniciativa percorrerá pontos turísticos de São Paulo, que incluem: Monumento à Bandeira, Avenida Paulista, Parque da Aclimação, Museu do Ipiranga, Praça da Sé e Catedral da Sé, Rua 25 de Março, Mercado Municipal, Estação da Luz, Museu da Língua Portuguesa e Pinacoteca do Estado, Praça 14 Bis, Aeroporto Campo de Marte, Anhembi, Memorial da América Latina, Parque da Água Branca, ADJ Diabetes Brasil, Praça Pan-Americana, Cidade Universitária, Jóquei Club, Parque do Povo e Parque do Ibirapuera.

Além disso, a ADJ promoverá em sua sede para os associados um Café da Manhã Ideal, no dia 11 de novembro, e no dia 14 de novembro uma ação no Parque José Correia, em Barueri, realizando testes de glicemia e orientação em diabetes. No dia 28 de novembro, das 9h às 17h, foi realizado, na sede da ADJ, um mutirão de exames de fundo de olho gratuito para quem tem diabetes. O único pré-requisito é que a pessoa tenha diabetes e tenha feito inscrição prévia pelo fone: (11) 3675-3266 Ramal 11.

As ações terão envolvimento da equipe de colaboradores da ADJ e de voluntários. O intuito é promover aumento da consciência do diabetes, para que as pessoas se atentem à causa e possam prevenir a condição como também possíveis complicações de quem ainda não foi diagnosticado ou se a condição já é pré-existente, alertar sobre os riscos de um mau controle do diabetes.

Para a realização destas ações, a ADJ Diabetes Brasil conta com o apoio da Federação Internacional do Diabetes, do Shopping West Plaza, do Metrô e da Associação Brasileira de Artistas Plásticos de Colagem e patrocínio das empresas: Boehringer, Johnson, Libbs, Lilly, Merck, Novartis, Novo Nordisk, Roche e Stevita.

Mais informações podem ser acessadas no www.adj.org.br

Sobre o Dia Mundial:

O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em resposta ao aumento do interesse em torno do diabetes no mundo. Celebrado em 14 de novembro, é visto como a maior iniciativa mundial em torno do diabetes. A data foi escolhida devido ao nascimento do cientista canadense Frederick Bantin que, em parceria com Charles Best, foi responsável pela descoberta da insulina, em outubro de 1921. Dois anos mais tarde, Banting recebia o Prêmio Nobel de Medicina por esta descoberta e pela aplicação da insulina no tratamento das pessoas com diabetes.

O símbolo do Dia Mundial do Diabetes é um circulo azul que simboliza a união. A IDF buscou um formato simples para facilitar a reprodução e o uso para as pessoas que quisessem dar apoio à campanha. Esta data também é marcada com a iluminação em todo o mundo de monumentos e construções de destaque na mesma cor. O azul representa o céu e é a mesma cor da bandeira das Nações Unidas, que simboliza também a união entre os países. Neste dia, é estimulado o uso de roupas na cor azul, cor símbolo da campanha.

Sobre a ADJ Diabetes Brasil

Fundada em 10 de março de 1980, a ADJ Diabetes Brasil é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, legalmente registrada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Seu objetivo é promover educação nesse campo para pessoas com diabetes, familiares, profissionais de saúde e comunidade.

Atende gratuitamente as pessoas com todos os tipos de diabetes, de qualquer faixa etária e classe socioeconômica. Oferece um trabalho integrado realizado por uma equipe multidisciplinar.




Lixões provocam prejuízo de R$ 1,5 bi por ano à Saúde.

30/09/2015 - O Globo


O governo brasileiro gasta cerca de R$ 1,5 bilhão por ano através do Sistema Único de Saúde com doenças causadas pelo descarte e pela destinação incorreta de resíduos. O cálculo é de um levantamento da ONG Associação Internacional de Resíduos Sólidos ( ISWA, na sigla em inglês). De acordo com a pesquisa, até 75 milhões de brasileiros têm seu lixo depositado em locais errados, o que acarreta impactos ao meio ambiente e na saúde da população.Os estragos associados aos lixões têm a ver com suas emissões de substâncias tóxicas, como metano, dióxido de carbono, benzeno e cádmio. A exposição a alguns destes elementos químicos pode ser cancerígena. Os principais afetados são moradores vizinhos aos lixões ou que trabalham com os resíduos, como catadores de materiais recicláveis e funcionários de limpeza urbana. Danos como a poluição do ar e a contaminação do solo e de lençóis freáticos também são consideráveis, segundo os autores do levantamento. Estima- se que, entre 2010 e 2014, o período abrangido pelo estudo, foram gastos R$ 8,4 bilhões com prejuízos ao meio ambiente.

IMPACTOS NO TRABALHO

Vice-presidente do ISWA, Carlos Silva Filho alerta que o descarte incorreto de resíduos sólidos e a saúde são indissociáveis.

— Contabilizamos não só os custos para tratamento dos problemas de saúde das pessoas, provocados principalmente pela existência e manutenção dos lixões, mas também o impacto de perdas de dias de trabalho por afastamento médico, os custos psicossociais causados aos moradores das áreas próximas aos lixões e os danos ambientais motivados por essas unidades regulares — explica o vicepresidente do ISWA, Carlos Silva Filho.

A previsão é que, entre 2016 e 2021, a produção de resíduos provoque um prejuízo de R$ 13 bilhões a R$ 18,6 bilhões no Brasil. Os pesquisadores ressaltam que o cálculo é conservador, já que não considera o fechamento dos lixões e o impacto causado por esta medida a longo prazo.

Antonis Mavropoulos, presidente do Comitê Técnico e Científico da ISWA e coordenador do estudo, ressalta que os lixões estão entre os maiores desafios à comunidade internacional.

— Eles estão sempre localizados onde as pessoas não têm voz ativa — condena. — Os catadores de recicláveis podem até fazer alguma seleção, mas não conseguem eliminar os perigos de contaminação.




Dilma demite ministro da Saúde pelo telefone

29/09/2015 - Valor Econômico / Site


A presidente Dilma Rousseff demitiu por telefone nesta terça-feira o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Em uma conversa fria, ela afirmou ao petista que ele fica no cargo até quinta, data em que deve ser anunciada a nova configuração da Esplanada dos Ministérios.

Segundo relatos, a petista ficou irritada com declarações recentes do ministro à imprensa e com a suspeita de que ele estaria trabalhando para se manter no cargo junto a médicos sanitaristas e profissionais do ramo da saúde. Na semana passada, o ministro já havia reunido sua equipe de secretários para falar de sua saída do cargo.

O encontro foi realizado no mesmo dia em que o Palácio do Planalto informou ao ministro que seu posto seria oferecido ao PMDB na reforma administrativa.

Na época, Chioro chegou a se queixar de que se sentia "rifado" pelo governo federal.

O nome mais cotado para assumir a Saúde é do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI). O parlamentar é formado em medicina e especializado em psiquiatria.

Chioro não é o primeiro ministro dos governos petistas demitido por telefone. Em 2004, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou da mesma forma o então ministro da Educação, Cristovam Buarque, que passava férias em Portugal.

Chateado, Cristovam avaliou como uma "desconsideração" ter sido demitido pelo telefone.




Unimed Paulistana na mira

30/09/2015 - O Estado de S.Paulo


Servidores da Unimed Paulistana fizeram ato ontem contra a determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para que a operadora transfira seus clientes para outros planos. Prazo termina na sexta.




"A CPMF é o plano A, B e C", afirma Barbosa

30/09/2015 - Valor Econômico


O governo não tem alternativa à recriação da CPMF, disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO) realizada ontem no Congresso Nacional. "A CPMF é o plano A, B e C" do governo federal, disse ele. O plano do governo de voltar com a taxação de movimentações financeiras foi duramente atacada durante a sessão.

"Propusemos a CPMF porque ela tem o menor impacto inflacionário sobre a economia", explicou Barbosa depois de mais uma crítica ao chamado imposto do cheque. "Qualquer imposto sabemos que é um sacrifício por parte da população. Tem esse nome porque é uma obrigação. Não iríamos propor algo se não fosse necessário" acrescentou ele. Durante a sessão, foi sugerido pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR) que o governo eleve a Cide, o que necessitaria apenas de um decreto, em vez de voltar com a CPMF.

Entretanto, a sugestão foi descartada por Barbosa, porque a contribuição incidente sobre combustíveis "jogaria o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para cima quando o combate a inflação começa a dar frutos". Barbosa ressalvou ainda que a "Cide é uma proposta que o governo pode eventualmente adotar, mas essa é uma avaliação do Ministério da Fazenda", que, segundo Barbosa, "está ouvindo sugestões sobre a tributação, mas continuamos a achar que melhor opção é CPMF", apesar de saber da resistência política no Congresso à proposta.

O ministro também destacou a necessidade de manutenção dos vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff, como o relativo ao aumento dos servidores do Judiciário, que devem ser analisados hoje no Congresso. Isso é importante, prosseguiu, porque "nesse momento, é importante aprovar medidas na direção certa". Essa foi uma referência a recente perda do grau de investimento pelo Brasil após o rebaixamento da nota soberana do país decidida pela Standard & Poor's, que junto a outros fatores ele classificou de "turbulências", que criam "incertezas e atrapalham a recuperação". "Uma vez reduzida a incerteza, tem reflexo imediato na taxa de juros e câmbio e aí pode iniciar recuperação", disse.

Segundo ele, a elevação da Selic foi necessária devido a inflação gerada pelo fim do represamento de diversos preços, como o de energia elétrica, feitos no ano passado. "A taxa básica de juros subiu junto com inflação. É remédio necessário para impedir que aumento temporário seja permanente", avaliou, acrescentando que os juros podem cair com a queda da inflação.

Outro tema enfatizado pelo ministro do Planejamento foi a necessidade de cortes nos gastos obrigatórios do governo, especialmente na Previdência. "Enfrentar questão da Previdência é agenda que precisamos avançar tanto no curto prazo quanto no longo prazo", disse o ministro. Como exemplo, ele apontou que o governo fez até o momento um esforço fiscal de R$ 134 bilhões e "ainda assim a despesa total subiu R$ 65 bilhões", o que aconteceu, segundo ele, "devido a crescimento das despesas obrigatórias".

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