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CLIPPING 26/03/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde


Medicamentos

 

Brasil Pharma anuncia troca na presidência
26/03/2015 - O Estado de S.Paulo


A Brasil Pharma, varejista farmacêutica controlada pelo BTG Pactual, anunciou ontem à noite um novo presidente.
Paulo Gualtieri, que atuou por 24 anos no Grupo Pão de Açúcar,substituiu ontem o executivo José Mendes da Silva no cargo.
A troca de comando ocorre no mesmo dia em que a companhia divulga prejuízo líquido de R$ 613 milhões em 2014.
A mudança ocorre após a contratação da consultoria Enéas Pestana & Associados, do ex presidente do grupo Pão de Açúcar, que já trabalha há duas semanas na Brasil Pharma. Pesou na escolha de Gualtieri a sua experiência em diferentes funções no varejo – ele já atuou nas áreas comercial, de marketing, tecnologia de informação e logística–, um perfil diferente do presidente anterior, que veio da indústria farmacêutica.
Segundo fontes próximas à empresa,a missão mais urgente do time de Gualtieri e dos consultores de Pestana é apresentar um estudo para equalizar a situação financeira da companhia em até 30 dias para o conselho de administração da Brasil Pharma. Com aumento de custos e problemas para integraras diversas redes farmacêuticas adquiridas, a companhia vinha reduzindo sua posição de caixa, o que levou a agência de classificação de risco Moody’s a rebaixar seu rating em janeiro.
Criada em 2009 para ser uma das maiores redes do País, a Brasil Pharma comprou oito redes farmacêuticas entre 2010 e 2012, como Big Ben, Farmácia Sant’ana, Drogaria Rosário e hoje tem cerca de 1.200 lojas.
Em documento enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários, a companhia informou que está preparando um diagnóstico da operação, junto com a consultoria de Pestana, para identificar problemas e oportunidades de sinergias. A previsão é que o diagnóstico fique pronto em até dois meses e que as mudanças sejam implementadas em até 18 meses.



Anvisa deve olhar menos o registro e mais o produto, diz ex-presidente
25/03/2015 - Folha de S.Paulo


Após anunciar sua saída da presidência da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o diretor Jaime Oliveira afirma que a agência deve diminuir o tempo de análise para registro dos produtos e olhar mais o que está na prateleira.
Nesta terça-feira (24), Oliveira comunicou aos funcionários da Anvisa que deve deixar o cargo até o fim de abril. Com a saída, a agência fica com dois cargos vagos na diretoria colegiada –um deles estava desocupado desde a saída do diretor-presidente anterior, Dirceu Barbano, em outubro de 2014.
À Folha, Oliveira disse que a decisão ocorreu por motivos pessoais e negou que tenha havido interferência política. Nos bastidores, a informação era de que a decisão ocorreu após uma negociação de integrantes do governo.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse nesta quarta (25) que lamenta a saída de Oliveira e que já tem dois nomes que pretende indicar à presidente Dilma Rousseff para ocuparem a vaga. A expectativa é que seja indicado um profissional com formação específica na área de saúde -os atuais diretores são advogados e economistas, mas com experiência no setor.

Confira trechos de entrevista à Folha:


Folha - Quando decidiu deixar a agência? A informação é de que houve interferência política para sua saída.

Jaime Oliveira - De forma alguma. Não teve discussão, foi uma decisão comunicada. Eu e minha família temos planos pessoais de mudar de Brasília. Viemos tentando construir essa saída, e o momento mais adequado é difícil de encontrar. Já vinha conversando com o ministro. O que foi feito ontem foi a divulgação para profissionais na Anvisa.

Folha: No que a Anvisa avançou no período em que esteve à frente da diretoria?

A Anvisa se consolidou como uma agência sanitária de referência.

Jaime Oliveira: Fomos elogiados durante a Copa do Mundo.
Foi um momento em que a Anvisa teve cuidar da entrada de torcedores e assegurar que passageiros de fora não entraram com produtos proibidos no país.
Também houve o início de reestruturação das áreas de portos e aeroportos de fronteiras e as alterações na legislação sanitária.

Folha: E o que permanece como entrave?

Jaiime Oliveira: A Anvisa tem que deixar de dedicar o maior peso da atuação ao pré-mercado, que são atividades como o registro de um produto.
Ela tem que dedicar menos energia a essa área e aumentar isso no pós-mercado, com monitoramento da qualidade. É ir na prateleira da farmácia e supermercado, pegar o produto e ver se está de acordo com as normas.
Fizemos isso com cosméticos e está sendo discutido agora com alguns medicamentos.
Mas o que garante que essa fiscalização vai acontecer? Não seria melhor manter as duas fases para manter a segurança?
Não é que a fase de pré-mercado deixe de existir.
Você começa a compartilhar responsabilidades com o setor regulado, que conhece as normas para colocar o produto no mercado.
Deixamos que entrem com o produto no mercado e fazemos a fiscalização depois. Se identificar irregularidade, há penalidades.

Folha: A Anvisa lidou com temas polêmicos, como o canabidiol. Isso deve crescer daqui para frente?

Jaime de Oliveira: Isso ela sempre vai ter que lidar. Vale para o canabidiol, tabaco, inibidores de apetite. As decisões que são tomadas são baseadas em ciência e em aspectos técnicos. Quanto mais a Anvisa investir nessa base, mais vai se fortalecer.

Folha: Várias dessas decisões têm sido questionadas na Justiça. Isso não prejudica a agência?

Jaime de Olivera: Encaro com naturalidade. Faz parte do processo democrático e do amadurecimento da sociedade. Não acho que isso enfraquece a agência, acho que fortalece o país.



Pesquisa e Desenvolvimento

 

Pesquisadores identificam variante genética relacionada com o autismo
26/05/2015 - UOL Notícias


Uma equipe de cientistas descobriu uma "variante genética rara" que afeta às sinapses dos neurônios e oferece uma nova compreensão sobre as principais causas do autismo, em um estudo que analisou famílias severamente afetadas por essa doença.
O estudo, publicado na revista "Nature" e realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, destaca o método de trabalho utilizado, focado em famílias gravemente afetadas por essa doença, que "pode ser usado para identificar outras causas genéticas do autismo e de outras doenças genéticas complexas".
Os resultados do estudo "acrescentam novas evidências que um funcionamento sináptico anômalo pode estar na base das anomalias cognitivas no autismo", segundo o diretor de departamento de neurociência da Johns Hopkins, Richard Huganir.
Os pesquisadores, dirigidos pelo professor Aravinda Chakravarti, analisaram e compararam a sequência genética de pacientes com autismo de 13 famílias com a de outras pessoas retiradas de uma base de dados e identificaram quatro genes potencialmente responsáveis pela doença.
Essas 13 famílias foram selecionadas porque nelas havia mais de uma mulher afetada por uma doença pertencente ao espectro do autismo, já que, por motivos ainda desconhecidos, as meninas sofrem muito menos de autismo que os meninos, mas quando tem a doença, seus sintomas são mais graves.
Chakravarti teorizou que as mulheres com autismo, especialmente aquelas que em sua família há outra mulher também afetada, podem ter fortes variantes genéticas da doença.
Dos quatro genes potencialmente relacionados com o autismo identificados pelos especialistas, estes decidiram se concentrar no conhecido como CTNND2, porque se situa em uma região do genoma que é associada com outros problemas intelectuais, e descobriram que as mutações no mesmo alteram as sinapses neuronais.
Este resultado é "coerente com outros descobrimentos recentes que indicam que muitas mutações genéticas associadas com o autismo estão relacionadas com o desenvolvimento das sinapses", segundo Huganir.
Apesar de os variantes que causam autismo no gene CTNND2 não serem muito comuns, Chakravati disse que o descobrimento abre uma janela para o conhecimento da biologia geral do autismo.
"Para elaborar novos tratamentos, necessitamos ter um bom entendimento de como se produz a doença em sua origem" e para isso a genética "é um caminho fundamental".
A equipe liderada por Chakravarti trabalha na atualidade para encontrar as funções de outros três genes que podem estar associados ao autismo.

 



Saúde






‘Anvisa precisa ganhar eficiência’, diz diretor demissionário
26/03/2015 - O Estado de S.Paulo


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa ganhar agilidade e eficiência para atender de forma mais rápida às demandas sociais, afirma o diretor Jaime Oliveira, que ontem pediu afastamento do cargo. Em entrevista concedida ao Estado, ele negou que sua saída dois anos antes do término do mandato tenha sido provocada pelo descontentamento em não ser efetivado como presidente da autarquia, cargo que vinha exercendo de forma interina desde outubro.

P: Sua saída é vista como uma forma de se aumentar o espaço de negociações políticas do governo?
R: Não tem nada a ver com a presidência da Anvisa. Eu tomaria essa decisão de qualquer forma, se estivesse oficialmente no posto, se estivesse em outro órgão. A decisão é pessoal.
Não foi adotada antes porque o Barbano (Dirceu Barbano, presidente da autarquia até outubro passado) terminou o mandato entre o primeiro e o segundo turnos, depois foram as eleições no Congresso. Agora era hora de levar adiante a ideia.
Minha mulher vai fazer cursos fora do Brasil, essa era a melhor época, em razão da disponibilidade de horários.

P: Qual desafio o próximo diretor vai enfrentar?

R: Demandas sociais que exigem da Anvisa respostas cada vez mais rápidas, mantendo claro o controle e segurança nas decisões.
A agilidade e a eficiência são pontos extremamente importantes.

P: Quais demandas? Acesso a medicamentos importantes para tratamento de doenças graves, de doenças raras, além de ações de promoção à saúde. Medidas que possam intervir em fatores de risco para doenças crônicas, como alimentos com alto teor de sódio, tabagismo. É preciso também trabalhar para alcançar maior integração internacional.

R: Hoje todas as agências no mundo perceberam que não conseguem exercer o controle sanitário sozinhas. Elas têm de montar rede, trabalhar em parceria. A troca rápida de informações, integrar informações de farmacovigilância.

P: A Anvisa é uma agência lenta? Ela é uma agência que pode ser mais ágil e está buscando isso, por meio do aumento de funcionários e da racionalização de processos de trabalho.

R: Há também uma tendência de compartilhar esforços com setor regulado. Em muitas situações, a regulação está tão sofisticada que permite o início de atividades sem que para isso um longo processo seja realizado.
Mudanças na legislação vêm sendo feitas para isso. Em vez de registros, basta que a empresa apenas notifique a agência que determinada atividade será iniciada. Isso vem sendo feito, por exemplo, no setor de cosméticos.

P: O argumento de que a Anvisa extrapola suas atribuições vem sendo usado com frequência. Por exemplo, na resolução que proibia o uso de aditivos ao cigarro e na que proibiu o uso de moderadores de apetite.

R: A Anvisa vem executando a função legal para a qual ela foi criada. Nessa execução, surgem assuntos polêmicos. Não estamos imunes a questionamentos.
E é absolutamente legítimo de que eles sejam feitos e sejam levados a outras instâncias de discussão. Isso é natural, não acontece apenas na Anvisa.


ANS aplica intervenção fiscal à Unimed-Rio
25/03/2015 - Valor Econômico


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) instaurou regime de intervenção fiscal na Unimed-Rio, devido a problemas financeiros da cooperativa médica que tem mais de 1,1 milhão de usuários.
A agência reguladora nomeou um diretor, Gilberto Gomes, para acompanhar a situação econômico-financeira da Unimed-Rio por até um ano, a contar a partir de hoje. Esse diretor da ANS não tem poder de gestão.
No ano passado, a cooperativa carioca registrou prejuízo líquido de R$ 198 milhões — o primeiro resultado negativo desde 2002. Além disso, o patrimônio líquida caiu 64% para R$ 108,4 milhões e o caixa fechou 2014 negativo em R$ 164 milhões.
“Considerando as anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocam em risco a continuidade do atendimento à saúde”, informa resolução da ANS publicada hoje no “Diário Oficial”.
Os 5,3 mil médicos cooperados da Unimed-Rio terão que cobrir as perdas. A fim de dar um alívio ao caixa a cooperativa negocia a venda de seus hospital na Barra da Tijuca com três investidores. O valor pedido pela Unimed-Rio ultrapassa os R$ 500 milhões, segundo fontes do setor.
A gestão da Unimed-Rio, que há 21 anos está sob o comando de Celso Barros, vem sendo alvos de duras críticas da oposição pela falta de transparência na contabilidade. “Há uma total falta de transparência. Só temos acesso aos números uma vez por ano. O endividamento cresceu muito e agora temos essa capitalização para cobrir o prejuízo”, disse Eduardo Costa, médico que assumirá o conselho fiscal em abril, durante entrevista ao Valor, há cerca de dez dias.
Em 2013, o Fleury rompeu seu contrato com a Unimed-Rio devido à problemas de atraso e até falta de pagamento. Na época, o laboratório perdeu 30% de sua receita no Rio de Janeiro.

Outro lado

A Unimed-Rio informou, por meio de comunicado, que iniciou no fim do ano passado um plano de gestão para reverter os problemas financeiros que levaram à ANS a instaurar na cooperativa médica a intervenção fiscal – medida tecnicamente conhecida no setor de saúde como Direção Fiscal.
Segundo comunicado da Unimed-Rio, os resultados financeiros negativos foram consequências do custo médico-hospitalar que teve aumento de 27%, enquanto a inflação foi de 6,41%. O percentual do custo da Unimed-Rio foi superior à média do setor que ficou em 18%.
“O cenário desfavorável foi determinado ainda por fortes investimentos em uma rede assistencial própria de atendimento, que ainda não trouxe o retorno esperado e provocaram dificuldades de caixa”, informou comunicado da cooperativa médica.



São Paulo lança 'força tática' contra dengue, incluindo a PM
26/03/2015 - DCI


Com o aumento nos casos de dengue em todo o estado, a Secretaria da Saúde criou uma "força tática" para reforçar ações de combate à dengue nos municípios paulistas, com ênfase naqueles que registram elevado número de casos. O estado já acumula 80.283 casos, 73,8% a mais que nos três primeiros meses de 2014.
A situação é tão grave que pelo menos 67 pessoas morreram em decorrência de complicações ligadas à dengue, desde janeiro. Somando os casos confirmados e suspeitas, notificações chegam a 196.282. Números que crescem todos os dias.
As operações especiais serão desenvolvidas por 500 novos agentes contratados pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), autarquia vinculada à pasta, e contarão com o apoio de 30 médicos militares, mobilizados em parceria com a Segurança Pública.
No total, a Saúde investirá R$ 6 milhões para execução do plano, que, entre outros aspectos, irá duplicar o efetivo da Sucen, totalizando mil agentes de campo para apoio em ações como nebulização. O contrato dos novos profissionais terá vigência de três meses, período considerado estratégico para execução de medidas para o bloqueio da transmissão do vírus.
Os recursos também foram aplicados para a compra de 150 atomizadores costais para aplicação de inseticidas e de 450 kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que garantem a segurança dos funcionários. Contabiliza, ainda, a compra de sete vans para deslocamento das equipes e a manutenção de 50 caminhonetes utilizadas para transporte de máquinas, inseticidas e insumos.
As equipes da Sucen têm fornecido apoio técnico, estrutural e prático aos municípios desde o ano passado. A autarquia já está operando com doze máquinas pesadas de "fumacê" e 550 nebulizadores costais, 200 dos quais foram emprestados às prefeituras. Devido à intensificação dos trabalhos, o consumo de inseticidas de janeiro a março foi 13 vezes maior, em comparação ao volume utilizado no último trimestre de 2014.
Para ampliar o alcance de informações sobre prevenção e combate, a secretaria também firmou parcerias com instituições públicas e privadas, que auxiliarão na distribuição de mais de 15 milhões de materiais informativos, em diversos formatos. A operadora de telefonia móvel Claro vai disparar 10 milhões de torpedos com alertas sobre a dengue.
Orientações serão transmitidas nos altos falantes e na TV Minuto, no metrô. O assunto também irá para as rotas estratégicas do estado, como a Rodovia Nova Tamoios, Rodoanel Norte e as Travessias Litorâneas de SP, por meio de peças e mensagens eletrônicas divulgadas pela Dersa e pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).




Grávidas terão atendimento ampliado no AME Araçatuba
26/03/2015 - DCI


O projeto 'Mãe-AME por inteiro' atenderá as grávidas de Araçatuba e região no Ambulatório Médico de Especialidades (AME). Além do atendimento com obstetra, serão incluídos no pré-natal as especialidades não médicas como nutrição, psicologia, enfermagem e fisioterapia.

 


Projeto prevê mamografia a partir de 40 anos no SUS
26/03/2015 - O Estado de S.Paulo


O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem um projeto de decreto legislativo que suspende parcialmente uma portaria do Ministério da Saúde e obriga a realização do exame de mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS) a mulheres a partir dos 40 anos de idade. O projeto ainda será discutido no Senado.
A proposta muda a portaria 1.253 do Ministério da Saúde, de 12 de novembro de 2013, que alterava a tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais do SUS. A medida condicionava o pagamento de mamografia bilateral de rastreamento à pessoa com idade entre 50 e 69 anos.
No projeto, a deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) argumenta que a regra imposta pelo Ministério da Saúde contraria a lei 11.664, de 2008, que trata de ações de saúde para assegurar a prevenção e detecção de câncer do colo uterino e mama no âmbito da rede pública. A deputada ressalta que um dos artigos da lei estabelece a mamografia a todas as mulheres com mais de 40 anos e que a criação de uma condicionante para o procedimento é ilegal e equivale a restringir o acesso de pacientes a um exame que se mostrou efetivo no diagnóstico precoce do câncer de mama.

 


Posto de saúde poderá comprovar violência sexual
26/03/2015 - O Estado de S.Paulo


A coleta de provas de violência sexual poderá ser feita nos serviços de saúde credenciados.Portaria interministerial assinada ontem permite que exames necessários para a comprovação da violência sejam realizados já no atendimento médico. Atualmente, isso é atribuição exclusiva de segurança pública. O credenciamento começa nos próximos dias, mas ainda não há prazo para a conclusão do processo.
O objetivo da medida,de acordo com a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menecucci, é tornar mais humanizado o atendimento da vítima e, ao mesmo tempo, reduzir a impunidade. Os vestígios devem ser reunidos logo nas primeiras horas depois da violência.
“Somente serviços credenciados poderão fazer a coleta.A inscrição será precedida de um treinamento, feito pelo próprio ministério”,afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Existem atualmente 402 centros de atenção às pessoas em situação de violência sexual, dos quais 131 são 24 horas. Estes centros, completou o ministro, deverão ser os primeiros a receber a habilitação, pois já têm profissionais habilitados e estrutura específica.
A ideia é expandir a rede nos próximos meses.
Em seis Estados (Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Amazonas, Minas e Santa Catarina) já existe um acordo local que permite a coleta do material nos serviços de saúde.
Depois da coleta, os vestígios deverão ser encaminhados para unidades especializadas em medicina legal. A análise das provas em casos de violência sexual continuará sendo feita por um perito do Instituto Médico Legal.
Com a mudança, profissionais da rede de saúde credenciada se encarregam de fazer o atendimento do paciente, a coleta de vestígios e encaminhá los para autoridade policial, quando requisitados.
A autoridade policial tem a incumbência de registrar e armazenar os dados, para que eles fiquem disponíveis no sistema de segurança pública e de Justiça. As provas somente são usadas caso a mulher queira registrar depois uma ocorrência contra o autor da violência. “A coleta de vestígios é essencial. Não existe crime sem a prova”, observou a ministra.
Dúvidas. Ela lembrou que, quando atuava na casa de atendimento a vítimas de violência na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), havia dúvidas, por exemplo, sobre como e onde armazenar os vestígios dos casos de estupro.
“Quantas mulheres o serviço perdeu, quantos casos ficaram sem solução por não haver uma resposta ágil para essas perguntas.”Durante a cerimônia de assinatura da portaria, Eleonora afirmou ser imprescindível a implementação da Lei Maria da Penha e da rede de serviços de proteção para a mulher. “Hoje há um gargalo para o atendimento”, disse Eleonora. Atualmente,há uma Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande (MS).
Está prevista a construção de 27, seis delas neste ano.
Eleonora afirmou que a integração entre as áreas de proteção da mulher, segurança e saúde é essencial. “A transversalidade é indispensável.
E deve ser feita na ponta, no atendimento ao público”, completou.
O ministro Arthur Chioro afirmou que a portaria pretende criar uma rede de proteção para mulheres. “Diminuir toda situação de medo que envolve situações de violência”, disse.
Segundo os dados do Sistema de Vigilância em Violência e Acidentes de 2013, foram registradas 200 mil situações de violência doméstica, das quais 136.785 contra mulheres.“Nãoacabaremos com a violência. Mas o governo tem o compromisso que as vítimas possam ser protegidas e amparadas”, completou Chioro. Foi assinada também uma portaria que institui um grupo de trabalho para criar estratégias para o cuidado da saúde da ulmher com deficiência e mobilidade reduzida. “Não é mais um. Ele tem prazo, ele tem foco”, assegurou Chioro.




Câmara susta norma do Ministério da Saúde que restringe mamografias
25/03/2015 - Folha de S.Paulo


A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (25) um projeto de decreto legislativo que susta parte de uma portaria do Ministério da Saúde que, na prática, restringe o acesso ao exame de mamografia na rede pública de saúde.
O texto, que segue para análise do Senado, estabelece que esse tipo de exame seja oferecido a mulheres a partir de 40 anos, como determinava uma lei de 2008. A Portaria 1.253/12, do Ministério da Saúde, fixava que o procedimento seria liberado apenas para mulheres de 50 a 69 anos.
Os deputados estabeleceram ainda que o Fundo de Ações Estratégicas e Compensação, do governo federal, será a fonte de custeio para todos os exames. Segundo parlamentares, a conta desses procedimentos estava sendo paga pelos municípios.
Relatora da proposta, a deputada Gorete Pereira (PR-CE) criticou o governo afirmando que uma norma administrativa não pode contrariar um direito já expresso em lei.
"Não pode uma portaria revogar uma lei. A incidência do câncer já é muito grande a partir do 40 anos. Prevenir é mais barato do que tratar", disse.

OUTRO LADO

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que o SUS garante a oferta do exame de mamografia para todas as faixas etárias, desde que haja prescrição médica –casos "em que a paciente apresente sintomas ou histórico de câncer na família".
Segundo a pasta, a definição da faixa de 50 a 69 anos como prioritária para a oferta do serviço –e, com isso, sem necessidade de pedido médico– ocorre por recomendação da Organização Mundial de Saúde, "com base em estudos que comprovam maior incidência da doença e eficiência do exame".
"A partir dos 50 anos o tecido mamário é substituído pela gordura e por isso a visualização de um possível tumor se torna mais clara", diz a nota.




 

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