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Medicamentos
Novartis vai à Justiça contra o ex-presidente Daniel Vasella Remédios poderão ter alta de até 7,70% no próximo mês 25/03/2015 - O Globo / Site Comprar remédios deverá ficar de 5% a 7,70% mais caro a partir do mês que vem. O reajuste anual que deverá ser aplicado no dia 31 de março elevará os preços de 19 mil representações de medicamentos de referência (marcas famosas). Os novos valores para os consumidores, porém, deverão chegar às prateleiras ao longo do mês de abril. Apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não ter divulgado os percentuais oficiais de correção, que variam de acordo com a faixa em que o medicamento se enquadra, o Sindicato da Indústria Farmacêutica de São Paulo (Sindusfarma) já estimou os aumentos máximos para as três faixas: 7,70% para os remédios de nível 1 (faixa em que seus concorrentes genéricos têm participação igual ou superior a 20%), 6,35% para os de nível 2 (grupo em que os genéricos respondem por de 15% a 20% do mercado) e 5% para os de nível 3 (casos em que os concorrentes detêm menos de 15%). — Quanto maior a participação dos genéricos (concorentes dos remédios de referência), maior o reajuste permitido pelo governo, já que a concorrência é mais acirrada — disse Renato Tamarozzi, diretor executivo da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma). O ajuste de preços levará em conta a inflação acumulada em 12 meses até fevereiro de 2015, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os remédios de nível 1, faixa que agrupa 21,57% dos medicamentos das farmácias, inclui tranquilizantes, diuréticos e anti-hísmicos. No nível 2, que engloba 26,70%, estão anestésicos, remédios para parar de fumar e antipsicóticos. O nível 3, com participação de 51,73%, tem vasodilatadores. Para orientar os consumidores, o EXTRA pesquisou os preços atuais de 21 medicamentos, em três redes de farmácias, e mostra até quanto podem subir nos próximos meses. O Prazol, que custa R$ 29,72 na Venâncio, R$ 27,81 na Pacheco e R$ 28,20 na São Paulo, poderá ter seus valores reajustados para até R$ 32, R$ 29,95 e R$ 30,37, respectivamente. O Viagra poderá passar de R$ 88,48 para R$ 92,90, na rede Venâncio; de R$ 85,69 para R$ 89,97, na Pacheco; e de R$ 95,50 para R$ 100,27, na São Paulo.
Pesquisa e Desenvolvimento
Jean Wyllys enfrenta Cunha e apresenta projeto que legaliza aborto 24/03/2015 - Folha de S.Paulo O deputado Jean Wyllys (PSOL) apresentou nesta terça-feira (24) um projeto de lei que garante às mulheres o direito de interromper no SUS (Sistema único de Saúde) a gravidez de forma voluntária até a 12ª semana de gestação. A proposta surge quase dois meses após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é evangélico, ter dito que se negaria a colocar em votação qualquer projeto que trate-se da legalização de aborto, sustentando que não pauta esse tipo de matéria "nem que a vaca tussa". A bancada religiosa do Congresso costuma travar essas votações. O projeto terá que ser analisado pelas comissões da Casa. Atualmente, o aborto só é permitido no país em caso de estupro, risco de vida para a mãe ou de fetos com anencefalia. Ao propor o projeto, Wyllys argumentou que são realizados de 729 mil a 1 milhão de abortos de forma clandestina e insegura no Brasil. Há referência a um estudo da Universidade de Brasília apontando que a maioria das interrupções de gravidez são feitas por mulheres de 18 e 39 anos, casadas, com filhos e com religião: uma em cada sete já abortou. O deputado argumenta que a medida garante a mulher o direito de decidir sobre seu corpo. "Não há justificativa para que o aborto seguro seja ilegal e as mulheres que o praticam, bem como aqueles e aquelas que as assistem, sejam considerados criminosos ou criminosas", disse o parlamentar. "O único motivo para isso [travar a discussão sobre a legalização] é a vontade de uma parcela do sistema político e das instituições religiosas de impor pela força suas crenças e preceitos morais ao conjunto da população, ferindo a laicidade do Estado", completou.
‘Só quem vive o medo diário de ter câncer entende’ 25/03/2015 - O Estado de S.Paulo Foi durante um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP),com a tia paterna e parte da família, que a atriz e dentista Mariana Elisabetsky, de 36 anos, descobriu que tinha a alteração no gene BRCA2. Ela tinha 18 anos e passou a conviver com a certeza de que, um dia, teria câncer. “A minha tia teve câncer com menos de 40 anos. No fundo, sabia que teria de fazer a cirurgia. Recebi a orientação médica para engravidar antes dos 30 anos e fiz minha primeira mamografia aos 20 anos.” Mariana contou que passou a conviver com uma rotina de idas semestrais ao médico para verificar se a doença tinha se manifestado.“Até eu operar,estava fazendo ressonância de mama no primeiro semestre e, no segundo,mamografia.Tinha toda essa tensão.” Ao completar 31 anos, ela engravidou dos gêmeos Mia e Gael, atualmente com 4 anos. “Consegui amamentar meus filhos por um ano e dois meses. Estava amamentando em e protegendo do câncer de mama.” Em 2013, ela fez a primeira parte da cirurgia e removeu as tubas uterinas, os ovários e também retirou o útero.Noanopassado, foi a vez das mamas. “Foi muito difícil me adaptar à reposição hormonal. Demorei um ano para entender como o hormônio funcionava. Mas isso tirou um peso das minhas costas, tirou um fantasma de mim. Vivo muito mais leve.” Atualmente em cartaz na peça Mudança de Hábito, a atriz apoia outras mulheres que adotam o procedimento. “Muita gente não entende o ato de esvaziar uma mama sadia e colocar silicone. Só quem vive o medo diário de ter câncer entende. Quando operei tinha 80% de chance de ter câncer. Entrei na terapia e falei: ‘Já sei do que vou morrer’. Mas eu tenho muita vontade de viver e ver os meus filhos crescerem.” Resultado positivo.A empresária Caroline Matos, de 33 anos, retirou as mamas em dezembro do ano passado, após recuperar-se de um câncer. Ela diz que fez o exame para detectar mutações genéticas durante a quimioterapia e o resultado deu positivo. Caroline afirma que já está conversando com seu médico sobre a realização do procedimento realizado por Angelina Jolie.“Estou tentando uma menopausa precoce sem passar pelo cirúrgico. Pretendo prorrogar a cirurgia por mais um ano,mas já sei que não está descartada.” A empresária disse que a experiência com o câncer reforça a ideia de evitar o aparecimento de novos tumores.“É um turbilhão, não quero passar por isso de novo.” SP reduz verba para plano emergencial de combate à dengue 25/03/2015 - O Estado de S.Paulo São Paulo terá, a partir de abril, um plano de emergência para o combate à dengue.Dados divulgados ontem pela Secretaria Estadual da Saúde mostram que o Estado já acumula no ano 80.283 casos da doença, 73,8% a mais do que nos três primeiros meses de 2014. Pelo menos 67 pessoas já morreram desde janeiro por complicações da doença. Somados os registros suspeitos,o número de notificações chega a 196.282. O plano de emergência foi anunciado pelo superintendente estadual de Controle de Epidemias (Sucen),Dalton Pereira da Fonseca Júnior, durante a Reunião Macrorregional Sudeste,Sul e Centro-Oeste promovida ontem pelo Ministério da Saúde, no Rio, para acompanhar a situação da dengue e da chikungunya nos Estados e municípios. Orçado entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões, o plano prevê o reforço de 500 agentes de campo para a ação contra os focos do mosquito. Hoje, 400 já atuam no Estado.O investimento engloba equipamentos usados pelos funcionários, como uniformes, carros e inseticidas. O orçamento do plano será de menos da metade da previsão inicial, de R$ 25 milhões, segundo Fonseca. Na semana passada, o Estado mostrou que um terço dos municípios paulistas teve, em apenas dois meses, mais casos de dengue do que o registrado em todo o ano passado. “A grande preocupação é que não conseguimos interromper a transmissão no segundo semestre de 2014. Isso foi um fator predominante para a situação que temos hoje”, disse Fonseca. A situação é ainda mais preocupante porque o pior período da doença ainda está por vir. Por razões climáticas, o maior número de contaminações por dengue acontece em meados de abril e vai até maio. De acordo com o superintendente, os principais focos do mosquito em São Paulo são os criadouros em domicílios, como pratos de vasos de plantas e ralos. Diante da procura por reservatórios caseiros para a água,por causa da crise de abastecimento, a Sucen orienta que caixas d’água sejam vedadas. Na cidade de São Paulo, já foram confirmados 3.404 casos e três mortes, segundo números da Secretaria Estadual da Saúde. O interior do Estado, no entanto, é o mais castigado pela doença. Ontem, a cidade de Assis confirmou a primeira morte pela doença do ano. Já Penápolis informou a ocorrência do sétimo óbito desde janeiro. Ambas as vítimas eram idosas. País. Também na reunião de ontem, o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, afirmou que 19 Estados já apresentaram planos de contingência contra a dengue, incluindo todos os das regiões Sudeste e Sul. Os planos preveem ações de mobilização social. “A gente recomenda (os planos de contingência), como forma de enfrentamento de uma situação epidêmica”, disse. Coelho declarou ainda que as diretrizes do Ministério da Saúde para São Paulo continuam as mesmas, mas que o enfoque estadual deve recair sobre os pacientes que já contraíram a doença. “A diretriz continua a mesma, mas o enfoque é justamente no manejo e atenção aos pacientes com dengue.” De acordo com o Ministério da Saúde, até 7 de março deste ano foram notificados 224,1 mil casos da doença no País, o que representa aumento de 162%em relação ao mesmo período de 2014, quando houve o registro de 85,4 mil ocorrências da dengue. Dasa perde R$ 21,5 milhões 25/03/2015 - Valor Econômico A Dasa, maior empresa de medicina diagnóstica, apurou prejuízo de R$ 21,5 milhões no quarto trimestre do ano passado ¬ revertendo o lucro de R$ 37 milhões no mesmo período de 2013. O resultado foi impactado, principalmente, por uma baixa contábil de ativos que serão colocados à venda por exigência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Para aprovar a fusão entre Dasa e MD1, empresa de diagnósticos de Edson Bueno, a autarquia exigiu que a companhia venda laboratórios que tenham receita anual de R$ 110 milhões. Ontem, durante teleconferência de resultados para analistas, o novo presidente da Dasa, Pedro Bueno, disse que não acredita que o projeto do governo para regular os setores de laboratórios e hospitais, como mecanismo para evitar aumento elevado nos custos dos planos de saúde, seja levado adiante. Ainda durante divulgação de resultados, o presidente da Dasa informou que vai negociar com fornecedores de insumos e materiais médicos a variação do dólar. Boa parte dos insumos usados nos exames médicos é importada. Segundo o executivo, o aumento dos custos desses materiais importados seja inferior à variação da moeda americana. Planos de saúde lideram reclamações de consumidores em 2014 24/03/2015 - Valor Econômico Os planos de saúde são os líderes de reclamações entre os associados do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), segundo balanço dos atendimentos de 2014 em todo o país. O segundo maior número de reclamações foi para o segmento de serviços financeiros e, em terceiro lugar, ficou o setor de telecomunicações. O balanço é baseado em um total de 11.161 demandas. O Idec destaca que os três setores que lideram a pesquisa são regulados por órgãos federais: Agência Nacional de Saúde (ANS), Banco Central e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), respectivamente planos de saúde, bancos e telecomunicações. A coordenadora executiva do instituto, Elici Bueno, acredita que a atuação das agências reguladoras não tem sido eficiente para coibir os abusos contra o consumidor, mas acredita que existem soluções. “Nós precisamos de maior fiscalização ou de uma adequação maior desses serviços à realidade dos consumidores ou de uma adequação das resoluções [das agências reguladoras] ao Código de Defesa do Consumidor”, disse. “Muitas dessas resoluções esbarram e se sobrepõem ao Código [de Defesa do Consumidor] para regular o setor”. É o terceiro ano consecutivo que as queixas em relação a planos de saúde permanecem no primeiro lugar, com 19,83%. Os reajustes abusivos, a negativa de cobertura e o descredenciamento de profissionais são os problemas mais frequentes que os consumidores enfrentam no setor. Os serviços financeiros representam 15,33% dos registros de atendimento do Idec, com insatisfações como cobranças de taxas e juros indevidos. A insatisfação sobre telefonia móvel e fixa, TV por assinatura e banda larga ocupa o terceiro lugar no ranking de atendimentos, com 13,71%. A interrupção dos serviços é uma das principais questões. A coordenadora responsabiliza não só as agências, mas os próprios setores de serviços. “O próprio setor tem que se mobilizar e olhar para a questão do quanto ele está distante do equilíbrio das relações de consumo. A expectativa [do Idec] é a de melhoria, acho que é um momento de encaminhamento de solução. O próprio setor tem que parar e questionar como resolver essas maiores reclamações”. Em nota, a ANS informou que, em 2014, recebeu um total de 328.870 solicitações, sendo 234.773 pedidos de informações e 94.097 reclamações de beneficiários junto à ANS. "Por meio da mediação de conflitos, a ANS atingiu, no mesmo ano, o percentual de 86,8% de resolução de demandas de natureza assistencial – aquelas envolvendo relatos de não garantia de cobertura – o que se deu em curto prazo e em benefício do consumidor, sem necessidade de abertura de processos administrativos. straram entusiasmo com a proposta." Até a conclusão da reportagem, Banco Central e a Anatel não se posicionaram a respeito do levantamento do Idec. Após 70 mortes, Estado dobrará número de agentes contra dengue 25/03/2015 - Folha de S.Paulo A Secretaria de Estado da Saúde dobrará o número de agentes para atuar em parceria com os municípios no combate à dengue em São Paulo. A medida será anunciada nesta quarta-feira (25) pelo secretário David Uip. A pasta contratará 500 agentes, além dos 500 já em atuação. A ação faz parte do plano de emergência do Estado, que custará R$ 10 milhões. De janeiro até a última sexta-feira (20), foram registrados 80.283 casos e 70 mortes pela doença no Estado. Em todo o ano passado, foram 197 mil casos e 90 mortes. De acordo com a secretaria, a OMS (Organização Mundial da Saúde) endossou seu pedido de antecipação da terceira fase de testes da vacina. A pasta solicitará à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a autorização imediata para o início da nova fase, que determinará se a medicação é eficaz ou não. A expectativa de Uip é que a vacina, se tiver efetividade e segurança comprovadas, seja aplicada em 2016. Se o pedido for negado, o processo poderá tomar mais cinco anos. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse na segunda (23) que daria "prioridade" à solicitação. Nesta terça (24), Renato Porto, da Anvisa, disse o mesmo à Folha, embora ainda não tenha recebido o pedido formal. Uma reunião com o Instituto Butantan, que pesquisa a vacina, está marcada. Para ele, a liberação dependerá de documentos e resultados apresentados. "Estamos falando de dengue, uma doença prevalente no Brasil. O que a Anvisa puder fazer para combater essa doença vamos fazer, o que não significa abrir mão dos critérios de segurança e eficácia." A terceira e última fase ampliará os experimentos para todo o Estado, com 13 mil voluntários. As fases iniciais contaram com grupo reduzido, testado no Hospital das Clínicas da USP, na capital. A vacina será ministrada em dose única, o que evita que a população interrompa o tratamento. Deverá combater os tipos 1, 2, 3 e 4 do vírus. Resultados provisórios indicam efeitos adversos pouco expressivos, como vermelhidão na pele. O secretário lembra que a OMS fez recomendação similar durante o surto de ebola, sugerindo um tratamento antes de sua comprovação, devido à urgência. "No caso da dengue é diferente, porque a mortalidade é baixa", diz Uip. Para ele, a incidência da doença tem aumentado devido à prevenção tomada em anos anteriores. "A população não tem sistema imunológico alerto para a dengue." O secretário citou Campinas, que registra novos casos em bairros que ficaram livres da doença no ano passado. Por medo de câncer, Jolie retira ovários 25/03/2015 - Folha de S.Paulo A atriz e cineasta Angelina Jolie, 39, anunciou nesta terça (24) a remoção de seus ovários e das tubas uterinas como uma maneira de prevenir o câncer. Em 2013, pelo mesmo motivo, ela já tinha removido as suas duas mamas. Jolie possui uma uma cópia defeituosa do BRCA1, um dos genes responsáveis por suprimir o aparecimento de tumores no tecido mamário e também em outros órgãos, como ovários e intestino. É provável que ela tenha herdado tal gene de sua mãe, que, assim como uma tia e a avó materna, morreu de câncer. Com essa versão do gene, Angelina teria um risco de 87% de desenvolver câncer de mama e de 50% de desenvolver câncer de ovário. Um dos principais problemas decorrentes da remoção dos ovários é a menopausa precoce, o que significa maior risco de osteoporose, redução da libido, da lubrificação vaginal e da elasticidade da pele, diz Jacques Tabacof, do Centro Paulista de Oncologia. Ele diz que no caso do aparecimento de uma mutação, é recomendável que a mulher tenha logo os filhos que deseja e faça um acompanhamento de perto dos ovários. Só após os 35 anos é recomendada a remoção dos ovários. "É importante ressaltar que, mesmo removendo os ovários ou as mamas, ainda existe um risco residual de ter câncer", diz o geneticista Ciro Martinhago. "O câncer é uma doença multifatorial. Pode haver influência de outros genes e de outros fatores, como alimentação e ambiente." "Eu não fiz isso [remoção dos ovários] apenas porque eu tenho uma mutação", escreveu Jolie em artigo no jornal "The New York Times". "Um resultado positivo para o BRCA não significa que uma cirurgia seja necessária. É preciso avaliar as opções." Entre elas, estão o rastreamento contínuo desde cedo de possíveis tumores, mudanças no estilo de vida, terapias com medicamentos e até quimioterapia preventiva. Quando Jolie retirou as mamas, muitas pacientes com câncer mamário procuraram médicos para perguntar sobre o método, diz Evanius Wiermann, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. "Foram meses só para justificar as escolhas do tratamento para as pacientes, que são rigorosamente iguais no Brasil e nos EUA." SP reduz verba para plano emergencial de combate à dengue 25/03/2015 - O Estado de S.Paulo São Paulo terá, a partir de abril, um plano de emergência para o combate à dengue.Dados divulgados ontem pela Secretaria Estadual da Saúde mostram que o Estado já acumula no ano 80.283 casos da doença, 73,8% a mais do que nos três primeiros meses de 2014. Pelo menos 67 pessoas já morreram desde janeiro por complicações da doença. Somados os registros suspeitos,o número de notificações chega a 196.282. O plano de emergência foi anunciado pelo superintendente estadual de Controle de Epidemias (Sucen),Dalton Pereira da Fonseca Júnior, durante a Reunião Macrorregional Sudeste,Sul e Centro-Oeste promovida ontem pelo Ministério da Saúde, no Rio, para acompanhar a situação da dengue e da chikungunya nos Estados e municípios. Orçado entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões, o plano prevê o reforço de 500 agentes de campo para a ação contra os focos do mosquito. Hoje, 400 já atuam no Estado.O investimento engloba equipamentos usados pelos funcionários, como uniformes, carros e inseticidas. O orçamento do plano será de menos da metade da previsão inicial, de R$ 25 milhões, segundo Fonseca. Na semana passada, o Estado mostrou que um terço dos municípios paulistas teve, em apenas dois meses, mais casos de dengue do que o registrado em todo o ano passado. “A grande preocupação é que não conseguimos interromper a transmissão no segundo semestre de 2014. Isso foi um fator predominante para a situação que temos hoje”, disse Fonseca. A situação é ainda mais preocupante porque o pior período da doença ainda está por vir. Por razões climáticas, o maior número de contaminações por dengue acontece em meados de abril e vai até maio. De acordo com o superintendente, os principais focos do mosquito em São Paulo são os criadouros em domicílios, como pratos de vasos de plantas e ralos. Diante da procura por reservatórios caseiros para a água,por causa da crise de abastecimento, a Sucen orienta que caixas d’água sejam vedadas. Na cidade de São Paulo, já foram confirmados 3.404 casos e três mortes, segundo números da Secretaria Estadual da Saúde. O interior do Estado, no entanto, é o mais castigado pela doença. Ontem, a cidade de Assis confirmou a primeira morte pela doença do ano. Já Penápolis informou a ocorrência do sétimo óbito desde janeiro. Ambas as vítimas eram idosas. País. Também na reunião de ontem, o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, afirmou que 19 Estados já apresentaram planos de contingência contra a dengue, incluindo todos os das regiões Sudeste e Sul. Os planos preveem ações de mobilização social. “A gente recomenda (os planos de contingência), como forma de enfrentamento de uma situação epidêmica”, disse. Coelho declarou ainda que as diretrizes do Ministério da Saúde para São Paulo continuam as mesmas, mas que o enfoque estadual deve recair sobre os pacientes que já contraíram a doença. “A diretriz continua a mesma, mas o enfoque é justamente no manejo e atenção aos pacientes com dengue.” De acordo com o Ministério da Saúde, até 7 de março deste ano foram notificados 224,1 mil casos da doença no País, o que representa aumento de 162%em relação ao mesmo período de 2014, quando houve o registro de 85,4 mil ocorrências da dengue. São José em estado de epidemia por dengue 25/03/2015 - DCI Online A Prefeitura de São José dos Campos decretou a situação de epidemia de dengue em função do aumento do número de casos confirmados da doença na cidade. Os levantamentos mostram que há 916 infectados, das quais 751 contraídos no próprio município e 165 vieram de outras localidades. O município é o líder em casos de dengue no Vale do Paraíba e agora convocou um grupo de 60 servidores participou no início da semana de seminário para formação de agentes multiplicadores para prevenção à dengue. Eles foram convocados para combater a epidemia. O prefeito Carlinhos Almeida (PT) decretou o estado de epidemia ante o possível aumento significativo no número de casos nas próximas semanas. Muitas pessoas têm buscado os serviços públicos de saúde por apresentarem sintomas. Os hospitais privados da cidade foram convocados a integrar um esforço conjunto para sanar o problema. "A cidade toda está em guerra contra a dengue e a população precisa ter ciência da gravidade da situação. Precisamos, mais do que nunca, da conscientização e colaboração de todos, para que a gente consiga frear o avanço da doença em nossa cidade", disse o secretário da Saúde, o médico Paulo Roitberg. Nos arrastões de limpeza realizados em três sábados seguidos, foram recolhidas 58 t de lixo e materiais que poderiam servir de criadouros. Além disso, as equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) percorrem diariamente os bairros mais afetados, fazendo vistoria e recolhendo amostras de larvas. Também serão adotadas medidas legais contra situações de risco. A legislação, proposta pelo executivo e aprovada por unanimidade na Câmara, permite que a prefeitura multe quem se recusar a eliminar criadouros, dificulte ou impeça a visita dos agentes. Segundo o professor livre docente da faculdade de medicina da USP, o médico Paulo Saldiva, especialista em ecologia aplicada, a questão dos criadouros estão em proliferação muito mais pelas mudanças climáticas que provocam chuvas intensas e o aumento da temperatura, formando locais apropriados para o desenvolvimento do mosquito. "O problema não está no pratinho do vaso ou em outros objetos, mas nos locais com grandes áreas que concentram condições propícias ao desenvolvimento da larva. Isso se deve a essas novas condições do clima, em São Paulo e outras grandes regiões metropolitanas." São Paulo e Rio, com alta concentração populacional e solo impermeável por asfalto e concreto, acabam por formar poças de água limpa em locais de temperatura em constante elevação. |