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CLIPPING 24/03/2015

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Medicamentos

Biossimilares: disputa acirrada
23/03/2015 - Portal OncoNews


O cenário dos biossimilares continua a despertar polêmica, e mais um capítulo mostra uma acirrada disputa, desta vez entre a Amgen e a Sandoz. Apesar das tentativas da Amgen de bloqueartemporariamente a versão biossimilar do filgrastin, o FDA aprovou no dia 6 de março o Zarxio®, o primeiro biossimilar registrado nos Estados Unidos.
No Brasil, a polêmica dos biossimilares também tem novo capítulo. A Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) anunciou em marco a conquista da patente do Bevacizumabe, que tem como medicamento de referência o Avastin®, da Roche/Genentech© B
Nos Estados Unidos, o Zar/io®foi aprovado por unanimidade pelo Comitê Consultivo de Drogas Oncológicas (Oncologic Drugs Advisory Committee - ODAC).Fabricado pela Sandoz, é a versão biossimilar do filgrastin da Amgen (Neupogen®), que foi originalmente licenciado em 1991, aprovado para as mesmas indicações, entre elas para tratamento de pacientes com câncer submetidos à quimioterapia mielosupressiva; pacientes com leucemia mielóide aguda e recebendo quimioterapia de indução ou de consolidação; e pacientes com neutropenia grave.
A aprovação pelo FDA foi baseada na revisão de evidências que incluíram a caracterização estrutural e funcional, dados de estudos em animais, dados farmacocinéticos e farmacodinâmicos humanos, dados de imunogenicidade e outros dados clínicos de segurança e eficácia.
O estudo pivotal head-to-head PIONEER forneceu os últimos dados ao FDA para aprovar o biossimilar da Sandoz. No estudo, tanto o biossimilar como o produto de referência produziram a esperada redução na duração da neutropenia grave em pacientes com câncer submetidos à quimioterapia mielosuppressiva (1,17 e 1,20 dias para Zarxio®e o produto de referência, respectivamente). O tempo médio para recuperação da contagem absoluta de neutrófilos no ciclo 1 também foi semelhante (1,8 dias ± 0,97 no braço do biossimilares 1,7 dias ± 0,81 no braço do medicamento de referência). Não foram detectadas reações de imunogenicidade.
A Amgen recorreu e focou na análise técnica da lei norte-americana que regula os biossimilares, alegando que a Sandoz violou a lei ao não fornecer uma cópia do seu pedido ao FDA e que deve esperar seis meses antes da comercialização da droga. A tentativa de bloqueartemporariamente aversão biossimilar foi rejeitada pelo juiz distrital Richard Seeborg, em São Francisco.

NO BRASIL

A polêmica dos biossimilares também já aterrissou por aqui. A Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) obteve junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) a anulação da Carta Patente (PI9809388-6) do Bevacizumabe, ativo biológico utilizado na produção de medicamento para vários tipos de câncer. O medicamento de referência, o Avastin®, da Roche, é utilizado no tratamento do câncer de mama, pulmão, cólon e reto, e estava com a proteção patentária concedida à companhia Genentech, Inc.
A Patente PI9809388-6 havia sido deferida em fevereiro de 2013, e a carta patente concedida em junho de 2013, com validade de dez anos. "A importância da anulação desta carta patente não é apenas econômica, mas também prioritária para o desenvolvimento industrial no país. O produto ficará significativamente mais barato, o que garantirá ampliação do acesso", afirma Telma Salles, presidente da PróGenéricos.
Em um parecer de 16 páginas, o colegiado do INPI declarou pertinentes as alegações da nulidade por ausência de novidade, atividade inventiva, suficiência descritiva, fundamentação e de clareza e precisão da matéria objeto de proteção (art 8o, 11,13, 24 e 25). Em resposta à intimação apresentada pela Roche, o INPI considerou que os argumentos foram genéricos e insuficientes para modificar o posicionamento técnico, que opinou pela anulação.
A Roche enviou um comunicado ao mercado afirmando "que a patente revogada pelo INPI não abrange o produto Avastin® (bevacizumabe) e, portanto, a revogação do direto de patente não tem impacto sobre a situação da patente do Avastin® (bevacizumabe) no Brasil".
Sobre a afirmação da farmacêutica, o INPI declarou que não pode emitir opinião e argumenta que não fazem um acompanhamento comercial da patente. "Não podemos afirmar que não há outra patente em vigor que proteja o produto avastin® da Roche. Um produto pode ser protegido por diferentes patentes, em diferentes aspectos, e elas são independentes, de modo que se uma for anulada, as outras continuam existindo", afirmou Claudia Magioli, Coordenadora-Geral de Patentes do INPI.
A PróGenéricos também se posicionou e informou que a única patente concedida pelo INPI ao medicamento Bevacizumabe PI9809388 foi anulada. Entretanto, existem 3 outros pedidos de patentes que estão em fase de avaliação:PI9809387, que pede variantes da molécula e foi enviado à ANVISA para obter a prévia anuência; PI9816306, que pede o uso do anticorpo para preparar um medicamento, e foi indeferido pelo INPI, mas ainda está em recurso; e PI9816350, que pede o ácido nucléico, vetor, célula e processo, também em recurso contra indeferimento. A associação afirma que nenhum destes pedidos foi concedido. "Seguiremos trabalhando para impedir a evolução destes pedidos de patentes, dentro dos meios legais, pois trata-se de medicamento importante para a saúde pública brasileira", ressalta.
O governo brasileiro chancelou quatro Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo, as chamadas PDPs, para viabilizar a distribuição do produto pelo SUS. Uma delas é a associação entre o Instituto Vital Brazil e a Bionovis, composta por uma aliança entre quatro laboratórios com presença na produção de genéricos (Aché, EMS, União Química e Hypermarcas), além da Merck.As outras PDPs consolidadas para a produção local do Bevacizumabe são Biomanguinhos em conjunto com a Orygen Biotecnologia, jointventure entre os laboratórios nacionais Biolab e Eurofarma, com parceria tecnológica da Pfizer Inc.; Instituto Butantan, em associação com a farmacêutica Libbs; e o laboratório público Tecpar, tendo como parceiro privado a Empresa Biofarmacêutica Biocad. A economia esperada com a chegada dos biossimilares chega a US$ 1 bilhão por ano.



Ministro vai pedir prioridade na análise da vacina da dengue
24/03/2015 - Folha de S.Paulo


O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse nesta segunda-feira (23) que pedirá "prioridade" na análise do registro da vacina contra dengue assim que receber o pedido do Instituto Butantan, responsável pelos testes e produção do insumo.
A afirmação ocorre após o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciar que pretende pedir autorização à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que seja aplicada a vacina, que está em teste.
A meta é conter o avanço da doença no Estado, que já soma mais de 196 mil casos notificados e 67 mortes por dengue neste ano (75% do total registrado em 2014).
"Se chegar esse pedido, tomarei a iniciativa de pedir prioridade à Anvisa." Segundo o ministro, caberá à diretoria e à equipe técnica da agência analisar se há condições de usar a vacina.
O produto está na segunda etapa de testes clínicos. O procedimento tradicional determina uma terceira etapa, na qual a vacina é testada em um grupo maior de pessoas.
Além do produto em teste pelo Butantan, outra vacina está sendo produzida --e também passa por testes-- pelo instituto Sanofi Pasteur.
Essa, porém, deve ser aplicada em três doses --daí a escolha do governo paulista em pedir para liberar antecipadamente a vacina do Butantan, que prevê só uma dose.
Segundo Alckmin afirmou na última semana, há hoje 12 mil doses prontas.
Em nota, a Anvisa disse que não recebeu, até a tarde desta segunda, pedido de registro de vacina contra a dengue ou de análise de resultados de estudos em andamento.
"A viabilidade do uso excepcional da vacina terá que ser avaliada após o recebimento da solicitação, de acordo com os dados apresentados para subsidiar o pedido."
A agência informa que aprovou o projeto do Butantan em 2013 e que o estudo está na fase 2, de avaliação de segurança, não de eficácia.



É cedo para avaliar a vacina contra a dengue
24/03/2015 - DCI


O coordenador do Programa Nacional de Controle de Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, diz não ser possível fazer no momento qualquer avaliação sobre uso da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em São Paulo, contra a dengue.
Semana passada, em meio à epidemia que afeta o estado, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin afirmou que encaminharia um pedido de autorização especial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para antecipar a produção do imunizante.
Para Coelho, pesquisas realizadas até agora tiveram resultados promissores. Foram realizados ensaios de fase II, que analisam, principalmente, a segurança e a capacidade de a vacina produzir anticorpos. Mas, completa, estudos que avaliam a eficácia ainda estão sendo planejados. "Enquanto não tivermos os resultados, não é possível emitir qualquer opinião sobre seu uso", avalia. Pelo cronograma inicial, a vacina - que prevê aplicação de uma dose - deveria entrar no mercado a partir de 2018.
A vacina em desenvolvimento no Instituto Butantan, em parceria com National Institutes of Health (Nihei) dos Estados Unidos, não é a única que está em fase de pesquisa. A farmacêutica francesa Sanofi também realiza testes de um imunizante contra a dengue. A previsão é que o produto, que está em fase mais avançada, entre no mercado em 2016. Giovanini, no entanto, avalia que este imunizante, embora possa ser uma arma importante, não resolverá sozinho o problema de epidemias provocadas pela doença. "A proteção oferecida não ultrapassa 60%. Para um dos subtipos do vírus da dengue, é de 40%", observou o coordenador.
O fato de a vacina ser aplicada em três doses, por sua vez, impede que ela tenha uma eficácia para conter uma epidemia em curso, como a que vivemos no Brasil. "Ela deve ser usada como alternativa a médio e longo prazo", completa. O coordenador avalia que o controle da dengue somente pode ser feito de forma efetiva com o uso simultâneo de diversos recursos.
O coordenador reconhece que os números indicam que a presença dos focos, em parte, está associada também a deficiências de serviços públicos, como a coleta regular de lixo e o abastecimento de água.




União Química prevê faturamento de R$ 1 bi em 2015
24/03/2015 - Valor Econômico


O laboratório União Química, uma das maiores empresas farmacêuticas do país, pretende ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão de faturamento em 2015, com expansão acima do projetado para o mercado nacional de medicamentos. Enquanto as vendas de remédios no país devem crescer perto de 8%, a empresa estima alcançar um crescimento superior a 20%, ritmo que perseguirá nos próximos três anos. Assim, prevê dobrar de tamanho até 2018 e faturar R$ 2 bilhões.
No ano passado, a empresa, que entrou recentemente no negócio de terceirização de produção de medicamentos, teve receita bruta de R$ 851 milhões, o equivalente a alta de 21% na comparação com 2013. Ao mesmo tempo, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 28%, para R$ 141 milhões. Já o lucro líquido mais que dobrou, saltando de R$ 42 milhões para R$ 109,4 milhões.
De acordo com o diretor administrativo financeiro da União Química, Ronaldo Valentini, o forte resultado final deveu-se, do lado operacional, à execução da estratégia traçada entre 2010 e 2011 de crescer aceleradamente nos anos seguintes, à aposta em produtos com maior rentabilidade e ao avanço orgânico dos negócios.
"A União Química tinha um amplo portfólio, que estava meio disperso", disse o executivo ao Valor. No plano de longo prazo, foram definidos os focos da empresa e medicamentos de prescrição estão entre as prioridades - no segmento de MIPS (os produtos isentos de prescrição), o campeão de vendas do laboratório é o Vodol (usado no tratamento de micoses).
Além disso, comentou Valentini, há um esforço contínuo de melhoria da rentabilidade, com atenção constante a custos e despesas. "O ano passado consolidou todos esses fatores mas, com certeza, crescimento orgânico foi a maior parte [da expansão]", disse. Também teve efeito no resultado final da farmacêutica um benefício fiscal que, quando excluído da conta, resulta em lucro ajustado de cerca de R$ 70 milhões, 67% acima do registrado em 2013.
Assim como em medicamentos de prescrição, a produção de fármacos para multinacionais terá peso crescente no portfólio. No começo do ano passado, a empresa comprou a fábrica de Taboão da Serra (SP) da suíça Novartis, em operação que deu origem a uma nova empresa, controlada pela farmacêutica brasileira e chamada Anovis Industrial.
A Anovis é responsável pela produção dos medicamentos da Novartis que já eram fabricados naquela unidade, entre os quais Cataflan (para inflamações) e Ritalina (usado no tratamento de déficit de atenção). Com a operação, a União Química se habilitou à produção de medicamentos para outras multinacionais e, conforme Valentini, essa área de terceirização deve representar 20% das receitas até 2018. Já existem conversas com outros laboratórios, que não podem ser revelados por ac




Pesquisa e Desenvolvimento




Tratamento com células-tronco evita amputação de pés
24/03/2015 - Folha de S.Paulo

Há pouco mais de seis meses, o aposentado Julio Cesar de Andrade, 65, recebeu a notícia de que amputaria um dedo do pé que estava prestes a gangrenar por falta de circulação sanguínea. Se não funcionasse, poderia perder o pé ou mesmo parte da perna.
Como última opção, iniciou um tratamento experimental com células-tronco extraídas da medula óssea.
Hoje, cinco meses após a terapia, o sangue voltou a circular nas veias do pé de Andrade, o que evitou a amputação. "No início, não achei que meu pé pudesse ser salvo. Hoje ele está ótimo. Agradeço primeiro a Deus, depois às células-tronco", relata o aposentado, emocionado.
Andrade é um dos dez pacientes tratados em um projeto de pesquisa coordenado pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Paraná.
Ele e outras sete pessoas conseguiram evitar a amputação dos pés. Outras duas não tiveram a mesma sorte.
Inédito no país, o estudo é feito em quatro hospitais--dois de Curitiba, um de Salvador (BA) e um de São José do Rio Preto (SP). O financiamento vem do Ministério da Saúde e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Segundo o médico Jorge Timi, coordenador da pesquisa no Hospital Angelina Caron, de Curitiba (PR), onde oito dos pacientes foram operados, a técnica só é aplicada em pessoas com risco iminente de amputar pés e pernas.
Eles têm uma doença chamada de isquemia de membro inferior, que decorre, principalmente, de complicações do diabetes. A falta de circulação do sangue provoca entupimento das artérias que irrigam as pernas, o que também pode causar ataques cardíacos e derrames.
No estágio crítico, como estava Andrade, o paciente mal anda. Tem feridas que não cicatrizam e necrose em partes da perna. Quase todos os casos (98%) acabam em amputação.
"Nada funciona mais. Nem medicamentos [como os vasodilatadores] nem procedimentos [ponte de safena ou stents]", explica Timi.
Nessa fase da doença, os pacientes têm expectativa de vida 25% menor. Após grandes amputações, esse índice sobe para 50%.
No Brasil ocorrem cerca de 40 mil amputações de membros inferiores por ano, 90% delas causadas por diabetes não controlado adequadamente, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.

TRATAMENTO

As células-tronco têm por característica se dividir e formar duas células filhas. Uma delas permanece igual à de origem e a outra pode se diferenciar em outro tipo de tecido de acordo com o tratamento a ser feito.
Elas liberam imuno-hormônios e fatores de crescimento com alto potencial de estimular a formação de novos vasos sanguíneos.
Segundo Paulo Brofman, coordenador do Laboratório de Tecnologia Celular da PUC do Paraná, após serem retiradas do osso do quadril, as células são processadas e injetadas na perna e no pé.
"A expectativa é que o sangue volte a circular na área isquêmica [com falta de circulação sanguínea], melhorando ou curando as feridas."

VOLUNTÁRIOS

Estudos semelhantes já foram feitos em países como França, Alemanha e EUA. Mas é preciso replicar o tratamento em mais pacientes para que ele possa entrar na prática clínica.
Brofman relata dificuldades no recrutamento de voluntários, especialmente porque o projeto só aceita doentes graves--muitos nessa fase acabam sendo amputados.
"Há muitos pacientes que podem ser beneficiados. Estamos divulgando na esperança de alcançar os 45 voluntários [número necessário para finalizar o projeto]."



Laboratório transfere fábrica para SP e aumenta aporte em R$ 240 milhões
24/03/2015 - Folha de S.Paulo


A Bionovis, joint venture formada pelas farmacêuticas Aché, EMS, Hypermarcas e União Química, vai transferir a construção de sua fábrica para São Paulo e ampliar o investimento de R$ 500 milhões para R$ 740 milhões.
A decisão ocorreu devido a dificuldades técnicas no terreno em Jacarepaguá, no Rio, que atrasariam o cronograma de instalação da planta.
"Encontramos em Valinhos uma área com a parte física pronta e licenças aprovadas, além de ser bem localizada, próxima a aeroportos e à via Anhanguera", afirma Odnir Finotti, presidente da indústria farmacêutica.
A transferência adiantou em ao menos um ano o tempo que seria necessário para o início das operações no antigo endereço.
A previsão é que a fábrica comece a operar no último trimestre de 2016.
O montante adicional será destinado ao desenvolvimento de medicamentos biológicos para artrite reumatoide, psoríase, esclerose múltipla, entre outras doenças.
A unidade produzirá ainda fármacos para o tratamento de câncer e terá centros de distribuição e de pesquisa.
"Cerca de 80% do que fabricaremos irá para o Ministério da Saúde, que hoje importa esses medicamentos, mas também queremos atender o mercado externo."
A empresa também analisou terrenos em Campinas, Jundiaí e Cabreúva.
A Investe São Paulo, que intermediou a busca da área, estima que sejam gerados ao menos 200 empregos diretos.
"Há muita mão de obra qualificada na região, por causa da Unicamp. ", afirma Juan Quirós, presidente da Investe São Paulo.

 

Saúde




Surto de ebola deve terminar até agosto, segundo ONU
23/03/2015 - Valor Econômico / Site

O surto de ebola na África Ocidental deve terminar em agosto, afirmou à BBC o chefe da missão da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a doença, Ismail Ould Cheikh Ahmed. Ahmed admitiu que a ONU cometeu erros durante a crise, agindo de forma "arrogante" em algumas ocasiões.
"Houve provavelmente uma ausência de conhecimento e também um certo nível de arrogância, mas acredito que estamos aprendendo importantes lições", disse Ahmed, para quem o surto de ebola "deve acabar até verão [inverno no hemisfério sul]".
Para a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), uma "coalizão global de inação" provocou consequências trágicas. A organização diz que os primeiros chamados por ajuda foram ignorados pelos governos locais e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O surto de ebola, iniciado em 2014, já deixou mais de 10 mil mortos, estando a grande maioria dos casos concentrada na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné. No último sábado, o presidente de Serra Leoa anunciou uma quarentena entre 27 e 29 de março, período durante o qual todos os cidadãos do país deverão permanecer em suas casas para ajudar no combate à doença.
A Libéria anunciou na sexta-feira o primeiro caso registrado de ebola em semanas. Autoridades investigam como o paciente teria contraído o vírus da doença. Na Guiné, o número de casos vem aumentando desde o início do ano.




Homens associam cuidados com a saúde à privação de coisas boas
24/03/2015 - Folha de S.Paulo

Ele adorava uma cerveja no fim do expediente, mais ainda se fosse acompanhada de uma coxinha ou de um X-dog. Sedentário e fumante, estava também com sobrepeso. De janeiro para cá, começou a apresentar desmaios frequentes. Não procurou médico em nenhuma ocasião. Aos amigos e aos familiares, repetia o velho mantra: "não se preocupem, estou bem."
Na semana passada, meu amigo morreu. Um infarto fulminante, aos 55 anos. A autópsia revelou um coração sofrido, com severas obstruções nas artérias.
Enquanto ouvia os relatos acima, repetidos por várias pessoas próximas a ele durante o velório, uma questão me atormentava: o que leva alguém tão inteligente e tão bem informado a descuidar tanto da saúde?
Meu amigo representa bem o estereótipo de muitos homens, que não se cuidam e detestam ir ao médico. Eles associam esses cuidados a uma obrigação desagradável de se privar das coisas boas da vida, de fazer exames e eventualmente tomar remédios. Assim, fogem de eventuais problemas como se isso bastasse para fazê-los desaparecer.
Tenho um tio que costuma dizer: "eu não vou mais ao médico. Eles sempre acham alguma coisa."
Voltei a lembrar da frase, já anedótica na família, ao enterrar meu amigo. Posso estar enganada, mas nada me tira da cabeça que meu amigo morreu porque não se cuidou. Alguns colegas defendem o livre-arbítrio: "Ele viveu e morreu do que jeito que sempre quis".
Mas eu tenho dúvidas se alguém como ele desejava mesmo morrer aos 55 anos.
Pergunto-me por que hábitos tão nocivos à saúde, como fumar, se alimentar mal e não se exercitar, são fontes de prazer para tantas pessoas? Não faltam informações apontando que esses hábitos são as principais causas de doenças cardíacas, do diabetes e do câncer. Elas incapacitam milhares por ano, quando não matam.
Está nas nossas mãos prevenir a maioria dessas doenças. O fator hereditariedade responde por uma fatia muito pequena, no máximo, 10% dos casos.
Mas a vida louca que levamos parece cada vez mais atrofiar os nossos sentidos e nos desconectar de nós mesmos. Mesmo que tenhamos informações em abundância sobre a importância de manter bons hábitos, a sensação é de que muitas pessoas perdem a capacidade de julgar o que é bom e o que é ruim para a saúde. Ou, por alguma razão, simplesmente não conseguem mudar os hábitos.
No adeus ao meu amigo, imaginei-o velejando no barco que sonhava e que não chegou a ter. E na quantidade de sonhos que uma vida desregrada acaba levando, muitas vezes, sem aviso prévio.





País ainda tem 7 casos por hora de tuberculose
24/03/2015 - O Estado de S.Paulo


O Brasil manteve o 16.º lugar no ranking de países com mais casos de tuberculose.
Ano passado, foram registrados 67.966 casos da doença (7,75 por hora), com coeficiente de incidência de 33,5 casos por 100 mil habitantes.
Em 2013, foram 71.123 infecções. Em um ano, a redução de casos foi de 4,4%.
A taxa de mortalidade em 2013 foi de 2,3 por 100 mil habitantes, 20,7%mais baixa do que havia sido registrado em 2003, com 2,9 mortes a cada 100 mil.
Os números foram apresentados na Câmara dos Deputados, durante sessão solene pelo Dia Mundial de Combate à Doença.
Com indicadores ainda considerados altos, o governo assumiu o compromisso de reduzir as mortes em 95% e em 90% o coeficiente de incidência da doença até 2035.“Progredimos, mas há ainda muito o que avançar”, afirmou Carlos Basile, da Parceria Brasileira contra Tuberculose.
Ele disse estar preocupado com a redução da vacina contra a doença em postos de saúde por problemas de abastecimento, identificada no último mês.
De acordo com o Ministério da Saúde, a situação deverá ser regularizada até o início de abril. Semana passada, foram entregues 18 mil doses. Dia 31, seguem mais 522 mil e dia 2, as 410 mil doses restantes para abastecer os estoques. O governo atribuiu as dificuldades enfrentadas na entrega de vacina contra tuberculose ao atraso na obtenção do certificado de boas práticas do laboratório fabricante,a Fundação Ataulpho Paiva, e a problemas de abastecimento de água na fábrica.
Diagnóstico e características.
Uma das estratégias consideradas essenciais para o controle do número de casos da doença é o diagnóstico rápido da infecção. Atualmente, 94 municípios e o Distrito Federal – capitais e cidades consideradas estratégicas – dispõem de teste rápido. “Ainda consideramos a tuberculose um grande desafio”,afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ele observou que as taxas da doença são significativamente altas em dois grupos:população carcerária e moradores de rua.
O ministro lembrou ainda que a doença é muito desigual no País. Amazonas e Rio lideram em números de casos. “Estamos lidando com uma doença multifatorial: condição social, de moradia e de vida são preponderantes para determinar o risco”, disse.
Ele lembrou que entre a população indígena o risco de ter a doença é três vezes maior do que na população em geral. Na população de rua, o risco é 47 vezes maior. “O sucesso das ações está ligado a uma aliança de vários setores da sociedade.” As cidades contempladas atualmente pelos testes rápidos respondem por 60% dos números de casos. “Podemos viver em um mundo livre de tuberculose. Para isso, é preciso que países caminhem conjuntamente”, ressaltou Chioro.
“Diagnosticar e tratar adequadamente a tuberculose significa romper a cadeia de transmissão.”




Unidades móveis ganham espaço no mercado com parcerias públicas
24/03/2015 - DCI


Para atender a demanda reprimida de saúde pública, parcerias entre fabricantes de veículos e prestadores de serviços viram um nicho: adaptar unidades móveis para atuar na zona rural e locais distantes dos centros médicos.
Por meio de parcerias entre prestadoras de serviço privadas e governos estaduais e municipais, o segmento deve crescer este ano. Um exemplo é o projeto Unidade Móvel de Saúde da Mulher, que é oferecido pela fabricante de suplementos rodoviários Truckvan e realizado em parceria com a distribuidora de aparelhos de diagnóstico Gebramed.
Enquanto a primeira faz a projeção e montagem da unidade, a segunda se preocupa com a instalação e manutenção de equipamentos e recursos humanos das vans locadas a entidades públicas. "Realizamos diagnósticos por imagem e mamografia de rastreamento", como explica o sócio da Gebramed, Agnaldo D'Alberto.
Segundo o empresário, a construção e a manutenção de uma unidade móvel custa menos do que uma clínica permanente, e ainda permite a locomoção do consultório em um determinado perímetro, facilitando o acesso do paciente e desafogando o transporte público.
"Também oferecemos a troca de mão de obra, manutenção e reposição de peças com mais agilidade". Para D'Alberto, uma unidade pública tem uma série de procedimentos (por exemplo o concurso público), na hora de fazer uma mudança.
Questionado sobre a qualidade do serviço, ele diz que por ser a distribuidora oficial de marcas como a General Eletric, os técnicos contratados possuem licença e qualificação e, muitas vezes, o serviço pode ser melhor do que o prestado em outros locais.

Contratação

Conforme o executivo, o contrato é feito por período de permanência no local e a remuneração é feita pelo SUS, em conjunto com governos estaduais ou municipais. "O tempo em um local pode variar de dois dias a três semanas, dependendo da demanda". Em 2014, a Gebramed possuía 24 unidades rodando e no total realizou 199.129 mamografias. "Atualmente, as unidades itinerantes podem atingir 50% da Gebramed".
A maior dificuldade para crescer este ano é a incerteza política e retração econômica, que deixa os governos estaduais sem verba. "Mas acreditamos que irá melhorar e, no futuro, pensamos em oferecer o serviço até para empresas privadas", complementa.
Parceira da Gebramed, a Truckvan também está otimista. A empresa fornece unidades móveis para marcas como SPX Imagem, Aborl e General Eletric (GE) e atua com governos. "E entregamos 30 unidades para as secretarias municipais de saúde de Manaus (AM) e Maceió (AL) e secretarias estaduais do Distrito Federal, Minas Gerais e Tocantins", comemora o sócio-diretor da Truckvan, Alcides Braga.
Para o executivo, o modelo tem sido muito procurado para empresas públicas e privadas. "No caso das privadas, o cliente final é o paciente, que tem a facilidade de ser atendido perto de casa ou do trabalho. Já para o governo, a facilidade é proporcionar conforto para população, levando informação e saúde de qualidade"
A Truckvan fornece unidades para outros segmentos do mercado, mas o de saúde representou 25% de seu faturamento em 2014, que foi estimado em R$ 145 milhões.
De acordo com o gerente do Programa Saúde Manaus Itinerante, William Terra, a Prefeitura, por meio da secretaria municipal, investiu no modelo para levar assistência a novos bairros e comunidades que não ofertam o serviço - chamadas de "vazio assistencial".
O investimento para as 11 unidades é de R$ 14 milhões ao ano, sem levar em consideração o gasto com insumos e recursos humanos das unidades odontológicas e médico-laboratoriais. "As carretas já realizaram 300.872 atendimentos de 2012 a 2014" , explica.
No caso da rede SPX Imagem, o serviço de diagnóstico por imagem é oferecido tanto para órgãos públicos (federais e estaduais), como privados. "Atendemos municípios que não possuem o serviço e empresas que oferecem campanhas de saúde para seus trabalhadores", disse a porta-voz do setor administrativo da SPX, Pamella Alencar.
Pamella afirma que a empresa oferece mamografias, ultra-sonografia, raio X e Eletrocardiograma, com laudo imediato. Atualmente, a SPX possui apenas uma unidade móvel, mas pretende adquirir outra até o final do ano.



Plano de saúde puxou lista de reclamações do Idec ano passado
24/03/2015 - DCI


Planos de saúde, serviços bancários e telecomunicações puxaram o ranking de reclamações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em 2014.
Os três setores seguiram no topo da lista, em linha com o registro feito pela entidade nos últimos três anos. No total, foram registradas 11.161 demandas, das quais 4.688 referem-se a dúvidas sobre os processos judiciais, sobretudo os de planos econômicos das operadoras.
Segundo a entidade, os números indicam que as queixas sobre planos de saúde seguem campeãs de insatisfação entre os associados, apesar de a porcentagem ter caído em relação a 2013, de 26,66% para 19,83%.
Entre as principais queixas dos consumidores, os reajustes abusivos e negativa de cobertura continuam entre os aborrecimentos mais frequentes registrados. O segmento de serviços financeiros, responsável por 15,33% dos registros, manteve-se como o segundo assunto mais demandado ao Idec.
Em 2014, as dúvidas e queixas sobre telefonia móvel e fixa, TV por assinatura e banda larga assumiram a terceira posição do ranking, com 13,71% dos atendimentos. A quarta posição agora é ocupada pelo tema produtos, com 12,72% das demandas. Nessa categoria estão eletroeletrônicos, alimentos e medicamentos. Juntos, os quatro assuntos são 61,59% das queixas de 2014.



Ministro nega irregularidade no Mais Médicos
24/03/2015 - O Globo


O ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu ontem o Mais Médicos e afirmou que o programa já garantiu o atendimento a cerca de 50 milhões de brasileiros. Chioro disse ainda que o programa é bem avaliado pela população, apesar de ter sido alvo de denúncias nos últimos dias. Na semana passada, reportagem do “Jornal da Band” mostrou a gravação de uma reunião realizada no Ministério da Saúde em 2013 para tratar dos termos do acordo que viria a viabilizar o trabalho de médicos cubanos no Brasil. Segundo a reportagem, assessores ministeriais discutiram estratégias para mascarar as cláusulas que atenderiam aos interesses do governo de Cuba.
— Estamos muito tranquilos, muito seguros. Estamos respeitando toda a legislação e não há nenhum benefício (aos cubanos) — disse Chioro: — Até porque os médicos brasileiros, em todas as etapas, sempre tiveram prioridade de escolha. Depois dos médicos brasileiros, os médicos brasileiros formados no exterior. Depois vieram os estrangeiros de outras nacionalidades. E só as vagas não preenchidas por nenhum médico foram destinadas aos cubanos através da cooperação da Opas.
Segundo Chioro, não dá para falar em privilégio, “à medida que toda uma sequência de oportunidades foram dadas e continuam sendo sendo dadas, até porque estão previstas na lei aprovada no Congresso Nacional, e que transformou o Mais Médicos em uma política de Estado, ou seja, capaz de garantir atenção básica de qualidade à população brasileira”.
Na semana passada, a Opas já tinha soltado nota defendendo o Mais Médicos e lembrando que os projetos de cooperação com os países são implementados cumprindo marcos legais e as normas internacionais. O representante da Opas no Brasil, Joaquín Molina, criticou a reportagem da TV Band.
— Não dá para opinar sobre uma gravação secreta antiga da qual ninguém da Opas participou. Para a gente foi triste: divulgaram não toda a gravação, mas a parte que interessava — disse Molina.
Até 2014, os cubanos representavam 79% dos 14.462 profissionais do Mais Médicos. Este ano, houve novo edital para selecionar médicos para 4.146 novas vagas, as quais foram parcialmente preenchidas por brasileiros, sem a necessidade de recorrer a Cuba até o momento.






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