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Remédio pode aumentar risco de sangramentos gastrointestinais.
02/01/2015 - Folha de S.Paulo

O risco de sangramentos levou a uma redução do uso preventivo de aspirina em pessoas sem histórico de doenças cardíacas, segundo Raul Dias dos Santos, diretor científico da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).

"Porém, já se sabe que para quem teve um evento cardiovascular, como infarto ou AVC, o tratamento com aspirina é obrigatório. Como o risco de um novo problema é grande, os benefícios superam os riscos e o é possível reduzir a mortalidade", afirma.

O uso em eventos cardiovasculares agudos também está consagrado.

O problema é indicar o remédio para quem tem fatores de risco, mas nunca teve nenhuma complicação, a chamada prevenção primária.

Nesses casos, a aspirina pode diminuir o risco relativo de um evento cardiovascular em 25%, mas, afirma Santos, hoje é possível ter um benefício similar controlando a hipertensão e o colesterol com drogas mais inócuas.

"Na prática, pessoas com formação de placas de gordura nas artérias poderiam se beneficiar da prevenção diária com aspirina, mas pacientes mais velhos, fumantes e/ou com diabetes são os que têm maior indicação", diz o cardiologista.

No entanto, esses pacientes são também as pessoas a ter mais sangramentos como efeito colateral, provavelmente porque têm aparelho digestivo mais sensível. "É uma conta difícil de fazer."

Em ambos os casos, os benefícios na redução dos eventos cardiovasculares devem superar os riscos de hemorragias gastrointestinais.

"Se somarmos os benefícios que o remédio faz ao coração e poderia fazer para o câncer, seríamos capazes matar dois coelhos com uma cajadada só, já que as doenças cardiovasculares e o câncer são as duas principais causas de mortalidade", diz Santos.

O uso da aspirina é contraindicado em algumas situações como hipersensibilidade conhecida ao medicamento, úlcera ativa e doenças graves do fígado.


Drogas contra a Aids terão cada vez menos efeitos colaterais.
01/01/2015 - Folha de S.Paulo


Recém-formado em medicina, o americano Tony Mills recebeu a notícia de que carregava o vírus HIV em meados dos anos 1980.

Pouco mais de uma década depois, ele se tornou um dos principais especialistas do país no tratamento da doença --e, de quebra, um símbolo sexual da comunidade gay.

Ocorre que, diante dos problemas de saúde, Mills abraçou o fisioculturismo e venceu a edição de 1998 do concurso International Mister Leather, no qual os candidatos se exibem com roupas de couro.

"Queria passar uma mensagem de esperança para quem é soropositivo", diz ele.

Aos 53 anos e ainda em forma, Mills liderou, nos EUA, os testes clínicos do dolutegravir sódico, da GSK, novo medicamento para o tratamento antirretroviral que acaba de ser aprovado para comercialização no Brasil.

A substância faz parte de uma nova classe de drogas que impedem que o HIV insira seu DNA nas células humanas e, assim, prejudica a replicação do vírus dentro do corpo humano, reduzindo a carga viral. Outros medicamentos contra o HIV usam mecanismos diferentes, como tornar sua a cadeia de DNA defeituosa, por exemplo.

Uma vantagem dos novos medicamentos, aponta, é a redução dos efeitos colaterais no organismo do doente.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista de Mills à Folha, feita por telefone.

Folha - O senhor recebeu a notícia de que tinha sido infectado pelo HIV nos anos 1980. Como era ser soropositivo naqueles anos?

Tony Mills - Foi extremamente assustador, claro. Eu me mudei para San Francisco em 1984, como bolsista de pesquisa em cardiologia, e em 1986 fiz o teste. O pior é que eu tinha certeza de que o resultado seria negativo.

Minha contagem de células T [células de defesa do organismo] estava baixa demais para que eu pudesse começar o tratamento com AZT [principal medicamento contra o HIV da época], então os médicos disseram que não havia muita coisa a fazer. Chegaram a sugerir que eu voltasse para a casa dos meus pais para poder passar meus últimos meses de vida com eles.

Por que o senhor achava que o resultado seria negativo?

Por causa da minha própria história de vida. Cresci numa família conservadora e sempre pensei em ter apenas um namorado --nunca fui promíscuo, não frequentava saunas nem nada desse tipo. Eu não achava que fizesse parte da categoria de pessoas que corriam risco.

Mas, como sabemos, basta uma única exposição para que haja o risco do contágio, e foi o que acabei descobrindo.

Algum tempo depois do diagnóstico, o senhor tentou começar a tratar outros soropositivos, mas acabou desistindo e só voltou a essa área vários anos depois. O que houve?

Acho que essa dificuldade teve muito a ver com o meu próprio diagnóstico.

Em meados dos anos 1980, eu era um médico muito jovem, na casa dos 20 anos, que queria ajudar as pessoas, e o problema é que nessa época não havia muito o que oferecer aos pacientes. E, ao vê-los morrer, acabei vendo a mim mesmo nos olhos deles.

Descobri que não era emocionalmente forte o suficiente para continuar fazendo isso. Então passei a trabalhar como anestesiologista, trabalhei com cardiologia pediátrica, que era uma coisa que eu adorava, era muito legal trabalhar com crianças.

Mas a Aids, como você deve imaginar, sempre ficava na minha cabeça. Então, em 1996, com um cenário um pouco mais favorável para enfrentar a doença. Foi então que me mudei para Los Angeles e voltei a atuar no ramo.

E onde o fisioculturismo entra nessa história?

Bem, quando eu era jovem, sempre gostei de me exercitar, jogava tênis, tinha um interesse por nutrição e bem-estar que eu levei comigo durante meu treinamento médico.

Então, em 1996, peguei uma pneumonia grave e pensei: esse negócio de Aids está começando a me vencer. Tenho de fazer tudo o que for possível para me tornar forte o suficiente para combatê-la.

Foi aí que comecei a me dedicar ao treinamento de resistência e ao fisioculturismo. Contratei um personal trainer --é o tipo da coisa que a gente acha que nunca terá dinheiro para pagar, mas, quando você talvez tenha apenas alguns meses de vida, por que se preocupar com isso?

Meus músculos, por sorte, responderam bem, eu também passei a reagir bem à medicação e, em pouco tempo, voltei a ficar saudável.

Outra coisa importante é que eu sempre fiz questão de ser totalmente aberto em relação ao meu status de soropositivo. Eu queria mostrar que carregar o vírus da Aids não era motivo para ter uma aparência doentia.

Esse treinamento acabou fazendo com que o senhor se tornasse campeão de um concurso de beleza e boa forma gay, o Mister Leather. Como acabou competindo?

Começou meio por acaso. Fiquei sabendo de um grupo da comunidade gay numa cidade onde haveria uma conferência sobre Aids, e uma das coisas que eles estavam organizando era um concurso de beleza e fisiculturismo.

Cheguei lá alguns dias antes do evento científico do qual participaria. Fiquei meio perdido, sem ter o que fazer na cidade e sem conhecer ninguém, e aí me convidaram para participar do concurso, disseram que seria um jeito bacana de conhecer o pessoal. Topei e acabei eleito Mid Atlantic Mr. Leather.

Depois veio a competição internacional, para a qual eu tinha me classificado, e fiquei pensando se deveria ir adiante competindo nisso.

O que eu pensei foi que era uma oportunidade de compartilhar uma mensagem de esperança, de que esse negócio não vai matar a gente. Acabei sendo eleito Mr. Leather International. Foi uma experiência muito bacana, pude viajar e conhecer pessoas extraordinárias.

O senhor liderou os testes clínicos de um novo medicamento contra o HIV, que impede que o vírus insira seu DNA nas células humanas. Por que esses remédios têm tido sucesso?

Essencialmente, a mágica dos inibidores de integrase, como são chamados, é que, além de eles combaterem uma fase crucial do ciclo de vida do HIV, que é justamente essa integração de seu DNA ao genoma humano, o uso deles também não tem risco de causar danos ao organismo do doente.

Essa vantagem existe porque esse tipo de droga combate processos bioquímicos que são específicos do vírus.

Mas é uma enzima complicada de usar como alvo, e foi só graças ao trabalho extremamente dedicado de uma virologista chamada Daria Hazuda que os primeiros inibidores de integrase chegaram ao mercado [a partir dos trabalhos de Hazuda, a Merck lançou o Isentress, ou raltegravir, um inibidor de integrase, nos EUA em 2007].

Depois dos trabalhos dela, continuamos a refinar esses inibidores, e os que estão disponíveis hoje, como o Tivicay (nome comercial do dolutegravir sódico), são capazes de ter efeito positivo muito rapidamente, fazendo com que as partículas de HIV caiam a níveis indetectáveis e, o que é muito importante, com apenas uma dose ao dia.

O HIV continua infectando um número significativo de jovens gays no Brasil. Muita gente aponta que faltam campanhas educativas mais voltadas diretamente para esse público. Como o senhor vê a questão?

Acho que é importante ter em mente que o HIV não é uma entidade que tem algum conceito sobre valores --é só um vírus! Ele simplesmente se aproveita de alguns comportamentos, como o sexo entre homens ou o compartilhamento de seringas entre usuários de drogas, para se espalhar com mais eficiência. É preciso perceber que tratar disso nada a ver, claro, com o caráter moral das pessoas.


Centenária, aspirina também poderá ser usada contra câncer.
02/01/2015 - Folha de S.Paulo


Um medicamento barato, criado há 117 anos, continua sendo alvo de novas pesquisas para a cura e a prevenção de doenças tão distintas como infarto, câncer, esquizofrenia e mal de Alzheimer.

Há registros de mais de 55 mil referências de estudos sobre a aspirina, a maioria sobre suas propriedades analgésicas e uso para prevenção de doenças cardiovasculares.

Os últimos trabalhados, porém, têm se debruçado mais sobre aspirina e câncer. O medicamento, à base de ácido acetilsalicílico, já foi ligado em pesquisas à prevenção de tumores de mama, próstata, pulmão, ovário, endométrio, bexiga, pâncreas, fígado e, principalmente, de esôfago e colorretal.

A proteção pode estar relacionada à ação anti-inflamatória da aspirina.

"Chama a atenção o fato de vários estudos mostrarem um benefício para tumores diferentes, principalmente aqueles ligados a uma inflamação crônica", afirma Felipe Fernández Coimbra, cirurgião oncologista e diretor de cirurgia abdominal do A.C.Camargo Cancer Center.

Esse efeito explica ainda por que a aspirina é testada para diversas doenças, inclusive as neurodegenerativas e as mentais, como depressão, que já foram ligadas a um processo inflamatório.

Deve ser lançada neste ano, nos EUA, uma diretriz que informará se a aspirina deve ser usada para profilaxia de câncer colorretal.

A Bayer, fabricante da aspirina, está conduzindo um estudo com cerca de 10 mil pacientes para investigar se a aspirina pode, de fato, ser indicada para a prevenção desse tipo de câncer.

"A maioria dos estudos anteriores foi feita sem patrocínio. Com os resultados indicando uma tendência favorável, a empresa decidiu investir", afirma Gustavo Giannattasio, gerente de grupo médico da Bayer.

Ele afirma, porém, que o medicamento não tem indicação formal para a prevenção de câncer e não deve ser usado para esse fim.

"Discute-se se a aspirina poderia ser indicada para famílias com alto risco de câncer ou pessoas com muitos pólipos no intestino, por exemplo. Seria interessante ter um remédio que prevenisse tumores que geralmente são diagnosticados em fase avançada, mas ainda não é algo que usamos na prática clínica", diz Coimbra.

Um dos poréns para indicar o uso da aspirina de maneira generalizada para a população é seu risco de sangramentos gastrointestinais. Giannattasio lembra que pacientes com câncer têm, muitas vezes, risco maior de sofrer esse efeito adverso.

O remédio continua instigando pesquisadores a relacionar os benefícios centenários às diversas enfermidades. Na prática, porém, a pílula permanece com as mesmas boas e velhas indicações.

Ministério da Saúde registra primeiro remédio por via oral para hepatite C
05/01/2015 - Folha de S.Paulo


O Ministério da Saúde anuncia nesta semana o registro do primeiro remédio para o tratamento de hepatite C por via oral. Depois da aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o medicamento pode agora ser incorporado ao SUS.

CURTO ESPAÇO
Até agora, as drogas que combatiam a doença eram injetáveis. "Os efeitos colaterais eram graves, com casos até de transtornos mentais", diz o ministro da Saúde, Arthur Chioro, que é médico. Segundo ele, a administração via oral é menos agressiva. Além disso, o tratamento é mais curto. "São três meses, contra nove meses das drogas injetáveis."

HISTÓRIA

Chioro afirma que o registro do medicamento é um divisor de águas no tratamento da doença. "Algo equivalente ao que foi a terapia antirretroviral para o combate à Aids", diz. O medicamento via oral contra hepatite C, por sinal, poderá ser receitado a portadores de HIV.

LOTE DOIS
Depois dessa primeira droga, outras duas, também para o combate à hepatite C, deverão ter registro aprovado na Anvisa, sendo então incorporadas ao SUS.


Pesquisa e desenvolvimento


Sorte é fator crucial na maior parte dos cânceres, diz estudo
02/01/2015 - O Globo

A sorte tem um grande papel na roleta russa que determina quais indivíduos desenvolverão um câncer ao longo da vida, segundo um estudo publicado na edição desta semana da revista “Science”. A pesquisa, conduzida na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, afirma que a “má sorte” é a explicação para nada menos do que dois terços dos tumores, enquanto variáveis genéticas e condições do ambiente (incluindo causas ligadas a estilo de vida e má alimentação, por exemplo) explicam o terço restante.Esse “azar” seria consequência de mutações aleatórias que ocorrem durante a divisão normal das células-tronco no nosso corpo, propõe um dos autores do estudo, o estatístico e matemático Cristian Tomasetti, da universidade que fica no estado americano de Maryland. Cada vez que uma célula se divide para gerar outra, seu DNA é copiado, mas, algumas vezes, durante o processo, ocorrem erros que, acumulados, propiciam o desenvolvimento dos tumores.

ESTILO DE VIDA NÃO PODE SER IGNORADO

O pesquisador ressalta que esta é a primeira vez que a contribuição do acaso é medida, mas que os resultados do estudo não anulam o que já era sabido sobre os fatores que aumentam a propensão de uma pessoa a desenvolver um câncer — como estilo de vida ou fatores genéticos e ambientais.
O estudo explica por que alguns tecidos do corpo humano têm probabilidade “milhões de vezes maior” do que outros de desenvolverem um tumor. Massas nos pulmões são mais comuns, mesmo em pacientes não fumantes, do que nos ossos, por exemplo. E fatores externos ou genéticos não podiam explicar o motivo dessa diferença.
Junto com o premiado oncologista Bert Vogelstein, Tomasetti calculou quantas divisões celulares são feitas nos 31 tecidos do corpo humano ao longo de toda uma vida, conseguindo provar, então, que esse número está fortemente ligado ao risco do crescimento de tumores. Quanto maior o número de divisões no tecido, maior o risco. Os dados compilados chegaram ao espantoso total de 65% dos tumores se devendo ao fator sorte.
No caso do intestino grosso, por exemplo, ocorrem 150 vezes mais divisões de células-tronco do que no duodeno — primeira seção do intestino delgado —, o que explicaria por que, no cólon, os tumores são 30 vezes mais frequentes.
Até agora, dizia-se que uma pessoa que não tem câncer, apesar de exposta a fatores cancerígenos, como o fumo de tabaco ou a radiação, seria abençoada com “uma boa genética”. Segundo os autores do estudo, na maior parte dos cacos, essas pessoas são só sortudas. Eles também afirmam que “mudar maus hábitos é uma grande ajuda para prevenir alguns tipos de câncer, mas pode não ser tão eficaz para outros”. Por isso, sugerem que sejam empreendidos mais esforços e recursos para desenvolver métodos de detecção desses outros tipos de câncer nos estágios iniciais, quando ainda são curáveis. O estudo, no entanto, está suscitando polêmica entre os especialistas da área, que temem que a população tome menos cuidado com a saúde por acreditar que o estilo de vida influencia pouco no aparecimento de tumores.



Saúde


Ebola continua se espalhando na África, aponta OMS
03/01/2015 - Folha de S.Paulo

O vírus do ebola ainda está se espalhando pela África, especialmente na Serra Leoa, e o total de mortos, contando todos os países, desde o começo desta epidemia já se aproxima de 8.000 (entre 20 mil casos conhecidos), divulgou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na última semana, Serra Leoa teve 337 novos casos reportados, incluindo 149 na cidade de Freetown, a capital do país. No último dia 29, uma profissional de saúde da Escócia que tinha voltado do país africado foi diagnosticada com ebola.

A atual epidemia na África Ocidental fez sua primeira vítima há um ano.



Cidade na Colômbia decreta alerta diante de casos de chikungunya
05/01/2015 - Valor Econômico / Site

Autoridades da cidade de Medellín, no noroeste da Colômbia, decretaram alerta sanitário na tentativa de controlar a propagação da febre chikungunya, doença viral transmitida por mosquitos.

A decisão foi tomada depois de serem identificados 600 casos suspeitos da doença no departamento de Antioquia, incluindo cerca de 100 casos na capital Medellín, a segunda maior cidade da Colômbia.

A febre chikungunya é uma doença viral transmitida aos seres humanos por mosquitos infectados – incluindo o Aedes aegypti e o Aedes albopictus.

“Temos um alerta de saúde dirigido a toda a rede hospitalar para que, perante a ocorrência de um caso, possamos intervir de imediato, fornecer mosquiteiros, providenciar o isolamento de um eventual paciente infectado com o vírus e proceder logo”, explicou o vice-presidente do município para a área da saúde, Juan Carlos Giraldo Salinas.

O alerta em Medellín demonstra a rápida propagação do vírus na Colômbia, que já registra 74.566 casos, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde do país. A maioria se concentra na região do Caribe, com o departamento de Bolívar, no norte, tendo identificado pelo menos 29.677 ocorrências.

O alerta foi decretado na sequência das declarações do vice-ministro da Saúde, Fernando Ruiz Gómez, que advertiu para o risco de um novo pico de contágio entre a terceira semana de janeiro e todo o mês de fevereiro. Gómez não descartou, porém, a possibilidade de o número de casos continuar aumentando depois desse período.

Em junho de 2014, a Organização Mundial de Saúde anunciou que a febre chikungunya estava se propagando por novas regiões do globo terrestre, tendo registrado a ocorrência do vírus em quase 40 países.


Chefe de missão da ONU diz que derrotar ebola é difícil, mas possível
04/01/2015 - Valor Econômico / Site

O novo chefe da Missão das Nações Unidas de Resposta à Emergência do Ebola, Ismail Ould Cheikh Ahmed, disse hoje que acabar com a mais mortífera epidemia da doença é difícil, mas possível, alertando que o mundo não tem outra escolha além de derrotar o ebola.

"Esta é uma crise global. Temos tempos difíceis pela frente, mas podemos conseguir", declarou Ahmed ao chegar a Gana para assumir oficialmente o cargo, substituindo o americano Anthony Banbury.

Ao falar sobre o combate à epidemia, Ahmed realçou que não há um plano B. “O trabalho à frente continua a ser muito difícil, mas nós realmente não temos outra escolha”, acrescentou em um comunicado.

De acordo com os últimos dados da Organização Mundial de Saúde, foram registrados mais de 20.200 casos confirmados, prováveis ou suspeitos de ebola, além de pouco mais de 7.900 mortes relatadas. Os países mais afetados são Serra Leoa, Libéria e Guiné.

Ahmed deve visitar esta semana as três localidades na tentativa de reforçar as prioridades estratégicas da ONU e ver em primeira mão como anda a resposta ao ebola. O chefe de missão será acompanhado pelo enviado especial das Nações Unidas sobre Ebola, David Nabarro. Antes de sua nova nomeação, Ahmed foi Representante Especial Adjunto e Chefe Adjunto da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia.


Artigo contrário à relação HIV-Aids é retratado
05/01/2015 - Folha de S.Paulo

Um artigo que afirmava que o HIV não é o agente causador da Aids foi retirado em 19 de dezembro da internet pelo periódico "Health", que o havia publicado em julho.

De autoria do romeno Dumitru Pavel, o artigo foi removido porque "necessita de mais pesquisa e estudo", segundo a nota de retratação da revista, que pertence ao grupo editorial Scientific Research Publishing (Scirp), que é registrado nos Estados Unidos, mas desenvolve suas atividades na China.

"Na verdade, a insuficiência cardíaca representa o fator causal da Aids e de muitas outras deficiências imunológicas", afirmou Pavel em seu artigo, que ainda pode ser lido em páginas arquivadas por outros pesquisadores.

A "despublicação" aconteceu três dias após o texto ser duramente criticado pelo bibliotecário Jeffrey Beall, da Universidade do Colorado em Denver (EUA), em seu blog dedicado a questões sobre publicações científicas em acesso aberto pela internet.

"O artigo é intitulado Princípios básicos da fisiologia humana' e não é preciso você ser um cientista para saber que ele é um lixo", disse Beall em seu blog.

A principal hipótese contra o HIV como causador da Aids, feita em 1987 por Peter Duesberg, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), foi amplamente rejeitada. No final dos anos 1990, o presidente sul-africano Thabo Mbeki a usou como argumento para pedir dinheiro em vez dos medicamentos oferecidos por outros países.

Pavel mostrou no artigo uma única referência bibliográfica, que é de sua própria autoria. E se apresentou como vinculado à "Universidade Médica de Bucareste", que não consta na relação das instituições de ensino superior do site do Ministério da Educação Nacional da Romênia.

Com cerca de 200 periódicos, o Scirp integra a lista de "publishers predatórios" do blog de Beall. No post "O publisher chinês Scirp: Um império editorial construído sobre a ciência-lixo", ele diz que pode haver estudos honestos nas revistas do grupo, mas eles "são desvalorizados e estigmatizados" pela associação a artigos como o de Pavel.

O blog do Scirp respondeu que o título do post de Beall é "pejorativo e busca caluniar nosso negócio, inclusive milhares de autores, editores e equipes. É indigno de quem afirma fazer pesquisa'".


Acupuntura cresce em rede pública e planos
04/01/2015 - O Estado de S.Paulo


Populares em clínicas particulares, a acupuntura e práticas de medicina alternativa têm sido cada vez mais procuradas por pacientes da rede pública e dos planos de saúde.
Só nas unidades estaduais do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado de São Paulo, o número de sessões triplicou em cinco anos, passando de 81 mil, em 2008, para 247 mil em 2013, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.
O aumento também foi observado nos postos do SUS em todo o Brasil, na rede pública municipal de São Paulo e em operadoras de planos de saúde (mais informações nesta página).
Para especialistas e pacientes, a procura por um cuidado integral, que não apenas trate uma doença específica,mas trabalhe o corpo como um todo e promova a saúde eo bem-estar, é a principal razão para o crescimento dessas práticas.
“Esses conhecimentos milenares vêm tendo seus resultados comprovados cientificamente”, afirma Emilio Telesi Jr.,coordenador da área técnica de Medicinas Tradicionais,Homeopatia e Práticas Integrativas de Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
“Com o aumento das doenças crônicas e a necessidade de utilização constante de remédios, as pessoas veem o quanto é importante cuidar do todo, mantendo um espaço para a saúde em suas vidas. E é um procedimento que proporciona bem estar para os profissionais que executam também”, completa.
Melhora. Foi a acupuntura associada à massagem terapêutica e à meditação que permitiu que a nutricionista aposentada Akiko Hachiya Pinto, de 75 anos,superasse os diversos problemas físicos que foram surgindo após ela desenvolver uma depressão, há cinco anos.
“Quando me aposentei, eu tinha vários planos, mas percebi que meu corpo, minha mente e minha condição financeira não permitiam que eu fizesse tudo o que sonhava e comecei a ficar deprimida. Só que isso teve reflexos no meu corpo.
Tive pneumonia, gastrite e um problema no nervo da perna. Não conseguia mais andar”, conta ela.
Há cerca de seis meses, Akiko foi aconselhada por uma médica com quem tinha trabalhado a procurar o Centro de Referência em Homeopatia, Medicinas Tradicionais e Práticas Integrativas de Saúde da Prefeitura de São Paulo, na zona sul da capital.
“Comecei a fazer acupuntura e a passar com o homeopata também. A medicina oriental mexe com o sistema todo, faz com que você entenda o porquê de determinada dor.No meu caso, não adiantava tratar só as doenças, os sintomas, se eu não me cuidasse integralmente”, afirma a nutricionista, que voltou a andar graças ao tratamento com as agulhas.“ A acupuntura me ajudou muito. Eme sinto melhor. Até fiz o almoço de Natal para a família. Respeitando meu ritmo, mas fiz.”


País voltou a ter casos de malária
04/01/2015 - O Estado de S.Paulo

Na Grécia, seis anos de recessão e de cortes nos gastos públicos não apenas deixaram uma população humilhada, mas também mais doente. A malária, que havia desaparecido há 40 anos, voltou. O número de casos de aids e de tuberculose explodiu e a mortalidade infantil aumentou.
Os dados foram publicados em 2014 pela revista médica The Lancet, uma das principais referências em termos de saúde no mundo. Para os autores do informe, o que ocorre na Grécia é uma "tragédia pública".
Os gregos são informados desde meados de 2014 de que, cada vez mais, a economia caminha para uma direção favorável e que, neste ano, o crescimento será recuperado. Mas o documento produzido pela Universidade de Cambridge revelou que houve alta no número de demandas de atendimento no setor público, justamente quando os cortes foram mais profundos.
Os problemas psiquiátricos explodiram e casos de depressão quase triplicaram de 2008 a 2013. Entre 2010 e 2012, o número de pessoas procurando atendimento aumentou em 120%, no mesmo momento em que houve um corte de recursos de 70% para o setor. No mesmo período, os suicídios avançaram em 45%.
A aids também registrou forte progressão. Em 2009, apenas 15 novos casos foram registrados oficialmente no país. Em 2012, eles eram 484. Para os pesquisadores, isso foi resultado da interrupção do governo na distribuição de preservativos e seringas descartáveis. A incidência de tuberculose entre usuários de drogas mais que dobrou em 2013 e, sem dinheiro para programas de prevenção e de spray, a Grécia viu a volta do mosquito da malária. O último caso da doença havia sido registrado nos anos 70.
A mortalidade infantil, que vinha sofrendo queda constante desde os anos 1950, voltou a aumentar em 43% entre 2008 e 2010. A Lancet aponta ainda que o número de crianças que nasceram mortas aumentou em 21% entre 2008 e 2011. O motivo: o acesso cada vez mais reduzido a programas de pré-natal.
Os seis anos de recessão ainda fizeram o número de pessoas sem programas privados de seguro-saúde aumentar de 500 mil em 2008 para 2,3 milhões no início de 2014. Enquanto isso, o orçamento público para os hospitais caiu 26% e o dinheiro usado para distribuir remédios foi cortado de 4,3 bilhões em 2010 para 2 bilhões em 2014, a pedido do FMI e da UE.

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