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Medicamentos
Mercado aberto: Remédio em dobro 14/11/2014 - Folha de S.Paulo Colunista: Maria Cristina Farias O faturamento das vendas de medicamentos isentos de prescrição médica quase dobrou nos últimos cinco anos. Nos 12 meses encerrados em setembro deste ano, foram comercializados R$ 18,4 bilhões, segundo dados da IMS Health levantados pelo Sindusfarma (sindicato da indústria farmacêutica no Estado de São Paulo). No mesmo período terminado em 2010, foram R$ 9,98 bilhões. A participação desses remédios no mercado, porém, é estável. Ficou em 29% neste ano --0,25 ponto percentual a menos que em 2010. "Esse setor tem uma participação ao redor dos 30% historicamente. Vem registrando um crescimento bom, assim como o mercado de medicamentos como um todo", diz o presidente-executivo da entidade, Nelson Mussolini. "É um segmento com muita concorrência de preço. Investir em publicidade ajuda, mas a rentabilidade também não é muito alta", acrescenta o executivo. Em números de caixas vendidas, houve uma alta de 50,7% no período analisado. Eike volta à cena com remédio para impotência 14/11/2014 - Folha de S.Paulo O empresário brasileiro Eike Batista prepara sua volta ao mundo dos negócios com investimentos em uma companhia farmacêutica sul-coreana especializada em medicamentos para impotência. O dono da holding EBX assinou neste ano com a C. L. Pharm, sediada em Seul, um "acordo de desenvolvimento" no valor de US$ 12 milhões. Os advogados de Eike e a EBX não comentaram. Investidores ao redor do mundo ainda estão se recuperando do colapso do império de Eike nas áreas de petróleo e mineração, no ano passado, e da recuperação judicial da petroleira OGX em outubro, no desfecho do que se tornou o maior calote corporativo da América Latina. Na terça (18), Eike, que chegou a ser ranqueado pela revista "Forbes" como o sétimo homem mais rico do mundo, deverá ir a julgamento no Rio, por suposta manipulação do mercado de ações. Ele nega irregularidades. Se for condenado, Eike, 58, pode ser a primeira pessoa a ser presa por crime contra o mercado de capitais na América Latina. As negociações com a C. L. Pharm começaram em uma viagem do empresário à Coreia do Sul em abril deste ano, na qual pagou US$ 1 milhão pelos direitos de construir uma fábrica no Brasil, segundo o livro "Tudo ou Nada", da jornalista Malu Gaspar. O livro, sobre a trajetória de Eike, deve ser lançado nesta sexta. Eike também teria se reunido com Hwang Woo-suk, cientista sul-coreano famoso pela clonagem do cão Snuppy, em 2005. O cientista, depois acusado de falsificar pesquisas, tem planos de estabelecer um laboratório de clonagem no Brasil, segundo o livro. Ele não foi localizado para comentar. Após o colapso de seu grupo, Eike tentou criar um fundo de infraestrutura, no ano passado, segundo o livro. Sem interesse dos investidores, voltou seu foco para oportunidades ligadas a saúde e tecnologia na Ásia. "Não quero mais negócios que dependam apenas do governo", teria dito, segundo a publicação. Se tiver sucesso na nova empreitada, será a terceira vez em que Eike terá conseguido se reinventar. Em 1980, ele fundou a mineradora de ouro TVX no Canadá, mas foi forçado a abandoná-la em 2001 depois que as ações despencaram 90%. 73% dos diabéticos não têm a doença controlada 14/11/2014 - O Estado de S.Paulo O Dia Mundial do Diabetes serve de alerta para os 12 milhões de brasileiros que sofrem da doença. Apesar de todas as campanhas e do tratamento ter evoluído de forma significativa nos últimos anos, estima-se que 73% dos pacientes com diabetes tipo 2 não alcancem os níveis de glicemia recomendados. Em média, um terço deles deixa de seguir as recomendações médicas um ano após o diagnóstico. De acordo com o Ministério da Saúde, 9,7% da população com mais de 35 anos tem diabetes tipo 2. Além disso, 70% a 90% dos pacientes são também hipertensos. Sem o controle adequado das taxas de glicose, aumentam as chances de complicações cardiovasculares, renais, oculares, entre outras. Pacientes diabéticos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto ou acidente vascular cerebral do que uma pessoa que não tenha a doença. Da mesma forma, 65% dos pacientes estão em risco de ter ou já têm algum grau de disfunção renal, condição que triplica o risco de eventos cardiovasculares. As consequências do diabetes incluem ainda disfunção sexual (presente em 60% dos homens com a doença), alterações oculares, como retinopatia e risco de cegueira, e ainda problemas de circulação nos membros inferiores. A importância do automonitoramento O automonitoramento é um dos principais componentes do gerenciamento do diabetes, tanto para o tipo 1 quanto para o tipo 2 (usuários e não usuários de insulina). Checando frequentemente os níveis de glicose, os pacientes conseguem entender melhor o impacto da alimentação, da atividade física e dos medicamentos e também começam a reconhecer, tratar e prevenir hipo e hiperglicemias. O automonitoramento também aumenta a autonomia e a adesão ao tratamento. Embora forneça uma série de benefícios, a prática não é sempre usada. Uma revisão de estudos em países da América Latina descobriu que somente 74% dos pacientes com diabetes tipo 1 e 38,5% dos pacientes tipo 2 são usuários de medidor de glicemia. Quatro passos para o controle efetivo do diabetes 1. Checar: verificando regularmente o nível de glicose Glicose signifi ca açúcar. O monitoramento ou teste da glicemia no sangue é um método para determinar a quantidade de glicose no sangue utilizando um medidor de glicemia capilar, que pode ser usado em qualquer lugar e a qualquer momento. Por que fazer os testes? O objetivo de medir diariamente o nível de açúcar no sangue é obter informações detalhadas sobre esses níveis em diferentes momentos do dia. Essas informações poderão ajudar o paciente e a equipe médica a fazerem algumas modifi cações relacionadas a hábitos que são de grande importância no tratamento diário. Esses momentos diários ajudarão a melhorar o controle da glicemia e motivar o paciente a se prevenir de complicação do diabetes. Com a realização do teste: • Você saberá de maneira imediata se os níveis glicêmicos no sangue estão muito altos ou muito baixos. • Você poderá entender melhor a relação entre os níveis de glicemia no sangue e o exercício fi síco, o alimento que come, medicação e infl uências do estilo de vida, como estresse, viagens e doença. • Você poderá tomar as melhores decisões diárias sobre como equilibrar esses fatores. • Irá alertá-lo a buscar apoio de profi ssionais da saúde do diabetes para ajustar sua insulina, comprimidos ou planejamento de refeições quando o nível glicêmico não estiver dentro do alcance. • Vai ajudar você e sua equipe médica para fazer alterações em seu estilo de vida e nos medicamentos para melhorar seus níveis de glicemia no sangue. Como testar seu nível glicêmico no sangue? Realizar testes diários de glicemia é mais fácil do que você pensa. O medidor de glicose ONETOUCH® ULTRAMINI® utiliza um teste simples em 3 passos e o resultado aparece em 5 segundos. E é necessário apenas uma pequena amostra de sangue. Seu médico, farmacêutico ou especialista em diabetes poderá ajudá-lo, caso haja qualquer dúvida referente ao processo. Objetivo do nível glicêmico no sangue para adultos com diabetes: Nível glicêmico no sangue antes da refeição: 70–130 mg/dL. Nível glicêmico no sangue após a refeição: menos de 180 mg/dL. 2. Controlar: controlando o diabetes Controlar o diabetes signifi ca evitar níveis baixos (hipoglicemias) e altos (hiperglicemias) de açúcar no sangue e alcançar um controle diabético com um nível A1C aceitável.
Pesquisa e desenvolvimento Buscas na internet preveem epidemias 14/11/2014 - Folha de S.Paulo Prever epidemias de doenças como dengue, gripe ou mesmo tuberculose até quatro semanas antes que ocorram pode ser possível monitorando as buscas feitas pelos usuários da enciclopédia virtual Wikipédia. Pesquisadores do Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México (EUA), desenvolveram um modelo matemático que usa informações das buscas para fazer as previsões, que são comparadas aos dados oficiais. A conclusão é que é possível prever a ocorrência de algumas epidemias com alto nível de confiabilidade. Tudo isso porque as pessoas, antes mesmo de procurarem orientação médica, muitas vezes pesquisam on-line os sintomas. Como os dados de buscas ficam (anonimamente) armazenados, é possível utilizá-los para tentar saber o que realmente está acontecendo. Para doenças como dengue no Brasil e na Tailândia, e gripe nos EUA, no Japão e na Polônia, os resultados foram apresentados pelo modelo com quase um mês de antecedência ante a vigilância epidemiológica. Para doenças como cólera, avaliada no Haiti, e Aids na China e no Japão, o modelo falhou em prever o comportamento epidemiológico. A matemática Sara del Valle, que está entre os autores do trabalho, disse à Folha que o modelo matemático usado para monitorar uma doença em um país pode ser facilmente adaptado a outros países, mesmo com diferenças culturais e de idioma. "Se a Wikimedia [responsável pelo Wikipédia] liberasse os dados de acesso aos artigos por país, poderíamos mudar a forma como é feita a vigilância epidemiológica." No Brasil, a notificação de dengue e tuberculose deve ser feita em até uma semana pelos médicos ao governo. A gripe tem de ser notificada em até 24 horas. No entanto, a nova técnica não tira a importância da previsão do governo, afinal as previsões do modelo são validadas somente quando comparadas aos dados oficiais. O trabalho foi publicado nesta quinta (13) na revista especializada "Plos Computational Biology". A iniciativa aparece após iniciativas como a do Google (google.org/flutrends), que tenta modelar matematicamente a ocorrência de gripe com buscas em seu site. Na mesma linha, a UFMG em parceria com o Ministério da Saúde desenvolveu um sistema que monitora em tempo real as menções à dengue no Twitter. CRECHES Outra pesquisa recente que chamou a atenção dos epidemiologistas foi feita pela Universidade de Michigan. Eles conseguiram a detecção precoce de epidemias fazendo com que funcionários de quatro creches nos EUA cadastrassem em um site as doenças das crianças. Como crianças pequenas ainda não têm um sistema imunológico plenamente desenvolvido, além de não terem muitas vezes hábitos de higiene típicos de adultos, como lavar as mãos com frequência, elas tendem a antecipar tendências de epidemias. "Nós conseguimos reduzir o tempo de reportar doenças por cerca de três semanas", declara Andrew Hashikawa, pesquisador que liderou o trabalho. "Essa é uma maneira real de enxergar a doença em uma comunidade, porque muitas vezes ela se espalha além da população de crianças em creches". Vítimas possíveis de infecção a partir das crianças costumam ser seus avôs, pessoas idosas também com sistemas de defesa mais fracos. Outros adultos, crianças e adolescentes poderiam ser infectados em seguida.
CANAL DE DENÚNCIAS Milton Arruda Martins, professor de clínica médica que deve assumir o lugar de Saldiva na presidência da comissão, diz que a proposta é que a faculdade crie a partir de 2015 um canal permanente para receber denúncias. |