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Medicamentos
Droga derivada de erva é candidata a medicamento 12/11/2014 - Folha de S.Paulo Quando os biólogos da USP e de San Diego identificaram uma mutação genética no menino autista que fornecera amostras de célula para o estudo, não demoraram a encontrar uma droga candidata a atacar o problema. O gene que aparecia desativado no paciente, o TRPC6, está ligado ao nível de cálcio de neurônios, atividade crucial para seu funcionamento. Pesquisando a literatura médica, os cientistas descobriram que a hiperforina, um composto presente na erva-de-são-joão --planta com propriedades antidepressivas-- atuava diretamente neste canal. O fármaco já havia se mostrado seguro. Além de corrigir as células em laboratório, os pesquisadores chegaram a administrar a droga para o paciente, que foi tratado por três meses, período curto demais para avaliação de eficácia. Os pais da criança desistiram da ideia, que requeria interrupção de outros tratamentos. Cinco anos depois, a USP perdeu contato com o casal. Cientistas defendem agora que o fármaco passe por teste formal, mas afastam a ideia de que a hiperforina seja uma panaceia contra o autismo. Só portadores de mutação no TRPC6 ou em genes similares devem se beneficiar. "Se for para fazer um ensaio clínico para essa droga, seria preciso uma seleção genética para saber quem é compatível e quem não é", diz Muotri. Um legado da pesquisa é que sua metodologia pode ser usada para investigar outras dezenas de genes que vêm sendo associados ao autismo clássico.
Pesquisa e desenvolvimento Em laboratório, cientistas curam neurônio autista
Campanha contra HPV vacina 2,2 milhões Haddad quer ampliar fiscalização de OSSs e salário de médicos 12/11/2014 - O Estado de S.Paulo Um projeto de lei da Prefeitura de São Paulo, encaminhado à Câmara Municipal, pretende ampliar a atuação de Organizações Sociais de Saúde (OSSs) na cidade e a fiscalização dessas entidades, responsáveis por administrar unidades de saúde. A proposta prevê ainda aumentar o salário inicial dos médicos para R$ 10 mil (igual ao do programa federal Mais Médicos). O projeto propõe a divisão da cidade em 18 territórios para que só uma OSS atue em cada um deles. Segundo o prefeito Fernando Haddad (PT), as OSSs serão obrigadas a tornar públicas suas contas, manter equipes mínimas e fazer contratações seguindo moldes de seleções públicas. “Poderemos fixar padrão de excelência.” Hoje, 11 OSSs têm contratos ou convênios com a Prefeitura. Ainda que uma organização possa assumir mais de um território, o número deve subir, disse o secretário municipal de Saúde, José de Filippi Junior. “As OSSs terão de se dispor a ir a outros territórios ou para novas áreas abertas.” Em caso de troca, a nova entidade assumiria passivos trabalhistas. Dos 18 territórios, dois já têm gestora definida: Parelheiros e Capela do Socorro, na zona sul, que serão administrados pela Associação Saúde da Família. Para as outras áreas, serão lançados seis editais na próxima semana e dois pacotes com cinco editais nas semanas seguintes. O Estado entrou em contato comas principais OSSs. O Centro de Estudos e Pesquisas Doutor João Amorim( Cejam) informou que“ ainda não teve acesso aos detalhes ”do projeto e só vai se pronunciar após publicação no Diário Oficial. A Santa Casa não se pronunciou. A Casa de Saúde Santa Marcelina não respondeu e o Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci) também não se posicionou. Reajuste. O projeto de lei prevê a renovação do plano de carreira dos profissionais da saúde. Caso aprovado, o salário inicial dos médicos passaria de R$ 7.066, 43 para R$ 10 mil para jornadas de 40 horas semanais. Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Eder Gatti disse que o projeto é um avanço, mas que “há ressalvas”, como o valor pago por plantão extra, entre R$ 440 e R$ 620, segundo ele. “Isso perpetua a falta de médicos nas unidades.” Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), João Ladislau Rosa, o reajuste não é homogêneo. “Para os médicos em fim de carreira foi de cerca de 3%.” Beneficência Portuguesa reestrutura sistemas 12/11/2014 - Valor Econômico O grupo Beneficência Portuguesa de São Paulo, que administra os hospitais São Joaquim, São José e Santo Antônio, deu início a um projeto de reestruturação tecnológica que vai consumir pelo menos R$ 26 milhões até o fim de 2015. Neste ano, o investimento na área foi de R$ 13 milhões. "Esse aporte vai facilmente dobrar de tamanho no ano que vem, à medida que avançar o projeto", afirma Denise Soares dos Santos, CEO da Beneficência Portuguesa. A reestruturação inclui a adoção de softwares que permitem ao médico fazer prescrições eletronicamente e acessar prontuários de pacientes de qualquer lugar. "Hoje nossa estrutura permite o acesso remoto a exames, mas o médico não consegue ver os prontuários fora do hospital", diz Denise. O primeiro passo do projeto foi a instalação de um novo centro de dados com informações de clínicas, hospitais e unidades ambulatoriais do grupo. A Beneficência também passou a operar com um software desenvolvido pela Philips, que faz a integração entre as áreas de prescrição médica e ambulatórios, elevando o controle e a velocidade da distribuição de medicamentos para quem está internado. Os softwares também foram adaptados para alertar os médicos sobre os remédios que os pacientes já tomam. A renovação dos sistemas foi iniciada no fim de 2013 e envolveu 55 profissionais. Em uma próxima fase, o grupo planeja implantar conexão à internet sem fio e adoção de tablets para uso no prontuário médico. No longo prazo, a meta é colocar pulseiras inteligentes nos pacientes, para facilitar a atualização do prontuário eletrônico. O grupo Beneficência Portuguesa possui atualmente 1.150 leitos e, de acordo com Denise, o hospital São José, dedicado exclusivamente ao tratamento de pacientes oncológicos, será o primeiro a receber os benefícios da nova estrutura de tecnologia. "A opção pelo São José se deve ao fato de a unidade estar concentrada no tratamento de casos críticos e também porque a estrutura do prédio é nova e torna mais fácil a implantação de novas tecnologias", disse. Até o primeiro trimestre de 2015, a Beneficência Portuguesa espera colocar em operação um anexo do Hospital São José, fruto de um investimento de R$ 97 milhões. A capacidade do hospital será ampliada de 67 para 118 leitos. Nos últimos três anos, a Beneficência Portuguesa investiu R$ 200 milhões, incluindo o hospital São José, especializado em oncologia, e o Santo Antônio, com 158 leitos, localizado na Penha, zona leste de São Paulo, onde concentra os atendimentos ao SUS. O grupo estuda ampliar o número de leitos para 300 e analisa a possibilidade de multiplicar o modelo, abrindo hospitais de baixa complexidade com atendimento ao SUS em outras regiões da cidade. O objetivo é fazer com que o hospital São Joaquim, mais antigo do grupo e que opera com 925 leitos, torne-se uma unidade dedicada ao atendimento preferencial de intervenções de alta complexidade. A previsão de receita para o ano é de R$ 917 milhões, ante R$ 793 milhões alcançados no ano passado, o que representará um crescimento de 15,6%. O grupo não divulga informações sobre lucro. |