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Cade aprova compra da farmacêutica Shire pela Abbvie
02/10/2014 - Portal Valor Econômico

A farmacêutica americana Abbvie obteve aprovação da autoridade brasileira antitruste para a compra da Shire, companhia sediada na Irlanda. Anunciada em julho e submetida a entidades de diversos países, a operação foi aprovada no Brasil, onde ambas atuam, sem qualquer restrição, informou a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em despacho no “Diário Oficial da União” desta quinta-feira.

O valor do negócio equivale a R$ 121 bilhões, segundo a documentação entregue à autarquia. Ambas são empresas globais de pesquisa biofarmacêutica. Entre produtos da Abbvie vendidos no Brasil estão o Norvir e o Kaletra, usados por pessoas infectadas por vírus da Aids. Mais especializada em neurociência e doenças raras, a Shire também tem medicamentos comercializados no país, como o Venvanse, para tratamento de déficit de atenção, e o Firazyr, para portadores de angioedema hereditário.

Pesquisa e desenvolvimento

 

Pré-história do HIV
03/10/2014 - Folha de S.Paulo


Em ao menos 13 ocasiões diferentes, um vírus que infecta macacos foi transmitido a humanos para se tornar o que hoje conhecemos como o HIV. Em só um caso, porém, esse patógeno gerou uma epidemia global. O que propiciou isso, sugere novo estudo, foram transformações sociais humanas, e não características biológicas do vírus.

A nova pesquisa é um rastreamento da história epidemiológica do HIV do grupo M, aquele responsável pela maioria dos 75 milhões de infecções que existem hoje. Essa linhagem do vírus, dizem os cientistas, provavelmente surgiu na República de Camarões, por volta de 1900, mas só começou a se espalhar quando chegou a Kinshasa, na República Democrática do Congo, por volta de 1920.

O vírus gerou uma epidemia regional que se espalhou e se sustentou até 1960, afetando outras cidades na bacia do Congo, graças a um sistema ferroviário eficiente em operação no período de colonização belga. Foi esse HIV, do grupo M, aquele que conseguiu sair da região do Congo e fazer as primeiras vítimas da Aids nos Estados Unidos, na década de 1980.

Essa história foi recontada agora graças a um trabalho coordenado pelo português Nuno Faria, da Universidade de Oxford, e publicado na "Science" que sequenciou o material genético de mais de 1.200 amostras do vírus coletadas em diversas localidades do mundo, cerca de um terço delas na África Central.

Comparando as amostras, era possível determinar quais eram ancestrais de quais; cruzando a informação genética com o mapa da coleta de amostras, os cientistas identificaram Kinshasa como marco zero da pandemia.

Além disso, sabendo o ritmo com que o vírus sofre mutações espontâneas, os cientistas puderam determinar que a epidemia começou a se espalhar por volta de 1920.

Até hoje pesquisadores questionam se a eficácia epidemiológica do HIV de grupo M se deve a alguma característica biológica do vírus, mas o estudo de Faria e seus colegas sugere que o problema é que esse vírus foi parar no lugar certo na hora certa.

Após 1960, com o fim da colonização, o Congo Belga entrou numa sequência de crises políticas e guerras civis que acabou afetando a infraestrutura de transporte do país, impedindo que a epidemia se mantivesse da mesma forma. Foi antes disso que o vírus escapou para o resto do mundo, dizem os cientistas.

OPORTUNISMO

"Houve uma janela temporal de oportunidades em Kinshasa que facilitou a expansão epidêmica do grupo M do vírus", disse Faria à Folha, por e-mail. "Além dos transportes, alterações sociais como mudanças nos padrões do trabalho sexual, bem como iniciativas de saúde pública que levaram ao uso de seringas não esterilizadas, podem ter contribuído para tornar o HIV uma pandemia."

Se o HIV do grupo M não tivesse encontrado logo uma população concentrada e interligada para se sustentar como epidemia, poderia ter desaparecido espontaneamente em alguns anos.

Vírus do grupo O tiveram disseminação regional na bacia do Congo tão ampla quanto o M entre 1920 e 1960, e ambos deixaram de crescer depois disso, mas o M já tinha sido exportado. O estudo é uma receita de como de um vírus se torna uma pandemia.

Novas linhagens do HIV continuam surgindo do contato com macacos sem terem causado, ainda, uma catástrofe como a do grupo M. O grupo P foi achado em humanos em 2009, nos Camarões, e o grupo I foi descoberto em 2012, na Costa do Marfim.


Cientistas conseguem traçar origem da pandemia global de Aids
03/10/2014 - O Globo


Berço do ebola, onde o vírus foi identificado pela primeira vez em 1976, a região Centro-Oeste da África também é a origem da pandemia de Aids, que se espalhou pelo mundo na segunda metade do século XX, aponta estudo publicado na edição desta semana da revista “Science”. Segundo os pesquisadores liderados por Oliver Pybus, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e Philippe Lemey, da Universidade de Leuven, na Bélgica, a linhagem do vírus HIV, causador da síndrome, que saltou dos macacos para começar a infectar humanos nas selvas de Camarões no fim do século XIX, chegou com migrantes à atual Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), de onde começou a se alastrar para o resto do planeta a partir do início dos anos 1920.
TRANSPORTE FERROVIÁRIO, UM FATOR
Então conhecida como Léopoldville, Kinshasa era capital do Congo Belga e um importante centro comercial do período colonial, tendo reunido na época fatores que criaram o que os cientistas classificaram como uma “tempestade perfeita” para que o HIV se espalhasse. De acordo com eles, entre esses fatores estavam uma rápida urbanização, uma extensa rede de transporte ferroviário pela qual circulavam cerca de 1 milhão de pessoas anualmente e mudanças culturais relacionadas ao sexo e à prostituição, incluindo a contaminação involuntária de prostitutas com seringas mal esterilizadas em campanhas de saúde voltadas para elas.
— Depois da transmissão original do vírus de animais a humanos, provavelmente por meio da caça ou manuseio da sua carne, houve apenas uma pequena “janela” durante a era colonial belga para que esta linhagem particular do HIV emergisse e provocasse uma pandemia — diz Pybus. — Já nos anos 1960, os sistemas de transporte, como as ferrovias — que permitiram que o vírus se alastrasse por grandes distâncias —, estavam menos ativos, mas aí as sementes da pandemia já tinham sido plantadas na África e além.
Para identificar o local e a época que representam o “marco zero” da pandemia de Aids, os pesquisadores analisaram o genoma do vírus da linhagem conhecida como HIV-1 grupo M (HIV-1M), retirado de várias amostras de tecidos e sangue coletadas ainda na era colonial. Eles então puderam montar uma árvore filogenética desta linhagem, sobre a qual aplicaram um “relógio molecular” com base na conhecida taxa de mutação de retrovírus como o HIV para datar a origem de suas ramificações. Segundo os pesquisadores, de Kinshasa o vírus viajou junto com o trabalhadores da mineração por rios e trens centenas de quilômetros para Sudeste até a cidade de Lubumbashi, onde chegou em 1937, e para Nordeste até Kisangani, onde foi registrado em 1953. No estudo, eles também puderam determinar que o subtipo B do HIV-1M, o principal causador da pandemia global, surgiu em Kinshasa em 1944 e alcançou os EUA nos anos 1960 com imigrantes do Haiti que levaram a doença da África para seu país.





Saúde 

Até cem pessoas nos EUA podem ter se exposto a ebola
03/10/2014 - Folha de S.Paulo

Cerca de cem pessoas podem ter tido contato com o liberiano Thomas E. Duncan, 42, o primeiro paciente que foi diagnosticado com ebola já nos EUA.

Ele chegou ao país por Washington e foi para Dallas (Texas), onde está internado.

Nesta quinta (2), autoridades médicas afirmaram que estas pessoas estão sendo entrevistadas para determinar se houve o contato.

Tom Frieden, diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), diz que ainda não é possível saber exatamente quantas delas realmente estiveram com o paciente desde que os sintomas da doença começaram, no dia 24 de setembro.

Uma vez que o contato é confirmado, elas passam a ser monitoradas por 21 dias (tempo de incubação do vírus) e têm sua temperatura medida duas vezes por dia. Quem apresentar algum sintoma da doença --febre, diarreia e vômitos-- é imediatamente isolado.

A namorada de Duncan, o filho dela e dois sobrinhos, que estiveram na mesma casa em que Duncan ficou no fim de semana, foram postos em quarentena nesta quinta.

A casa em que vivem é monitorada por policiais, e eles não podem deixar o local, sob risco de processo.

David Lakey, chefe do Departamento de Serviços de Saúde do Texas, disse que "é importante deixar claro que esses indivíduos não apresentaram nenhum sintoma, estão saudáveis."

A CNN falou com a namorada de Duncan, e ela informou que o apartamento em que estão confinados ainda não havia sido limpo.

Lençóis, roupas e toalhas usadas por Duncan ainda estão no local, o que pode aumentar a chance de contágio.

Lakey admitiu que as autoridades encontraram resistência ao procurar uma equipe especializada que aceitasse fazer a limpeza do local: "Nós não estamos satisfeitos com isso. Estamos agindo para que a casa seja limpa e para que eles recebam comida e o que mais precisarem".

Na Libéria, o chefe da autoridade aeroportuária, Binyah Kesselly, disse que Duncan pode ser processado porque negou, em um formulário, que teve contato com pessoa eventualmente diagnosticada com ebola.

Ele não teria declarado que ajudou, no dia 15, uma vizinha grávida que estava doente. Ela morreu dias depois.

"Se tivesse respondido honestamente, faria um segundo teste e não poderia deixar o país", disse Kesselly.

Tom Frieden, do CDC, evitou afirmar que Duncan mentiu. "A realidade é que as pessoas costumam não saber [se tiveram contato com alguém infectado]", disse.

Ele enfatizou que o paciente passou por exames no aeroporto e não tinha febre.

Em entrevista à CNN, o meio-irmão de Duncan, Wilfred Smallwood --nos EUA há nove anos--, negou que o liberiano tivesse viajado ao país para fugir da doença. "Ele disse que estava feliz porque iria ver seu filho e sua mulher. Ele não falou nada sobre o ebola", afirmou.

OUTRO AMERICANO

Nesta quinta, um cinegrafista americano free-lance que trabalhava para a rede NBC teve diagnóstico positivo para o ebola. Ele sentiu febre e dores na quarta-feira e ficou isolado por decisão própria.

Na manhã desta quinta, o homem, de 33 anos, procurou um centro de tratamento dos Médicos sem Fronteiras onde se submeteu ao teste. O resultado, que revelou a contaminação, saiu em 12 horas.

Ele é o quinto americano a se contaminar na Libéria e fará tratamento nos EUA.


EUA armam cerco ao ebola
03/10/2014 - O Globo


Cem pessoas que tiveram contato direto ou indireto com o liberiano diagnosticado com ebola nos EUA estão sob vigilância. A família do paciente foi isolada. Dois dias depois de o primeiro caso de ebola ser diagnosticado nos Estados Unidos, pelo menos cem pessoas já estão sendo monitoradas por risco de contaminação, já que elas tiveram contato direto ou indireto com o liberiano Thomas Eric Duncan, internado em estado grave num hospital de Dallas, no Texas. Além deles, quatro familiares do paciente ficarão em quarentena em casa até o dia 19 de outubro. Esse é o primeiro registro da doença do outro lado do Oceano Atlântico, o que mostra o potencial de alastramento do vírus que provoca a maior epidemia da História, com 3.338 mortes registradas no Oeste Africano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Com a rápida velocidade de dispersão da doença, ontem o chefe da missão da ONU para o ebola, Anthony Banbury, deu uma entrevista preocupante ao jornal “Telegraph”. Banbury disse que o vírus letal poderá sofrer mutação e começar a se disseminar pelo ar, caso a epidemia não seja em breve controlada. Até o momento, sabe-se que o ebola é transmitido apenas por fluidos corporais, por exemplo pelo sangue. No entanto, se a transmissão passasse a ser pelas vias respiratórias, os esforços de contenção se tornariam bem mais difíceis.
— Quanto mais tempo o vírus se movimenta por hospedeiros humanos no caldeirão virulento que é o Oeste Africano, mais chances de mutações — afirmou Banbury ao jornal britânico. — Este é um cenário de pesadelo (o de mutação), que ainda é improvável, mas que não pode ser descartado.
Banbury admitiu que a comunidade internacional “está um pouco atrasada” na resposta à epidemia, mas que ainda “não é tarde demais” e que profissionais precisavam “atingir o ebola com força” para controlar a doença de alta letalidade.
A infectologista Anna Caryna Cabral, dos hospitais Pedro Ernesto da Uerj e Daniel Lipp, explica que todos os vírus podem sofrer mutações genéticas e que, em geral, isso ocorre por fatores ambientais, durante a propagação do vírus entre humanos, ou por efeito do medicamento usado contra ele. Se for administrado de forma incorreta, por exemplo, é comum que o micro-organismo se torne resistente. No caso do ebola, até agora, não há nenhuma medicação para ser aplicada e, por enquanto, não há sinais de que ele esteja sofrendo mutações para se tornar mais agressivo.

— Todos os vírus podem sofrer mutações quando estão em larga escala, mas ainda é cedo para dizer se o do ebola mudaria o seu perfil genético.
PACIENTE OMITIU TER TIDO CONTATO COM DOENTE
Embora a fronteira americana estivesse atenta à chegada de indivíduos das nações africanas atingidas, Duncan saiu da Libéria no dia 19 de setembro e chegou aos EUA no dia seguinte ainda sem apresentar sintomas da doença. Além disso, segundo o porta-voz da Autoridade do Aeroporto da Libéria, Binyah Kesselly, o paciente passou por três rastreamentos antes de embarcar. Ele teria respondido “não” no questionário sobre o contato com indivíduos infectados. No entanto, vizinhos do bairro onde mora, na Monróvia, confirmam que Duncan ajudou a transportar a jovem Marthalene Williams, que morreu vítima de ebola há duas semanas.
Duncan começou a se sentir mal no dia 24 e, no dia 26, procurou o hospital, mas foi liberado, embora apresentasse febre e tenha declarado ter estado na Libéria. Apenas no domingo, dia 28, o paciente foi internado e isolado. O diagnóstico saiu dois dias depois. Porém, mesmo depois do seu isolamento, o apartamento onde estava com quatro pessoas não foi limpo, e os lençóis e toalhas usados permanecem no local, o que pode ser contagioso e precisa ser removido por profissionais treinados, afirmaram autoridades de saúde de Dallas, segundo o “New York Times”.
Desde o embarque até seu isolamento, Duncan teve contato com cerca de cem pessoas, direta ou indiretamente, que ficarão sob monitoramento. Entre 12 e 18 pessoas tiveram contato direto com o paciente e elas, por sua vez, tiveram contato com dezenas de outras.
MONITORADOS ESTÃO SEM SINTOMAS DE EBOLA
Ninguém tem sinal de contaminação, mas todos serão avaliados por médicos e seus sintomas serão acompanhados. Os primeiros sinais do ebola aparecem depois de cinco a dez dias do início da infecção e são febre, vômito, dor de cabeça muito forte, fraqueza muscular, calafrios, dor de garganta e nas articulações.
— Pode ser excesso de cautela, mas estamos começando com esta grande rede, incluindo pessoas que tiveram breves encontros com o paciente ou estiveram na casa dele. O número vai cair à medida em que nos concentrarmos nos contatos que podem representar riscos potenciais de infecção — afirmou à Reuters o porta-voz do Departamento de Saúde do Texas, Carrie Williams.
Esse “excesso de cautela” se deve à rápida velocidade de infecção. Para se ter ideia, cinco novos casos de ebola são diagnosticados por hora em Serra Leoa, um dos países mais afetados e onde houve 622 mortes e 2.304 casos. No país com seis milhões de habitantes, há apenas 327 leitos hospitalares. Ao todo, há 7.178 casos registrados em cinco países (além de Serra Leoa, Guiné, Libéria, Nigéria e Senegal).

Enquanto isto, com a chegada do ebola na fronteira americana, o clima de tensão tem também se espalhado. Ontem, o médico Gil Mobley protestou no Aeroporto Internacional de Atlanta contra o que chamou “má gestão da crise” e embarcou vestindo roupas de proteção contra o ebola. Também ontem um navio vindo de Cabo Verde fez uma parada de emergência em Vitória (ES) porque passageiros ficaram assustados com a possibilidade de um indivíduo que passava mal estar com ebola. Não há casos confirmados da doença em Cabo Verde, e o Ministério da Saúde descartou a contaminação.


País tem histórico de pânico com doenças
03/10/2014 - Folha de S.Paulo


Conter uma epidemia de vírus ebola nos Estados Unidos não é difícil: o país tem amplas condições de identificar e isolar as pessoas que tiveram contato com o homem contaminado.
Os EUA já lidaram com cinco casos de febre hemorrágica antes (Lassa e Marburg, semelhantes ao ebola) sem que a doença se alastrasse.
Mas conter a epidemia de pânico será bem mais difícil.Os EUA são um dos países mais "germofóbicos" do mundo.
Dois dias após a confirmação do caso no Texas, a histeria tomou conta da nação.
Segundo pesquisa da escola de saúde pública de Harvard, 39% dos americanos acham que o país terá uma grande epidemia de ebola nos próximos 12 meses. Pior: 26% acham que podem pegar ebola nos próximos 12 meses.
Isso depois de maciça campanha de informação, esclarecendo que ebola não se pega como gripe, pelo ar, nem sentando ao lado de um doente no metrô. É preciso entrar em contato com fluídos (vômito, suor, sangue) de uma pessoa doente e sintomática.
Donald Trump, famoso pela verborragia no twitter, decretou: "Os Estados Unidos precisam instituir severas restrições a viagens ou o ebola vai ocupar o país inteiro -- uma praga como nenhuma outra." "Um milhão de vidas ameaçadas pelo ebola na África Ocidental? Parece estar tudo sob controle. Um texano? Oh Deus, vamos todos morrer, pânico, caos!!", ironizou Alexandra Petri, colunista do "Washington Post".
ESPINAFRE E ANTRAZ A germofobia faz parte da psique americana. Vira e mexe, americanos correm para as farmácias em busca de litros de álcool gel ou vetam algum alimento do cardápio.
Em 2006, foi o terror do espinafre. Três pessoas morreram e 200 ficaram doentes numa epidemia da bactéria Escherichia coli. Identificado o culpado --espinafre contaminado com esterco de vaca na Califórnia--, a verdura foi para o ostracismo.
De um dia para o outro, sumiram todos os pés de espinafre dos supermercados, enquanto TVs alertavam: não comprem espinafre.
Na esteira do pânico pós 11 de setembro de 2001, veio o "pavor do antraz", pó branco usado como arma química.
Uma semana depois dos atentados, cartas com esporos de antraz começaram a ser enviadas a veículos de mídia e políticos americanos, causando cinco mortes. Durante semanas, muitos americanos nem se aproximavam de caixas de correio, por medo de contaminação.


Prazo para tratar câncer é descumprido no país
03/10/2014 - Folha de S.Paulo


Depois de um ano e cinco meses em vigor, a lei que prevê o início do tratamento do câncer em até 60 dias após o diagnóstico no SUS ainda não "pegou".

É o que mostra uma pesquisa feita de abril a junho com 54 secretarias estaduais de saúde, hospitais e instituições que tratam câncer. O trabalho foi encomendado pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, a Femama.

Até julho, havia 7.157 pacientes inscritos no Siscan, sistema de registro que deve reunir o histórico do paciente e o seu tratamento.

Isso representa pouco mais de 1% do total de casos novos de câncer (576 mil) registrados no país, segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer).

Dos pacientes inscritos, só 60% iniciaram o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico. Para os outros 40%, foram mais de 60 ou até mais de 90 dias.

Dos entrevistados, 64% relatam que não houve repasse extra de recursos para que a lei dos 60 dias fosse implantada de forma eficiente.

O Ministério da Saúde admite falhas e diz investir em treinamento e expansão da rede. Cotidiano










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