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Bula
02/10/2014 - Folha de S.Paulo
Colunista: Maria Cristina Farias

O Ministério da Saúde vai investir R$ 12 milhões a mais no ano que vem para incorporar oito novos medicamentos ao SUS. Entre os remédios, estão substâncias para o tratamento de esclerose múltipla, autismo e Aids.



Uso de tranqüilizante pode elevar risco de Alzheimer
02/10/2014 - O Tempo

O uso prolongado e indiscriminado de ansiolíticos e tranquilizantes pode aumentar o risco de o idoso desenvolver a doença de Alzheimer, mostra estudo publicado no "British Medicai Journal". Utilizados para tratar sintomas como ansiedade e insônia, os benzodiazepínicos (como Rivotril, Frontal e Lexotam) foram associados a um risco até 51% maior de desenvolvimento da demência. A venda dessa classe de calmantes tem aumentado no Brasil, na contramão do que acontece em países como Inglaterra e Alemanha, onde o comércio tem caído. A pesquisa foi feita por um grupo de cientistas canadenses e franceses usando dados do sistema de saúde de Québec (Canadá). Foram comparados 1.796 casos de Alzheimer em pessoas acima de 66 anos com 7.184 idosos saudáveis (da mesma faixa etária) por um período de seis anos antes do diagnóstico da doença.


Remédios gratuitos em falta
02/10/2014 - O Tempo

Pelo menos cinco remédios estão em falta na farmácia do governo estadual localizada na avenida do Contorno, no bairro Gutierrez, na região Oeste da capital mineira. Para o farmacêutico e diretor do Conselho Regional de Farmácia de Mi-nas Gerais (CRF-MG), Marcos Luiz Carvalho, a escassez pode agravar doenças e piorar a qualidade de vida de pacientes. Estão em falta os medicamentos Calcitriol, Primidona, Triexifenidil, Amantadina e Atorvastatina. Eles são usados por pacientes que sofrem de mal de Parkinson, de epilepsia ou que fazem o controle do colesterol no sangue, entre outras doenças.

Há um mês, a situação fez com que César Ferrara Marcolino, 63, que foi submetido a um transplante de rim há oito anos, gastasse mais R$ 180 de seu orçamento mensal. Ele precisa tomar todos os dias o medicamento Calcitriol - que faz a reposição de cálcio no organismo, já que os rins dele não conseguem auxiliar na produção do mineral. Ele conta que faltam informações sobre o que está acontecendo.

"As pessoas que vão até a farmácia são muito humildes e, ás vezes, não reclamam. Os funcionários do local explicam que estão fazendo um inventário, mas não é possível faltar remédio até que fique pronto. Hoje (ontem) eu fui até lá e não me deram previsão de quando o medicamento será distribuído", contou.

Enquanto isso, pessoas como Marcolino, que precisam dessa recomposição constante, podem ter pioras significativas no estado de saúde. "O remédio é o cálcio ativo. Se ele parar de tomar o remédio, os ossos podem ficar frágeis e deformados", explicou o nefrologista pediátrico Marcelo de Sousa Tavares.

Marcos Luiz Carvalho considera que as pessoas que passaram a receber os medicamentos pelo programa Farmácia de Minas -que distribui os remédios gratuitamente - podem não ter o dinheiro para adquirir os medicamentos, o que acarreta prejuízos para o tratamento das doenças.

Segundo ele, outro produto em falta é o Primidona, usado no tratamento da epilepsia. "A falta imediata pode gerar crises nos pacientes", explica. Já o Triexifenidil e o Amantadina são usados no tratamento da doença de Parkinson. De acordo com Carvalho, sem o remédio, pessoas com a doença podem apresentar dificuldades para controlar crises.

O Calcitriol. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que, no caso do Calcitriol, houve um problema pontual de aquisição, e que os estoques já estão regularizados. A distribuição será realizada ainda nesta semana.

O Outros medicamentos.

Conforme a SES, o desabastecimento dos medicamentos Primidona, Triexifenidil, Amantadina e Atorvastatina foi causado por licitações fracassadas -que terminam sem a compra dos remédios. A secretaria assegurou que, assim que conseguir um fornecedor para atender a demanda, realizará a compra e disponibilizará os produtos aos usuários.

Responsabilidade.

Compete à SES programar e adquirir medicamentos padronizados, o que é, conforme a assessoria do órgão, observado e executado rigorosamente dentro dos prazos para que nào ocorra falta e, consequentemente, prejuízo aos pacientes. Entretanto, há, por vezes, falta de comprometimento do fornecedor.

Justiça estuda criar comitê

0 coordenador do Comitê Estadual de Saúde do Conselho Nacional de justiça (CNJ), juiz Renato Dresch, informou que há o projeto de criação de um comitê especializado em saúde em Minas. Assim, os magistrados integrantes analisariam somente questões relacionadas ao tema.

"Quando o juiz cuida de demanda específicas, ele tem mais tempo de se debruçar sobre o assunto", considera Dresch. O resultado seria otimizar o tempo dos julgamentos.

Pesquisa e desenvolvimento

 

Novo anticorpo reduz colesterol em pessoas com doença genética
02/10/2014 - Folha.com

Dois estudos publicados nesta quinta (2) na revista médica "Lancet" trazem resultados positivos de um novo tipo de medicamento para baixar níveis de colesterol.
O remédio, ainda em fase de testes, é um anticorpo feito sob medida para atacar uma proteína chamada PCSK9. Ela destrói os receptores do fígado que retiram o colesterol "ruim" (LDL) de circulação. Com menos PCSK9, mais LDL é retirado de circulação, ajudando a evitar entupimento de artérias e infartos.
O foco dos estudos são pacientes com hipercolesterolemia familiar, uma doença hereditária que causa níveis altíssimos de colesterol.
Segundo Raul Santos, diretor da unidade de lípides do Incor (Instituto do Coração do HC de São Paulo), estima-se que haja, no Brasil, de 350 mil a 700 mil pessoas com a forma mais comum de colesterol alto familiar, na qual a pessoa recebe a mutação genética do pai ou da mãe. Outras 600 pessoas teriam a forma mais grave e rara, na qual pai e mãe transmitem a mutação.
Mesmo pacientes com a forma mais branda da doença têm problemas cardíacos muito mais cedo do que a média da população.
"Ela adianta de 10 a 15 anos o aparecimento do primeiro evento cardíaco", afirma Santos, autor de editorial no "Lancet" sobre os novos tratamentos na mesma edição em que estão sendo publicadas as pesquisas.
Hoje, os pacientes com colesterol alto familiar usam doses altas de estatinas (como Lipitor e Crestor) e outras drogas que ajudam a baixar ainda mais os níveis de gorduras no sangue.
Os mais recentes, no entanto, causam efeitos colaterais como aumento da gordura no fígado e dores no corpo e não conseguem colocar os níveis de colesterol dos pacientes dentro da meta para evitar problemas cardíacos.
Os estudos com o novo anticorpo evolocumabe foram feitos com 330 pacientes com a forma "branda" da doença e 50 com a versão mais grave. Todos continuaram seu tratamento com estatinas e receberam injeções mensais do anticorpo ou placebo.
Nos casos mais graves, houve redução de até 41% dos níveis de colesterol além do efeito da estatinas. No estudo com a forma mais comum da doença, a redução do LDL foi de 60%.
Os efeitos colaterais foram brandos e similares entre os grupos que tomaram a injeção de remédio e de placebo, mas Santos pondera que o prazo de acompanhamento dos trabalhos (3 meses) é curto para avaliar eventos adversos. "Ainda precisamos esperar estudos de longo prazo." O evolocumbe, fabricado pela Amgen, e outras substâncias com mesmo mecanismo de ação produzidas por outras farmacêuticas ainda estão em fase de estudo, mas devem ser aprovadas em breve para os pacientes com colesterol alto familiar.
Além disso, podem vir a ser indicadas também para pessoas sem o problema hereditário mas que não toleram as estatinas, por conta de efeitos colaterais como dores musculares.
"Estudos já mostraram que o remédio é altamente eficaz para quem não pode tomar estatina", afirma Santos.
O problema é o preço. O tratamento com os anticorpos deve custar cerca de R$ 35 mil ao ano, enquanto as estatinas já têm versões genéricas, sendo possível um tratamento gastando em média R$ 600 por ano, a depender da dose do remédio.

Negatividade e estresse favorecem o Alzheimer
02/10/2014 - Correio Braziliense


Em 1906, o psiquiatra alemão Alois Alzheimer recebeu o caso de um homem com severa mudança de comportamento e grave perda de memória. Tratava-se de Auguste D., a primeira pessoa a ser diagnosticada com a doença batizada com o nome do médico que a descreveu. De lá para cá, a ciência avançou muito no conhecimento sobre a enfermidade, percebendo que ela é resultado da combinação de fatores genéticos, ambientais e de personalidade. No entanto, a compreensão de como esse último aspecto pode colaborar com o surgimento do mal ainda é muito limitada.

Um estudo publicado na edição de hoje da revista especializada Neurolog)' busca aumentar esse entendimento ao indicar que o risco de Alzheimer é maior em mulheres com um alto grau de neuroticismo — uma das dimensões da personalidade relacionada a sentimentos negativos como raiva, culpa, ansiedade, depressão ou inveja. O trabalho, liderado por Lena Johansson, pesquisadora da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, chegou a essa conclusão após acompanhar o envelhecimento de 800 mulheres ao longo de 38 anos.

Quando a pesquisa foi iniciada, as participantes tinham 46 anos em média. Ao longo das quase quatro décadas de monitoramento, 153 desenvolveram algum tipo de demência, sendo que 104 delas foram diagnosticadas com a doença de Alzheimer. Ao rever os dados colhidos ao longo do trabalho, incluindo entrevistas que buscavam traçar o perfil das voluntárias, Johansson percebeu uma correlação entre a personalidade e o desenvolvimento da enfermidade. "Percebemos que um maior grau de neurose na meia idade estava associado à maior incidência de mal de Alzheimer no fim da vida", conta a autora ao Correio.

A especialista, contudo, ressalta que outros fatores merecem ser levados em conta, especialmente o estresse. Quanto mais tempo essas mulheres eram submetidas a pressões cotidianas, maiores eram as chances de desenvolverem problemas cognitivos na velhice. Da mesma forma, o risco diminuía quando elas conseguiam administrar melhor os problemas. "Essa associação diminui quando essas mulheres conseguem ajustar os períodos de preocupação", resume Johansson. "É possível que o neuroticismo torne o indivíduo mais vulnerável ao estresse e à angústia, o que conduz a um desenvolvimento posterior de demência", completa.

Maurício de Oliveira Rodrigues, professor de naturologia da Universidade do Sul de Santa Catarina. "O hormônio do estresse, chamado cortisol. por exemplo, está relacionado a problemas cardio-vasculares, digestivos, metabólicos, de reprodução e imunológicos. O estresse também está envolvido com problemas ligados à memória, à cognição, ao sono e ao envelhecimento", diz o especialista, também editor-chefe da revista Cadernos de Naturologia e Terapias Complementares.

Além disso, a relação do excesso de neurose com maior risco de mortalidade também já foi bastante documentada. Contudo, o que está por trás dessa relação? Algumas teorias sustentam que pessoas que olham mais para o lado sombrio da vida tendem a negligenciar a saúde, abusando mais, por exemplo, de tabaco. álcool e outras drogas — muitas vezes como uma forma de reduzir a ansiedade.

Um estudo da Purdue University, nos Estados Unidos, por exemplo, verificou essa hipótese observando os hábitos de 1.788 pessoas ao longo de 30 anos. Os autores notaram que os mais neuróticos realmente adotavam comportamentos prejudiciais com freqüência maior. Os autores constaram que cerca de 40% das mortes precoces desse grupo decorreram do cigarro.

"É bem documentado que indivíduos com baixo neuroticismo costumam ter um estilo de vida mais saudável, com melhores perfis metabólicos, cardiovasculares e inflamatórios", reforça Lena Johansson. A pesquisadora estruturais no hipocampo. uma região envolvida com a memória. Pode ser, ela especula, que esses fatores aumentem os níveis de hormônios relacionados às doenças neurodegenerativas, como o cortisol. Ela sublinha que a forma com que a pessoa lida com o estresse, portanto, é fundamental.

Longa lista

Segundo Daniel Rodrigues, as conseqüências dependem dos esforços de adaptação do indivíduo aos eventos problemáticos. Mas a reação ao estímulo estressor for muito intensa ou se o agente estressor for muito potente e prolongado, poderão surgir doenças ou haver uma maior predisposição ao desenvolvimento delas. Além disso, essas situações podem debilitar o indivíduo, deixando o mais suscetível a enfermidades", afirma.

A lista de doenças causadas por estresse é interminável. Podem aparecer problemas de apetite, de estômago (gastrites e úlceras), alguns tipos de câncer, impotência sexual, queda de cabelo, envelhecimento precoce, hipertensão arterial e diabetes, entre outras. Vale mencionar que. entre os idosos, a demência clinicamente diagnosticada é multi-fatorial. "Os infartos silenciosos ou lesões na substância branca cerebral (que regula os sinais cerebrais) podem ser uma razão para a associação entre o neuroticismo e a doença de Alzheimer. Hstudos anteriores encontraram relação desse traço com as enfermidades cardiovasculares", pontua Johansson.

A boa notícia é que existem artifícios para enfrentar o estresse. Rodrigues ressalta que a preocupação moderada é natural. Mas. para ser benéfica, deve ser restrita a períodos curtos. Ele cita que técnicas de respiração e relaxamento. de meditação, práticas corporais que trabalham a mente. como ioga, acupuntura e auriculoterapia. podem ser um bom escape. As alternativas naturais incluem os florais de Bach. "Conduzimos um estudo clínico avaliando os efeitos dos florais no alívio do estresse de policiais e obtivemos efeitos positivos", diz Rodrigues, frisando que são necessários mais estudos para confirmar a eficácia do tratamento.




Saúde
 

Paciente com ebola havia sido liberado de hospital
02/10/2014 - Folha de S.Paulo

O primeiro paciente diagnosticado com ebola nos EUA havia procurado um hospital quando começou a sentir os sintomas da doença, mas foi mandado de volta para casa mesmo após ter informado que estava vindo da Libéria.

A informação foi confirmada pelo Hospital Presbiteriano de Saúde do Texas, no qual o homem foi atendido no dia 26 de setembro.

Segundo o dr. Mark Lester, uma enfermeira teria deixado de repassar o dado para a equipe médica.

O homem, que está isolado em Dallas, no Texas, em estado grave, foi identificado como Thomas Eric Duncan, um liberiano de cerca de 40 anos que estava na casa de parentes nos Estados Unidos.

Segundo o jornal "The New York Times", Duncan, que morava em Monróvia, capital da Libéria, pode ter contraído o vírus ao entrar em contato com uma mulher doente apenas quatro dias antes de deixar o país rumo aos EUA.

Duncan é amigo e inquilino da família da mulher infectada, que estava grávida de sete meses e morreu, e ajudou a transportá-la, em um táxi, para o hospital.

Uma equipe de dez agentes do CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, na sigla em inglês) trabalha em Dallas para assegurar que a doença não se espalhe.

Entre 12 e 18 pessoas estão sendo monitoradas por terem tido contato com Thomas Duncan desde que ele chegou aos Estados Unidos, no dia 20 de setembro.

Entre elas, estão três membros da equipe da ambulância que levou o homem ao hospital e cinco crianças que foram à casa da família de Duncan ao longo do último final de semana.

As cinco crianças estudam em quatro escolas diferentes, que permanecerão abertas, segundo as autoridades.

Como precaução, porém, todos os locais passarão por uma limpeza.

Eles serão monitorados por 21 dias --período máximo de incubação do vírus. Normalmente, os sintomas da doença aparecem até dez dias após a infecção.

"Se qualquer um deles apresentar um quadro de febre, vamos isolá-lo imediatamente para parar a cadeia de transmissão", afirmou Tom Frieden, diretor do CDC.

Duncan informou às autoridades que embarcou em um voo da companhia aérea americana United Arlines.

Em comunicado divulgado nesta quarta (1º), a United afirmou que "o diretor do CDC divulgou que há zero risco de transmissão' em qualquer um dos voos em que o paciente viajou, já que não havia sintomas."

A companhia divulgou informações sobre o voo em que acredita que Thomas Duncan estava, "apesar de o CDC ter informado que não é preciso entrar em contato com outros passageiros no mesmo voo".

Duncan pegou um avião da United em Bruxelas, na Bélgica, até Washington, e depois viajou, pela mesma companhia, até Dallas.


Governo corre à TV para conter pânico da doença
02/10/2014 - Folha de S.Paulo

"O ebola não se espalha pelo ar, pela água ou pela comida nos EUA. A América tem os melhores médicos e infra-estrutura de saúde pública no mundo e estamos preparados".

A mensagem é de um anúncio da Secretaria de Saúde do Estado de Nova York, e tenta conter a boataria sobre a doença que se espalha pelo país.

Ao longo da tarde desta quarta (1º), a rede CNN manteve no ar uma manchete que dizia "Urgente: paciente de ebola no Texas manteve contato com cinco crianças". Apesar disso, especialistas ouvidos pelo canal diziam que o contágio só ocorre a partir do contato com fluidos corporais de pessoas ou animais contaminados.

Especialistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, da Secretaria de Saúde dos EUA, têm ido à TV para dizer que o país está preparado.

"Estamos de prontidão, mas vamos parar essa epidemia por aqui", afirmou, em entrevista coletiva, o presidente do centro, Tom Frieden. Ele também respondeu que os demais passageiros no avião que trouxe o paciente não correm risco, pois ele ainda não apresentava os sintomas.

No mês passado, congressistas republicanos, como Phil Gingrey, afirmaram que a epidemia de ebola poderia chegar ao país pela fronteira com o México, "insegura e muito porosa".


Ritmo de vacinação contra HPV despenca
02/10/2014 - Folha de S.Paulo


O ritmo de vacinação contra o vírus HPV caiu na segunda rodada de imunização, iniciada em 1º de setembro, em relação à rodada de março.

Nos 30 dias de setembro, a cobertura foi de 18,45% das meninas de 11 a 13 anos --um terço da taxa inicial (57,8%).

A resposta para a queda está num conjunto de fatores, dizem especialistas: o fato de a vacina não ser mais uma novidade, a menor divulgação e os relatos de reações adversas de 11 meninas paulistas.

Frente ao cenário, o Ministério da Saúde fará campanha sobre a importância da vacina --que, no período eleitoral, aguarda chancela da Justiça.

A vacina foi introduzida em março no SUS. O objetivo é evitar o câncer de colo de útero. São três doses: a segunda é dada seis meses após a primeira; a terceira, cinco anos depois. Só com a primeira, a garota não é imunizada.

A meta é atingir ao menos 80% dos 4,9 milhões de meninas. A primeira rodada cobriu 92,26% desse público.

Especialistas dizem é comum, com essa e outras vacinas, haver taxas menores nas rodadas posteriores. Acham, porém, que outros fatores contribuem desta vez.

Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, lista a menor divulgação, em TV e rádio, da segunda rodada, além das notícias de possíveis efeitos adversos em meninas de Bertioga --a relação com a vacina foi descartada pelo ministério.

Rosana Richmann, representante da Sociedade Brasileira de Infectologia no comitê assessor do governo sobre vacinas, concorda. "Foi dada mais ênfase a isso do que à importância da vacinação."

Os dois garantem que a vacina é segura e argumentam que estudos internacionais não vinculam nenhum evento grave ao medicamento.

No país, mais de 4,5 milhões de doses foram aplicadas --só um caso, de uma garota que desenvolveu uma doença rara, ainda não foi descartado.

Jarbas Barbosa, do ministério, não desconsidera o impacto das notícias negativas, mas cita outra hipótese: a eventual escolha de cidades por vacinar em postos de saúde em vez de nas escolas.

Ele acredita que a meta será alcançada. "Não creio que as famílias vão perder essa oportunidade. Apesar dos avanços, no Brasil, quase 14 mulheres morrem por dia de câncer de colo de útero."


Já são 41 os casos nacionais de febre 'prima da dengue'
02/10/2014 - Folha de S.Paulo


Os casos nacionais da febre chikungunya, tida como "prima da dengue", subiram para 41, sendo 8 deles em Oiapoque (AP) e 33 em Feira de Santana (BA), segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta (1º).

Há uma semana, na terça (23), o governo tinha registro de 16 casos autóctones --ou seja, cuja transmissão ocorreu dentro do território nacional, o que aumenta o potencial de propagação do vírus.

Além dos 41 casos nacionais, o país registrou, em 2014, 38 brasileiros infectados no exterior. Antes de 2014, o ministério só tinha sido notificado de três casos "importados" do vírus chikungunya, todos em 2010.

O chikungunya provoca sintomas semelhantes aos da dengue, como febre e dores no corpo. Segundo o ministério, a doença raramente vira um caso grave. O maior receio é que profissionais de saúde confundam a chikungunya com a dengue e deixem de lado casos reais da segunda, doença que pode se agravar mais facilmente.
 

África: Número de vítimas do ebola sobe a 3.338, diz OMS
01/10/2014 - Portal Valor Econômico


O número de vítimas fatais do vírus do ebola na África ocidental subiu para 3.338 pessoas, em mais um sinal de que a epidemia continua fora de controle, segundo informou nesta quarta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O total de infectados subiu para 7.178 até 28 de setembro. Quase todos os casos e mortes com ebola ocorrem na Guiné, Libéria e Serra Leoa.
“Pela segunda semana seguida, o número total de novos casos caiu”, diz a nota da OMS. “Está claro, no entanto, que os casos de ebola são subestimados em vários locais críticos. A transmissão permanece persistente e disseminada na Guiné, Libéria e Serra Leoa, com fortes evidências de crescente incidência de casos em vários distritos.” Na Nigéria, nenhum novo caso foi reportado desde 5 de setembro. Antes, o governo nigeriano tinha registrado 20 casos, incluindo oito mortes. Um paciente no Senegal foi infectado em agosto, de acordo com a OMS. Especialistas em saúde e governos estão correndo para conter a disseminação da epidemia de ebola, que já é a pior da história. O primeiro caso diagnosticado nos Estados Unidos, um liberiano em visita a parentes na cidade de Dallas (Texas), mostra que pessoas determinadas a viajar vão encontrar formas de contornar as restrições impostas a elas.
“Controle nos aeroportos não é a resposta”, afirmou Sarah Cumberland, porta-voz da OMS em Genebra. “Você poderá pegar alguns poucos casos, mas a melhor forma é ter sistemas funcionando em cada país que pessoas infectadas possam viajar. Cada país tem de estar em alerta”, acrescentou. As pessoas que deixam a Libéria têm sua temperatura tomada e são solicitadas a preencher um questionário sobre se tiveram qualquer contato recente com alguém que tenha demonstrado os sintomas do ebola, disse Cumberland. Porém, as pessoas podem mentir ou esconder sintomas iniciais, como febre, com o uso de medicamentos, disse a porta-voz da OMS.
No caso do paciente de Dallas, ele somente desenvolveu os sintomas quatro dias depois de chegar aos Estados Unidos, por isso não foi detectado pelos procedimentos de controle, segundo Cumberland.


Lentidão também na saúde
02/10/2014 - O Estado de S.Paulo


Um estudo divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), feito com base em dados oficiais, mostra que somente 16,5% das ações previstas na segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para a área de saúde foram efetivamente realizadas até agora. Para aqueles que já se habituaram à lentidão do governo petista em tirar do papel as promessas que faz, esse resultado não é surpreendente - somente confirma que a atual política para a área de saúde vai pouco além de medidas paliativas e eleitoreiras como o Mais Médicos.
A pesquisa do CFM indica que apenas 3.821 das 23.196 ações do PAC 2 a cargo do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foram finalizadas até abril passado. Os projetos previstos, que envolvem investimentos da União, de empresas estatais e da iniciativa privada, incluem ações de saneamento básico e a construção ou a reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e de Unidades de m diversas regiões do País tem obrigado profissionais que integram o festejado Mais Médicos a prestar consultas em locais improvisados, sem a aparelhagem mínima para desempenhar seu trabalho - apesar das reiteradas garantias dadas pela presidente Dilma Rousseff de que o programa incluiria a melhoria da estrutura de atendimento aos pacientes.
Conforme o balanço oficial do PAC 2 destacado pelo CFM, 37,2% das obras que deveriam ser realizadas entre 2011 e 2014 continuam em fase classificada de "preparatória" - isto é, ainda aguardam estudos e licenciamento - ou então estão "em contratação" e "em licitação". As obras que estão efetivamente em execução somam 46,3% do total.
Desdobrando-se por tipo de obra, somente 14% das 15.095 UBSs programadas foram concluídas, enquanto 45% estão em obras e 41% permanecem apenas como projeto. Em relação às UPAs, somente 5% das 495 previstas no PAC 2 foram entregues. Entre as demais, 59% estão no papel e 36% encontram-se em obras. Na área de saneamento básico, estavam programadas 7.606 ações sob os cuidados da Funasa, mas apenas 23% foram realizados até este ano.
Quando desdobrados por regiões do País, os resultados mostram que o pior desempenho do governo federal foi no Sudeste, com a conclusão de apenas 12% das 4.212 obras prometidas. Seriam 2.292 UBSs para a região, mas somente 10,4% delas foram concluídas, enquanto o porcentual de UPAs entregues não chegou a 7%.
No Centro-Oeste, das 48 UPAs projetadas, uma única foi concluída, mesma situação verificada no Norte, região para a qual estavam programadas 44 dessas unidades. Quando se levam em conta todos os projetos, o melhor resultado está no Norte, onde apenas 23% das obras previstas foram entregues, enquanto no Sul e no Sudeste os porcentuais são de cerca de 15%.
Esse atraso generalizado no fornecimento de estrutura básica para o atendimento na área de saúde não é casual nem fruto de alguma situação extraordinária, e sim parte de um padrão. Basta lembrar que no atual governo, entre 2010 e 2013, foram fechados quase 13 mil leitos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Assim, não surpreende que 70% dos entrevistados em recente pesquisa do CFM considerem insatisfatório o serviço prestado pelo SUS, principalmente em razão da dificuldade de obter atendimento - reflexo do fato de muitas unidades básicas de saúde só existirem nas promessas oficiais.
Todos esses números são o retrato da baixa prioridade dispensada pelo governo petista à saúde, a despeito do barulho causado pela importação de milhares de médicos cubanos. Ainda que fossem curandeiros ou dotados de poderes sobrenaturais, esses profissionais não teriam como fazer milagres diante da penúria da saúde no Brasil e, principalmente, diante da incapacidade do atual governo de tornar real aquilo que aparece em suas propagandas.





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