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Novartis ficará com vacinas da britânica GSK
30/09/2014 - DCI

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a venda do negócio de vacinas da suíça Novartis para a britânica GlaxoSmithKline (GSK), conforme despacho publicado no Diário Oficial da União.

A operação não abrange o negócio global de vacinas contra gripe humana da Novartis. A transação foi anunciada pelas empresas em abril deste ano.

De acordo com o órgão antitruste, segundo informações prestadas pelas empresas, a GSK e a Novartis celebraram três operações separadas, porém, inter-relacionadas, envolvendo negócios de vacinas, produtos de consumo para cuidados com a saúde e oncologia.

Enquanto a Novartis vai comprar a unidade de oncologia da GSK por US$ 16 bilhões, a britânica vai adquirir a divisão de vacinas da empresa suíça por aproximadamente US$ 7,1 bilhões.

O pagamento dos negócios será realizado em diversas etapas. /Agências



Pesquisa e desenvolvimento

Novas terapias com célula tronco progridem lentamente
30/09/2014 
- Folha de S.Paulo/ The New York Times

Edgar Irastorza tinha apenas 31 anos quando seu coração parou de bater, em outubro de 2008. Administrador imobiliário em Miami e dançarino de break, ele teve um ataque cardíaco. Minutos depois, estava sem pulsação.

Ele sobreviveu ao ataque, mas a cicatriz no coração reduziu a capacidade de bombeamento do órgão. Ele não conseguia segurar os filhos no colo. Não conseguia mais dançar. E ia dormir se perguntando se iria acordar.

O desespero foi o que motivou Irastorza a se voluntariar para que células-tronco fossem injetadas no seu coração. "Eu acreditei nos meus médicos e na ciência por trás deles, e disse: 'Esta é a minha única chance'", afirmou.

Nos últimos cinco anos, ao estudar células-tronco em laboratórios, animais e pacientes, pesquisadores trouxeram para mais perto da realidade as promessas vagas e grandiosas sobre terapias com células-tronco.

Mas o progresso tem sido lento, embora os pesquisadores estejam aprendendo sobre qual o melhor meio de usar as células-tronco, que tipos usar e como transferi-las –descobertas que não são notavelmente transformadoras, mas progressivas e pragmáticas.

Cerca de 4.500 testes envolvendo células-tronco estão em andamento nos EUA, para tratar pacientes com doença cardíaca, cegueira, Parkinson, Aids, diabetes, cânceres e lesões na medula espinhal, entre outras condições.

Estudos sugerem que a terapia de células-tronco pode ser realizada, segundo a médica Ellen Feigal, do Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia, que concedeu mais de US$ 2 bilhões (R$ 4,8 bilhões) para pesquisas com células-tronco desde 2006.

Além de continuar as pesquisas sobre a segurança da prática, "o que queremos saber é: vai funcionar, e será melhor do que o que já existe por aí?", disse Feigal.

Células-tronco retiradas de um embrião podem se transformar em qualquer um dos 200 tipos de células do corpo. A ideia básica das terapias é simples: injete-as em um cérebro cujas células estejam morrendo e células substitutas poderão crescer.

O mesmo se daria com músculos, sangue e ossos. Teoricamente, células-tronco podem fazer reparos, conduzir a um novo crescimento e substituir partes.

Mas os comentários em público podem dar a entender que a pesquisa com células-tronco está mais avançada do que a realidade demonstra, disse o médico Charles Murry, codiretor do Instituto para Células-Tronco e Medicina Regenerativa na Universidade de Washington, em Seattle.

De fato, poucas terapias além dos transplantes de medula se mostraram eficazes, disse ele.

Mas as células-tronco estão oferecendo novas ferramentas aos pesquisadores. Usando células criadas a partir de pacientes com enfermidades específicas, é possível reproduzir e estudar doenças em laboratório.

Kevin Eggan, do Instituto de Célula-Tronco de Harvard, usa esses avanços para estudar a esclerose lateral amiotrófica (ELA), ou doença de Lou Gehrig.

Em 2008, ele extraiu células de pele de mulheres que estavam morrendo pelo mesmo tipo de ELA e as transformou em células-tronco, com base em pesquisas do japonês Shinya Yamanaka.

Quando depois ele as implantou em células nervosas, percebeu que elas não se comunicavam com as outras de modo apropriado, o que provavelmente causava a degeneração que caracteriza a esclerose lateral amiotrófica.

Ele reproduziu essas células nervosas e testou componentes de drogas para ver quais poderiam corrigir o problema. E descobriu uma candidata que será testada ainda este ano.

Ainda falta definir o modo mais viável de administrar as células-tronco. Os cientistas presumem, por exemplo, que o coração de um paciente irá se regenerar melhor por si só se nele forem injetadas suas próprias células-tronco.

Mas o estudo para o qual Irastorza se voluntariou na Universidade de Miami mostrou que os resultados eram semelhantes com células de outros pacientes, pois os organismos não as atacavam.

Se isso for endossado, significa que pacientes futuros não vão precisar de imunossupressores e que células-tronco poderão ser produzidas em grande quantidade –e a um custo menor.

O tratamento de Irastorza começou com a retirada de um pouco de sua medula óssea. Pesquisadores colheram células que supostamente seriam células-tronco da medula e as enxertaram no coração de Irastorza.

Cerca de um terço do ventrículo esquerdo tinha sido destruído pelo ataque cardíaco. É impossível saber se as descendentes das células da medula se tornaram células do músculo cardíaco ou se a sua reconstituição foi desencadeada por outro motivo, mas hoje os médicos dizem que seu coração já está um terço normalizado.

Para Irastorza, foi o suficiente para que ele voltasse a dançar. "Minha qualidade de vida mudou da água para o vinho."

Por que não há muitas histórias de sucesso? "O progresso vem aos trancos e barrancos", disse o médico David Scadden, do Instituto de Célula-Tronco de Harvard, comparando a interrupção dos avanços à "guerra contra o câncer", declarada em 1971.

"Ninguém diria que o objetivo foi amplamente alcançado, mas muitos estão vivos hoje por causa dela e houve triunfos muito reais. Daqui a 20 anos, acho que a medicina e a saúde humana terão sido transformadas por isso."


Saúde
 

Santa Casa gasta mal e tem alta taxa de mortalidade
30/09/2014 - Valor Econômico

A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo administra mal os seus recursos financeiros e também tem um alto índice de mortalidade quando comparada a hospitais semelhantes.

Os dados foram constatados em auditoria realizada pela Secretaria de Estado da Saúde, Ministério da Saúde, Secretaria Municipal e Conselho Estadual de Saúde. A auditoria foi uma condição estabelecida pela Secretaria da Saúde para repassar mais verbas à Santa Casa de São Paulo, que em julho fechou as portas de seu pronto-socorro alegando problemas financeiros.

No ano passado, a Santa Casa recebeu R$ 422 milhões em recursos dos governos federal e estadual para pagamento de procedimentos de média e alta complexidades. Porém, a instituição só realizou procedimentos médicos que somaram R$ 155,7 milhões, ou seja, uma diferença de 171%. Esse percentual é superior à defasagem de 60% da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Santa Casa de São Paulo, maior complexos hospitalar filantrópico do país, registrou prejuízo de R$ 168 milhões no ano passado. Em 2009 - quando o atual provedor, Kalil Rocha Abdalla, assumiu - o prejuízo era de R$ 12,8 milhões. Hoje, a dívida chega a R$ 450 milhões, sendo que há cinco anos, era de R$ 146 milhões. Com isso, o patrimônio líquido da Santa Casa caiu de R$ 220,3 milhões caiu para R$ 323 mil em 2013.

Os problemas não se limitam às questões financeiras. Segundo a auditoria, entre os pacientes com embolia pulmonar atendidos na Santa Casa de São Paulo, a taxa de mortalidade foi de 58,3%, mais que o dobro da média dos hospitais ligados a universidades de medicina. Entre os casos de acidente vascular cerebral, o índice de mortalidade chegou a 28,5%, ante à média de 17,3% das 47 instituições de saúde avaliadas.

As denúncias sobre a gestão pouco transparente na Santa Casa de São Paulo foram levantadas pelo médico José Luiz Setúbal - da família fundadora do Itaú e presidente do conselho do Hospital Infantil Sabará. Ele montou uma chapa de oposição à Abdalla, que está em seu terceiro mandato. Mas Setúbal não obteve maioria dos votos e se desligou da instituição, na qual atuava como conselheiro.

O objetivo de Setúbal era atuar em parceria com uma consultoria internacional, sendo que o nome mais cotado era o da McKinsey, que já havia feito inclusive, uma análise prévia da situação do complexo. "Serão cinco semanas de diagnóstico, cinco semanas de planejamento e de dois a seis meses para implementar um plano de ação. Acreditamos que um dos grandes problemas da atual gestão são os métodos ultrapassados e a falta de instrumentos modernos de gestão", disse Setúbal, em entrevista concedida ao Valor em fevereiro. Do outro lado, Abdalla dizia que Setúbal queria transformar a Santa Casa em um banco.

Questionada se haveria mudanças no comando da instituição, a Secretaria da Saúde informou que essa é uma decisão que cabe à mesa diretora da Santa Casa.


Belo Horizonte terá PPP para ampliar rede de saúde
30/09/2014 - Folha de S.Paulo
Colunista: Maria Cristina Farias


A Prefeitura de Belo Horizonte planeja lançar em outubro o edital para uma PPP (parceria público-privada) no segmento de saúde.

O objetivo é a ampliação do número de unidades de atendimento básico e a substituição de postos que estão em situação inadequada.

O investimento será de aproximadamente R$ 200 milhões, segundo informou a prefeitura em nota.

O pacote incluirá a troca de 60 das 147 unidades de saúde que existem hoje na capital mineira. Além disso, mais 17 deverão ser implantadas em áreas que se expandiram.

A construção de um laboratório central de materiais e esterilização também fará parte do projeto, de acordo com dados da Secretaria da Saúde de Belo Horizonte.

As obras dos prédios e a compra de equipamentos, bem como os serviços de manutenção dos imóveis, deverão ser feitos pela empresa que vencer a licitação.

As atividades médicas e assistenciais permanecerão sob a responsabilidade da administração municipal.

Detalhes como o formato de remuneração do parceiro privado e o prazo do contrato não foram informados.

Antes da área de saúde, a Prefeitura de Belo Horizonte havia recorrido ao setor privado para expandir a sua rede de educação.

Após vencer a licitação, em 2012, a Inova BH, empresa da Odebrecht Properties, assumiu a construção e a gestão por 20 anos de cerca de 50 escolas, com um investimento de R$ 250 milhões.


Governo vai fazer 'intervenção branca' na Santa Casa de SP
30/09/2014 - Folha de S.Paulo


O governo paulista anunciou nesta segunda-feira (29) que vai montar uma comissão para acompanhar a gestão da Santa Casa de São Paulo.

A medida é uma espécie de intervenção na administração do complexo e uma forma de garantir a continuidade dos repasses, embora o secretário de Estado de Saúde, David Uip, negue que seja uma intervenção formal.

Uma reunião com gestores da Santa Casa está marcada para esta terça-feira (30) para definir os detalhes de como a comissão funcionará.

Segundo a Folha apurou, essa "intervenção branca" é uma forma de o Estado participar da gestão sem que precise assumir também as dívidas, estimadas em R$ 1 bilhão, caso optasse pela intervenção oficial --o valor inclui dívidas bancárias, com fornecedores e possível passivo trabalhista.

Esse mecanismo foi a saída encontrada pelo governo para manter repasses ao complexo hospitalar mesmo após ter encontrado graves problemas de gestão.

Uma possibilidade, segundo a Folha apurou, seria condicioná-los à saída do provedor Kalil Abdalla. A ideia foi descartada pelo secretário.

"Isso é problema da Santa Casa e de quem de direito. Não opino sobre provedor", afirmou Uip, ao ser questionado sobre Abdalla.

O provedor perdeu o diálogo com o governo após fechar o pronto-socorro central por 28 horas, em julho, alegando falta de verbas para comprar materiais e medicamentos.

O que pesou nessa "intervenção branca" é o fato de o secretário ter aprovado a nomeação do novo superintendente, Irineu Massaia, 38.

"Estou otimista com os novos gestores. [...] Eu conheci o doutor Irineu recentemente. É despojado de qualquer sentimento de revanchismo. Só o fato de ter assumido demonstra que é um grupo corajoso e altruísta", afirmou.

A Santa Casa tem uma gestão profissional, comandada pelo superintendente, e outra voluntária, encabeçada pelo provedor.

Assim, além de verbas para custeio, o governo deve liberar recursos para que Massaia possa contratar funcionários para ajudá-lo a compor os quadros para a nova superintendência.

As medidas foram anunciada durante apresentação do resultado da auditoria que, conforme a Folha revelou, mostra que a gestão Abdalla esgotou quase todos os recursos do hospital em cinco anos.

Entre 2009 e 2013, o patrimônio líquido da entidade caiu de R$ 220 milhões para R$ 323 mil (ou 0,15% do valor).

Para Uip, os números da Santa Casa são "alarmantes". "A perda de patrimônio é evidente. Os problemas de gestão são evidentes. Estamos muito preocupados", disse.

"A Santa Casa depende 100% de dinheiro de empréstimo. Então caminha para insolvência a curto prazo."

A auditoria foi anunciada em 24 de julho, logo após o fechamento do pronto-socorro.

OUTRO LADO

Procurada, a Santa Casa não se manifestou sobre os resultados da auditoria e a comissão. Abdalla também não respondeu aos recados deixados em seu celular.

Em entrevista anterior, ele negava má gestão do hospital. "Temos certeza da lisura da contabilidade", disse.

A auditoria foi formada por representantes da Santa Casa e dos governos estadual, federal e municipal, além do Conselho Estadual de Saúde.

'INTERVENÇÃO BRANCA' NA SANTA CASA
Qual o objetivo da comissão?
Segundo o governo paulista, responsável pelo grupo, o intuito é acompanhar a gestão da Santa Casa de São Paulo

Como ela vai funcionar?
Os detalhes serão acertados, mas pelo menos quatro pessoas da equipe técnica da secretaria de Saúde devem atuar

R$ 220 milhões
era o patrimônio líquido da entidade em 2009

R$ 323 mil
era o patrimônio líquido da entidade em 2013

99,85%
foi a queda de 2009 para 2013


Hospital São Paulo pediu ajuda para não fechar o PS
30/09/2014 - O Estado de S.Paulo


Referência em atendimento de urgência e emergência de alta complexidade na capital paulista, o pronto-socorro do Hospital São Paulo, unidade vinculada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), está operando além da capacidade e teve de pedir verba extra para os governos federal e estadual para evitar que o serviço fosse fechado no fim deste mês.
A situação foi revelada ontem pelo secretário estadual da Saúde, David Uip, e confirmada pela reitora da Unifesp, Soraya Smaili, ao Estado. Na entrevista concedida por Uip ontem para falar sobre os resultados da auditoria nas contas da Santa Casa de São Paulo, o secretário afirmou que via “com extrema preocupação” a situação do Hospital São Paulo.
No início deste mês, a reitora da Unifesp procurou o Ministério da Saúde e o governo do Estado em busca de verba extra para custeio do pronto-socorro.
“Atualmente, fazemos cerca de mil atendimentos por dia, o que significa que estamos atendendo muito além do teto para o qual recebemos. Se não fossem os repasses extras que conseguimos, nós provavelmente teríamos fechado as portas agora no fim de setembro”, diz ela.
Após o pedido de ajuda, a secretaria repassou ao hospital R$ 5 milhões e o ministério se comprometeu com outros R$ 9 milhões, que deverão ser repassados nos próximos dias. “Esses repasses são necessários até que façamos um novo contrato com o ministério para o custeio dos serviços. Precisamos atualizar os valores recebidos pelos atendimentos prestados. Nós temos um limite e ele já foi ultrapassado faz tempo. Não recebemos pelos atendimentos feitos acima do teto.
Se a nova contratualização não sair, podemos voltar à situação de ter de fechar o PS”, diz a reitora, que afirma esperar que o novo contrato saia em outubro.
Por ser vinculado a uma instituição federal, o Hospital São Paulo não recebe repasses fixos do governo do Estado. A reitora diz, porém, que, pelo fato de a unidade servir a população do Estado, resolveu pedir ajuda também para a secretaria estadual. “Ambos os órgãos foram sensíveis ao problema, afinal, o fechamento do pronto-socorro do Hospital São Paulo seria um grande problema para a cidade, ainda mais agora, que a Santa Casa está em crise e o PS do Hospital das Clínicas está funcionando parcialmente, por causa da reforma”, diz ela.
Secretário de Atenção à Saúde do ministério, Fausto Pereira dos Santos confirmou que a portaria que autoriza o repasse de R$ 9,7 milhões ao hospital da Unifesp foi publicada ontem no Diário Oficial e afirmou que o governo federal está trabalhando no contrato que vai atualizar os repasses ao hospital.



 

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