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Medicamentos
Novartis ficará com vacinas da britânica GSK 30/09/2014 - DCI O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a venda do negócio de vacinas da suíça Novartis para a britânica GlaxoSmithKline (GSK), conforme despacho publicado no Diário Oficial da União. A operação não abrange o negócio global de vacinas contra gripe humana da Novartis. A transação foi anunciada pelas empresas em abril deste ano. De acordo com o órgão antitruste, segundo informações prestadas pelas empresas, a GSK e a Novartis celebraram três operações separadas, porém, inter-relacionadas, envolvendo negócios de vacinas, produtos de consumo para cuidados com a saúde e oncologia. Enquanto a Novartis vai comprar a unidade de oncologia da GSK por US$ 16 bilhões, a britânica vai adquirir a divisão de vacinas da empresa suíça por aproximadamente US$ 7,1 bilhões. O pagamento dos negócios será realizado em diversas etapas. /Agências Pesquisa e desenvolvimento Novas terapias com célula tronco progridem lentamente Saúde
Santa Casa gasta mal e tem alta taxa de mortalidade 30/09/2014 - Valor Econômico A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo administra mal os seus recursos financeiros e também tem um alto índice de mortalidade quando comparada a hospitais semelhantes. Os dados foram constatados em auditoria realizada pela Secretaria de Estado da Saúde, Ministério da Saúde, Secretaria Municipal e Conselho Estadual de Saúde. A auditoria foi uma condição estabelecida pela Secretaria da Saúde para repassar mais verbas à Santa Casa de São Paulo, que em julho fechou as portas de seu pronto-socorro alegando problemas financeiros. No ano passado, a Santa Casa recebeu R$ 422 milhões em recursos dos governos federal e estadual para pagamento de procedimentos de média e alta complexidades. Porém, a instituição só realizou procedimentos médicos que somaram R$ 155,7 milhões, ou seja, uma diferença de 171%. Esse percentual é superior à defasagem de 60% da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). A Santa Casa de São Paulo, maior complexos hospitalar filantrópico do país, registrou prejuízo de R$ 168 milhões no ano passado. Em 2009 - quando o atual provedor, Kalil Rocha Abdalla, assumiu - o prejuízo era de R$ 12,8 milhões. Hoje, a dívida chega a R$ 450 milhões, sendo que há cinco anos, era de R$ 146 milhões. Com isso, o patrimônio líquido da Santa Casa caiu de R$ 220,3 milhões caiu para R$ 323 mil em 2013. Os problemas não se limitam às questões financeiras. Segundo a auditoria, entre os pacientes com embolia pulmonar atendidos na Santa Casa de São Paulo, a taxa de mortalidade foi de 58,3%, mais que o dobro da média dos hospitais ligados a universidades de medicina. Entre os casos de acidente vascular cerebral, o índice de mortalidade chegou a 28,5%, ante à média de 17,3% das 47 instituições de saúde avaliadas. As denúncias sobre a gestão pouco transparente na Santa Casa de São Paulo foram levantadas pelo médico José Luiz Setúbal - da família fundadora do Itaú e presidente do conselho do Hospital Infantil Sabará. Ele montou uma chapa de oposição à Abdalla, que está em seu terceiro mandato. Mas Setúbal não obteve maioria dos votos e se desligou da instituição, na qual atuava como conselheiro. O objetivo de Setúbal era atuar em parceria com uma consultoria internacional, sendo que o nome mais cotado era o da McKinsey, que já havia feito inclusive, uma análise prévia da situação do complexo. "Serão cinco semanas de diagnóstico, cinco semanas de planejamento e de dois a seis meses para implementar um plano de ação. Acreditamos que um dos grandes problemas da atual gestão são os métodos ultrapassados e a falta de instrumentos modernos de gestão", disse Setúbal, em entrevista concedida ao Valor em fevereiro. Do outro lado, Abdalla dizia que Setúbal queria transformar a Santa Casa em um banco. Questionada se haveria mudanças no comando da instituição, a Secretaria da Saúde informou que essa é uma decisão que cabe à mesa diretora da Santa Casa. Belo Horizonte terá PPP para ampliar rede de saúde 30/09/2014 - Folha de S.Paulo Colunista: Maria Cristina Farias A Prefeitura de Belo Horizonte planeja lançar em outubro o edital para uma PPP (parceria público-privada) no segmento de saúde. O objetivo é a ampliação do número de unidades de atendimento básico e a substituição de postos que estão em situação inadequada. O investimento será de aproximadamente R$ 200 milhões, segundo informou a prefeitura em nota. O pacote incluirá a troca de 60 das 147 unidades de saúde que existem hoje na capital mineira. Além disso, mais 17 deverão ser implantadas em áreas que se expandiram. A construção de um laboratório central de materiais e esterilização também fará parte do projeto, de acordo com dados da Secretaria da Saúde de Belo Horizonte. As obras dos prédios e a compra de equipamentos, bem como os serviços de manutenção dos imóveis, deverão ser feitos pela empresa que vencer a licitação. As atividades médicas e assistenciais permanecerão sob a responsabilidade da administração municipal. Detalhes como o formato de remuneração do parceiro privado e o prazo do contrato não foram informados. Antes da área de saúde, a Prefeitura de Belo Horizonte havia recorrido ao setor privado para expandir a sua rede de educação. Após vencer a licitação, em 2012, a Inova BH, empresa da Odebrecht Properties, assumiu a construção e a gestão por 20 anos de cerca de 50 escolas, com um investimento de R$ 250 milhões. Governo vai fazer 'intervenção branca' na Santa Casa de SP 30/09/2014 - Folha de S.Paulo O governo paulista anunciou nesta segunda-feira (29) que vai montar uma comissão para acompanhar a gestão da Santa Casa de São Paulo. A medida é uma espécie de intervenção na administração do complexo e uma forma de garantir a continuidade dos repasses, embora o secretário de Estado de Saúde, David Uip, negue que seja uma intervenção formal. Uma reunião com gestores da Santa Casa está marcada para esta terça-feira (30) para definir os detalhes de como a comissão funcionará. Segundo a Folha apurou, essa "intervenção branca" é uma forma de o Estado participar da gestão sem que precise assumir também as dívidas, estimadas em R$ 1 bilhão, caso optasse pela intervenção oficial --o valor inclui dívidas bancárias, com fornecedores e possível passivo trabalhista. Esse mecanismo foi a saída encontrada pelo governo para manter repasses ao complexo hospitalar mesmo após ter encontrado graves problemas de gestão. Uma possibilidade, segundo a Folha apurou, seria condicioná-los à saída do provedor Kalil Abdalla. A ideia foi descartada pelo secretário. "Isso é problema da Santa Casa e de quem de direito. Não opino sobre provedor", afirmou Uip, ao ser questionado sobre Abdalla. O provedor perdeu o diálogo com o governo após fechar o pronto-socorro central por 28 horas, em julho, alegando falta de verbas para comprar materiais e medicamentos. O que pesou nessa "intervenção branca" é o fato de o secretário ter aprovado a nomeação do novo superintendente, Irineu Massaia, 38. "Estou otimista com os novos gestores. [...] Eu conheci o doutor Irineu recentemente. É despojado de qualquer sentimento de revanchismo. Só o fato de ter assumido demonstra que é um grupo corajoso e altruísta", afirmou. A Santa Casa tem uma gestão profissional, comandada pelo superintendente, e outra voluntária, encabeçada pelo provedor. Assim, além de verbas para custeio, o governo deve liberar recursos para que Massaia possa contratar funcionários para ajudá-lo a compor os quadros para a nova superintendência. As medidas foram anunciada durante apresentação do resultado da auditoria que, conforme a Folha revelou, mostra que a gestão Abdalla esgotou quase todos os recursos do hospital em cinco anos. Entre 2009 e 2013, o patrimônio líquido da entidade caiu de R$ 220 milhões para R$ 323 mil (ou 0,15% do valor). Para Uip, os números da Santa Casa são "alarmantes". "A perda de patrimônio é evidente. Os problemas de gestão são evidentes. Estamos muito preocupados", disse. "A Santa Casa depende 100% de dinheiro de empréstimo. Então caminha para insolvência a curto prazo." A auditoria foi anunciada em 24 de julho, logo após o fechamento do pronto-socorro. OUTRO LADO Procurada, a Santa Casa não se manifestou sobre os resultados da auditoria e a comissão. Abdalla também não respondeu aos recados deixados em seu celular. Em entrevista anterior, ele negava má gestão do hospital. "Temos certeza da lisura da contabilidade", disse. A auditoria foi formada por representantes da Santa Casa e dos governos estadual, federal e municipal, além do Conselho Estadual de Saúde. 'INTERVENÇÃO BRANCA' NA SANTA CASA Qual o objetivo da comissão? Segundo o governo paulista, responsável pelo grupo, o intuito é acompanhar a gestão da Santa Casa de São Paulo Como ela vai funcionar? Os detalhes serão acertados, mas pelo menos quatro pessoas da equipe técnica da secretaria de Saúde devem atuar R$ 220 milhões era o patrimônio líquido da entidade em 2009 R$ 323 mil era o patrimônio líquido da entidade em 2013 99,85% foi a queda de 2009 para 2013 Hospital São Paulo pediu ajuda para não fechar o PS 30/09/2014 - O Estado de S.Paulo Referência em atendimento de urgência e emergência de alta complexidade na capital paulista, o pronto-socorro do Hospital São Paulo, unidade vinculada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), está operando além da capacidade e teve de pedir verba extra para os governos federal e estadual para evitar que o serviço fosse fechado no fim deste mês. A situação foi revelada ontem pelo secretário estadual da Saúde, David Uip, e confirmada pela reitora da Unifesp, Soraya Smaili, ao Estado. Na entrevista concedida por Uip ontem para falar sobre os resultados da auditoria nas contas da Santa Casa de São Paulo, o secretário afirmou que via “com extrema preocupação” a situação do Hospital São Paulo. No início deste mês, a reitora da Unifesp procurou o Ministério da Saúde e o governo do Estado em busca de verba extra para custeio do pronto-socorro. “Atualmente, fazemos cerca de mil atendimentos por dia, o que significa que estamos atendendo muito além do teto para o qual recebemos. Se não fossem os repasses extras que conseguimos, nós provavelmente teríamos fechado as portas agora no fim de setembro”, diz ela. Após o pedido de ajuda, a secretaria repassou ao hospital R$ 5 milhões e o ministério se comprometeu com outros R$ 9 milhões, que deverão ser repassados nos próximos dias. “Esses repasses são necessários até que façamos um novo contrato com o ministério para o custeio dos serviços. Precisamos atualizar os valores recebidos pelos atendimentos prestados. Nós temos um limite e ele já foi ultrapassado faz tempo. Não recebemos pelos atendimentos feitos acima do teto. Se a nova contratualização não sair, podemos voltar à situação de ter de fechar o PS”, diz a reitora, que afirma esperar que o novo contrato saia em outubro. Por ser vinculado a uma instituição federal, o Hospital São Paulo não recebe repasses fixos do governo do Estado. A reitora diz, porém, que, pelo fato de a unidade servir a população do Estado, resolveu pedir ajuda também para a secretaria estadual. “Ambos os órgãos foram sensíveis ao problema, afinal, o fechamento do pronto-socorro do Hospital São Paulo seria um grande problema para a cidade, ainda mais agora, que a Santa Casa está em crise e o PS do Hospital das Clínicas está funcionando parcialmente, por causa da reforma”, diz ela. Secretário de Atenção à Saúde do ministério, Fausto Pereira dos Santos confirmou que a portaria que autoriza o repasse de R$ 9,7 milhões ao hospital da Unifesp foi publicada ontem no Diário Oficial e afirmou que o governo federal está trabalhando no contrato que vai atualizar os repasses ao hospital. |