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What's news: A Merck Sharp & Dohme
05/09/2014 - Valor Econômico

A Merck Sharp & Dohme teve seu novo remédio contra câncer aprovado ontem pelos reguladores dos EUA. O Keytruda, que foi concebido para usar o próprio sistema imunológico do corpo contra os tumores, é parte de uma aguardada safra de novos medicamentos que podem transformar o tratamento contra o câncer e criar um novo mercado de bilhões de dólares para as farmacêuticas. Ele custará US$ 150.000 para cada ano de tratamento, segundo a MSD.


Pesquisa e desenvolvimento 


Substância retirada do ipê pode ajudar a tratar casos de leucemia
05/09/2014 - O Estado de S.Paulo

RIO - Uma substância derivada de árvores do ipê pode ser o caminho para o tratamento de leucemias diferentes tipos de câncer que afetam os glóbulos brancos, células responsáveis pelo sistema de defesa do organismo. Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) identificaram três moléculas capazes de atuar sobre glóbulos brancos cancerígenos, sem afetar as células saudáveis.
A descoberta pode levar à criação de fármacos específicos para o tratamento de diferentes tipos de leucemias. O trabalho foi publicado na revista científica European Journal of Medicinal Chemistry.
Os pesquisadores criaram as moléculas da união do núcleo das células de outras duas substâncias e as testaram em quatro linhagens diferentes de leucemia, duas de linfoide aguda, mais comum em crianças e com prognóstico melhor; e duas de mieloide aguda, mais rara, mas responsável pelos casos mais graves. Dos 18 compostos criados, 3 se mostraram mais potentes e com seletividade maior atacaram as células cancerígenas e, em menor grau, as células saudáveis. E, principalmente, tiveram comportamento diferenciado em relação às linhagens de leucemia. Uma delas se mostrou 19 vezes mais potente sobre células de leucemia linfoide do que sobre as de leucemia mieloide.
“É a primeira vez que se investiga as moléculas oriundas dessa estratégia de junção de núcleos em diferentes linhagens de leucemia. E o mais importante é conhecer esse perfil de atividade de acordo com a linhagem. A leucemia é um dos tipos de câncer que mais afetam crianças e por trás da palavra leucemia se esconde uma grande diversidade de doenças. O grande problema da terapia é a falta do medicamento específico para cada tipo de leucemia”, afirma o farmacêutico Floriano Paes Silva Junior, chefe do Laboratório de Bioquímica de Proteínas e Peptídeos do IOC.
As moléculas foram preparadas pelo grupo coordenado pelos pesquisadores Fernando de Carvalho da Silva e Vitor Francisco Ferreira, da UFF, com base no núcleo das células de duas substâncias. Uma delas é derivada de um produto natural extraído do ipê. Esse núcleo pertence à classe química das quinonas. “O que nós queremos é matar as células malignas, mas as quinonas costumam ter baixa seletividade, ou seja, matam também as células saudáveis”, disse Silva Junior.
Os cientistas combinaram, então, o núcleo da quinona com o de outra molécula, chamada triazol, que tem a capacidade de atingir somente as células cancerígenas.
Silva Júnior ressalta que esse é o “primeiro passo” para a criação de um fármaco.
Mas testes e análises ainda devem levar pelo menos dez anos.


 

O primeiro padrão para acompanhar o desenvolvimento de fetos
05/09/2014 - O Globo

Uma equipe global de cientistas e médicos, liderada por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, acaba de lançar o primeiro padrão internacional para acompanhar o desenvolvimento satisfatório de fetos. O estudo, publicado na edição desta semana da prestigiada revista médica “The Lancet”, espelha-se em levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) que, em 2006, resultou em uma tabela com as medidas recomendadas para o crescimento que crianças saudáveis devem ter entre zero e cinco anos, hoje adotada por mais de 140 países, entre eles o Brasil. O objetivo é complementar e ampliar esse acompanhamento com o estabelecimento de medidas ideais desde o início da fase pré-natal até o nascimento do bebê.
— Produzimos os primeiros padrões internacionais que descrevem como os bebês devem crescer no útero quando recebem bom atendimento de saúde e nutrição e se desenvolvem em um ambiente saudável — diz Stephen Kennedy, professor da Universidade de Oxford e um dos principais autores do estudo. — Agora precisamos trabalhar junto aos políticos e médicos em níveis regional, nacional e internacional, para que essas novas ferramentas sejam introduzidas na prática ao redor do mundo.
Segundo os pesquisadores, com o acompanhamento, todos os 120 milhões de bebês nascidos a cada ano no planeta poderão ter sua saúde avaliada ao longo do desenvolvimento fetal, independentemente de sua etnia ou país de nascimento. Para tanto, os padrões foram estabelecidos com base em exames periódicos feitos em 4,6 mil mulheres saudáveis e bem alimentadas que tiveram gestações sem problemas escolhidas de um conjunto de quase 60 mil em regiões urbanas bem definidas de Brasil, China, Índia, Itália, Quênia, Omã, Reino Unido e EUA, com a colaboração de mais de 300 médicos e pesquisadores espalhados por esses países.
— Com esses padrões internacionais, saberemos quando as necessidades de nutrição e cuidados de saúde do feto em desenvolvimento não estão sendo atendidas — reforça José Villar, líder da pesquisa e também professor em Oxford, lembrando que estudos anteriores já associaram a má nutrição durante a gravidez ao aparecimento de doenças cardiovasculares e diabetes na idade adulta, além de maior risco de mortalidade infantil. — No mundo inteiro, isso nos ajudará a identificar sinais de desnutrição, atrasos no desenvolvimento, fraqueza ou obesidade em estágios muito precoces para, então, aplicar ações preventivas que reduzam o risco de as crianças terem problemas de saúde a longo prazo, como diabetes e hipertensão.


Cientistas descobrem genes relacionados a aroma e sabor do café
05/09/2014 - Folha de S.Paulo


Um consórcio internacional de pesquisadores, do qual participa um agrônomo da Embrapa, acaba de publicar os resultados da "leitura" completa do genoma do cafeeiro --feito que deve melhorar a qualidade do café e ajudar a planta a enfrentar doenças e desafios climáticos.
A espécie escolhida para o estudo é a Coffea canephora, também conhecida como "robusta" ou "conilon", presente em cerca de 30% dos cafezais no Brasil e no mundo. É conhecida por ser mais resistente e por dar origem a uma bebida de qualidade um pouco inferior à que vem da C. arabica, espécie que predomina no mercado hoje.
Mas acontece que a C.a arabica descende do cruzamento da C. canephora com outra espécie. E a C. arabica tem um genoma complexo e híbrido, mais difícil de estudar, o que deve fazer com que o estudo que sai nesta semana na revista "Science" se torne a base do conhecimento sobre o DNA da planta.
"Quando você vai tentar fazer a montagem do genoma do C. arabica [ou seja, colocar as "letras" de DNA na sequência correta], acaba aparecendo um problema: em certas regiões, a similaridade entre os dois subgenomas, cada um herdado de uma espécie diferente, é enorme. Aí você não sabe a qual deles aquele trecho pertence", explica Alan Carvalho Andrade, da Embrapa de Brasília, que assina a pesquisa.
De posse do genoma do C. canephora, é possível escapar dessa confusão, o que ajuda tanto a mapear corretamente o DNA da planta mais cultivada quanto a guiar com mais precisão o melhoramento genético do vegetal.
"O que deve acontecer é parecido com o que vemos na área médica: assim como você pode analisar o DNA de um paciente e estimar a probabilidade de ele desenvolver algumas doenças, vamos poder genotipar' as plantas e estimar seu potencial." O avanço das técnicas de leitura do genoma também tem permitido que esse processo seja feito num número muito maior de plantas, a um custo cada vez menor, o que aumenta a confiabilidade das análises, diz ele.
AROMA E SABOR No genoma descrito em estudo na revista "Science", a equipe identificou, por exemplo, genes cruciais para o aroma do café e para a retenção do sabor depois que os grãos são torrados.
Mas uma das principais surpresas tem a ver com a cafeína, componente da planta que já chegou a ser descrito como a droga psicoativa mais consumida do mundo.
A substância também está presente no cacau e nas folhas de chá, por exemplo. No entanto, a equipe descobriu que os genes do cafeeiro que contêm a "receita" para a produção da cafeína evoluíram de forma independente e em velocidade acelerada.
Essa história evolutiva, originalmente, não tinha nada a ver com ajudar humanos a encarar mais um dia de trabalho: a cafeína funciona como inseticida (nas folhas) e atrapalha a germinação de plantas concorrentes (nos frutos e sementes).
Andrade afirma que a equipe da Embrapa já está usando os dados do genoma para identificar plantas com maior capacidade de resistência à seca, por exemplo. "Com as mudanças climáticas, isso deve ser cada vez mais importante", aponta. Parte do trabalho tem sido feito em parceria com a Nestlé.
"Hoje a gente já consegue gerar uma variedade melhorada para ser testada em campo com base nesses dados. Outra coisa muito importante é que o genoma também nos ajuda nos cruzamentos, para produzir híbridos com o máximo de diversidade genética", afirma Andrade.



Saúde 

Ebola: OMS faz apelo mundial por vacina
05/09/2014 - O Estado de S.Paulo

GENEBRA - Os testes de segurança da primeira vacina contra o Ebola começam a ser realizados pela GlaxoSmithKline e, diante de uma epidemia que não dá sinais de perder força, a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz um apelo às empresas do setor farmacêutico e agências regulatórias para que apressem o desenvolvimento e aprovação de remédios para lidar com o vírus.
Nesta quinta-feira, 4, a entidade reuniu em Genebra os 200 maiores especialistas no Ebola e selecionou dez novos tratamentos que podem ser usados para frear a doença como candidatos para investimentos. Mas alertou que, se os investimentos não forem incrementados, muita gente ainda morrerá, antes de remédios e vacinas estarem disponíveis.
No total, a OMS selecionou oito remédios e duas vacinas que estão sendo testadas e começam a dar sinais de que podem ser parte de uma resposta global ao problema.
Segundo Marie-Paule Kieny, vice-diretora da OMS, a meta do encontro desta semana entre os especialistas é o de concentrar esforços em alguns remédios com maior potencial e acertar um compromisso de que chegarão ao mercado no tempo mais curto possível. “Isso poderá fazer toda a diferença no combate à doença”, declarou. A constatação da OMS é de que as medidas impostas pela entidade para frear o vírus não estão dando os resultados esperados e, nas últimas semanas, a proliferação ganhou um ritmo inédito.
A grande aposta, portanto, é no desenvolvimento de vacinas, até como uma alternativa ainda mais viável que a produção em grande escala de remédios experimentais para pacientes que já foram infectados. Segundo a OMS, a GlaxoSmithKline vai iniciar nesta semana os testes de segurança de uma de suas vacinas.
Outros testes pela NewLink Genetics Corp estão agendados para o fim do ano e a empresa informou à OMS nesta quinta-feira que a agência reguladora americana já deu sinal verde para que teste de forma experimental a vacina em humanos. Já a Johnson & Johnson antecipou testes clínicos de 2016 para 2015 de uma nova vacina.
Tratamento. A OMS ainda pré-selecionou oito tratamentos que poderiam ser desenvolvidos, entre eles o remédio ZMapp, produzido nos Estados Unidos e já utilizado no atual surto. Para a entidade, a efiência do remédio ainda é “incerta” e incrementar sua produção enfrenta sérios limites. Até o fim do ano, o melhor dos cenários é a produção de algumas centenas de doses apenas, insuficiente para a previsão da OMS de que 20 mil pessoas podem ser infectadas até 2015.
Não por acaso, a OMS fez um apelo aos cientistas, governos e empresas para que acelerem produção, testes e aprovações de novos remédios. “Acelerar o desenvolvimento de terapias e vacinas exige esforço global”, admitiu a entidade.
A OMS também pediu que a decisão sobre quais remédios e vacinas receberão maior atenção seja “transparente” e os governos africanos sejam consultados. O vírus Ebola foi descoberto em 1976. Mas os trabalhos científicos e a ação do setor privado para desenvolver remédios acabaram praticamente abandonados. O principal motivo? Não havia mercado.


Brasil é o 8º país com mais suicídios, diz OMS
05/09/2014 - Valor Econômico


Mais de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo --ou uma a cada 40 segundos"", segundo o primeiro relatório global sobre prevenção de suicídio da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Na lista, o Brasil é o 8º país com mais suicídios por ano, com 11.821 casos em 2012. Na frente estão, na ordem de países com maiores taxas, Índia, China, EUA, Rússia, Japão, Coreia do Sul e Paquistão.

Segundo o documento, cerca de 75% dos suicídios acontecem entre pessoas de países pobres ou nível socioeconômico médio. No mundo todo, as taxas são maiores entre pessoas com mais de 70 anos, mas, em alguns países, os maiores índices foram entre jovens. Na faixa dos 15 aos 29 anos, o suicídio é a segunda maior causa de morte.

Diante do quadro, a OMS exorta governos a colocarem em prática planos de prevenção, estratégia existente em apenas 28 países, como restrição do acesso aos métodos mais comuns, como armas.

Outras medidas incluem o tratamento de pessoas com doenças mentais e que abusam de drogas.


Governo decide rejeitar proposta de uso de insulina análoga na rede pública
05/09/2014 - Valor Econômico


Com um dos maiores sistemas públicos de saúde do planeta, que movimenta mais de R$ 80 bilhões por ano, o Brasil é considerado comprador estratégico no mercado global de insulina. Estimativas apontam crescimento de 54% na comercialização mundo afora do hormônio, usado no tratamento de diabetes, até 2030. No Brasil esse índice é ainda maior, de 67%.

Com base nesse quadro, o governo decidiu recusar proposta do mercado de incorporar à oferta de insulinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) as chamadas insulinas análogas, cuja adoção representaria uma despesa de R$ 2,8 bilhões por ano para atender todos os pacientes, valor mais dez vezes superior aos R$ 263,3 milhões gastos atualmente. A decisão será publicada no "Diário Oficial da União" de hoje.

Estudo da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) do Ministério da Saúde, ao qual o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, teve acesso, apontou que não há evidência científica de que as insulinas análogas sejam superiores às já ofertadas na rede pública.

A diretora da Conitec, Clarice Petramale, conduziu um mapeamento de estudos sobre a insulina análoga para balizar a decisão. "Há poucos estudos a respeito, a maioria com resultados pouco conclusivos. Não há sequer evidência efetiva de superioridade da insulina análoga. Portanto, não há sentido em fazer uma compra pública desse porte, com um preço tão superior, nessas condições", avalia.

Clarice aponta que um dos poucos estudos de longa duração existentes, conduzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e ainda em curso, teve resultados preliminares preocupantes. "Evidenciou-se um número maior de pacientes que desenvolveram câncer entre usuários de insulina análoga do que de usuários de insulinas oferecidas hoje pelo SUS. Não podemos afirmar se é essa insulina que causa o câncer. Mas o fato é que hoje usamos uma insulina já consolidada, cujos efeitos são amplamente conhecidos. Não há motivo para trocar".

As insulinas NPH e regular, que o SUS disponibiliza atualmente, são insulinas humanas, fabricadas por engenharia genética. As insulinas mais modernas, chamadas de análogas, são produzidas a partir da insulina humana e modificadas de modo a terem ação mais curta ou mais prolongada. A vantagem desta insulina está na sua praticidade, por já vir nas quantidades adequadas e na facilidade de aplicação por canetas.

A decisão do Ministério da Saúde serve ainda para pacificar o entendimento em relação à judicialização do tema nos Estados. "Alguns incorporaram administrativamente por conta da pressão, casos de São Paulo, Minas e Paraná", diz Clarice. Segundo ele, tornou-se comum pacientes recorrerem ao SUS para conseguir o medicamento, munidos de receita fornecida por consultórios particulares.

"Ao não encontrarem o tipo de insulina receitado, ingressam com ações contra os Estados ou a União. Muitos acabam cedendo à pressão e fornecendo o medicamento", afirma Clarice. Em São Paulo, por exemplo, há nove tipos de insulina fornecidos pela rede pública, por conta de ações de pacientes que solicitam um tipo específico.

O uso da insulina análoga apenas em casos específicos - como o de pessoas com dificuldade em ministrar a dose correta, como idosos e crianças - é também considerado pelo governo um precedente perigoso. "Sabemos que as empresas vão alegar que nem todos os pacientes precisariam dessa insulina análoga. Mas o caso do Reino Unido, por exemplo, é exemplar. Lá, em 2002, abriu-se essa possibilidade, que deveria se restringir a 10% dos pacientes. Recentemente checaram os resultados e 80% dos diabéticos passaram a usar a insulina análoga. Os custos explodiram", alega.

Para se ter uma ideia do impacto dos R$ 2,8 bilhões no orçamento da saúde pública, esse recurso representa o dobro do orçamento da Aids. O valor é ainda 42% maior que os R$ 2 bilhões por ano gastos com vacinas e outros imunobiológicos ofertados e corresponde exatamente ao valor destinado para o tratamento de câncer na rede pública de saúde em um ano.

Criada em 2011, a Conitec analisou até o momento cerca de 300 demandas de oferecimento de novos medicamentos. Dessas, 111 foram incorporadas ao SUS.


Ministro da Saúde diz que pesquisa derrubou mitos do Mais Médicos
04/09/2014 - Portal Valor Econômico
 

BRASÍLIA - A um mês das eleições, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou, nesta quinta-feira, a primeira pesquisa de avaliação do Programa Mais Médicos, do Governo Federal, que completou um ano de atividade na última terça-feira. Segundo Chioro, o estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais derrubou todos os mitos que rondavam o programa. “Todos aqueles [mitos] que foram levantados contra o Programa Mais Médicos, um a um, eles acabaram sendo destruídos”, afirmou.
Chioro também garantiu, durante a apresentação do balanço, que o Mais Médicos “não é um programa paliativo e muito menos tem prazo de validade”. A frase é uma resposta à candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva que, na quarta-feira, classificou o programa como uma medida complementar.
Um desses “mitos” quebrados, segundo o ministro, é a qualidade do atendimento nos postos de saúde onde há médicos do programa. A pesquisa revelou que 86% dos entrevistados estão muito satisfeitos com este quesito. Para 83% houve melhoria nos esclarecimentos sobre os problemas de saúde, mesmo que 80% dos médicos sejam estrangeiros.
O estudo mostra ainda que o programa superou as expectativas da população. No total, 74% dos entrevistados acreditam que o Mais Médicos está melhor do que o esperado, contra 19% que disseram que está como o esperado e 2% dizem que está pior.
Chioro apontou que um dos problemas enfrentados pelo programa, de acordo com respostas não estimuladas, é a dificuldade de comunicação entre o paciente e o médico. Mas ele minimiza o fato. “Se mostram pequenas, devido à quantidade de profissionais estrangeiros que compõem o programa”, disse. Outro problema é a dificuldade de se encontrar nos postos de saúde serviços especializados. Durante a apresentação dos resultados, na presença de cerca de 40 prefeitos de municípios que serão beneficiados pelo programa, o ministro disse que a meta do governo é praticamente dobrar o número de médicos no país até 2026, focando na interiorização dos atendimentos. Atualmente, o Brasil tem 367 mil profissionais. Chioro diz que o número pode chegar a 600 mil em 12 anos.
Segundo o ministro da Educação, Henrique Paim, que também participou da divulgação, o ambicioso objetivo será alcançado por meio de colaborações entre o Ministério da Saúde e o da Educação. “Queremos aumentar a oferta de médicos através do aumento de vagas de medicina”, explicou.
O Mais Médicos foi criado após as manifestações populares do ano passado. O programa tem mais de 14 mil profissionais, dentre os quais, mais de 11 mil cubanos. Os médicos atendem 3.785 municípios, segundo o Ministério da Saúde.
O balanço apresentado pelo ministério foi baseado em 4 mil entrevistas feitas em 200 municípios com centros de saúde nos quais há médicos do programa, entre 4 e 6 de julho.


OMS analisa tratamentos contra o ebola
05/09/2014 - Folha de S.Paulo


A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta quinta-feira (4) a especialistas que avaliem e desenvolvam dez tratamentos experimentais contra o ebola.

A intenção é tentar buscar uma cura definitiva à doença, que já teve 3.707 casos confirmados e 1.848 mortes no oeste da África.

Os 200 cientistas terão a missão de analisar as possibilidades de produção e de utilização desses tratamentos experimentais.

Apesar da medida, a OMS prevê que os novos remédios só estarão disponíveis para uso no fim de 2014, sendo incapaz de combater em curto prazo a epidemia em países como Libéria e Serra Leoa.

Embora haja oito remédios e duas vacinas em estudo para combater o ebola, nenhum deles foi homologado para uso padrão pela OMS.

Em agosto, especialistas da organização consideraram ético o uso de terapias experimentais contra o vírus.

A decisão foi tomada levando em consideração a situação da epidemia, embora a eficácia dos tratamentos não estivesse comprovada.

Dentre os remédios, está o ZMapp, combinação de anticorpos obtidos a partir de células de ratos e humanos, e que foi usada principalmente em estrangeiros que contraíram a doença na África.

Os primeiros a usá-la, os americanos Kent Brantly e Nancy Writebol, se curaram e foram liberados após 20 dias de internação em um hospital de Atlanta, no sul dos Estados Unidos.

Também foram curados com o ZMapp dois médicos e uma enfermeira na Libéria que contraíram o vírus ao tratar pacientes infectados. A droga ainda foi testada no padre espanhol Miguel Pajares, que não resistiu e morreu.

EPIDEMIA

Para a OMS, o avanço do vírus na África "não tem precedente por seu alcance e pela carga aos sistemas de saúde locais".

Os países mais atingidos pela epidemia são Guiné, Libéria e Serra Leoa. Também houve casos na Nigéria e no Senegal. Nesta quinta, as autoridades nigerianas confirmaram a sétima morte provocada pela doença no país.


Cortes reduzem controle de órgão sobre surtos
05/09/2014 - Folha de S.Paulo


O combate ao ebola foi prejudicado pelo enfraquecimento da OMS nos últimos anos. A agência da ONU teve cortes no orçamento e redução de pessoal especializado em epidemias.

As unidades de resposta de emergência foram fortemente reduzidas, e funcionários que haviam combatido outros surtos da doença deixaram seus cargos.

Ao contrário da crise de gripe aviária de 2003, o surto de ebola atingiu nações que não contam com cuidados básicos de saúde, fazendo com que a doença se alastrasse por meses.

Segundo os médicos participantes, os esforços iniciais da OMS foram mal liderados e limitados.

Para críticos, a agência demorou a reconhecer a gravidade da doença e a pedir recursos para tentar contê-la antes que tomasse grandes proporções.


FDA aprova testes de nova vacina com humanos
05/09/2014 - DCI


A NewLink Genetics disse que a agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), permitiu que a empresa comece a testar uma vacina experimental contra o Ebola em seres humanos.
O movimento segue a decisão de começar neste mês testes iniciais em humanos de uma vacina da GlaxoSmithKline e uma aprovação para testes acelerados de outra vacina, desenvolvida pela Johnson & Johnson.
Questões éticas
A corrida para desenvolver novos medicamentos e vacinas tem sido estimulada por uma decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que é ético usar produtos experimentais na situação de epidemia atual, dado o elevado número de mortos.
A vacina da NewLink, que tem demonstrado sucesso em animais, foi desenvolvida por cientistas do governo canadense e licenciada para a empresa, e funciona usando um vírus enfraquecido, um patógeno encontrado em gado chamado vírus da estomatite vesicular (VSV).
Um dos genes do vírus é substituído por um gene do vírus Ebola. O gene Ebola faz uma proteína inofensiva que fica na camada externa do vírus. A ideia é que, após o VSV ser injetado, o sistema imunológico do corpo irá reconhecer a proteína Ebola como estranha e começar a produzir anticorpos que destroem o vírus Ebola, todos os quais têm a proteína.
O estudo irá avaliar como 40 adultos saudáveis respondem a várias doses de vacina.
No mês passado, a Reuters informou que a empresa dispunha de doses suficientes para lançar seu primeiro teste de segurança humana.






 

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