Capacitação Dengue, Zika e Chikungunya

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São Paulo, 18 de fevereiro de 2016

“Estamos vivendo duas epidemias: uma causada pelo Aedes aegypti e outra causada por boatos”, alertou o pós-doutorando do Instituto Evandro Chagas, mestre e doutor em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários, dr. José Eduardo Gomes Arruda, que veio especialmente do Pará para ministrar a primeira palestra da capacitação “Farmacêuticos contra Dengue, Zika e Chikungunya”, que ocorreu na capital e foi transmitida ao vivo para 21 seccionais do CRF-SP distribuídas pelo Estado, incluindo a sua sede, no quinto andar e reuniu 500 profissionais.

Para os farmacêuticos que não puderam participar, a campanha continua com força total e a capacitação estará disponível na internet, em um curso à distância, a partir da próxima quarta-feira, 24.

Durante a apresentação, o farmacêutico falou sobre o mosquito aedes aegypti e seu controle, as manifestações clínicas, formas de tratamento da dengue, chikungunya e zika e as novas descobertas sobre as relações das doenças com a microcefalia, a síndrome de Guillain Barré, as possíveis transmissões do zika vírus por ato sexual, transfusão de sangue, saliva e urina.
“O papel do farmacêutico é orientar o paciente e a população sobre as doenças, o risco da automedicação, a prevenção e também acalmá-los contra os boatos. É essencial que esse esteja atualizado por meio sempre de fontes confiáveis”, ressaltou.

Público presente na sede do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso e dr. José Eduardo Arruda

Para dar as boas-vindas aos presentes, dr. Pedro Eduardo Menegasso, presidente do CRF-SP, abordou o crescimento da campanha desde seu lançamento, no ano passado e sua fundamental importância no combate ao mosquito Aedes aegypti e as mortes relacionadas a ele.

“A campanha cresceu e ganhou força inclusive nos meios de comunicação, que estão nos procurando para alertar a população sobre os riscos da automedicação, uso de repelentes e outros. É uma campanha essencial para o combate às doenças e uma oportunidade de o farmacêutico mostrar seu papel como profissional da saúde e obter a valorização da sociedade”, ressaltou.
Após a apresentação do dr. Arruda, a segunda palestra foi ministrada pelo dr. Sandro Jorge Januário, membro da comissão assessora de Análises Clinicas e Toxicológicas do CRF-SP, que abordou o tema “Análises clínicas e toxicológicas versus Dengue, Zika e Chikungunya”.

De acordo com dr. Januário, hoje o que se tem no país em relação a exames laboratoriais das três doenças são: exames de teste rápido para dengue, exames ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) que detectam dengue e chikungunya e testes moleculares que até esta data detectam isoladamente zika, chikungunya e dengue.

Dr. Sandro Jorge Januário, dr. Israel Murakami e dra. Márcia de Cássia Silva Borges

Dr. Israel Murakami, membro do grupo de trabalho de saúde pública do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e membro do grupo de trabalho sobre Dengue, Chikungunya e Zika do CRF-SP, falou sobre o manejo do paciente com suspeita desses casos, ressaltando a utilização dos materiais da campanha do CRF-SP.

“Serão distribuídos aos farmacêuticos do Estado o manual de Orientação ao farmacêutico: Dengue, zika e chikungunya; o fluxograma do manejo do paciente com suspeita de dengue, zika e chikungunya e o uma ficha de atendimento para suspeitos das três doenças, que contará com assinatura do farmacêutico e todas as informações necessárias para ser encaminhada junto ao paciente ao médico”.

Em seguida, dra. Márcia de Cássia Silva Borges, coordenadora da Comissão Assessora de Homeopatia do CRF-SP, apresentou a utilização da homeopatia frente às três doenças. De acordo com ela, a utilização da homeopatia em casos epidêmicos não é novidade e já fui usada em casos de cólera, gripe e tifo, por exemplo.

“É importante, no entanto, ressaltar que o uso do medicamento homeopático contra dengue, zika e chikungunya, apesar de contribuir para prevenção e tratamento das doenças, não substitui a necessidade de se combater o mosquito e de se usar repelentes, por exemplo”.Dr. Luis Carlos Marques, dra. Amouni Mourad e mesa de debates

A área de fitoterapia também esteve representada na capacitação, com a palestra do dr. Luis Carlos Marques, coordenador da comissão assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do CRF-SP. Ele explicou que algumas algumas plantas podem ser usadas como repelentes e outas podem auxiliar no tratamento dos sintomas das doenças.

“Os óleos essencias de citronela, capim-limão e cravo são opções de repente. Já as plantas utilizadas para os sintomas são as que tem efeitos analgésicos e anti-inflamatórios”.

Para finalizar, dra. Amouni Mourad, assessora técnica do CRF-SP, abordou o tema dos repelentes. Entre eles, DEET, Icaridina, IR3535 e óleo de citronela. “O mais importante é seguir à risca a indicação do rótulo do produto, como o tempo de ação e a faixa etária indicada”, explicou.

Campanha Farmacêuticos contra a dengue, chikungunya e zika

Entre em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e cadastre sua farmácia para integrar a campanha. É uma oportunidade do estabelecimento se destacar e o farmacêutico fazer a diferença na orientação correta sobre o uso de medicamentos.

A capacitação está disponível na Academia Virtual de Farmácia.

 

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